Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas | FNAC
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street JournalResenha: Janeiro é o primeiro volume da série A garota do Calendário, escrita pela autora Audrey Carlan e publicado no Brasil pela Verus. A série inteira já está sendo publicada desde junho com dois livros por mês e termina no fim do ano, logo, as leitoras podem ficar de plantão sem esperar eras para por as mãos no próximo volume.
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Em janeiro, Mia vai conhecer Wes, um roteirista de Malibu que vai deixá-la em êxtase. Com seus olhos verdes e físico de surfista, Wes promete a ela noites de sexo inesquecível — desde que ela não se apaixone por ele.
Eu gostei do projeto gráfico dos livros pois todos combinam muito bem. A capa é sexy sem transpassar vulgaridade e gosto dessa discrição quando se trata de livros com teor erótico, pois nada fica explícito. A diagramação é simples e não percebi erros na revisão desta edição. De forma geral, a Verus, como sempre, arrasa.
Mia Saunders é uma jovem livre e desimpedida que já não acredita mais em amor depois de ter o coração partido por mais vezes do que ela poderia suportar, mas nem por isso deixou de pensar e sentir falta do bom e velho foda... Isso mesmo... Mia não é nenhuma santinha e tem suas necessidades, minha gente...
Tudo poderia estar às mil maravilhas (ou não) se não fosse pelo fato de seu pai ter sido ameaçado de morte e espancado por um agiota inescrupuloso a quem ele deve a quantia astronômica de um milhão de dólares. Cabe a Mia dar um jeito nesse problema, e, aproveitando que sua tia é dona de um agência de acompanhantes de luxo, ela terá como missão se passar por escort e atender um cliente por mês para pagar a dívida a fim de salvar a vida do pai.
Weston é seu primeiro cliente. Um roteirista de cinema responsável por alguns dos maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos. Ele não poderia ter a atenção ao assuntos profissionais desviada devido as investidas da mulherada que não sai de seu encalço, e Mia entra em cena para se passar por sua noiva e afastar qualquer piriguete interesseira que pudesse aparecer em seu caminho. Seriam 24 dias em companhia de Wes, e Mia nem sequer era obrigada a fazer sexo com ele. Mas será que ficar tão próxima daquele gato maravilhoso e sarado não provocaria nela sensações das quais ela não faz a menor questão de inibir?
A narrativa é feita em primeira pessoa e a autora não faz questão de descrições ou detalhes minuciosos. Ela vai direto ao ponto e conta em poucas palavras o que está acontecendo, e a quantidade de páginas é uma prova disso. Sim, o livro é cheio de coincidências e conveniências absurdas e que me fizeram revirar os olhos uma dúzia de vezes, mas não posso negar que gostei da história de forma geral. Mia é um exemplo de mulher livre que faz o que quer sem se preocupar em estar diminuida frente a homem algum. Ela vai descobrindo que pode se envolver com alguém e curtir os prazeres da vida, sem que haja um compromisso ou um sentimento forte que a prenda a esta pessoa.
A química que existe entre Mia e Wes é explosiva, e o desejo que os consome à primeira vista é inevitável. Eles acabam tendo uma ligação muito intensa, obviamente irão desfrutar de muito sexo, mas esse "noivado" também funciona a base de diálogo inteligente fazendo com que a relação vá além do que está no contrato de acompanhante de luxo. Por mais que eu tenha achado Wes um bofe irresistível e que combina perfeitamente com Mia, não fiquei torcendo por um amor eterno, pois sabemos que ela ainda tem o resto do ano para trabalhar para pagar a dívida do pai, e outros homens vêm por aí.
A gente sabe que sexo vende, até mesmo na literatura. Alguns livros fazem barulho demais, e outros realmente fazem jus ao que prometem. Janeiro foi um meio termo pra mim. Não é tudo o que imaginei devido às conveniências, mas está longe do fiasco amador de um tal de "Mr. Cinza"...
Não sou fã nº 1 do gênero, mas eu gostei da história de forma geral pois através de Mia a autora deixa uma mensagem sobre o empoderamento feminimo embutida em cenas quentes regadas a muito sexo. Mia ultrapassa os próprios limites, quebra barreiras, vence preconceitos e acima de tudo, se descobre como uma mulher cheia de força e de garra, que vai fazer de tudo para proteger e ajudar quem ama, independente dos meios que tenha que recorrer.
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