Título: O Círculo Rubi - Bloodlines #6
Autora: Richelle Mead
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Sobrenatural
Ano: 2015
Páginas: 340
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Depois que Sydney Sage escapou das garras dos alquimistas, que a torturaram por viver um romance proibido com Adrian Ivashkov, o casal se exilou na Corte Moroi. Hostilizada por todos ao seu redor por ser uma humana casada com um vampiro, a garota quase não sai de casa e perde a noção do tempo, trocando o dia pela noite.
Mas logo Sydney se vê obrigada a abandonar seu refúgio, já que seu coração continua apertado desde que Jill Dragomir desapareceu. O sumiço da jovem princesa vampira coloca em risco toda a estabilidade política dos Moroi… Agora Sydney precisa descobrir quem está por trás desse sequestro para dar um jeito de trazer a amiga de volta - e ao mesmo tempo alcançar sua própria liberdade.
Resenha: Como nos despedirmos de Adrian e Sydney Ivashkov? É possível não sentir saudades deles, juntamente com Rosemary Hathway e Dimitri Belikov? Vampire Academy e Bloodlines são duas séries distintas que se unem como uma só. Para quem acompanhou a trama desenvolvida por Richelle Mead, que se originou em 2006, mal esperava por uma "continuação" num spin-off. É com uma dorzinha no coração que escrevo essa última resenha sobre o mundo dos Moroi. Mas será que é mesmo o fim?
Desde o primeiro volume, Laços de Sangue, a mudança em Sydney foi notável. É incrível, pois a maioria dos leitores a tiveram como uma personagem chata e ranzinza no começo. O Lírio Dourado foi um pequeno divisor de águas, trazendo questionamentos para Sage - agora Ivashkov - e quebrando o encantamento que os alquimistas tinham sobre ela. Mesmo com alguns questionamentos, a jovem deu continuidade a suas mudanças em O Feitiço Azul, mas foi em Coração Ardente que a nossa querida heroína se mostrou vulnerável e forte ao mesmo tempo. Mead sabe como brincar com o coração de cada leitor seu, e não foi diferente em Sombras Prateadas, quando a ex-alquimista-atual-bruxa passou por provações severas, Adrian nunca a abandonou e esse casal rendeu vários momentos fofos e cativantes ao longo da história.
O Sr. Ivashkov é, além de bonito e galante, um vampiro sentimental. A aparição dele se deu lá trás, bem longe, em Aura Negra, o segundo volume de Academia de Vampiros. A personalidade dele sofreu várias mudanças durante nove livros dos quais participou. O triste "final" dele num primeiro momento deixou aquela sensação ruim no peito. Foi aí que Richelle deu a ele a sua chance de um lindo desfecho e presenteou a nós, leitores, com Bloodlines. A cada instante o amor dele por Sydney se provou palpável, e, apesar de suas trapalhadas com o Espírito, as intenções dele sempre foram as mais puras e sinceras. Ai (suspira), como é possível não querer um spin-off do spin-off para ter um pouco mais de #Sydrian?
Mas não é só o casal que acompanhamos na trama, não. A amizade é algo muito precioso para qualquer um, não é mesmo? Sydney e Adrian tiveram os melhores amigos durante suas provações. Eddie, o dampiro que todos bem conhecemos, se tornou o melhor amigo de Sage para ajudá-la em todas as suas necessidades. Angelina, a dampira que vivia com os Conservadores e que conhecemos em Promessa de Sangue, rendeu bons momentos de diversão a todos. A Sra. Terwilliger, professora de história e artes mágias de Sydney, ganhou um destaque notório ao longo da história e sua ajuda foi essencial nos mais difíceis momentos. Rose e Dimitri estão mais presentes nesse volume e a sensação foi de matar a saudades, literalmente. Num todo, cada personagem dessa série foi cativante e sentirei falta de acompanhar a cumplicidade deles.
Apesar de todo meu amor e devoção pela série, sinto umas pequenas falhas.O final de Academia de Vampiros foi um tanto morno e esse fato acontece de novo em Bloodlines. O Círculo Rubi traz Sydney e Adrian buscando a princesa Jill, que foi raptada e está prestes a ser morta para que a rainha Lissa possa ser desposta do seu trono. Costumo elogiar Richelle Mead pela sua narrativa ágil e inteligente, mas alguns fatos são passados de forma muito rápida e rasteira. Certos trechos necessitam de mais trabalho na narração. Como num momento decisivo que está prestes a determinar o destino dos personagens, a autora usou menos que duas páginas para desenrolar tudo? Isso não torna tudo negativo, porque a essência da série está em Sydney e Adrian, mas era de se esperar um pouco mais do que 340 páginas para o ato final.
O Círculo Rubi foi um encerramento maravilhoso, sim. Não é o tipo de série que vemos vários personagens morrerem ou cenas sangrentas cheias de brigas. Richelle tem o dom para escrever e mais uma vez cativou com uma trama recheada de amor, carinho, suspense, cumplicidade e personagens cativantes. O final de uma história, quando boa e cativante, é sempre difícil. Esse teve um requinte de contos de fadas. Nas últimas páginas imaginei se essa foi a última vez que vimos Adrian, Sydney, Rose e Dimitri... E é bem provável que não...