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Review - Salem 1692 (Coleção Cidades Sombrias)

14 de janeiro de 2023

Título: Salem 1692 - Cidades Sombrias #2
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock, Holly Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 4-12
Nota:★★★★★
Descrição: O ano é 1692. A cidade é Salem, no estado de Massachusetts. O mal está à espreita e você tem certeza de que alguns de seus vizinhos são Bruxas! Durante a partida, você compra e joga cartas para acusar os jogadores nos quais não confia e ajudar aqueles participantes que você acha que estão do seu lado.
Quando o baralho acaba e a Carta da Noite é revelada, as Bruxas tentam matar um jogador inocente. Os jogadores que tiveram uma Carta de Julgamento de Bruxa em qualquer momento do jogo serão sempre Bruxas, e vencem se tiverem matado todos aqueles que não forem Bruxas. Os jogadores que nunca tiveram uma carta de Bruxa durante todo o jogo (os moradores da cidade) vencem a partida se forem capazes de revelar todas as Cartas de Julgamento nas quais está escrito “Bruxa”.
Durante a partida, a Carta de Conspiração move as Cartas de Julgamento, e alguém em quem você confia pode se tornar uma Bruxa no meio do jogo. Você tem que agir rápido ou será o único Puritano virtuoso em uma cidade dominada pelo mal!

Salem 1692 é um party game de blefe, intuição e alianças que compõe a série Cidades Sombrias, uma coleção de jogos temáticos e independentes que vem em caixinhas que simulam livros antigos. Cada jogo tem a própria mecânica que varia de acordo com o tema e se passa numa cidade que faz parte da História e que ficou marcada por algum acontecimento grandioso. Em Salem 1692, voltamos ao século XVII, numa pequena colônia britânica e purinata localizada nessa célebre cidadezinha de Massachusetts, onde ocorreu os julgamentos das Bruxas de Salem na época da caça às bruxas, época esta em que a Igreja tinha comando sobre tudo e todos, e não só condenou como também executou muita gente.


O jogo vai trazer dois cenários diferentes: de um lado estão as bruxas e do outro os habitantes, e só um deles pode ganhar. Enquanto o objetivo dos moradores é se unir para revelar a identidade das Bruxas através de Acusações e um Julgamento para condená-las, o objetivo das Bruxas é aproveitar o período da noite para matar ou usar a Conspiração para tentar transformar os habitantes em mais bruxas. Uma Bruxa jamais deixa de ser Bruxa, mesmo que ela perca a carta de bruxa durante a rodada, mas um habitante que se transforma em Bruxa, automaticamente passa pro outro lado.

O preparo do jogo e a mecânica em si são bem simples depois que a gente aprende, mas vou ser sincera em dizer que o manual não ajuda muito e dá um monte de voltas pra chegar nas explicações que importam devido aos detalhes do que deve ser feito e como deve ser feito para que as Bruxas ou o Vigilante possam agir. Ali há orientações para que uma pessoa mais experiente no jogo e que vá jogar junto possa fazer o papel de Arauto, que é quem vai orientar os jogadores a abrirem e fecharem os olhos para que possam fazer suas ações próprias quando necessário. Por exemplo, no início do jogo, que é quando acontece o Amanhecer, todos tem que ficar de olhos fechados e depois somente a Bruxa deve abrir o olho para deixar uma carta na frente de quem vai começar a partida. Depois ela deve fechar os olhos para depois todo mundo abrir os olhos junto e ninguém saber quem é a Bruxa. Durante a Noite, todos fecham os olhos de novo, e mais uma vez a Bruxa deve abrir os olhos para manipular cartas e tentar matar alguém. Em seguida, a Bruxa fecha os olhos para que o Vigilante possa abrir e manipular o Martelo pra tentar salvar alguém. Então esse "abre e fecha" de olhos e esse "tira e põe" de cartas pra executar a ação devida, acaba levantando suspeitas quando o jogador é meio estabanado e faz barulho, ou fique se mexendo ou falando demais a ponto dos outros perceberem e desconfiarem. O ideal é sempre colocar as cartas que devem ser manipuladas durante essas ações em cima de uma outra pilha de cartas numa posição perpendicular, assim o jogador consegue pegar a carta pela beiradinha sem fazer barulho. Nessa peleja, há a possibilidade de haver um Moderador, que é alguém que vai dar os comandos sem estar jogando, o que facilita bastante para que ninguém levante suspeitas sobre si mesmo, mas se não há muitas pessoas pra jogar (até mesmo porque pode ser difícil pra alguns arrumar 4 pessoas), fica difícil conseguir alguém pra aprender a jogar e ficar só olhando. O ideal é que se tenha um moderador, mas é sacanagem deixar o pobi de fora enquanto os outros se divertem.


