Temporada: 3 | Episódios: 22
Elenco: Lauren Graham, Alexis Bledel, Melissa McCarthy, Keiko Agena, Scott Patterson, Yanic Truesdale, Kelly Bishop, Edward Herrmann, Liza Weil, Milo Ventimiglia, Jared Padalecki
Gênero: Família/Comédia/Drama
Ano: 2002
Duração: 44min
Classificação: +12
Nota: ★★★★☆
Sinopse: As adoradas Gilmore Girls estão de volta para uma terceira temporada de charme, diálogos inteligentes e engraçados e momentos dramáticos de tirar o fôlego. Para Lorelai e Rory, mãe e filha, este é um ano de mudanças. As expectativas são grandes, princialmente com a formatura de Rory e sua ansiedade para receber uma resposta positiva das faculdades. Mas não é só isso. Rory e Lorelai precisam lidar com seus relacionamentos e os impactos que eles causam em suas vidas.
Faz um tempinho que maratonei a série, mas como pretendo resenhar todas as temporadas em ordem aqui no blog, revi alguns episódios e li alguns resumos pra poder me lembrar melhor dos acontecimentos e poder comentar com o mínimo de propriedade.
Mais um ano cheio de idas e vindas na vida das garotas Gilmore. Último ano de Rory na Chilton, preocupações a mil, e aquela indecisão eterna sobre qual faculdade escolher: Harvard ou Yale.
Rory se sente cada vez menos encantada por Dean, e mais atraída por Jess, enquanto ele desfila por aí com uma nova namorada que não deixa a boca dele em paz nenhum segundo sequer. Pelo menos, estudiosa como é, Rory está bastante focada em sua formatura e na escolha na faculdade. De outro lado, Lorelai e Sookie querem seguir um grande sonho, e planejam inaugurar a própria pousada. É legal acompanhar como cada uma tem um desafio diferente a ser enfrentado, mas que só vem a acrescentar em suas vidas.
Não digo que essa temporada foi a melhor até então, mesmo que a expectativa estivesse alta depois do final da temporada anterior. Houveram momentos emocionantes e outros bem importantes pra podermos entender a questão da causa e efeito que envolve o relacionamento de Lorelai com seus pais e com Chris, pai da Rory, e que tudo o que aconteceu no passado acabou interferindo na pessoa que ela se tornou, mesmo que eu ainda não me simpatize totalmente com ela e essa sua "independência". Mas, o que me fez revirar os olhos mil vezes, foi a questão da quizumba amorosa entre Rory, Jess e Dean, e o quanto esses três conseguem ser ridículos de tantas formas diferentes.
Se antes Jess era aquele garoto inteligente e misterioso, metido a bad boy que despertou a curiosidade de Rory e que se encaixaria como uma luva como seu oposto perfeito, agora que ele finalmente conseguiu "derrotar" Dean e colocado as mãos nesse troféu, vulgo Rory, o moleque se transformou num completo babaca. Esses dois juntos é a coisa mais sem graça que já vi na minha vida, desde o ciúme proposital e forçado que Jess causou nela namorando outra menina nada a ver, até a ideia dele se distanciar pelo motivo de "porque sim". A falta de química é tão evidente, que a ideia dos atores (Alexis Bledel e Milo Ventimiglia) terem namorado na vida real chega a ser inacreditável.Deve ter alguma coisa a ver com a teoria da química amorosa do Joey, de Friends, não é possível...
A cada episódio que abordava esse relacionamento murcho, as coisas pareciam se perder cada vez mais e no final das contas, além de Rory se mostrar um tanto dependente dele, o relacionamento parece só ter existido para que a garota pudesse ter adquirido uma experiência a mais a fim de ser capaz de detectar prováveis embustes.
E nem ouso a falar muito de Dean, porque se antes ele demonstrou ser possessivo, inseguro e mega ciumento, agora ele aparece mais preocupado com Rory pra dar aquele ar de "só dá valor quando perde", mas me arruma uma noiva pra se casar com dezoito fucking anos. Se a ideia do roteiro era dar um jeito de afastar o ator porque ele seguiria outro rumo em outro seriado (Hi, Supernatural!), haviam infinitas alternativas de se fazer isso em vez de enfiá-lo num casamento ridículo com uma menina nada a ver, claramente fadado ao fracasso.
