Autora: J.M. Darhower
Editora: Universo de Livros
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 544
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Haven Antonelli e Carmine DeMarco cresceram em mundos completamente diferentes. Haven é uma adolescente de 17 anos que nunca conheceu a liberdade. Desde a infância, ela e sua mãe são escravas, vítimas de uma rede de tráfico humano. Carmine, nascido em uma família rica da máfia, viveu uma vida de privilégios e excessos.Resenha: Sempre é o primeiro livro da duologia Forever, escrita pela autora J.M. Darhower e publicada no Brasl pela Universo dos Livros.
Agora, uma reviravolta do destino faz com que seus caminhos se cruzem. Apesar das diferenças aparentes, algo mais sutil os une. E da tênue amizade entre os dois floresce uma paixão inesperada e arrebatadora.
Enredados numa teia de segredos e mentiras, em que o poder e o dinheiro ditam o jogo, o jovem casal logo percebe que é preciso se sacrificar para conquistar a liberdade e o direito ao amor...
Antes de começar, acho válido ressaltar que sempre costumo iniciar minhas resenhas fazendo um apanhado geral da história de forma resumida para apresentar o livro e adiantar sua premissa sem revelar nada que possa ser considerado um spoiler, pois, às vezes, a sinopse oculta detalhes que são importantes de serem ressaltados para um melhor entendimento, mas, no caso da sinopse desse livro, ela já entrega todo o enredo inteiro sendo desnecessário eu fazer essa apresentação, então vou pular pra opinião para não encher linguiça e poupar nosso tempo.
A narrativa é feita em terceira pessoa e é intercalada entre os pontos de vista de Haven, Carmine e Dr. de Marco, e talvez esse tenha sido o motivo maior de eu não ter me conectado como gostaria com a história. Não por ela ser ruim nem nada disso, muito pelo contrário, mas por retratar os acontecimentos de forma fria e sem maiores emoções (o que geralmente não costuma acontecer quando é narrado em primeira pessoa e o leitor tem acesso aos pensamentos e sentimentos mais íntimos do personagem em questão), ou ainda acrescentando detalhes ou acontecimentos que poderiam ser facilmente dispensados sem que afetasse a trama. Ter acompanhado uma história envolta por dor, sangue, morte, tráfico de pessoas, escravidão e ver personagens comendo o pão que o diabo amassou de forma tão crua me soou um tanto insensível, mesmo que em alguns trechos seja possível ter um pouco de admiração pela humanidade e compaixão que outros carregam em si, ou pelo amor que surge entre Haven e Carmine.
Concluir a leitura desse livro foi difícil por ele tocar em pontos delicados e abordar uma realidade que ainda se faz presente em alguns lugares, mas ainda assim é possível ter um pouco de esperança pela história dos personagens, que arranca alguns suspiros e, de certa forma, cativa o leitor.
Desde pequena, Haven teve a vida roubada. Isolada e escravizada, ela cresceu em meio a dor e ao sofrimento, sendo vítima de constantes descasos e violência, vivendo um verdadeiro inferno. Aos dezessete anos ela é vendida a um homem, Dr. Vinvent de Marco, e Haven fica com o pé atrás pois sabe que não pode confiar em ninguém, principalmente aqueles que tratam as pessoas como reles objetos.
Vincent é um médico viúvo, pai de dois jovens, Carmine e Dominic, mas também assume duas vidas ao ser membro da La Cosa Nostras, a máfia italiana.
Carmine passou por alguns perrengues e isso o tornou um jovem bastante inconsequente e rebelde, e pra ele nada valia a pena, até conhecer Haven, e o que ela não esperava era ser tratada com respeito por aqueles homens...
Embora haja muita tristeza, o romance que começa a surgir é muito bonito, principalmente pelo fato de que o amor que Carmine passa a sentir por Haven chega a ser inspirador por transformá-lo de uma forma que ele nunca imaginou. E esse sentimento, essa aproximação tão pura e bonita que eles vivem faz com que Haven perceba que por mais que o mundo seja cruel e cheio de maldades, ainda existem pessoas que carregam a bondade dentro de si.
A capa condiz bem com a história e é muito bonita, tanto por ser em preto e branco quanto pelos detalhes em vermelho do título e da rosa. A diagramação é simples, as páginas amarelas, os capítulos são numerados, as letras são bem miúdas (o que espanta um pouco se levarmos as mais de 500 páginas em consideração) e não percebi erros na revisão.
De forma geral, Sempre é um romance bonito e delicado, mas também fala sobre os vários sacrifícios que as pessoas fazem em busca da felicidade e em nome daqueles que amamos.
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