Mas tirando essa parte que pode parecer confusa, o jogo em si é bem divertido. Basicamente, começamos o jogo recebendo uma carta de Prefeitura, e nela vai constar quem será nosso personagem junto com a habilidade que ele tem. Há um baralho de Morte com todos os personagens, e uma pequena pilha formada somente pelos personagens em jogo deve ser colocada ao lado do baralho de compras para que a Bruxa possa usá-lo no período da Noite. Os demais personagens voltam pra caixa pois não serão usados nessa partida.
Depois que os jogadores recebem 5 cartas de Julgamento aleatórias, eles vão conferir se há uma carta de Bruxa ou de Vigilante e posicioná-las enfileiradas e viradas pra baixo na sua frente sem que mais ninguém veja. Após a ação onde todos fecham os olhos e a Bruxa abre para posicionar a carta do Gato Preto na frente ou próximo de quem vai ser o primeiro jogador, começa a fase do Amanhecer, que consiste em duas ações: os jogadores podem comprar cartas ou jogar cartas na frente de outro jogador (nunca se joga cartas pra si mesmo). Esse baralho de compras é dividido em cartas com a borda vermelha, que são as cartas de acusação; as cartas de borda verde, que servem para interferir nas cartas dos outros jogadores; as cartas de borda roxa/azul, que uma vez baixadas para dar algum benefício ou não a outro jogador, permanecem alí até que ele morra ou a carta seja removida pela ação de outra carta; e as duas cartas pretas de Conspiração e Noite, que são as ações imediatas onde se pára tudo pra realizar o que se manda.


Quando, por qualquer ou nenhum motivo, se suspeita que alguém seja a Bruxa, as cartas vermelhas de acusação vão sendo jogadas na frente desse jogador, e quando ele acumula 7 acusações, ele deve revelar uma carta de Julgamento que tem. E não há limites de cartas jogadas. Quem quiser acusar joga a quantidade de cartas que desejar na sua vez. Se a carta revelada indicar que ele Não é uma Bruxa, o jogo segue até que a última carta da pilha de compras, que é a carta da Noite, apareça. Enquanto a Noite não chega, além das cartas vermelhas é possível jogar as cartas das outras cores também, e cada uma vai ter a ação do que deve ser feito explicada. São ações que podem ajudar ou atrapalhar o jogador e devem ser usadas principalmente quando alianças ou desconfianças começam a surgir, pois algumas cartas removem as acusações jogadas sobre alguém, outras mandam os jogadores trocarem suas cartas, outras fazem com que eles percam as cartas, outras que fiquem sem jogar durante uma rodada, e por aí vai...

