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Adaptação da série "A Mediadora", de Meg Cabot, na Netflix!

5 de setembro de 2020


A Netflix anda investindo pesado em adaptações de livros populares entre os leitores de plantão. Quem não acompanhou o sucesso de The Witcher, Para Todos os Garotos que Já Amei, Desventuras em Série, e afins? Diante dessa variedade de títulos, e com a ideia de que A Seleção e As Crônicas de Nárnia também vão ganhar seu espaço, sempre vai caber mais adaptações de livros, e os fãs das mais variadas séries vão a loucura. Pra quem adora a diva Meg Cabot e suas séries hilárias, pode começar a comemorar, pois a série A Mediadora logo vai entrar no catálogo e vamos poder relembrar as peripécias de Suzannah e seu dom peculiar de se comunicar com os mortos. E a própria autora quem confirmou a notícia pela publicação no twitter da jornalista do The Sun, Rachel Ellenbogen:
Pra quem não conhece, a série conta a história de Suzannah Simon, uma adolescente de dezesseis anos que tem o dom de ver fantasmas com assuntos pendentes que não conseguem ou se recusam a seguir para a luz, mas, sendo uma completa badass sem um pingo de paciência, o jeito dela "ajudar" é descendo a porrada quando eles dão mais trabalho do que o previsto. Até que ela se muda de cidade e, na casa nova, seu quarto é assombrado há cento e cinquenta anos pelo fantasma de Jesse, um rapaz hispânico muito do encantador que começa a mexer com os sentimentos da garota.

Confira as resenhas da série completa aqui no blog:

Obrigada, Netflix! Já estou ansiosa desde já! ♥

Crepúsculo - Meg Cabot

5 de fevereiro de 2020

Título: Crepúsculo - A Mediadora #6
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2006
Páginas: 240
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Desta vez é vida ou morte. Suzannah já se acostumou com os fantasmas em sua vida e é muito aterrorizante ter o destino dos fantasmas em mãos, podendo alterar o curso da história. E tudo ficou pior depois que ela descobriu que Paul também sabe como fazer isso. E ele adoraria evitar o assassinato de Jesse, impedindo-o de virar fantasma e lhe garantindo uma vida tranquila, finalmente... Isso significaria que Jesse e Suzannah jamais se conheceriam. A mediadora está diante da decisão mais importante da sua vida: deixar o único cara que já amou voltar para seu próprio tempo, impedindo assim sua morte... ou ser egoísta e mantê-lo a seu lado como um fantasma. O que Jesse escolheria: viver sem Suzannah ou morrer para amá-la?

Resenha: Nesse sexto volume da série A Mediadora, Suzannah Simon descobriu que seu dom vai além de somente ser capaz de ver fantasmas e ajuda-los a irem para a luz, e a ideia de que os mediadores, de forma limitada, podem se deslocar pelo espaço e tempo para controlarem alguns acontecimentos passados a fim de alterarem o futuro é assustadora. E não só pelo fato de que essa viagem pode ser prejudicial para o destino das pessoas, mas para os próprios mediadores que ficam com a saúde em risco. No caso de Suze, isso é um poder que a deixa apavorada, não por ela, pois ela jamais faria nada pra prejudicar ninguém, mas por Paul que, obcecado por Suze e inflado de ciúmes de Jesse, não desistiu e continua disposto a fazer qualquer coisa pra ter Suzannah ao seu lado (mesmo contra a vontade dela???), incluindo mudar os fatos do passado para impedir o assassinato de Jesse, evitando assim que ele vire fantasma e deixe de existir na realidade atual, trazendo consequências desastrosas. Se Jesse tivesse vivido sua vida tranquila, ele não teria morrido daquela forma e nem ficado preso alí, logo não iria conhecer Suze...
Suze fica num embate bastante dificil: ela ama Jesse de todo o coração, mas diante da possibilidade dele ter de volta sua vida plena e feliz, ela perderia seu amor... E agora? Manter Jesse como fantasma ao seu lado, ou deixá-lo voltar 150 anos atrás e perdê-lo de vez?

Narrado em primeira pessoa, o livro mantém o padrão de bom humor de sempre mas, dessa vez, ele traz uma Suzannah mais madura por conta de tudo o que viveu e aprendeu, mas principalmente pelo problema que ela tem em mãos. É impossível não sentir empatia por ela e pelo sofrimento pelo qual ela está passando por conta do seu amor por Jesse. Dessa forma, o foco fica sobre sua escolha, de deixar Jesse partir ou de impedir Paul de seguir com seu plano maquiavélico. Paul é o típico mauricinho mimado que sempre teve tudo o que quis, e por não saber lidar com a rejeição de Suze, ele começa a fazer de tudo pra atrapalhar esse amor sem considerar que ele é a última pessoa que ela escolheria pra ficar. A gente sabe que Paul é um enorme obstáculo como o "vilão" da série, e sabe que nesse tipo de história gente que nem ele tem exatamente o que merece guardado pro final (não exatamente como eu imaginei, mas valeu a pena), mas chega a ser meio assustador saber que caras como Paul vão além da fantasia e da ficção e são um verdadeiro perigo para as garotas. Nunca se sabe do que são capazes e até onde vão para conseguirem o que querem, e azar o que a outra pessoa quer.