Já Lorelai, por mais que tenha se mostrado vulnerável em vários momentos, precisou sair da sua zona de conforto e encarar de frente várias situações, desde relacionamentos nada a ver, quanto escolhas profissionais, e o próprio orgulho de ver Rory se formando e indo pra faculdade, o que consequentemente separaria as duas. Claro que elas sentiriam muita falta uma da outra, mas a distância acaba gerando uma dinâmica nova e bem interessante entre as duas. Pra elas que sempre estiveram juntas, ficarem separadas por alguns anos era algo totalmente novo, e embora esperado, não era algo que estavam, de fato, prontas pra lidar. Lorelai sabe o quanto vai ser difícil lidar com a ausência da filha enquanto Rory parte para novas e mais interessantes experiências.
Mas o auge mesmo é o relacionamento com Luke, que não engata nunca mais e só faz a gente morrer de ansiedade por essa união que é mais do que óbvia. Então, colocar Luke namorando com uma moça aqui, ou Lorelai ficar dividida entre outro alí, é inútil.
Um episódio dessa temporada (esqueci qual) mostra o passado de Lorelai, quando ela tinha seus dezesseis anos e estava grávida de Rory, e qual foi a reação dos familiares quando descobriram. Ele funciona meio que como um contraste de como foi a espera e o nascimento de Rory, com o nascimento da filha de Chris com sua esposa. Mesmo que não tenha achado que o episódio tenha sido o melhor, atémesmo porque ele tem os momentos presentes com esses flashbacks, ele foi muito importante para esclarecer alguns pontos que dizem respeito a Lorelai adulta. A ideia de uma gravidez na adolescência da filha apavorava Richard e Emily, assim como os pais de Chris. Era algo terrível o bastante para manchar a reputação das duas famílias e todas as escolhas passaram a ser deles, sem que Lorelai fosse consultada em momento algum. Assim, deixar de ter voz e abrir mão do seu poder de escolha, foi o que fez Lorelai se rebelar, desistir do luxo que seus pais lhe proporcionava e poder, enfim, provar que ela poderia se dar bem sozinha e tomando as próprias decisões, sem que ninguém dissesse o que ela deveria fazer. É claro que isso causou problemas e um abismo enorme entre ela e seus pais, mas é o que justifica ela ser assim e o quanto sua liberdade é importante, mesmo que ela ainda sofra internamente por ter feito essa escolha de seguir sozinha com Rory. Isso acaba refletindo também em Richard e Emily, pois por mais que a forma como eles criavam Lorelai pudesse ser "contraditória" para a gente, para eles era o certo a se fazer, então é difícil se colocar no lugar deles e imaginar como é pra eles se sentirem excluídos e afastados das duas meninas que eles mais amavam. Logo, embora Lorelai faça por obrigação e necessidade, Rory tenta ser o mais paciente e compreensiva com eles, talvez a fim de compensar essa "perda". Eles são chatos, claro, mas agora dá pra pelo menos entender o motivo.
Claro que não posso deixar de fazer algumas menções honrosas pra alguns personagens secundários que também ajudar a movimentar essa história, desde Michel, um dos meus preferidos por causa do seu deboche eterno, até Kirk com sua onipresença hilária em Stars Hollow.
Eu gosto da Lane e da sua amizade desinteressada com Rory, mas esse lance de viver em função das leis da mãe por causa de cultura coreana, ou sabe-se lá Deus o quê, é a coisa mais século 18 que existe. Chega a ser irritante as coisas que ela precisa se sujeitar para dar suas escapulidas e poder viver. Não vejo a hora dela enfrentar a Sra. Kim e cuidar da própria vida.
