Autora: Chris Salles
Editora: Outro Planeta
Gênero: Romance/Ficção/Literatura nacional
Ano: 2016
Páginas: 270
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse:Mudar nunca foi a palavra preferida de Bárbara. Porém, depois da separação dos pais, a garota de 15 anos se vê obrigada a migrar com a mãe e os irmãos para Orlando, a cidade americana onde os sonhos ganham vida. E descobre que a fronteira entre o real e o ilusório pode ser mais difícil do que parece. “Como a terra do Mickey, o livro de Chris Salles é cheio de magia, pois nos transporta instantaneamente para a vida da Babi, a protagonista. Com o diário dela nas mãos, nos sentimos íntimos, como se ela fosse uma amiga querida que nos escolheu como confidentes. Através de suas experiências, ela nos mostra que a primeira imagem de uma pessoa pode enganar, que devemos ser mais receptivos, que processos de adaptação podem ser complicados, mas não duram para sempre. Acima de tudo, Babi nos ensina que a vida real também tem seus momentos de contos de fada. Basta a gente permitir que eles aconteçam. E, especialmente, nunca deixar de sonhar” - Paula Pimenta
Resenha: A estreia de Chris Salles, que foi um sucesso no wattpad e elogiado pela escritora Paula Pimenta, mostra vida de uma espevitada menina de quinze anos, Babi, que está preste a se mudar para o lugar dos sonhos de qualquer um: Orlando. Junto da sua família, a garota reencontra seu
E é nesse mundo de sonhos, em meio a trapalhadas e momentos divertidos, que Theo conhece Babi. O garoto é o tipo clichê de galã teen: olhos azuis, cabelo nos olhos, sardas, alto, fofo e muito atencioso. Ele é o tipo de rapaz que toda garota sonha e toda sogra ama. Mas na vida da garota ainda tem o Vini, seu primo que era um amor de infância. Ele já é bem diferente de Theodore: possessivo, calado e introspectivo, mas não deixa de ser bonito e mostrar algumas
A protagonista, que é uma jovem com seus recém quinze anos completados, passa a veracidade dos dilemas dessa fase. Babi teve que deixar seus amigos, se adaptar num novo país sem nem ao menos falar inglês muito bem. Numa narrativa que mostra a visão de Babi a partir de textos num diário, a autora empregou uma linguagem que fala muito bem com adolescentes. Ela carrega dilemas que são de possível identificação com quem está nessa fase de descobertas, paixões, medos pelo futuro e aquele sentimento de não pertencer a lugar algum. Com frases engraçadas e muitas expressões que usamos no dia a dia, a protagonista vai passando por perrengues e usando o bom humor para lidar com isso.
Porém, vale ressaltar que muitas motivações que a levam a tomar certas atitudes são, no mínimo, incomuns. Às vezes ela banca a mimada (quem nunca?), e mesmo que haja alguns momentos difíceis e delicados, a personagem, por ser imatura demais, transforma gotas em tempestades. Algumas atitudes, como entrar no carro de um estranho, foram um pouco incompreensíveis. A regra número um da vida ensinada pelas mães não é "não fale, não saia, não dê bola para estranhos"? Então. No mais, é só levar em consideração a idade da protagonista que tudo se torna mais aceitável.
A literatura nacional sempre é vista com olhos tortos por uns, muito apreço por outros e há quem fique em cima do muro quando o assunto é se posicionar sobre a valorização do autor brasileiro. O que na verdade deve ser levado em conta é a obra e sua qualidade, e não a nacionalidade do escritor. O Diário Internacional de Babi é uma estreia com o pé direito para Chris Salles. O livro fala muito bem com seu público alvo e é uma boa pedida para relaxar e se divertir com as confusões da jovem Babi. As recomendações de Paula Pimenta fazem jus ao conteúdo e se você gosta de histórias que divirtam com aquela pitadinha fofa de romance e humor, a louca viagem de Barbara até Orlando é uma pedida certa.
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