Enfim, eu gostei muito de ter acompanhado a série num geral, ri horrores das maluquices de Suze e da forma "carinhosa" como ela trata os fantasmas, os amigos de Suze e o padre Dom são ótimos, a família de Suze é impagável e única, me emocionei muito com o relacionamento impossível com Jesse e o quanto ele é um sonho de rapaz, mas justamente por ser impossível, eu esperava outro final, qualquer um que não fosse tão previsível e descarado. Não me entra na cabeça a autora ter feito o que fez e eu juro que esperava por um desfecho digno, mesmo que fosse algo a la Titanic, triste e trágico. E justamente por ter acontecido o óbvio, tão emocionante, bonitinho e fofo, com direito a participação especial do pai de Suze, eu vou contrariar todas as expectativas e dizer que não curti.

Sei que a maioria das fãs da série torciam pela união de Suze e Jesse, sei que quem lê os livros da Meg Cabot espera por finais tipicamente felizes que aquecem o coração, mas sabe quando a gente tem certeza como vai acabar mas espera que aconteça o contrário pra surpresa ser real? Pois é... Era o que eu esperava aqui. Continuo sendo fã da série, é uma das melhores da autora, sem dúvidas, e tenho certeza que a maioria das apaixonadas por Jesse vai adorar o destino super conveniente dado aos dois.


Assombrado - Meg Cabot

3 de fevereiro de 2020

Título: Assombrado - A Mediadora #5
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2001
Páginas: 240
Nota:★★★★☆
Sinopse: Suzannah passou o último verão no Pebble Beach Hotel and Golf Resort. Não, ela não estava hospedada com os ricaços. Em vez disso, tomava conta dos filhos deles. Foi assim que ela conheceu Paul Slater. Suzannah era a babá do irmãozinho dele, Jack, e Paul se encantou por ela. Mas é claro que quando um garoto bonitão se interessa por ela as coisas não podem simplesmente dar certo.

Resenha: Depois dos acontecimentos do quarto volume, A Hora Mais Sombria, vai ficar meio difícil falar deste sem soltar uns spoilers... Dito isto, leia a resenha por sua conta e risco.

Em Assombrado, quinto livro da série mirabolante hilária A Mediadora, finalmente parece que Suzannah e Jesse se entenderam depois que ele a beijou. Tudo era flores e amores, se não fosse por Paul Slater, o irmão mais velho e arrogante de Jack, o garotinho de quem Suze foi babá quando trabalhou no hotel no último verão. Paul é como uma pedra pontuda do sapato. Ele sabe disso, mas não se importa, desde que consiga o que quer. Ter tentado mandar Jesse pro além pra se livrar dele foi um exemplo do que o canalha é capaz, assim como bolar outros planos maquiavélicos que só deixam Suze desvairada. A gota foi ter aparecido na escola onde ela estuda como se nada tivesse acontecido, com um sorriso maníaco na boca, demonstrando estar com alguma carta na manga pra seja lá o que for. Porém, Suzannah não pode simplesmente meter-lhe a bicuda e enxotá-lo de sua vida como faz com os fantasmas irritantes e teimosos que se recusam a ir pra luz, pois, de tantas pessoas no mundo, Paul é o mais próximo que tem conhecimentos úteis sobre viagens no tempo a partir de teorias criadas pelo avô dele, assim como sabe sobre se deslocar para a entrada do purgatório, pra onde os fantasmas vão, e isso é algo de muito interesse da garota.
E como não podia faltar, Craig, um fantasma cheio de raiva, começa a causar em busca de vingança achando que outro garoto devia ter morrido em seu lugar, e Suze tem problemas com isso porque o irmão do defunto estudava com Soneca, o meio-irmão dela.

Mantendo o padrão narrativo em primeira pessoa, a história continua hilária e bastante divertida, e com vários toques de mistério. Diferente dos anteriores, este tem um ritmo mais lento por não ter tantas questões a serem resolvidas, mas sim coisas novas desse universo sobrenatural a serem exploradas. O foco maior fica sobre Suze aprendendo a conhecer mais sobre si mesma e seu dom de mediadora, mas Paul, por mais embuste que seja, acaba sendo uma peça fundamental para esse desenvolvimento. Jesse não teve tanto espaço nesse volume, mas por causa das ações de Paul, percebemos que o relacionamento impossível que ele tem com Suzannah acabou ganhando forças por causa da interferência de Paul. Se antes Suze não entendia muito bem ou tinha dúvidas sobre os sentimentos de Jesse por ela, agora ela vai ver que esse sentimento vai além do que qualquer um pode imaginar...