Confesso que eu não gosto muito da Paris, e ela está totalmente surtada nessa temporada. Ela demonstra um lado mais humano, mas continua competitiva demais, principalmente porque parece gostar de esfregar o quanto é inteligente na cara dos outros. Rory tem que ter paciência de Jó pra aguentar essa amizade, mas depois a gente vê que Paris é assim pela necessidade de chamar atenção depois de se dar conta que seus pais estão sempre ocupados demais cuidando de outros assuntos e não dando a mínima pra ela. Sua imagem de mãe é sua babá, e ela ter ido na formatura da garota prestigiar e sentir orgulho de quem ela criou, e vendo onde ela conseguiu chegar, é muito bonito de se ver.
Mais um ano cheio de idas e vindas na vida das garotas Gilmore. Último ano de Rory na Chilton, preocupações a mil, e aquela indecisão eterna sobre qual faculdade escolher: Harvard ou Yale.
Rory se sente cada vez menos encantada por Dean, e mais atraída por Jess, enquanto ele desfila por aí com uma nova namorada que não deixa a boca dele em paz nenhum segundo sequer. Pelo menos, estudiosa como é, Rory está bastante focada em sua formatura e na escolha na faculdade. De outro lado, Lorelai e Sookie querem seguir um grande sonho, e planejam inaugurar a própria pousada. É legal acompanhar como cada uma tem um desafio diferente a ser enfrentado, mas que só vem a acrescentar em suas vidas.
Não digo que essa temporada foi a melhor até então, mesmo que a expectativa estivesse alta depois do final da temporada anterior. Houveram momentos emocionantes e outros bem importantes pra podermos entender a questão da causa e efeito que envolve o relacionamento de Lorelai com seus pais e com Chris, pai da Rory, e que tudo o que aconteceu no passado acabou interferindo na pessoa que ela se tornou, mesmo que eu ainda não me simpatize totalmente com ela e essa sua "independência". Mas, o que me fez revirar os olhos mil vezes, foi a questão da quizumba amorosa entre Rory, Jess e Dean, e o quanto esses três conseguem ser ridículos de tantas formas diferentes.
Se antes Jess era aquele garoto inteligente e misterioso, metido a bad boy que despertou a curiosidade de Rory e que se encaixaria como uma luva como seu oposto perfeito, agora que ele finalmente conseguiu "derrotar" Dean e colocado as mãos nesse troféu, vulgo Rory, o moleque se transformou num completo babaca. Esses dois juntos é a coisa mais sem graça que já vi na minha vida, desde o ciúme proposital e forçado que Jess causou nela namorando outra menina nada a ver, até a ideia dele se distanciar pelo motivo de "porque sim". A falta de química é tão evidente, que a ideia dos atores (Alexis Bledel e Milo Ventimiglia) terem namorado na vida real chega a ser inacreditável.
A cada episódio que abordava esse relacionamento murcho, as coisas pareciam se perder cada vez mais e no final das contas, além de Rory se mostrar um tanto dependente dele, o relacionamento parece só ter existido para que a garota pudesse ter adquirido uma experiência a mais a fim de ser capaz de detectar prováveis embustes.
E nem ouso a falar muito de Dean, porque se antes ele demonstrou ser possessivo, inseguro e mega ciumento, agora ele aparece mais preocupado com Rory pra dar aquele ar de "só dá valor quando perde", mas me arruma uma noiva pra se casar com dezoito fucking anos. Se a ideia do roteiro era dar um jeito de afastar o ator porque ele seguiria outro rumo em outro seriado (Hi, Supernatural!), haviam infinitas alternativas de se fazer isso em vez de enfiá-lo num casamento ridículo com uma menina nada a ver, claramente fadado ao fracasso.
Já Lorelai, por mais que tenha se mostrado vulnerável em vários momentos, precisou sair da sua zona de conforto e encarar de frente várias situações, desde relacionamentos nada a ver, quanto escolhas profissionais, e o próprio orgulho de ver Rory se formando e indo pra faculdade, o que consequentemente separaria as duas. Claro que elas sentiriam muita falta uma da outra, mas a distância acaba gerando uma dinâmica nova e bem interessante entre as duas. Pra elas que sempre estiveram juntas, ficarem separadas por alguns anos era algo totalmente novo, e embora esperado, não era algo que estavam, de fato, prontas pra lidar. Lorelai sabe o quanto vai ser difícil lidar com a ausência da filha enquanto Rory parte para novas e mais interessantes experiências.