O que importa é que durante a Noite, a Bruxa vai tentar matar alguém, e nesse momento todo mundo fecha os olhos, a Bruxa pega as cartas de Morte dos personagens pra escolher quem vai matar, e posiciona essa carta virada pra baixo, separada da pilha. Depois a Bruxa fecha os olhos de novo, e enquanto todos continuam com os olhos fechados, é a vez do Vigilante abrir os olhos. Ele então vai colocar o Martelo próximo do jogador que quer salvar, mas sem saber se aquele jogador é quem está na carta escolhida pela Bruxa, e fecha os olhos. Em seguida, todo mundo abre os olhos pra irem pro próximo passo. Antes de revelar a carta de Morte, os jogadores poderão se Confessar pra se salvarem, mas pra isso eles vão precisar revelar uma carta de Julgamento pra provar que Não é uma Bruxa. Assim, quando a carta de Morte do personagem escolhido for revelada, o jogador que confessou, o jogador que recebeu o Martelo do Vigilante, ou o jogador que deu a sorte de receber a carta do Asilo durante a fase do Amanhecer, escapam da morte, caso contrário, ele morre, diz suas últimas palavras e fica de fora da partida. O jogador que tem a carta da Bruxa, também pode ter a carta do Vigilante, e isso acaba fazendo com que ele secretamente jogue contra os moradores. Se um jogador que não for uma Bruxa tiver todas as suas cartas de Julgamento reveladas, ele também morre.


E o jogo segue assim: após a Noite, se inicia outro Amanhecer, até que todos os moradores morram e só restem Bruxas ou se todos se transformarem em Bruxas, o que faz com que elas ganhem. Caso o Vigilante seja descoberto, ninguém mais assume esse posto, e a Noite ficará desprotegida. E caso uma carta de Bruxa seja revelada quando o jogador recebe as 7 acusações e vai a Julgamento, as Bruxas perdem. E mesmo que os jogadores que não são Bruxas tenham certeza de quem é a Bruxa, é preciso provar revelando a carta de Bruxa que ela possui.

Há algumas variações nas regras pra prolongar o jogo, pois como revelar a carta de Julgamento de outro jogador é totalmente sorte (ou azar), pode muito bem acontecer da Bruxa ser descoberta na primeira rodada, antes mesmo da Noite chegar, então talvez valha a pena praticar um pouco pra entender bem a mecânica do jogo e jogar com essas variações.
Pela experiência que tive, acredito que jogar com crianças menores de 12 anos, ainda mais se não tiverem muita habilidade com blefe, pode não ser a melhor experiência, pois aqui em casa pelo menos, sempre que alguma das crianças saía com a carta da Bruxa, elas não conseguiam esconder a emoção e ficavam com um sorrisão no rosto, empolgadas, ou faziam algum barulho excessivo quando tinham que manipular as cartas e os outros já começavam a suspeitar, e a ideia é que a Bruxa blefe, traia e convença os moradores de que ela é inocente na maior cara de pau.


Uma curiosidade super legal é que os personagens que aparecem nas cartas são baseados em pessoas que realmente existiram e viveram em Salem naquela época, sejam como pessoas acusadas ou pessoas que acusaram. Uma pesquisa rápida com o nome dos personagens, como George Burroughs, Martha Corey, Ann Putnam, John Proctor ou Tituba já nos dá várias informações de quem foram e o que fizeram, e é mais um ponto que colabora na imersão do tema, que por si só já chama a atenção e é bem interessante por ter feito parte da História.

Vou ser sincera em dizer que, inicialmente, eu demorei a entender a mecânica do jogo pela dificuldade que eu tive de entender o manual, que é bem ruinzão e dá muitas voltas sem necessidade. Só consegui entender e ter as sacadas de como funciona depois de ter assistido um video em inglês meio capenga. Mas depois que entendi, consegui ensinar pro povo aqui em casa e aí sim a coisa fluiu e deu certo. Todo mundo gostou, e quando jogamos é impossível ter menos do que 3 partidas.

Review - Bristol 1350 (Coleção Cidades Sombrias)

3 de janeiro de 2023

Título: Bristol 1350 - Cidades Sombrias #4
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock, Holly Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 1-9
Nota:★★★★★
Descrição: A temida peste bubônica atingiu a cidade de Bristol. Bristol 1350 é um jogo semicooperativo que mistura mecânicas de corrida, blefe e dedução social. Vocês são aldeões tentando escapar da peste bubônica, pegando carona em carroças saindo da cidade. Se a sua carroça for a primeira a sair de Bristol e estiver cheia de aldeões saudáveis, você e seus companheiros de carroça ganham o jogo. No entanto, se durante a partida algum aldeão contrair a temível peste, ele deve esconder seus sintomas e escapar em uma carroça para vencer – e nesse processo contaminar todos a bordo. Se você, uma pessoa saudável, escapar na mesma carroça que o aldeão contaminado, você vai contrair a praga e seus dias estarão contados. Use qualquer meio egoísta para sair da cidade o mais rápido possível sem a praga – descubra quem é o contaminado e empurre o para fora da carroça antes que seja tarde demais.

