Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 416
Editora: Arqueiro
Gênero: Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 416
Nota:★☆☆☆☆
Resenha: A Coroa da Vingança é o livro que, enfim, encerra a trilogia Deuses do Egito, da autora Colleen Houck.
A trilogia, num geral e de forma bem resumida, conta a história de Lily Young, uma jovem que tinha a vida controlada pelos pais até conhecer um antigo príncipe egípcio milenar que sofria de uma terrível maldição. Ele a leva numa jornada cheia de aventuras, descobertas e grandes perigos.
Nesse terceiro volume, Lily não se lembra de nada do que enfrentou no livro anterior, muito menos de Amon, o príncipe. O que ela não entende é que, embora ela não tenha lembranças, ela sempre escuta duas vozes misteriosas dentro de sua cabeça que falam sobre o Egito, múmias, esfinges e tudo o que ela, aparentemente, desconhece. Mas tudo muda quando ela recebe a visita do grão-vizir Hassan, que vem pra orientá-la de uma nova missão. Missão em que ela é a grande responsável por acordar os filhos do Egito, salvar Amon e Asten e impedir que Seth se liberte, mesmo que pra isso ela precise fazer um grande sacrifício.
Sei que tinha dito na resenha do segundo livro da série que iria desistir dessa trilogia, mas às vezes parece que gosto de ser feita de trouxa. Decidi, cheia de coragem, que iria fechar as resenhas desses livros aqui no blog, independente do resultado, e a única coisa que posso adiantar desde já é que esse volume deveria se chamar "Manual de como testar a paciência do leitor", ou "Manual de como estragar uma história, vol. 2" (pq o vol. 1 já foi com o livro anterior).
Os pontos negativos desse livro são tão infinitamente maiores do que os positivos, que tenho até vergonha de falar sobre minha sensação ao final. Nem a escrita, dessa vez, foi capaz de salvar minhas impressões.
Começando pela ideia estrambólica do Wasret. Lily convive com mais duas "entidades" dentro de si, que não só tem personalidade, sentimentos, vontades, desejos íntimos, voz própria e, claro, fuego, como também são capazes de controlar o seu corpo. Então, uma quarta mente que estava prestes a "eclodir" só para causar confusão, desde que sacrifícios fossem necessários, não faz muito sentido, principalmente porque o auê todo sobre o tal sacrifício, que parecia ser algo "obrigatório", caiu por terra...
Enquanto eu lia, não conseguia parar de lembrar da Saga do Tigre e como fica evidente que existe uma "fórmula" utilizada pela autora sobre como conduzir uma jornada, um romance, um mistério envolvendo alguma mitologia e até como fazer descrições que, por mais que transporte o leitor para o exato lugar onde a história se passa e veja tudo com os olhos dos personagens, acabam sendo desnecessárias por não acrescentarem bulhufas na trama, muito pelo contrário. Só faz o livro ter mais páginas, demorar mais pra ser lido, e os olhos se revirarem cada vez mais. E mesclar mitologia egípcia com elementos fantásticos nada a ver com a história, tipos fadas e unicórnios (???) só me deixaram com a cara na poeira pensando "WTF??!!"
Descrições de como os boys são lindos, maravilhosos, seus olhos claros penetrantes e seus corpos deliciosamente sarados, o que os personagens estão vestindo, o que estão comendo, o que estão cheirando ou como toda aquela areia do deserto gruda, só me fizeram querer tacar o livro janela afora.
Lily é uma protagonista detestável. Ao longo da história ela vai se transformando em uma pessoa totalmente diferente de quem ela se mostrou no começo, e a impressão que ela passa é que, mesmo que possa evitar confusão, ela não sossega enquanto não arruma problemas horripilantes, ou está tentando morrer, ou sei lá.
As personalidades/entidades quando eram trabalhadas separadamente foram um problema pois o que acontecia não tinha consistência, além de tudo ser muito absurdo. Três/Quatro "pessoas" em um único corpo onde cada uma delas ama/quer outras três pessoas diferentes.. Argh! Me perguntei um milhão de vezes se algum desses personagens já ouviu falar em monogamia, Lord. Se eu já detesto triângulos amorosos, nem preciso falar quando um triângulo vira um quarteto, um hexágono, uma suruba mui louca, e por mais ridículo que isso seja, eu ainda ficava pensando que tudo isso ainda poderia piorar... E não me enganei. O desfecho absurdo desses romances, vividos por personagens que parecem ser adolescentes psicologicamente perturbados, foi exatamente o que previ, mesmo que desde o início eu tenha ficado pensando que se isso realmente acontecesse, eu morreria de desgosto. E morri, mesmo.