Suze continua firme em suas convicções, contando com o apoio dos seus amigos queridos e do padre Dom, mas sem querer dar o braço a torcer quando tenta resolver tudo sozinha.
Acho que o que não me agradou neste volume, foi a falta dos problemas que os fantasmas causam pra Suze e como ela lida com eles. Embora a autora tenha inserido o fantasma de Craig na história, a sensação que dá é a de encheção de linguiça, e que a mesma história poderia ter sido contada se ele não existisse, afinal, o drama aqui fica sobre o relacionamento com Jesse e os mistérios acerca das informações em posse de Paul, e isso vai sendo desenrolado de uma forma gradual, sutil, e até um pouco cansativa devido ao ritmo. Em vez de Suze precisar enfrentar ameaças fantasmas, o perigo está alí na frente dela, bonito, em carne, osso e insolência.

No mais, embora tenha fugido um pouco daquela coisa toda de fantasmas sendo chutados na bunda, Assombrado é um bom acréscimo a série pelas informações que abriram novas possibilidades pra um futuro questionável, mas um tanto promissor.

A Hora Mais Sombria - Meg Cabot

22 de janeiro de 2020

Título: A Hora Mais Sombria - A Mediadora #4
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2001
Páginas: 272
Nota:★★★★☆
Sinopse: Suzannah sofre com sua paixão por Jesse – o fantasma "muito gato e com abdome de tanquinho", que "vive" assombrando seu quarto. Entre a juventude platinada local, no melhor estilo de OC, a menina tenta se adaptar ao novo colégio e à nova família formada com o segundo casamento da mãe. Entre as recentes amizades e agitos naturais da idade, a menina resolve as pendências do mundo espiritual.

Resenha: Agora que está de férias no colégio, Suzannah continua sem ter sossego. Depois de Andy, seu padrasto, criar uma nova regra na casa que consiste em fazer aulas particulares ou trabalhar durante as férias, Suzannah começa a trabalhar como babá no Pebble Beach Hotel and Golf Resort. Então ela começa a tomar conta de Jack, um garotinho de oito anos filhos de médicos endinheirados que vive assustado e se nega a sair do quarto por um motivo bastante "curioso". Jack tem um irmão mais velho, Paul, que não demora a se interessar por Suze, mas o dono do coração dela é Jesse... O problema é que ela sente que Jesse, o fantasma que mora em seu quarto, não sente o mesmo que ela. É difícil namorar alguém que ninguém pode ver.
Como se isso já não fosse motivo o bastante para deixar Suze pirada, depois que deram inicio a uma escavação no quintal da família para construírem uma mini piscina, o fantasma de Maria de Silva apareceu ameaçando Suzannah com uma faca para tentar impedir as obras, mas em vão. Até que uma lata cheia de cartas enterradas foi descoberta, e se tratava das cartas escritas por Maria da época de quando ela ainda era viva, há 150 anos, com vários segredos. Mas Maria era ninguém menos do que a noiva de Jesse! Agora o medo de perder o namorado fantasma deixa Suzannah em conflito, afinal, vale mesmo a pena lutar por essa paixão impossível?

Acredito que esse é um dos melhores livros dessa série por conta da carga dramática que envolve os sentimentos dos personagens e o romance propriamente dito que é trabalhado com muito mais profundidade. Narrado em primeira pessoa e mantendo o mesmo estilo envolvente de escrita, a história fica centrada sobre o relacionamento impossível de Suze com Jesse, com o medo da perda e milhões de dúvidas pairando sobre a cabeça da garota. O romance ganha um espaço maior, assim como os obstáculos, afinal, se não houvesse amor no ar, a fúria de Maria de Silva talvez não tivesse sido despertada para colocar esse amor à prova.

Embora tenha muito bom humor e cenas cômicas, também há mistérios e cenas de horror (?) e carregadas de ameaças que condizem bem com o lado sombrio do mundo sobrenatural, mas nada pesado que realmente dê medo, estão alí só pra causar uma tensão maior. São tantas emoções, principalmente quando Suze demonstra com sinceridade seus sentimentos, colocando seu jeito desvairado de lado, que eu quase chorei.

Outra coisa bem interessante é que, finalmente, conhecemos os detalhes da história por trás da morte de Jesse, o que levanta várias questões envolvendo a localização do corpo dele e o motivo dele não ter seguido para a luz, que pode acabar tendo um impacto bem considerável na relação com Suze, então é impossível não gostar ainda mais desse fantasma maravilhoso que conquistou o coração de Suze, e os nossos também. E em meio a todo esse romance, ainda acompanhamos o pequeno Jack e as revelações mui interessantes sobre ele, o misterioso Paul que ninguém sabe se é mocinho ou vilão, e a relação familiar de Suze e seus irmãos Mestre, Soneca e Dunga.

