Autora: Ali Harris
Editora: Verus
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 448
Nota: ★★★★☆
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Sinopse: “O primeiro último beijo” conta a história de amor de Ryan e Molly, de como eles se encontraram e se perderam diversas vezes ao longo do caminho. Na primeira vez em que eles se beijaram, Molly soube que ficariam juntos para sempre. Seis anos e muitos beijos depois, ela está casada com o homem que ama. Mas hoje Molly percebe quantos beijos desperdiçou, porque o futuro lhes reserva algo que nenhum dos dois poderiam prever…
Esta história comovente, bem-humorada e profundamente tocante mostra que o amor pode ser enlouquecedor e frustrante, mas também sublime. Na mesma tradição de P.S. Eu Te amo e Um Dia, O Primeiro Último Beijo vai fazer você suspirar e derramar lágrimas com a mesma intensidade.
Resenha: A história começa em 2012 e somos apresentados a Molly Carter, uma fotógrafa bem sucedida que está na casa dos trinta e nos conta como chegou onde está e, principalmente, nos conta sobre seu primeiro grande amor, Ryan.
Molly e Ryan se conheceram quando ainda eram adolescentes. Enquanto Ryan era muito bonito e muito popular, Molly era a garota sem muitos atrativos que pudesse chamar atenção de alguém. Por mais que Molly tentasse disfarçar ou negasse pra si mesma, ela se apaixonou por Ryan desde o primeiro contato que tiveram, o sentimento era recíproco e eles ficaram juntos. Mas até quando?
O Primeiro Último Beijo traz uma história desenvolvida de forma muito doce e com um dos significados mais bonitos que já tive o prazer de ler num livro. As referências cinematográficas e musicais que estão presentes também são muito boas pois conseguem mostrar um pouco da personalidade de Molly e seus gostos pessoais.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Molly, acompanhamos a protagonista em diversas fases da vida assim como as mudanças pelas quais ela passou que acabam sendo um choque de realidade para quem lê. A ideia de que o amor entre duas pessoas é perfeito está explícita, mas através de Molly fica claro que, às vezes, duas pessoas que se amam muito podem se afastar por erros cometidos por elas mesmas.
A história se passa no presente e no passado e não existe uma linha cronológica constante de forma que a história seja linear. O tempo fica indo e vindo para que os detalhes do que passou venham à tona. Juro que me senti com um controle remoto na mão apertando <<REW e FF>> pois esses termos antecedem a data que aparece no início do capítulo pra mostrar quando há um retrocesso ou um avanço no tempo da situação ou cena em questão. Por um lado eu gostei desse estilo pois é possível fazer comparações de como Molly amadureceu e mudou sua forma de pensar com o passar do tempo de acordo com o que viveu. Parece confuso e até lembra um pouco um roteiro de filme, mas eu não me senti perdida em momento algum.
Enquanto Molly narra suas experiências, o leitor fica limitado a conhecer o Ryan que fez parte do passado da protagonista mas que a marcou de forma tão intensa que ela jamais o esqueceu, até que com o desenrolar da história fica claro o motivo dele ser mencionado sempre no passado e o que aconteceu com os dois. A autora consegue transportar o leitor para a realidade dos relacionamentos, mostrando como tudo nem sempre é tão fácil e que o arrependimento, de alguma forma, pode fazer parte dele.
Acompanhamos seus dilemas e dificuldades cotidianas, seus erros e acertos, os momentos felizes que compartilham. Tudo é tão real que é possível nos enxergarmos nos dois, vermos nosso próprio relacionamento sendo transformado em ficção.
Eles sempre foram muito diferentes, buscam por coisas diferentes mas o amor os mantinham juntos e firmes. Molly se contradizia quando adolescente, pois ao mesmo tempo que gostava de Ryan, ela não acreditava no amor e nem em finais felizes por não aceitar a ideia de ser pressionada por ninguém, e confesso que não gostei muito de seu comportamento quando era mais nova, mas quantas pessoas por ai deixam de aproveitar a vida por medo de tentar ou arriscar?
O que importa é que quando Molly se deu a oportunidade de tentar, embora os dois fossem muito diferentes, juntos, eles formavam uma dupla perfeita. Mas, às vezes, é necessário perder alguém pra percebermos que nunca desejamos outra coisa.
Porém, nem tudo são flores e alguns pontos me incomodaram um pouco. Ao fim de alguns capítulos há pequenos textos baseados nas experiências de Molly com descrições de beijos, como "o beijo de remorso", "o beijo desperdiçado" e afins, e por mais profundo e verdadeiros que eles sejam, me soaram como textos de autoajuda disfarçados de pensamentos e opiniões. Eu particularmente não gosto dessa estratégia para forçar lições de vida nos leitores, pois gosto de quando esses exemplos se integram ao longo da história e ficam nas entrelinhas para que sejam absorvidos através de reflexões.
Há um excesso de descrições físicas dos personagens que tornaram a leitura repetitiva em alguns pontos. Se em algum ponto as características do personagem já foram expostas, nao há a menor necessidade de ficar repetindo várias vezes, a menos que ele tenha mudado de alguma forma e isso vá acrescentar alguma coisa à trama.
A capa manteve o padrão da original e é super fofa. Foi ela que me chamou atenção ao optar pela leitura desse livro a princípio. A diagramação é simples, a fonte tem um tamanho padrão e as páginas são amarelas.
Em suma, pra quem procura por um livro que faz chorar litros sobre como fazer valer cada momento, como aproveitar cada beijo dado e sobre viver a vida com intensidade, é leitura mais do que indicada.
O Primeiro Último Beijo mostra que embora existam coisas das quais precisamos nos dedicar na vida, a maioria delas é passageira... O que importa é o amor que quebra barreiras e ultrapassa limites. É o amor que une as diferenças e dura pra sempre.
A capa é tão agradável de se ver que também me deu vontade de ler o livro, mas a história em si ainda não me convenceu da leitura (apesar de gostar do gênero).
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