Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance de época
Ano: 2017
Páginas: 272
Nota:★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Honoria Smythe-Smith sabe que, para ser uma violinista ruim, ainda precisa melhorar muito…
Mesmo assim, nunca deixaria de se apresentar no concerto anual das Smythe-Smiths. Ela adora ensaiar com as três primas para manter essa tradição que já dura quase duas décadas entre as jovens solteiras da família. Além disso, de nada adiantaria se lamentar, então Honoria coloca um sorriso no rosto e se exibe no recital mais desafinado da Inglaterra, na esperança de que algum belo cavalheiro na plateia esteja em busca de uma esposa, não de uma musicista.
Marcus Holroyd foi encarregado de uma missão…
Porém não se sente tão confortável com a tarefa. Ao deixar o país, seu melhor amigo, Daniel, o fez prometer que vigiaria sua irmã Honoria, impedindo que a moça se casasse com pretendentes inadequados. O problema é que ninguém lhe parece bom o bastante para ela. Aos olhos de Marcus, um marido para Honoria precisaria conhecê-la bem (de preferência, desde a infância, como ele), saber do que ela gosta (doces de todo tipo) e o que a aflige (como a tristeza pelo exílio de Daniel, que ele também sente). Será que o homem ideal para Honoria é justamente o que sempre esteve ao seu lado afastando todo e qualquer pretendente?
Com seu estilo inteligente e divertido, Julia Quinn enfim apresenta ao público o Quarteto Smythe-Smith, o terrivelmente famoso e adoravelmente desafinado grupo musical que conquistou os leitores antes mesmo que as cortinas se abrissem para ele.
Resenha: O Quarteto Smythie-Smith é famoso por seus musicais inesquecíveis. Mas engana-se quem pensa que é pela boa qualidade. De geração a geração, mulheres da família se juntam num musical para tocar instrumentos, mesmo que não façam isso tão bem. Honoria Smythie-Smith é uma jovem solteira que faz parte do grupo sem nenhum tato artístico. Marcus Holroyd é o melhor amigo de Honoria, e também de Daniel, irmão da moça, que saiu do país e o deixou encarregado de espantar quaisquer pretendentes que não estejam à altura dela. Essa amizade um tanto atípica entre os dois, que já dura tantos anos, é com certeza a receita perfeita para que surja um sentimento mútuo. Devido a um grande e inoportuno acidente, a vida dele fica por um fim e cabe a ela tentar salvá-lo.
Após os Bridgertons, família que protagonizou uma série com nove livros escritos por Julia Quinn, é hora de conhecer um outro grupo de cidadãos londrinos de 1800. No primeiro livro do Quarteto Smythie-Smith vamos encontrar-nos com Honoria, que é a caçula da família. Diferente da série antecessora, essa tem apenas quatro volumes e alguns dos personagens da grande família Bridgerton, como Colin, por exemplo, aparecem em Simplesmente O Paraíso.
As histórias de Quinn são caracterizadas por ter romantismo água com açúcar capaz de arrancar suspiros de cada leitora. No caso de Honoria e Marcos, um epílogo curto mostra um pouco da relação os dois tiveram na infância antes da partida de Daniel. Em suas vidas adultas, eles tem uma relação não tão próxima, mas que começa a se desenvolver para algo mais íntimo com a grave situação de Marcos.
Diferente do que aconteceu nas histórias dos Bridgertons, onde, apesar dos empecilhos ou sofrimentos, havia muito humor e amor, Simplesmente o Paraíso deixa a desejar em tudo isso. Por ser uma trama rápida e de menos de trezentas páginas, é esperado, vindo de Julia, acontecimentos divertidos, amor na dose certa, frases clichês e situações cômicas para arrancar sorrisos de quem lê. Honoria e Marcos, infelizmente, não tiveram muito proveito e para o pontapé de uma série, ficaram aquém do desejado. Ele, por adoecer e ficar numa cama necessitando dos cuidados da moça, é um tanto apático e não faz um grande papel. Toda essa situação gerou uma lentidão no desabrochar do amor e falta de cenas mais divertidas e memoráveis. No mais, o livro é mais sofrimento do que qualquer outra coisa.
Salvo pelas primas de Honoria, que são engraçadas e aparecem em muitos diálogos ao decorrer do livro, Simplesmente o Paraíso é uma leitura muito esquecível. Cenas como um visconde tentando tirar uma abelha dos seios de uma moça (O Visconde que me Amava) ou o mistério de quem era Lady Whistledown, por exemplo, não fizeram parte do primeiro volume do Quarteto Smythie-Smith. Julia Quinn é excelente no que faz, mas neste livro faltou uma pitada de todos os ingredientes que ela está acostumada a usar.
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