Pra quem gosta de leituras leves, engraçadas e cheia de reviravoltas (fofas ou não), a série é mais do que recomendada.

Reunião - Meg Cabot

20 de janeiro de 2020

Título: Reunião - A Mediadora #3
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2001
Páginas: 272
Nota:★★★★☆
Sinopse: Suzannah é uma adolescente como outra qualquer. Bem, quase...Ela tem um pequeno segredo: é uma mediadora. Fala com fantasmas e os ajuda a descansar em paz. Um dom um tanto incomum para ser divido com os colegas, irmãos e até mesmo com a mãe. Mas de uma pessoa Suzannah não conseguirá esconder seu segredo. Gina, sua melhor amiga de Nova York, está na cidade passando uns dias com ela. Durante sua estada, quatro adolescentes morrem num acidente de carro. E Suzannah se vê obrigada a abrir mão de seus dias tranquilos com a amiga para ajudar as almas penadas.

Resenha: Dessa vez, mesmo que ela tenha feito amizade cm Adam e Cee Cee, além do fantasma que mora em seu quarto, Jesse, Suze finalmente recebe a visita de Gina, sua amiga querida de Nova York, e fica muito feliz com sua presença, mas, alguns acontecimentos sobrenaturais obviamente iriam acontecer pra deixar nossa mediadora super ocupada, a pronta pra usar seus métodos nada convencionais pra coloca-los em seus devidos lugares, pra horror do Padre Dom. Quatro adolescentes, os chamados Anjos da RLS (a escola rival do colégio de Suze), sofrem um acidente de carro, caem no mar, morrem, e agora estão furiosos. Tão furiosos que começaram a perseguir e assombrar Michael Meducci, o nerd da sala de Suze, em busca de algum tipo de vingança que Suze ainda não conseguiu assimilar. E ela é a única que pode protegê-lo das garras dos Anjos, mas pra isso teria que abrir mão de alguns momentos com Gina pra fingir que está interessada nas investidas de Michael e ficar perto dele pra coletar informações preciosas. Até que algumas descobertas e revelações a fazem pensar que, talvez, esses fantasmas não sejam os reais vilões dessa confusão toda... E como se isso não bastasse, seu segredo de ser mediadora parece estar prestes a ser descoberto com as desconfianças de Gina.

A escrita de Meg Cabot é sensacional. É simples, fluída, engraçada e totalmente viciante. Narrado em primeira pessoa, continuamos a acompanhar Suze em sua saga rotineira de lidar com fantasmas, além de seus assuntos adolescentes que ninguém tem paciência, mas ainda assim, pelo fato da autora inserir muito bom humor nas situações, é bastante engraçado de se acompanhar, principalmente quando ela fica mais próxima de Michael e percebemos que aquela pose de nerd tímido que sofre bullying parece ser uma fachada pra esconder um menino metido com o ego enorme. Porém, pra proteger o imbecil e investigar, Suze atura o embuste e segue com seu plano pra poder descobrir o que está acontecendo e qual o real envolvimento dele nesse "acidente", e tudo estava começando a ficar muito suspeito. Assim, com a ajuda do padre Dom, Jesse e até a enjoada da Gina lhe dando cobertura, ela tenta chutar a bunda desses fantasmas pra mandá-los pra luz pra descansarem de uma vez por todas e deixarem os vivos em paz.

Suze continua teimosa, e dessa vez seus atos sugerem que alguma coisa não vai prestar nessa história. Logo, por mais que ela nos arranque risadas ou reviradas de olhos, fica no ar aquela tensão de que o perigo está mais próximo do que ela pensa e cedo ou tarde vai se lascar. Sei que Suze gosta muito de Gina e sentiu a falta dela, mas pelo amor de Deus... Gina é um porre que consegue ser ainda mais fútil que a própria Suzannah. A maluca só pensa em garotos e parece não dar a mínima pra amiga que foi visitar, mas ainda assim, Suze trata tudo com naturalidade, para nosso desgosto. Ela e Jesse continuam brigando como nunca, mas a gente sabe que essa troca de farpas é um misto de amor, amizade, carinho e preocupação.

Enfim, a história da série num geral é simples, mas é bastante engraçada e envolvente. Pra quem gosta de livros juvenis com situações mirabolantes envolvendo o sobrenatural, é leitura super indicada.