Bristol 1350 é um jogo de dedução, corrida e blefe que compõe a série Cidades Sombrias, uma coleção de jogos temáticos e independentes que vem em caixinhas que simulam livros antigos e surrados. Cada jogo tem a própria mecânica de acordo com o tema, e se passa numa cidade que faz parte da História e que ficou marcada por algum acontecimento grandioso. No caso de Bristol 1350, o que ocorreu foi o surto de Peste Bubônica que começou na Ásia e se espalhou através da Europa, tendo seu auge entre 1347 e 1351. O manual do jogo traz um resumo bem informativo sobre a peste e sobre Bristol, que foi a primeira grande cidade da Inglaterra, tão importante quanto Londres, afetada e arrasada pela doença.


No jogo somos habitantes de Bristol no século XIV e, devido a peste, precisamos fugir da cidade em carroças de maçã. A cada jogada o risco de termos contato com ratos é bem grande, o que pode fazer com que alguém contraia a doença e contamine seus companheiros de viagem ao se misturarem. Os aldeões que estiverem na carroça que sair de Bristol primeiro vencem a partida - desde que estejam saudáveis. As cartas de personagens, além de darem ações especiais pro jogador num modo opcional e mais avançado de jogo, trazem pessoas bem distintas, como Condessa, Copeira, Xerife, Frade, e afins, e um ponto bem curioso sobre isso é a ideia de mostrar que todos eles, independentemente de suas condições ou classe social, estavam igualmente correndo risco de ficarem doentes ao conviverem com a morte constantemente, e as ilustrações demonstram isso muito bem.


O jogo tem uma mecânica bem simples onde cada jogador começa o jogo saudável, porém com 2 cartas de sintoma da doença. São 4 tipos de sintomas: enxaqueca, tosse, calafrios e bubões. Cada sintoma tem valor de 1 a 4 respectivamente e se, durante as rodadas, o jogador adquirir sintomas que somarem 6 ou mais pontos, secretamente ele estará com a peste até o final da partida, e seu objetivo será contaminar e atrapalhar os companheiros, ou diminuir as opções de fuga desses coitados. Haverá rolagem de dados para que as carroças avancem e para tentar manipular a corrida, e uso de cartas de remédio que darão alguma vantagem ao jogador.
A quantidade de rodadas vai variar de acordo com a movimentação das carroças. São 6 dados que trazem símbolos de ratos e maçãs nas cores das carroças. A quantidade de cores indica quantas casas a carroça se move, a quantidade de ratos indica se haverá a mistura de cartas de sintomas dos aldeões naquela carroça, resultando numa possível contaminação.


No começo da rodada alguém vai jogar e analisar o resultado de todos os 6 dados, e depois o primeiro jogador vai escolher uma entre três ações permitidas: ele pode pegar 2 dados dos 6 para rerrolá-los; pode comprar uma carta de remédio para ter alguma vantagem; ou pode movimentar o peão para pular pra carroça da frente, dar uma cotovelada pra mudar de posição dentro da carroça, ou empurrar alguém suspeito pra fora dela. Os demais jogadores tem as mesmas ações e podem inclusive rerrolar os dados que foram jogados pelos jogadores anteriores ou bloquear ações feitas contra eles caso tenham a carta de remédio própria pra isso.

