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As Sete Vidas do Amor - Carla D'Alessio

13 de novembro de 2013

Lido em: Novembro de 2013
Título: As Sete Vidas do Amor
Autora: Carla D'Alessio
Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Romance
Ano: 2013
Páginas: 378
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Faltam sete dias para o Natal e, enquanto confessa seus pecados e insatisfações ao padre, Ada depara com o olhar ambíguo de um persa preto aos pés do sacerdote. Sem que ela saiba o real motivo, nota-se roubando o felino e levando-o para casa. Assim, Bemot, o gato surrupiado na sacristia, está fadado a assistir ao desenrolar das tramas da história, enquanto as protagonistas passam por situações difíceis e se veem forçadas a enfrentar um novo começo.
É o que acontece com Ada, que tenta gostar de si mesma, abandonando os anos de descuido e indiferença que até então marcaram sua vida. Ou Gilda, constantemente em busca de alguém que compense sua maternidade fracassada; de Nina, que tem o corpo forte de uma atleta, mas os medos de uma adolescente; de Mara, advogada agressiva que, no entanto, tropeça no amor; com a fútil Bea e, finalmente, de Zoja, que se mudou da Ucrânia para a Itália tentando melhorar de vida.
Tendo como pano de fundo uma Nápoles alheia aos lugares-comuns, Carla D’Alessio constrói uma comédia de tirar o fôlego, cheia de coincidências, amarga e, mesmo assim, divertida, tipicamente italiana. Uma história comovente e requintada, pois o amor – mesmo quando parece ter perdido qualquer empolgação, quando não faz senão arranhar – tem muito mais que uma só vida. Tem sete vidas.

Resenha: Segunda feira... Faltam sete dias para o natal, e Ada vai a igreja para se confessar. Ela se depara com um gato persa preto, Bemot, e depois de se sentir hipnotizada por aquele olhar, decide levá-lo, ou melhor, roubá-lo de lá. Ignorada pelo marido e farta da vida que tem, Ada supõe que essa atitude "rebelde" que teve que foi roubar o gato é um impulso para mudar sua vida medíocre e que não sai da mesmice. E a partir deste evento, a história, ou melhor, as várias histórias com os vários personagens de As Sete Vidas do Amor começam a se desenrolar.

A capa é aveludada e apesar de simples é lindíssima. A boca do gato no topo ilustra Bemot e o título prateado juntamente com o nome da autora são em alto relevo. Na parte de trás da capa podemos observar os olhos e o focinho achatado do persa.

A diagramação é bem simples, e cada capítulo é um dia da semana. Pra um livro com 7 capítulos e quase 400 páginas, dá pra imaginar a quantidade média de páginas que cada um tem... Não gosto de capítulos longos, pois como já afirmei anteriormente, a sensação que tenho é a de não poder respirar e ser obrigada a ler sem poder ter uma pausa, e apesar da narrativa ser bem requintada e carregada de ironia, sarcasmo e comédia negra, o que me agrada bastante, faz um estilo que nunca havia tido a experiência de ler algo parecido antes. Ainda assim não me senti muito ligada à história, não pelo fato de não entender as coisas pelo lados das personagens, que dão exemplos de vida bem reais e críveis, mas sim por falta de identificação com a forma como foi contada. Chega a ser confusa pois são muitas que surgem a qualquer momento, sem uma apresentação prévia ou um sinal de onde acaba ou termina o que está acontecendo alí. É como se não houvesse uma transição, mas um pulo repentino de uma situação pra outra, envolvendo personagens diferentes, e numa falta maior de atenção, o leitor se perde sem saber o que aconteceu, sem maiores explicações. Então a leitura pode demorar para alavancar...

Ada, Gilda, Nina, Mara, Bea, Zoja são mulheres comuns, algumas soam até um tanto caricatas e lembram bem personagens de novelas que muitas pessoas adoram acompanhar. A sinopse já dá uma ideia boa do que podemos esperar de cada uma delas. Todas elas tem seus medos e a autora, então, descreve a forma com que cada uma enfrenta e supera isso e como todas pensam que os homens não prestam, numa tentativa de mostrar como o sexo frágil não é tão frágil assim, mas sim, continua sendo frágil! Confuso? É, eu sei...

Além de Bemot, o gato que como a maioria dos gatos é cheio de charme, preguiçoso e dono do próprio nariz, a história abre uma imensidão de personagens que vão aparecendo aos poucos. Todos falam demais mas ninguém se entende. É aquela típica história italiana, cheia de confusões malucas, família, desgosto, amores, falação, comida e gente aparecendo sabe-se lá de onde. Mas ainda assim é possível notar que cada um tem seus problemas e seus desejos, assim como todos nós, o que tornam esses personagens pessoas comuns e que podem facilmente fazer com que nos identifiquemos. Pena que o final deixou a desejar na minha opinião...

As Sete Vidas do Amor é um livro que conta histórias... Histórias de vida que se entrelaçam, e mais do que isso, que retratam um tipo de amor que não poderia ser medido em apenas uma vida.