Review - That Time You Killed Me

2 de junho de 2023

Título: That Time You Killed Me
Editora/Fabricante: Galápagos/Pandasaurus Game
Criador: Peter C. Hayward
Idade recomendada: 10+
Jogadores: 2
Nota:★★★★★
Descrição: “Certo, prontos para começar? Eu tenho que avisar, isso pode reavivar algumas memórias traumáticas. O tempo é complicado desse jeito – nem tudo é causa e efeito. É mais tipo... Causa e efeito borboleta. Só porque alguém morreu ontem não quer dizer que vai estar morto amanhã. Ou Ontem...”. That Time You Killed Me é um jogo narrativo que acontece no passado, no presente e no futuro. Como qualquer outro jogo que bagunça o fluxo do tempo, vocês devem jogar esse conteúdo em uma ordem estrita e inalterável. Prontos para viajar no tempo?

Depois de uns meses de espera, eis que finalmente chegou o tão esperado That Time You Killed Me, um jogo de tabuleiro para dois jogadores com tema de viagem no tempo. Basicamente a história é sobre duas pessoas que estão disputando o título de inventor da viagem no tempo, e pra provar quem inventou, um deles vai precisar ser apagado da história.

Através de três mini tabuleiros quadriculados que representam Passado, Presente e Futuro, os jogadores vão transitar por aí fazendo movimentos verticais ou horizontais, viajando no tempo, fazendo cópias de si mesmo e causando paradoxos com objetivo de esmagar e assassinar o adversário sem dó nem piedade em pelo menos duas linhas temporais.






O jogo é bastante divertido a começar pelo manual de regras. Ele vem com um bilhetinho e é cheio de notas e avisos engraçados - e desaforados - direcionados ao próprio jogador. Há vários níveis de dificuldade, e a orientação é ir jogando e descobrindo aos poucos qual é o próximo passo e o que mais vai aparecer pra dificultar nossa vida, e tudo vem naquele tom misterioso, como se fosse um enorme segredo a ser mantido até o último momento.



Começamos a jogar da forma mais básica, onde cada jogador tem 7 peões que transitam por aí, e um marcador de foco temporal que é usado pra indicar qual será a linha temporal de sua próxima jogada. Quando já tivermos entendido bem a mecânica do jogo e estivermos mais preparados, pulamos para o primeiro capítulo. Nele irão aparecer novas regras e novos elementos que vem nas caixinhas numeradas com orientações de que devem ser abertas de forma cronológica e vai até o quarto capítulo, e nessas caixinhas encontramos novos componentes que dão a possibilidade de plantar sementes que viram árvores, construir estátuas no tabuleiro, adestrar elefantes cor de rosa com chapeuzinhos, ganhar novas habilidades e desbloquear "conquistas", aumentando não só as quantidade de maneiras de matar o outro, como também o nível de dificuldade do jogo quando esses novos elementos com regras próprias, que podem inclusive se sobrepor às regras básicas e iniciais, são adicionados. Também há dicas no manual do que fazer com as peças de acordo com o nível de experiência dos jogadores para um nível de desafio ainda maior. Há um envelopinho secreto escondido debaixo do insert que "não deve ser aberto". Não é nada tããão importante assim, mas não tem como negar que é mais uma tática bem legal e engraçadinha pra manter o jogador curioso e imerso no suposto mistério que o jogo traz e nas descobertas graduais de cada nova "fase".

Ele me lembrou bastante o Santorini por ter essa pegada de xadrez abstrato e a necessidade por parte do jogador em bolar uma boa estratégia pra realizar os melhores movimentos e vencer a partida mas, como as regras permitem que os jogadores desfaçam movimentos desde que ainda não tenham mudado o marcador de foco de lugar, confesso que isso me deixava sempre muito confusa porque eu SEMPRE esquecia onde a peça estava inicialmente e acho que isso acaba atrapalhando não só os desatentos, mas os mais esquecidos como eu.



No mais, apesar de eu ter achado o nome do jogo um tanto complicado e nada chamativo (pelo menos aqui no Brasil), That Time You Killed Me é um excelente jogo de estratégia pra dois jogadores, com design e propostas super bacanas e diferentes, e que tem grande rejogabilidade devido aos elementos diferentes de cada nível e às mudanças nas regras de acordo com o que é inserido. Aqui em casa todo mundo curtiu e o jogo nunca pára numa partida só. Eu adorei.

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