Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Gênero: YA/Aventura/Romance
Ano: 2018
Páginas: 384
Nota:★★★★★♥
Sinopse: No último volume da trilogia A Rebelde do Deserto, Amani vai se deparar com a escolha mais difícil que já teve que fazer: entre si mesma e seu país.
Quando a atiradora Amani Al-Hiza escapou da cidadezinha em que morava, jamais imaginava se envolver numa rebelião, muito menos ter de comandá-la. Depois que o cruel sultão de Miraji capturou as principais lideranças da revolta, a garota se vê obrigada a tomar as rédeas da situação e seguir até Eremot, uma cidade que não existe em nenhum mapa, apenas nas lendas — e onde seus amigos estariam aprisionados.
Armada com sua pistola, sua inteligência e seus poderes, ela vai atravessar as areias impiedosas para concluir essa missão de resgate, acompanhada do que restou da rebelião. Enquanto assiste àqueles que ama perderem a vida para soldados inimigos e criaturas do deserto, Amani se pergunta se pode ser a líder de que precisam ou se está conduzindo todos para a morte certa.
Resenha: Amani, a famosa bandida de olhos azuis, está de volta nesse desfecho super esperado da trilogia A Rebelde do Deserto, pronta para tentar por fim no reinado de Oman.
Após a traição de Leyla e da captura dos líderes da rebelião pelo sultão, Amani passou a ficar a frente da rebelião, liderando os rebeldes. Mas ao mesmo tempo que lidera os rebeldes, Amani também precisa correr contra o tempo para encontrar a lendária e misteriosa cidade de Eremot, o suposto local onde seus amigos estariam aprisionados, e salvar Miraji da destruição, mesmo que ela esteja cada vez mais vulnerável à situação e correndo incontáveis riscos, não somente devido a guerra iminente contra o sultão, mas também contra uma magia antiga e muito forte que se encontra no deserto...
A escrita e a narrativa da autora são maravilhosas, continuam melhores do que nunca. A leitura é fluída e envolvente, a história é intensa, super agitada, sempre há contratempos, momentos de aflição pura, surpresas e reviravoltas de deixar o cabelo em pé. Os personagens continuam sendo muito bem desenvolvidos, assim como seus relacionamentos que, embora importantes e bem construídos, não ofuscam a questão da guerra e ainda intensificam a ideia da esperança que as pessoas tem de um novo mundo.
A mitologia da trama é super interessante, principalmente no que diz respeito à criação do mundo e à magia, e como esses elementos interferem em cada acontecimento da história, deixando tudo muito mais rico.
Amani continua uma ótima protagonista, mas, devido aos acontecimentos e ao enorme perigo que todos correm, ela se questiona muito sobre sua posição como líder da rebelião, se o que ela está fazendo é a coisa certa ou não. Ela segue cheia de receios, sabe que suas decisões vão determinar o futuro, mas também sabe que no meio do caminho poderão haver perdas irreparáveis. O jeito é seguir em frente, se reerguendo a cada queda, sem desistir e sempre lutando pela liberdade do povo.
Os demais personagens também são ótimos, e por mais odioso que o sultão seja, ele não é um vilão genérico que é mau porque sim. Ele tem suas motivações, que mesmo inaceitáveis, até são compreensíveis.
A Heroína da Alvorada me proporcionou uma leitura incrível, e posso dizer que não só encerrou a trilogia com chave de ouro, como foi um dos livros mais legais que li até então. Ri, chorei, fiquei aflita e não conseguia largar o livro enquanto não cheguei ao fim. Pra mim, o desfecho desse trilogia que evoluiu a cada volume foi épico, inesquecível, e é impossível não recomendar a leitura.