Autor: Charlie Donlea
Editora: Faro Editorial
Gênero: Suspense/Policial
Ano: 2017
Páginas: 296
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Alguns lugares parecem belos demais para serem tocados pelo horror...
Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada.
Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso.
E logo se estabelece uma conexão íntima quando um vivo caminha nas mesmas pegadas dos mortos...
E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado...
Resenha: Becca Eckersley é uma estudante de direito, filha de um advogado poderoso, no auge da vida. Ela é jovem, bonita e com um futuro promissor, mas, há algumas semanas, Becca foi assassinada. Embora o crime tenha chocado os moradores da cidadezinha de Summit Lake, a polícia decidiu manter o caso em sigilo, e isso acaba despertando a atenção da jornalista Kesley Castle, que quer descobrir quem matou Becca, e o porquê.
Enquanto Kelsey começa sua investigação, ela, inevitavelmente, se identifica com Becca. As duas sofreram e tiveram momentos dolorosos em comum, e isso serviu como um gatilho para que a jornalista vá a fundo nessa história, sem descanso. Porém, a medida que a investigação de desenrola, várias pessoas se tornam suspeitas, e Kelsey se vê cercada de informações cruciais e segredos sombrios que não só iriam ajudá-la a resolver o caso, mas ajudá-la a superar as cicatrizes de um passado bem parecido com o de Becca.
Assim como nos outros livros do autor, este tem uma narrativa bem fluída, feita em terceira pessoa, carregada de detalhes, e o leitor praticamente participa da investigação feita pela protagonista. Fatos do passado e do presente se alternam de forma dinâmica e intensa, conectando os pontos dentro da investigação.
Os capítulos são curtos e vão mostrando os últimos momentos da vida de Becca, e como eles se encaixam para Kelsey solucionar este caso trágico, e, através disso, podemos perceber o quanto as duas são parecidas e por que Kelsey faz tanta questão de resolver tudo. Ela acredita que resolver o caso ajudaria ela superar um trauma sofrido no passado.
No decorrer da história, é possível que o leitor bole teorias a fim de tentar descobrir quem é o assassino de Becca, e as reviravoltas que a trama oferece acabam nos levando para outro lado várias vezes, porém, desde os primeiros capítulos, eu já desconfiei de um personagem em particular, e por mais que o autor tenha dado voltas e tentando nos fazer pensar que fosse outra pessoa dentre os suspeitos, e inserindo toques de suspense que não me deixaram nada apreensiva, eu não acreditei que o assassino pudesse ser outro. Assim, por mais que a trama prenda e traga situações inesperadas, não foi algo que me surpreendeu tanto como esperei. Não achei que título também tenha muito a ver com a história em si, e talvez fosse melhor que o título original, que é o nome da cidadezinha, fosse mantido, e nem achei que a própria Kelsey teve o devido aprofundamento que merecia para torná-la no mínimo uma personagem interessante. Por mais que ela tenha ficado envolvida emocionalmente com o caso, o que poderia justificar uma suposta fragilidade, Kelsey é uma jornalista experiente e com algum renome, mas o que percebi foi uma enorme falta de tato e percepção. As informações que ela precisava para seguir em frente eram obtidas de forma muito fácil e conveniente, com ajuda dedicada de pessoas improváveis que sequer a viram alguma vez na vida, logo a investigação em si não me soou tão convincente, e nem que ela, como escritora e jornalista, fosse tão competente como fizeram parecer que fosse.
A capa é muito bonita e chamativa, as página amarelas são grossas e de qualidade superior, a diagramação da Faro é ótima, como sempre, e nesta parte só tenho elogios a fazer.
A Garota do Lago, apesar de ter algumas falhas estruturais, é um bom livro policial para quem quer ler de forma despretensiosa e não se liga muito em clichês. Os personagens, embora sem muito aprofundamento, são interessantes e muitas vezes acabam sustentando a trama nas costas, mas não acho que seja um livro totalmente imperdível para os fãs do gênero. É bom, mas esperava mais.
A capa é muito bonita e chamativa, as página amarelas são grossas e de qualidade superior, a diagramação da Faro é ótima, como sempre, e nesta parte só tenho elogios a fazer.
A Garota do Lago, apesar de ter algumas falhas estruturais, é um bom livro policial para quem quer ler de forma despretensiosa e não se liga muito em clichês. Os personagens, embora sem muito aprofundamento, são interessantes e muitas vezes acabam sustentando a trama nas costas, mas não acho que seja um livro totalmente imperdível para os fãs do gênero. É bom, mas esperava mais.
Oi Flávia, tudo bem? Eu costumava ler mais livros com esse caráter policial investigativo, mas há anos não leio algo do gênero, então seria um bom retorno já que prende o leitor que se torna meio "sherlock holmes" junto com os policiais.
ResponderExcluirBeijos, Adri
Espiral de Livros