Mas o auge mesmo é o relacionamento com Luke, que não engata nunca mais e só faz a gente morrer de ansiedade por essa união que é mais do que óbvia. Então, colocar Luke namorando com uma moça aqui, ou Lorelai ficar dividida entre outro alí, é inútil.
Um episódio dessa temporada (esqueci qual) mostra o passado de Lorelai, quando ela tinha seus dezesseis anos e estava grávida de Rory, e qual foi a reação dos familiares quando descobriram. Ele funciona meio que como um contraste de como foi a espera e o nascimento de Rory, com o nascimento da filha de Chris com sua esposa. Mesmo que não tenha achado que o episódio tenha sido o melhor, atémesmo porque ele tem os momentos presentes com esses flashbacks, ele foi muito importante para esclarecer alguns pontos que dizem respeito a Lorelai adulta. A ideia de uma gravidez na adolescência da filha apavorava Richard e Emily, assim como os pais de Chris. Era algo terrível o bastante para manchar a reputação das duas famílias e todas as escolhas passaram a ser deles, sem que Lorelai fosse consultada em momento algum. Assim, deixar de ter voz e abrir mão do seu poder de escolha, foi o que fez Lorelai se rebelar, desistir do luxo que seus pais lhe proporcionava e poder, enfim, provar que ela poderia se dar bem sozinha e tomando as próprias decisões, sem que ninguém dissesse o que ela deveria fazer. É claro que isso causou problemas e um abismo enorme entre ela e seus pais, mas é o que justifica ela ser assim e o quanto sua liberdade é importante, mesmo que ela ainda sofra internamente por ter feito essa escolha de seguir sozinha com Rory. Isso acaba refletindo também em Richard e Emily, pois por mais que a forma como eles criavam Lorelai pudesse ser "contraditória" para a gente, para eles era o certo a se fazer, então é difícil se colocar no lugar deles e imaginar como é pra eles se sentirem excluídos e afastados das duas meninas que eles mais amavam. Logo, embora Lorelai faça por obrigação e necessidade, Rory tenta ser o mais paciente e compreensiva com eles, talvez a fim de compensar essa "perda". Eles são chatos, claro, mas agora dá pra pelo menos entender o motivo.
Claro que não posso deixar de fazer algumas menções honrosas pra alguns personagens secundários que também ajudar a movimentar essa história, desde Michel, um dos meus preferidos por causa do seu deboche eterno, até Kirk com sua onipresença hilária em Stars Hollow.
Eu gosto da Lane e da sua amizade desinteressada com Rory, mas esse lance de viver em função das leis da mãe por causa de cultura coreana, ou sabe-se lá Deus o quê, é a coisa mais século 18 que existe. Chega a ser irritante as coisas que ela precisa se sujeitar para dar suas escapulidas e poder viver. Não vejo a hora dela enfrentar a Sra. Kim e cuidar da própria vida.
Confesso que eu não gosto muito da Paris, e ela está totalmente surtada nessa temporada. Ela demonstra um lado mais humano, mas continua competitiva demais, principalmente porque parece gostar de esfregar o quanto é inteligente na cara dos outros. Rory tem que ter paciência de Jó pra aguentar essa amizade, mas depois a gente vê que Paris é assim pela necessidade de chamar atenção depois de se dar conta que seus pais estão sempre ocupados demais cuidando de outros assuntos e não dando a mínima pra ela. Sua imagem de mãe é sua babá, e ela ter ido na formatura da garota prestigiar e sentir orgulho de quem ela criou, e vendo onde ela conseguiu chegar, é muito bonito de se ver.
Enfim, já disse antes e repito: Gilmore Gils não é minha série preferida, mas tenho que concordar que ela rende momentos de descontração e até reflexão sobre os dramas que envolvem todo tipo de relacionamentos familiares e amorosos.
Olá
ResponderExcluirEu gosto de Gilmore Girls, mas não amo. O relacionamento da Rory e do Jessy é muito mais interessante antes de começar, infelizmente. É uma série dahorinha, mas não é algo que sacode meu mundo, sabe?
Vidas em Preto e Branco