O Arcano Nove - Meg Cabot

4 de abril de 2019

Título: O Arcano Nove - A Mediadora #2
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2001
Páginas: 270
Nota:★★★★☆
Sinopse: Para uma adolescente, trocar de cidade pode ser um trauma. Para Suzannah, a mudança de Nova York para Califórnia está sendo ótima: novos amigos, muitas festas e dois caras bonitões e muito interessantes. Só que um deles é um fantasma. E o outro pode matá-la. Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de se comunicar com os mortos e resolver as pendências deles na Terra. A velha casa para onde se mudou com a mãe e o padrasto é assombrada por Jesse, um fantasma jovem e gentil. Como Jesse não liga muito para ela (e, além do mais, está morto), Suzannah se entusiasma com o interesse de Tad Beaumont, o garoto mais cobiçado da cidade. Mas o fantasma de uma mulher, cujo assassinato pode ter relação com um mistério no passado de Tad, a atormenta. E a vida de Suzannah pode estar ameaçada. Ser adolescente é complicado. O que dizer de uma garota que precisa dividir sua atenção entre a própria vida e a morte dos outros?

Resenha: As peripécias de Suzannah continuam nesse segundo volume da série A Mediadora, e dessa vez, a patricinha super badass arrumou mais um problema pra sua cabeça. Enquanto Suze se adapta à nova vida na Califórnia, com a ajuda de padre Dominic, ela precisa "cuidar" dos fantasmas que deixaram alguma pendência que aparecem. Tudo estava indo bem, obrigada, até que Suze recebe a visita de uma fantasma que insiste que ela deve dar um recado para alguém chamado "Red". A fim de ajudar a mulher morta, Suze começa a fazer suas investigações e acaba sendo levada a Tad Beaumont, um garoto liiiindo e super cobiçado pelas garotas, que ela havia conhecido a um tempo atrás. Essa aproximação com Tad desperta uma curiosidade maior em Suzannah, afinal, Jesse, o fantasma super gentil e bonito que habita em seu quarto, aparentemente, não quer nada com ela - e, tecnicamente, tal relacionamento seria impossível -. Logo, não seria mal arrumar um namorado e curtir um pouco pra se distrair de tanta confusão. Mas a medida que ela investiga mais sobre Tad e sua família por causa do fantasma da mulher que lhe pediu ajuda, ela percebe que corre risco de vida quando descobre mais do que deveria...

Seguindo o mesmo padrão do livro anterior, a narrativa e feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Suze e, embora sua personalidade e comportamento não tenham sofrido muitas mudanças, ela continua impagável, tanto no bom humor, quanto na forma de resolver as questões sobrenaturais no braço ou na bicuda, mas também nos deparamos com algumas situações onde sua futilidade e suas ações impulsivas, muitas vezes irritam um pouco. Sua preocupação com a aparência, ou a maneira como ela se sente no direito de julgar os outros de acordo com o que fazem ou deixam de fazer, é bastante questionável, mas chega a ser compreensível se levarmos em consideração que a menina ainda é uma adolescente, sua vida está virada de cabeça pra baixo depois de tantas mudanças, e ela ainda tem que lidar com um dom maluco que não pediu pra ter. Padre Dom insiste muito para que Suzannah aprenda a tratar melhor os fantasmas, explicando a situação dessas almas perdidas e necessitadas de ajuda na maior paciência do mundo, e a menina está lá, aérea e nada interessada no que ele tem a dizer, pensando em coisas aleatórias como plantas que dão alergia. Ela só recorre a ele quando lhe convém. Ainda falta um longo caminho de aprendizado e amadurecimento pela frente, então vamos aguardar com paciência, pois ela é bem teimosa, mas não chega a ser um caso perdido.

Jesse continua um fantasma super fofo e ele acaba sendo o responsável por salvar a história toda vez que aparece. Ele é bastante reservado, não gosta de falar sobre sua própria morte, tem uma mania super esquisita de sumir ou aparecer do nada para Suzannah (o que a deixa morta de raiva), mas a ligação entre os dois só cresce, as conversas se intensificam, e a curiosidade só aumenta. Os momentos entre os dois são hilários, a forma como Suze fica desconcertada e com a voz esganiçada ao conversar com ele é muito engraçada. Ela, obviamente, fica balançada pelo charme de Jesse, mas ambos sabem que, por mais que algo esteja florescendo entre os dois, é um relacionamento impossível de se firmar, por isso Tad entra na parada. Ele inclusive tem seus segredos e é rodeado por mistérios que se alongam em excesso, mas seu papel na história até que foi bem colocado.

Os novos amigos de Suze, Adam e Cee Cee, são ótimos, mas por mais que sejam carismáticos e companheiros, eles, assim como os demais personagens secundários incluindo a família nova e seus irmãos postiços, não ganham tanto aprofundamento, e eles acabam perdendo espaço para os fantasmas.