Inicialmente os jogadores que compartilham a mesma carroça se ajudam porque a ideia é dar o fora da cidade primeiro e azar de quem ficar pra trás, por isso o jogo é semicooperativo, mas como os aldeões que pegam a peste mantém a doença em segredo para tentar contaminar os outros (é onde entra o blefe), é preciso ficar de olho e suspeitar de todo mundo sempre que houver uma mistura. Inclusive é possível que jogadores contaminados ganhem o jogo: basta que todas as três carroças estejam contaminadas e saiam da cidade juntas na mesma rodada.


Assim como as cartas de personagens, as cartas de remédio também são bem interessantes, não apenas pelo benefício que dão ao jogador que irá usá-las na sua vez, mas por mostrar os artifícios mirabolantes que as pessoas recorriam para tentar se curar ou afastar a doença, como uso de sanguessugas para sangria; arsênico e esmeraldas esmagadas no preparo de poções; e até chicotes para autoflagelo aos que acreditavam que a peste era algo espiritual e relacionado a fé. Toda a mecânica do jogo funciona como uma forma de mostrar a tentativa das pessoas de sobreviver em meio a essa pandemia terrível com os recursos que tinham na época, o que ajuda na imersão, desperta a curiosidade de quem não sabe muito sobre o evento, e ainda instiga os jogadores a irem pesquisar essa parte triste da História da humanidade.

Testei o jogo com 4, 3, 2 pessoas e no modo solo, e acho que é bem mais divertido a partir de 4 pessoas. No modo solo e no modo para até 3 jogadores é preciso simular uma quantidade de jogadores que completem 4 pessoas, logo jogamos com "fantasmas". Esses jogadores não podem usar ações de remédio, podem mudar de posição e de carroça bem facilmente de acordo com a forma como eles rolam os dados, e a soma do valor dos seus sintomas só é considerada ao final do jogo. Nessa forma de jogo, se houver uma carroça que cruzar a linha de chegada primeiro só com fantasmas saudáveis, eles vencem o jogo. A classificação é 14+, mas dá pra jogar com crianças 8+ sem nenhuma dificuldade.


Acho que o único ponto negativo desse jogo é o fato do mapa ser muito pequeno e poder acontecer de o jogo terminar sem que todas as opções sejam utilizadas e exploradas. Por exemplo, numa das partidas que joguei em 4 pessoas, uma das carroças se movia muito devido a rolagem dos dados e saiu da cidade muito rápido, e no final o jogo terminou em menos de 10 minutos sem que ninguém tivesse se contaminado e emoção zero. Já em outras partidas onde jogamos em até 3 pessoas com jogadores fantasmas, houve contaminação, houve disputa de empurrar jogadores pra lá e pra cá e foi bem mais caótico e engraçado. Tudo isso mostra como cada partida é única e como o nível de estratégia também vai depender da malícia dos jogadores na mesa.


No mais, Bristol 1350 é um party game que, apesar do tema, é divertido de se jogar, cheio de detalhes interessantes e curiosos, componentes de excelente qualidade e muito bonitinhos, e arte tão linda quanto sombria. Pra quem gosta de jogos que promovem bastante interação, cooperação e furação de olho, é super indicado.

Wishlist #15 - Board Games - Coleção Cidades Sombrias

12 de dezembro de 2022

A Coleção Cidades Sombrias traz uma série de jogos que se passam em alguma cidade que fez parte da História por algum acontecimento marcante e até sombrio. Cada um deles tem uma temática diferente, o que vai agradar fãs de jogos de vários estilos. Tortuga tem a temática pirata e tesouros, Salem é sobre bruxas e aldeões, Deadwood é de faroeste, e Bristol tem uma temática medieval que gira em torno da peste bubônica que assolou os moradores. São jogos que basicamente envolvem dedução, blefe e gerenciamento de mão, mas alguns também requerem jogadas em equipe, outros votação e eliminação de jogadores, e outros rolagem de dados. E mesmo que sejam bastante diferentes no que diz respeito ao tema, eles formam uma coleção bem diferente dos jogos tradicionais, pois a caixa deles é em formato de livro e a coleção junta fica a coisa mais linda ao ficarem enfileirados na estante.
São jogos pra se jogar com várias pessoas quando a galeria tá reunida, e é quase certeza que vai rolar aquela briga marota que só um party game é capaz de proporcionar. Quero todos na minha mesa/estante já.

