Título: Dividir e Conquistar - Infinity Ring #2
Autora: Carrie Ryan
Editora: Seguinte
Gênero: Aventura/Infanto Juvenil/Fantasia
Ano: 2013
Páginas: 216
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Depois de garantirem que Colombo descobrisse a América e que a Revolução Francesa fosse um sucesso, Dak, Riq e Sera viajam com o Anel do Infinito para tentar corrigir mais uma falha histórica e salvar a humanidade. O cenário agora é a Paris medieval, e centenas de navios tripulados por guerreiros vikings estão cercando a região, prontos para exigir que a população se renda. Sem saber ao certo que caminho tomar, os três jovens acabam causando uma guerra entre os parisienses e os nórdicos invasores, e se preparam para defender a cidade. Mas a situação se complica quando Dak é capturado e forçado a lutar junto ao exército adversário. Em meio a chuvas de flechas, jatos de óleo quente e ataques de catapultas, os três viajantes só conseguirão sair vivos - e continuar sua missão de restituir a ordem do mundo - se encontrarem um aliado entre os soldados inimigos mais ferozes da história.
Resenha: Dividir e Conquistar é o segundo volume da série Infinity Ring e dá sequência às aventuras de Dak, Sera e Riq após os acontecimentos de Um Motim no Tempo. A SQ continua sendo uma organização que se fortaleceu enquanto se aproveitavam dos acontecimentos históricos, causando "Fraturas", que são acontecimentos que não deveriam existir. Através do "Anel do Infinito", um dispositivo criado pelos pais de Dak para que eles pudessem voltar no tempo, eles poderiam corrigir esses erros com a ajuda dos Guardiões da História e mudar a História de forma que tudo seguisse seu rumo correto, e as pessoas não sofressem de reminiscências, um sentimento de tristeza e depressão em que se sente falta do que nunca se teve, e isso é um sintoma de que existe uma Fratura.
No primeiro livro, depois de passarem por maus bocados, as crianças impediram que Cristóvão Colombo fosse jogado ao mar durante uma rebelião, garantindo que ele ficasse livre para descobrir a América e a História não fosse outra.
Desta vez, Sera, Dak e Riq voltam para o ano de 885 e o cenário é a França medieval. O problema é que eles não fazem ideia do que está acontecendo e precisam seguir a intuição, contando com a astúcia de Dak, que é expert em História, para descobrirem o que iria acontecer naquela época para evitarem que a SQ realizasse algum evento que ocasionasse uma Fratura. Quando percebem que o rio que cerca a pequena Paris está cheio de embarcações vikings, Dak acredita que se trata do "Cerco de Paris", mas quando vê Siegfried, o viking mais sanguinário e cruel que já existiu, negociando a rendição da cidade pacificamente na ponte, ele sabe que existe algo de errado, pois de acordo com os acontecimentos da História, houve uma invasão brutal com direito a batalha sangrenta e tudo mais. Eles supõem que Siegfried é um agente da SQ tentando causar a Fratura, pois Paris lutaria para defender a cidade em vez de se render. E enquanto procuram pelo Guardião da História, Billfrith, que os auxiliaria no que fazer, o inesperado acontece: Dak resolve explorar o lugar para ver as embarcações e o acampamento viking, mas é capturado. Ele até consegue fugir, mas cai nas mãos de Siegfried... E ai sim a confusão está armada...
Narrado em terceira pessoa com bastante fluidez, a história é repleta de aventuras e perigos, e como os personagens se separam, a ansiedade e curiosidade para continuar lendo a fim de saber quando irão se reencontrar, e como farão isso, é enorme. Os detalhes do cenário e descrições físicas dos personagens colaboraram para que sejamos transportados para a época em questão, porém, é possível perceber outro estilo de escrita, outro ritmo para a história e um comportamento que não bate com a personalidade dos protagonistas que conhecemos no primeiro livro, que é mais bem humorado. Em Dividir e Conquistar, as crianças estão mais sérias e conscientes das consequências das viagens no tempo e os perigos que podem enfrentar com isso. Mas achei que devia considerar a questão do amadurecimento, e a experiência que eles vão adquirindo a cada nova aventura, então acredito que os próximos livros irão fazer com que eles percam a inocência que tinham no primeiro livro. Os personagens secundários também foram muito bem construídos e gostei da participação de Vígi, a cadela gigante de Rollo, o viking que captura Dak quando ele sai explorando o local.
Com relação a parte física do livro, só tenho que elogiar, pois a capa é mais bonita do que parece e o elmo simboliza bem o que encontramos na história.
O final deixa um gancho para a continuação e super recomendo a série.
O terceiro volume tem previsão de lançamento para novembro de 2013 no Brasil, O Alçapão, e Lisa McMann é a autora da vez.