Autora: Jessica Brody
Editora: Jovens Leitores/Rocco
Gênero: YA/Sci-Fi
Ano: 2017
Páginas: 336
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Após um acidente aéreo, uma garota é encontrada ilesa e sem memória em meio aos destroços em pleno oceano Pacífico. Ela não estava na lista de passageiros da aeronave e seu DNA e suas impressões digitais não são reconhecidos em nenhum lugar do mundo. Sua única esperança é um garoto estranho e sedutor que afirma conhecê-la. E que eles eram apaixonados um pelo outro. Mas será que ela pode confiar nele para recuperar seu passado e descobrir quem ela realmente é?
Resenha: Uma jovem é encontrada ilesa em meio aos destroços após a queda de um avião cheio de passageiros. Ao acordar, a única sobrevivente do trágico acidente não se lembrava de nada. A garota, que aparentava ter dezesseis anos, não sabia seu nome, pra onde ia ou o que estava fazendo alí. A única coisa que ela queria era que alguém a reconhecesse e fosse ao seu encontro, mas isso não aconteceu. Sem registros no sistema e sem informações sobre ela em lugar nenhum, ela passou a ser chamada de Violet e foi encaminhada a um lar adotivo e temporário onde foi acolhida pelo casal Heather e Scott, e seu filho de treze anos, Cody. Violet só quer seguir em frente, sem muitas esperanças de que sua memória volte, ou até que um parente a procure. Porém, coisas estranhas começam a acontecer com ela, que se vê capaz de fazer coisas que uma pessoa comum não faria, além de começar a acreditar que está sendo perseguida. Quando Zen vai ao seu encontro e alega não só conhecê-la, mas que eram apaixonados antes do acidente acontecer, os mistérios que a cercam parecem só aumentar. Descobrir que seu nome na verdade é Seraphina, e que a verdade sobre seu passado e sobre quem ela é talvez não seja algo muito bom, vai virar sua vida de cabeça pra baixo.
Narrado em primeira pessoa e dividido em três partes, a escrita da autora é bastante fluída e instiga o leitor a querer desvendar o mistério que cerca a protagonista, mesmo que sua forma de detalhar e interpretar os acontecimentos seja um tanto dramática e literal, o que já se torna um ponto um pouco suspeito.
Porém, embora a história tenha uma premissa interessante, não fui convencida pela forma como foi desenvolvida. Aquele velho clichê de "garota desmemoriada em busca por respostas" já foi explorado a ponto de beirar a exaustão e alguns "furos" com relação às coisas que ela sabe ou não sabe me incomodaram. Basicamente ela só se lembra das necessidades básicas que todo ser humano tem, então pra mim não fez muito sentido ela saber o que são coisas como mar, céu e estrelas, quando não se lembra e não sabe o que é um avião.
O que acabei encontrando foi um romance sci-fi sem maiores aprofundamentos na parte científica da coisa, pois o romance que é bem artificial, ao meu ver, deveria ficar em segundo plano e servir como mero complemento, acaba funcionando como impulso para as coisas caminharem. Eu gosto de romances desde que se encaixem com a proposta, e não vejo como numa história que, teoricamente, deveria abordar a tecnologia, a ciência e afins possa dar mais espaço ao desenvolvimento de um relacionamento esquisito quando há coisas mais sérias e urgentes pra se tratar. Chegou a um ponto onde eu já saquei qual era o lance sem que houvesse necessidade de me prender a teorias relacionadas à protagonista ou ao papel de Zen em sua vida.
O que posso afirmar que realmente gostei muito na história foi o papel de Cody, o irmão adotivo e muito nerd de Violet/Seraphina que foi o responsável pelos toques de bom humor e sarcasmo
Reconheço que a história não é ruim. Há todo aquele ritmo intenso, com algumas cenas cujas situações são realmente surpreendentes e envolventes à sua própria maneira. Embora não seja complexa e nem carregada de profundidade, algumas questões reflexivas sobre os reais fatores que tornam alguém humano são levantadas, mas não chega a ser um livro super memorável, principalmente quando há opções melhores do gênero para se investir.
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