Cidades Sombrias #1 - Tortuga 1667
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 2-9
Descrição: Estamos em 1667, e você é um pirata cruzando os mares do Caribe. Um Galeão Espanhol veleja por perto, e você convenceu sua tripulação a trabalharem juntos para roubar todos os tesouros do navio que se aproxima cada vez mais. Mas o que você não disse aos seus camaradas piratas é que não tem nenhuma intenção de compartilhar o tesouro quando puser as mãos nele. Você ainda é leal ao seu país, e ter todo esse tesouro só para si lhe ajudaria a comprar algum respeito quando voltar para casa. Sua tripulação lhe jura lealdade e prometem que lhe ajudarão a abandonar os piratas gananciosos que estão em seu navio na rochosa ilha Tortuga. Porém, você viu as pistolas carregadas de seus amigos, e não consegue ignorar a desconfiança crescente ao vê-los sussurrando algo sobre um motim. É melhor não confiar em ninguém.

Cidades Sombrias #2 - Salem 1692
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 4-12
Descrição: O ano é 1692. A cidade é Salem, no estado de Massachusetts. O mal está à espreita e você tem certeza de que alguns de seus vizinhos são Bruxas! Durante a partida, você compra e joga cartas para acusar os jogadores nos quais não confia e ajudar aqueles participantes que você acha que estão do seu lado.
Quando o baralho acaba e a Carta da Noite é revelada, as Bruxas tentam matar um jogador inocente. Os jogadores que tiveram uma Carta de Julgamento de Bruxa em qualquer momento do jogo serão sempre Bruxas, e vencem se tiverem matado todos aqueles que não forem Bruxas. Os jogadores que nunca tiveram uma carta de Bruxa durante todo o jogo (os moradores da cidade) vencem a partida se forem capazes de revelar todas as Cartas de Julgamento nas quais está escrito “Bruxa”.
Durante a partida, a Carta de Conspiração move as Cartas de Julgamento, e alguém em quem você confia pode se tornar uma Bruxa no meio do jogo. Você tem que agir rápido ou será o único Puritano virtuoso em uma cidade dominada pelo mal! 

Cidades Sombrias #3 - Deadwood 1876

Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 2-9
Descrição: Há ouro nas Colinas Negras (Black Hills), em Dakota do Sul, e você veio para encontrar (ou roubar) o seu quinhão. Você se hospedou em um dos três maiores estabelecimentos da cidade, e
planeja, com seus comparsas, roubar alguns dos cofres cheios de ouro espalhados pelo local.
Mas você suspeita que seus “sócios” estão juntando armas em segredo. Para quê? Para poderem usá-las contra você em um confronto final e depois ficarem com todo o seu ouro. Será que você está preparado para atirar neles antes que eles atirem em você pelas costas?


Cidades Sombrias #4 - Bristol 1350
Editora/Fabricante: Galápagos
Criadores: Travis Hancock, Holly Hancock e Sarah Keele
Idade recomendada: 14+
Jogadores: 1-9
Descrição: A temida peste bubônica atingiu a cidade de Bristol. Bristol 1350 é um jogo semicooperativo que mistura mecânicas de corrida, blefe e dedução social. Vocês são aldeões tentando escapar da peste bubônica, pegando carona em carroças saindo da cidade. Se a sua carroça for a primeira a sair de Bristol e estiver cheia de aldeões saudáveis, você e seus companheiros de carroça ganham o jogo. No entanto, se durante a partida algum aldeão contrair a temível peste, ele deve esconder seus sintomas e escapar em uma carroça para vencer – e nesse processo contaminar todos a bordo. Se você, uma pessoa saudável, escapar na mesma carroça que o aldeão contaminado, você vai contrair a praga e seus dias estarão contados. Use qualquer meio egoísta para sair da cidade o mais rápido possível sem a praga – descubra quem é o contaminado e empurre o para fora da carroça antes que seja tarde demais.