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Capitolina - O Poder das Garotas - Várias Autoras

12 de janeiro de 2016

Título: Capitolina - O Poder das Garotas #1
Editora: Seguinte
Gênero: Juvenil/Nacional
Ano: 2015
Páginas: 192
Nota: ★★★★★
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Textos escritos e ilustrados por garotas que buscam representar todas as jovens, inclusive as que não se encaixam nos moldes tradicionais da adolescência A revista on-line Capitolina surgiu em 2014 como uma alternativa à mídia tradicional voltada ao público feminino adolescente. Sua proposta é criar um conteúdo colaborativo, inclusivo e livre de preconceitos, abordando temas como relacionamentos, feminismo, cinema, moda, games, viagens e muito mais. Esta edição reúne os melhores textos publicados em um ano de revista, além de vários artigos inéditos e atividades interativas, para que cada leitora também ajude a construir o livro. As jovens vão encontrar conselhos, dicas, reflexões, muito apoio e, principalmente, a sensação de que não estão sozinhas. 

Resenha: Capitolina é uma revista online que se mantém de forma independente e é voltada para o público feminino adolescente.
Muitas garotas se sentem excluídas pelos moldes tradicionais da adolescência e a revista apresenta textos e matérias que abordam assuntos realmente relevantes, que fogem das questões da beleza, da conquista, do consumismo e das demais futilidades, mostrando que todas essas garotas têm espaço para crescerem da forma como são, e não da forma como a sociedade idealiza.
Depois de mais de um ano de publicações online, o projeto se transformou em um livro publicado pela Seguinte, e os melhores textos e ilustrações foram cedidos para compô-lo, além de alguns artigos inéditos e atividades interativas que convidam a leitora a participar da construção da obra.
Sob uma visão feminista, as autoras apresentam textos leves, esclarecedores e acolhedores que ajudam as garotas a refletirem sobre os assuntos ao mesmo tempo em que as fazem se identificar com o que é dito.


Os artigos e a forma como são escritos tem profundidade, soam verdadeiros e mais próximos à realidade. As autoras dos textos falam o que sabem e o que sentem à sua maneira, de acordo com as próprias experiências, e isso faz com que a minoria que se sente deslocada seja representada e tenha voz, afinal, são garotas escrevendo para garotas de modo sincero, mostrando como o autoconhecimento é importante para aceitação daquelas que devido a conflitos pessoais e internos se sentiam deslocadas e sozinhas.

Enquanto mulheres, devemos nos apoiar, superando obstáculos, quebrando preconceitos e mostrando que nós temos poder, sim!
Relacionamentos abusivos, questões raciais, preconceito, sexualidade, depressão, religião são alguns dos temas abordados de forma descontruída, fluída e cativante, mostrando que embora tenhamos particularidades e preferências, seja por opção ou porque nascemos assim, deve haver respeito acima de qualquer coisa.

Ao final de cada texto é possível interagir com o livro de acordo com o assunto abordado, desenhando, colorindo, escrevendo e até seguindo receitas culinárias. As atividades propostas são ótimas para uma melhor compreensão do propósito da revista. Também nos deparamos com dicas de filmes, séries, músicas e livros que, de alguma forma, tem relação com os temas abordados e que podem servir de exemplo para várias situações em que as garotas se encaixam.
"Pense na chance que você terá de recomeçar do zero, sem amarras, ser a pessoa que você quiser, fazer o que quiser, sair com quem quiser (e se quiser)"
- Pág. 42

A diagramação é uma graça. O formato do livro é quadrado, a capa tem um textura diferente, e internamente parece com o layout de uma revista, com títulos coloridos, trechos em destaque, glossários laterais, ilustrações maravilhosas e muito capricho!
Mesmo que eu já tenha passado da adolescência há alguns anos, posso afirmar que minha experiência com Capitolina foi maravilhosa. Recomendo fortemente a leitura dele como forma de incentivo, inclusão e reflexão. Tenho certeza que se eu tivesse lido algo do tipo enquanto adolescente teria outro tipo de visão na época sobre os assuntos levantados. Por isso, cá estou eu levando o livro pra minha filha de treze anos ler em 3.... 2... 1...




Capitolina é uma revista/livro que mostra que, independente da realidade em que a garota se encontra, é necessário apoio no que diz respeito às próprias escolhas ou a quem essa pessoa é, principalmente quando se trata da minoria. Cada um é cada um e o respeito deve vir acima de qualquer coisa. Seguir em frente e assumirmos quem somos e o que sonhamos quando temos alguém com quem contar, que respeita a individualidade alheia, compartilha dos nossos interesses e nos entende como ninguém - já que são pessoas como nós - nos dá impulso e força para nos aceitarmos melhor, termos amor próprio e levarmos a vida de forma plena e feliz, do jeitinho que deve ser.