Autora: Michelle Hodkin
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Sobrenatural
Ano: 2015
Páginas: 378
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A série mescla paranormalidade, conspiração e romance para contar a história de uma adolescente com poderes especiais. Elogiada pelas autoras das séries Divergente e Instrumentos Mortais, Michelle Hodkin cria aqui uma trama surpreendente, onde nada é o que parece. Depois de descobrir que consegue matar apenas com o pensamento, assim como seu namorado é capaz de curar com a mesma facilidade, Mara Dyer é capturada por uma inescrupulosa médica, que a faz passar por uma série de testes e experimentos. Mas Mara não está sozinha. Outros jovens com poderes igualmente extraordinários são usados como cobaia. Com a ajuda deles, e de um velho inimigo, ela consegue fugir e parte em busca de vingança.
Resenha: Mara está de volta e quer vingança. A leitura do primeiro volume, A Desconstrução de Mara Dyer, parece ser o pontapé para uma trilogia incrível (e quase chega a isso). Sua sequência, A Evolução de Mara Dyer, se mostrou igualmente ótima em nível de suspense, enigma e até mesmo com um pouco de ação. Porém, A Vingança de Mara Dyer, que tinha tudo para ser uma desfecho incrível, foi na contramão e acabou se tornando muito morno e inconclusivo. Dyer, literalmente, não soube como se vingar.
Tudo começa com Mara em um lugar desconhecido, com o pensamento turvo e a total falta de habilidade para se livrar daquilo. Dra Kells, claro, está sob o comando dela e seus poderes. Nesse início do livro é esperado que, conforme a trama avance, a emoção se torne cada vez mais intensa. Mas não acontece. Um dos problemas desse fecho é a falta de habilidade que a autora teve para lidar mais profundamente com questões tão cruciais para a trilogia.
Tudo na trama acontece bem rápido, de forma ágil, mas sem a tratativa necessária para que o leitor se aprofunde na história. Dra Kells é uma peça importante para todo o que acontece com a vida de Mara, mas faltou foco na personagem. A questão relacionada a Mara, Noah e Jude também recebeu uma tratativa muito simples; era inimaginável esperar um final daqueles para eles. Foi tudo muito raso. Outro ponto importante: onde foi parar a família da garota? Eles têm um papel tão ínfimo que nem dá pra notar a presença deles no livro. Fica difícil não comparar os volumes anteriores com esse e se questionar sobre onde foi parar aquele enredo tão bom e promissor.
A narrativa é feita em primeira pessoa. Felizmente, há um ponto positivo sobre a estruturação: há um começo, meio e fim bem colocados. O começo é narrado de forma objetiva e clara. Já a partir do meio, a história caminha meio que para lugar nenhum, é tudo muito inconclusivo e sem importância. Mara, juntamente de Stella e Jamie, encontram um personagem que desempenha um papel nada relevante. Há um mistério sobre as vidas ancestrais dela, o que deu um feliz ar de "esse livro pode valer a pena por isso". Caminhamos pelo passado e pelas visões da protagonista na Índia e Inglaterra, e isso dá um bom embasamento para o presente e explica alguns pontos importantes, que nos situa na trama.
Num final de trilogia, o protagonista precisa mergulhar numa aventura que não abra espaço para o leitor se entediar ou se queixar de algo, mas isso ocorre em A Vingança de Mara Dyer. O fim é esperado, pois seria muito difícil contornar todas as faltas cometidas. O que deveria ser o ponto alto da trama se mostra sem tensão alguma. Com algumas questões sem conclusão e um desfecho pouco emocionante, Michelle Hodkin tinha nas mãos uma grande trilogia, mas não soube aproveitar ela ao todo. Os dois primeiros volumes da trilogia Mara Dyer valem a leitura, mas o terceiro livro, que devia vir enlaçar de maneira excelente o que começou bem, não cumpre seu papel.
Oi Lucas, tudo bem?
ResponderExcluirEu sou apaixonada pelos dois primeiros livros desta trilogia e ainda não tive coragem de ler este, todos que leram não gostaram de seu final. Eu sinceramente estou esperando por algo mais e pelo que tenho lido nas resenhas irei me decepcionar, e é uma pena, porque tinha pra ser uma trilogia perfeita. Mas quem sabe eu até acabe gostando?
Bjkas :)
Marina Bartholi
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