O mistério acerca de Red foge de maiores clichês e, embora não seja bombástico, surpreende pelo rumo que toma. A história de forma geral é leve e divertida, e funciona muito bem como leitura rápida para curar uma ressaca literária, logo não há tantas reviravoltas mirabolantes ou complexidade na trama para fervilhar nossas cabeças. O único porém é que Meg Cabot relembra constantemente acontecimentos do livro anterior, talvez para refrescar a memória do leitor, e isso acaba tornando a história repetitiva e um pouco cansativa pra quem ler os livros em sequência.

No mais, O Arcano Nove foi uma boa sequência. Tem algumas passagens confusas e meio nonsense, eu admito, mas se tratando de Meg Cabot, e de uma protagonista maluca que esmurra caras fantasmagóricas, podemos esperar qualquer coisa.

A Terra das Sombras - Meg Cabot

24 de março de 2019

Título: A Terra das Sombras - A Mediadora #1
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2000
Páginas: 288
Nota:★★★★☆
Sinopse: Falar com um fantasma pode ser assustador. Ter a habilidade de se comunicar com todos, então, é de arrepiar qualquer um. A jovem Suzannah seria uma adolescente novaiorquina comum, com seu indefectível casaco de couro, botas de combate e humor cáustico, se não fosse por um pequeno detalhe. Ela conversa com mortos. Todos eles. Qualquer um. Ela é uma mediadora, em termos místicos, uma pessoa cuja missão é ajudar almas penadas a descansar em paz. Um dom nada bem-vindo e que a deixa em apuros com mãe e professores. Como convencê-los da inocência nas travessuras provocadas por assombrações?

Resenha: A Terra das Sombras é o primeiro volume (de sete) da série A Mediadora, da autora maravilhosa, ilustre e diva Meg Cabot. Suzannah Simon é uma adolescente de dezesseis anos que se muda de Nova York pra Califórnia devido ao segundo casamento de sua mãe com Andy, que já é pai de três filhos. Ela é uma garota de humor ácido e aparentemente normal, se não fosse pela sua personalidade "forte" e seu dom de ver de fantasmas, e de chutar suas bundas quando se recusam a colaborar. Suze é uma mediadora, e sua missão é ajudar essas almas a resolverem seus assuntos pendentes para que possam passar para o outro lado e descansar em paz, mesmo que seja à força ou na base da porrada.
Quando ela chega na Califórnia, se depara com uma casa vitoriana bastante antiga onde seria seu novo lar, mas o que ela não esperava era ter que dividir seu quarto com Jesse, o fantasma de um jovem hispânico, lindo e encantador que está preso alí há cento e cinquenta anos. E como se não bastasse, a nova escola em que ela vai estudar está sendo assombrada por uma ex-aluna que se suicidou e quer se vingar do ex-namorado a qualquer custo, ameaçando a segurança dos outros alunos. Assim, Suzannah, com a ajuda do padre Dominic (que também é um mediador) entra em cena com seus poderes para ajudar os novos colegas de escola e seus professores.

Lembro que li os seis primeiros livros entre 2010-2011 mas até hoje a história está bem fresca na minha memória, coisa que é bem difícil de acontecer com a maioria dos livros que leio.
Por mais que a história seja voltada para um público mais adolescente, o que acaba conquistando o leitor é a narrativa. O livro traz uma história bem teen e sobrenatural, é super rápido de ser lido devido a escrita fácil e envolvente, os toques hilários de muito bom humor e um pouco de romance, e os personagens são muito bem construídos. Não nego que há algumas inconsistências que tornam algumas cenas um tanto questionáveis, principalmente quando partem de algo que já existe em determinadas crenças/religiões e no livro acaba sendo um pouco distorcido, mas relevei esses pontos considerando que se trata de uma fantasia. Se não é algo que comprometa a história de forma geral, então está tudo bem, mesmo que a autora pudesse ter feito uma pesquisa um pouco mais elaborada para tornar as ações dos personagens mais "realistas".

A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista da protagonista e inicialmente, por mais "badass" que ela seja, é possível revirar os olhos para seu comportamento e atitudes em alguns momentos. Às vezes, Suze se comporta feito uma criança mimada, egoísta e birrenta, e a vontade é de lhe dar uns chacoalhões para aprender a ter um pouco mais de noção, pois nem tudo se resolve no braço ou do jeito que ela acha que deve, mas também tenho que admitir que quando a coisa começa a ficar tensa, só tive admiração por ela ser uma garota tão jovem, mas tão cheia de coragem para enfrentar perigos sem se deixar abalar. Outra pessoa no lugar dela, tendo que lidar com o que ela lida, no mínimo, borraria as calças. Assim, vamos acompanhando a rotina de Suzannah ao se adaptar numa nova cidade, numa nova escola, numa nova casa com uma nova família, ao mesmo tempo em que tenta convencer Heather, o fantasma da menina que se suicidou, a se desprender de suas mágoas para que ela, enfim, possa seguir em direção a luz. Mas se não é fácil lidar com os vivos, imaginem com os mortos, principalmente os teimosos?

