Tabuleiro dos Deuses - Richelle Mead

21 de agosto de 2014

Lido em: Julho de 2014
Título: Tabuleiro dos Deuses - "A Era de X" #1
Autora: Richelle Mead
Editora: Paralela
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Distopia
Ano: 2014
Páginas: 421
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República Unida da América do Norte (RUAN), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.
Resenha: Tabuleiro dos Deuses é o primeiro volume da série "A Era X" escrita pela autora Richelle Mead e publicado no Brasil pela Paralela.
No futuro o mundo é considerado pós-Mefistóteles, um vírus que acabou com países inteiros. Os culpados? Para muitos, os religiosos e suas crenças. Justin era um investigador desses grupos, mas foi exilado para o Panamá após um fracasso em uma de suas missões. Agora, uma série de misteriosos assassinatos está ocorrendo em noites de lua cheia no RANU, uma república bem desenvolvida pós-vírus. Mae, parte dos supersoldados da elite do país, é designada para ir com Justin investigar as misteriosas mortes. A Verdade é que, quando você expulsa os deuses desse mundo, eles acabam voltando, com força total.

Tabuleiro dos Deuses é um livro diferente e muito interessante. Richelle Mead se tornou muito famosa após a série Academia de Vampiros, cuja trama envolve vampiros e guardiões. Nessa nova série Mead elevou seu conceito comigo e provou que é capaz de escrever diferentes tipos de livros para públicos distintos, não se atendo somente a um estilo de história e narrativa.

Em RANU (República da América do Norte Unida) vive Mae. Esse país é um sobrevivente ao vírus Mefistóteles e se desenvolveu tecnologicamente de uma maneira que outras nações não conseguiram. Os habitantes da RANU têm chips que o governo implante em seus pulsos, tanto para controle do que eles fazem como para dar passagem no metrô, por exemplo. Esse ponto sobre a tecnologia é bem interessante, a autora colocou tudo de uma forma fácil de se compreender. Enquanto li pude imaginar com clareza cada ambiente altamente tecnológico e as funções de vários adereços holográficos presentes.

Em contraponto com essa tecnologia existe a religião e os tabus que envolvem isso na sociedade futurista. Para a população, os culpados pelo vírus foram religiosos. Colocar isso num contexto atual foi fácil e apreciei ainda mais essa questão colocada por Richelle. Quantas vezes na atualidade povos religiosos foram responsáveis por perseguições a homossexuais, abusos velados pela igreja católica e afins? Senti que esse foi um dos lados de Tabuleiro dos Deuses, porque religiões são altamente perseguidas independentemente do que seguem.

A narrativa é bem distinta para quem conheceu a autora com a série Academia de Vampiros. Esse é um dos motivos para eu gostar tanto de Mead. Ela tem capacidade de adequar gêneros a seus determinados públicos, sem pecar em usar uma narração imatura para um livro que requer algo mais maduro, como Tabuleiro dos Deuses. Narrado em terceira pessoa, a trama vai evoluindo com o passar das páginas e esse crescimento gradual vai despertando interesse.

Justin e Mae são uma dupla implacável e quente, posso dizer assim. Os personagens tem interações muito boas e as personalidades fortes se completam. Esse envolvimento dos dois exemplifica que o gênero do livro é mais adulto, porque cenas de sexo são descritas com menos pudor do que vi em Academia de Vampiros, mas sem deixar o bom gosto de lado.

Tabuleiro dos Deuses é diferente e satisfatório. A mistura de religião, sci-fi e um pouco de distopia foi surpreendente. No início a história parece estranha e pouco convincente, mas a história se mostrou original e muito atraente.

Richelle já se mostrou uma autora muito competente para mim ao escrever Academia de Vampiros e Bloodlines, e essa ideia se intensificou com essa nova série. Pode ser que os leitores estranhem e sintam a falta de Rose, Dimitri, Adrian e Sydney, mas Mae e Justin são incríveis juntos também.

2 comentários

  1. Olá, Lucas
    Tudo bem?
    Não me animei tanto quanto ao livro, não parece ser muito do meu gênero.
    Não sei se daria uma chance ao livro mas, amei a resenha!!
    Beijos*-*
    Território das Garotas

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  2. Amo tudo que a Richelle escreve! E após o fim de VA fiquei na depre, mas este livro conseguiu ocupar o vazio q a serie deixou. Ansiosa pelo próximo livro! Já tem data prevista ?
    Bj

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