Os personagens secundários colaboram para o desenvolvimento não só da trama, mas do crescimento e amadurecimento pessoal de Suze, então vemos a importância da família, mesmo aqueles que já morreram mas se recusam a partir, e dos amigos. O bacana dos livros da autora é que ninguém que aparece na história fica completamente esquecido ou não tem alguma função que tenha alguma relevância.
Padre Dom, por exemplo, é o padre da escola. Ele bastante bondoso e vai auxiliar Suzannah (ou pelo menos tentar) em suas missões com os fantasmas de uma forma que ela seja mais paciente e não trate as almas penadas e teimosas como lixo. Jesse também é um fofo e consegue ser o melhor personagem da história, e sua forma de tratar Suze com tanto carinho, a chamando de "hermosa" e tudo mais, é muito bonitinho.

No mais, pra quem procura por um livro divertido e despretensioso, rápido de ser lido e que, com certeza, ajuda a sair de uma ressaca literária, é leitura mais do que indicada.

Lembrança - Meg Cabot

25 de agosto de 2016

Título: Lembrança - A Mediadora #7
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: YA/Sobrenatural
Ano: 2016
Páginas: 422
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Meg Cabot retorna com uma divertida e sexy continuação da saga de Suzannah Simon, a menina que via fantasmas... e os ajudava a passar para a luz Agora, mais velha e experiente, tudo que Suze quer é causar uma boa impressão no primeiro emprego desde sua formatura — e desde o noivado com o Dr. Jesse de Silva, ex-espírito e sua alma gêmea. Como não bastasse, um fantasma de seu passado resolve aparecer. E esse não é um espectro que ela possa mediar. Afinal, Paul Slater está bem vivo, milionário e, ainda por cima, é o novo proprietário da antiga casa de Suzannah. Aquela na qual conheceu Jesse. Isso não seria um problema se ela não tivesse acabado de descobrir que uma antiga maldição poderá transformar seu amado num demônio, caso seu antigo local de descanso seja demolido, como Paul pretende. Agora ela precisa dar um jeito em Paul, que a está chantageando sexualmente — isso mesmo... ou ela dorme com ele, ou perde Jesse —, enquanto tenta ajudar uma caloura assombrada por uma menininha muito poderosa... 
Resenha: Quinze anos após o início de A Mediadora, Meg Cabot traz de volta Suzannah Simon, a garota que vê fantasmas e os ajuda passarem para a luz (mesmo que seja com sua marca registrada: a boa e velha surra), em Lembrança, o sétimo volume desta série sobrenatural, hilária e muito fofa.

Vale ressaltar que a história não se passa imediatamente após os acontecimentos de Crepúsculo, sexto volume, em que Jesse deixa de ser um fantasma e volta à vida. Seis anos já se passaram desde então, Meg Cabot inclusive escreveu O Pedido, um conto extra que antecede o sétimo volume e, embora a leitura não seja necessariamente obrigatória, serve como introdução para que os leitores saibam como está o casal e como Jesse propôs casamento à Suze.

Enfim, Jesse e Suze estão noivos. Enquanto ele, já formado, está trabalhando como pediatra residente num hospital em São Francisco, Suzannah está fazendo um estágio (não remunerado) como conselheira juvenil na Academia Missão Junipero Serra, a antiga escola que estudou quando adolescente. Para não perder os velhos hábitos, Suze continua arrumando várias confusões com os PMNO (Pessoa Morta Não Obediente) e a história já começa com ela participando de um leilão online de uma bota para que ela possa chutar as bundas desses espíritos teimosos com muito estilo.
Tudo estava indo muito bem, obrigada, até ela receber um email de Paul Slater, que se tornou um empresário muito rico. Ele agora é proprietário do antigo casarão onde Jesse havia morrido e Suze foi morar 150 anos depois, e sua intenção é demolí-lo, mas não antes de chantageá-la da forma mais indecente possível com uma maldição terrível que iria interferir na existência do próprio Jesse. E como se isso não fosse um problema suficiente, ela ainda se depara com Lúcia, uma criança morta que anda assombrando Becca, umas das calouras da Academia. Este será um caso bastante difícil para nossa querida mediadora resolver... Lidar com um fantasma furioso que quer matá-la e com um completo idiota querendo destruir seu noivado não era algo que estava nos planos de Suzannah...

Faz alguns anos que devorei a série A Mediadora e precisei dar uma folheada nos livros para poder me lembrar de alguns detalhes e me situar melhor para iniciar este volume. Lembro que estava gostando demais da série até que Crepúsculo trouxe um final extremamente previsível - e impossível - e justamente por isso eu torcia para que fosse diferente. O final feliz e absurdo não me fez desgostar da série mas, por ser fechado e encerrá-la de forma satisfatória, confesso que, até então, não esperava que uma continuação ainda pudesse ser escrita. Talvez meu receio maior fosse o mesmo que muitos fãs tiveram: Ver como Suze e Jesse estariam no futuro, já adultos, enquanto precisaríamos lidar com a ideia de que o ambiente juvenil e os dilemas da garota badass não fizessem mais parte do pano de fundo da história. Felizmente, trata-se de Meg Cabot. E é difícil essa autora nos decepcionar...

O livro é narrado em primeira pessoa e é impossível não morrer de rir do temperamento de Suze ou de seus diálogos hilários com os demais personagens. A leitura é divertida, flui maravilhosamente bem e, embora tenha descrições em excesso, é praticamente impossível perder a empolgação ou largar. Nele podemos encontrar as famosas aventuras de Suze, mas Meg Cabot também inseriu alguns temas bastante delicados e dignos de reflexão, mas abordados de forma bastante sutil e sem maiores aprofundamentos.

Para quem não se lembra, Paul Slater é irmão mais velho de Jack, o garotinho mediador que aparece no quarto volume da série, A Hora Mais Sombria, de quem Suze foi babá. Paul vivia dando em cima da garota mas, por causa dos sentimentos por Jesse, ela ficava em cima do muro, até ele também se revelar um mediador poderoso no decorrer da série e tentar exorcizar o fantasma de Jesse de sua vida. Mas quando ele tentou assediá-la que a coisa ficou feia e Suze não queria vê-lo nem pintado de ouro. Nem preciso dizer que Paul é impossível e não encarou a rejeição muito bem. Ele seria capaz de dos truques mais sórdidos para por as mãos em Suze mas, no final das contas, pude chegar a conclusão de que ele é um cara mimado e cheio de problemas que distorceram seu senso de realidade, fazendo com que ele se comporte feito um imbecil. Através dele a autora evidencia a ideia de como um homem jamais deve ser.
"Existe uma explicação racional e científica para tudo. Até o 'dom' de ver fantasmas parece ter um componente genético. Provavelmente também existe uma explicação científica para o que aconteceu com Jesse.
Uma coisa que não tem explicação - pelo menos não uma que eu tenha encontrado até hoje - é Paul."
- Pág. 22
Suzannah continua impagável e ela não perdeu nenhuma das suas características que a tornaram tão cativante. Ela é única, engraçada, desbocada, irônica e não perde tempo com o que não importa, mas quando o assunto é Jesse e seu relacionamento com ele, ela dá tudo de si e enfrenta qualquer um. Eu adoro essa protagonista e me identifico com ela em vários pontos. Mesmo que ela agora seja adulta e tenha outros objetivos em vista, ela permanece com a personalidade intacta e este foi um ponto bem positivo pra mim.
"- Nunca falei que não creio em nada. Eu creio em fatos. E o fato é que quero ficar com Jesse porque ele me faz sentir uma pessoa melhor do que acho que sou na verdade."
- Pág. 29
Jesse é um noivo superprotetor. Ele se preocupa muito com o futuro, quer ter sucesso na carreira para poder dar uma vida boa e confortável à sua futura esposa. Como ele veio do século XIX, ele é um verdadeiro cavalheiro, sempre muito conservador e até antiquado, mas muito, muito fofo.
Os personagens secundários não foram esquecidos, e achei o máximo poder revê-los mesmo que alguns tenham participações menores do que outros. Os meio-irmãos de Suze dão o ar da graça, assim como Gina e Cee Cee, as melhores amigas de Suze, e sem esquecer do Padre Dominic, que é o maior mentor dela.


Apesar de ter o fundo branco em referência ao casamento, a capa é uma graça e combina com as dos volumes anteriores mantendo o mesmo estilo de fonte, lombada e diagramação. A única diferença está no tamanho da fonte e espaçamento, que são menores.
Uma das pequenas ressalvas que tenho é com relação a tradução. Lembrança (assim como O Pedido) não teve o mesmo tradutor que os seis volumes anteriores e alguns termos dos quais os fãs já estavam familiarizados foram alterados. Por exemplo, "Mi hermosa" virou "mi amada" e morri de desgosto pelo "dialeto carinhoso" e típico de Jesse ter se perdido dessa forma. Acho que quando se trata de uma série deve-se manter não só as capas, mas as características da narrativa dentro de um mesmo padrão de estilo.

Em suma, Lembrança é um livro divertidíssimo que deixa aquele gostinho agridoce na gente e que, enfim, dá um desfecho mais do que satisfatório à esta série tão amada.