Muitas coisas apresentadas pela autora que, inicialmente, pareciam ser importantes e que fariam alguma diferença na história, parecem ser esquecidas no meio do caminho, e ninguém sabe o que se passou, quando, onde e porquê, sem falar nas incontáveis conveniências irritantes que aparecem do além para tirar Lily de alguma enrascada e ajudá-la a resolver tudo facilmente como se fosse mágica.
Juntando tudo isso, a impressão que tive foi de um enredo louco que foi se desenvolvendo de forma desarticulada onde várias coisas não faziam o menor sentido, e o final tão previsível, absurdo e odioso que penso que se arrependimento matasse, eu já estaria caída dura nesse chão.
Infelizmente finalizei a leitura considerando que tudo que aconteceu não fez sentido e não teve um propósito plausível que me convencesse e me fizesse acreditar na história, independente de ser fantasiosa ou não. A capa salva, algumas descrições, mesmo inúteis, salvam, mas a trilogia como um todo é a maior perda de tempo que tive.
Sinopse: Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.
Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.
Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade.
Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.
Resenha: A Coroa da Vingança é o livro que, enfim, encerra a trilogia Deuses do Egito, da autora Colleen Houck.
A trilogia, num geral e de forma bem resumida, conta a história de Lily Young, uma jovem que tinha a vida controlada pelos pais até conhecer um antigo príncipe egípcio milenar que sofria de uma terrível maldição. Ele a leva numa jornada cheia de aventuras, descobertas e grandes perigos.
Nesse terceiro volume, Lily não se lembra de nada do que enfrentou no livro anterior, muito menos de Amon, o príncipe. O que ela não entende é que, embora ela não tenha lembranças, ela sempre escuta duas vozes misteriosas dentro de sua cabeça que falam sobre o Egito, múmias, esfinges e tudo o que ela, aparentemente, desconhece. Mas tudo muda quando ela recebe a visita do grão-vizir Hassan, que vem pra orientá-la de uma nova missão. Missão em que ela é a grande responsável por acordar os filhos do Egito, salvar Amon e Asten e impedir que Seth se liberte, mesmo que pra isso ela precise fazer um grande sacrifício.
Sei que tinha dito na resenha do segundo livro da série que iria desistir dessa trilogia, mas às vezes parece que gosto de ser feita de trouxa. Decidi, cheia de coragem, que iria fechar as resenhas desses livros aqui no blog, independente do resultado, e a única coisa que posso adiantar desde já é que esse volume deveria se chamar "Manual de como testar a paciência do leitor", ou "Manual de como estragar uma história, vol. 2" (pq o vol. 1 já foi com o livro anterior).
Os pontos negativos desse livro são tão infinitamente maiores do que os positivos, que tenho até vergonha de falar sobre minha sensação ao final. Nem a escrita, dessa vez, foi capaz de salvar minhas impressões.
Começando pela ideia estrambólica do Wasret. Lily convive com mais duas "entidades" dentro de si, que não só tem personalidade, sentimentos, vontades, desejos íntimos, voz própria e, claro, fuego, como também são capazes de controlar o seu corpo. Então, uma quarta mente que estava prestes a "eclodir" só para causar confusão, desde que sacrifícios fossem necessários, não faz muito sentido, principalmente porque o auê todo sobre o tal sacrifício, que parecia ser algo "obrigatório", caiu por terra...
Enquanto eu lia, não conseguia parar de lembrar da Saga do Tigre e como fica evidente que existe uma "fórmula" utilizada pela autora sobre como conduzir uma jornada, um romance, um mistério envolvendo alguma mitologia e até como fazer descrições que, por mais que transporte o leitor para o exato lugar onde a história se passa e veja tudo com os olhos dos personagens, acabam sendo desnecessárias por não acrescentarem bulhufas na trama, muito pelo contrário. Só faz o livro ter mais páginas, demorar mais pra ser lido, e os olhos se revirarem cada vez mais. E mesclar mitologia egípcia com elementos fantásticos nada a ver com a história, tipos fadas e unicórnios (???) só me deixaram com a cara na poeira pensando "WTF??!!"
Descrições de como os boys são lindos, maravilhosos, seus olhos claros penetrantes e seus corpos deliciosamente sarados, o que os personagens estão vestindo, o que estão comendo, o que estão cheirando ou como toda aquela areia do deserto gruda, só me fizeram querer tacar o livro janela afora.
Lily é uma protagonista detestável. Ao longo da história ela vai se transformando em uma pessoa totalmente diferente de quem ela se mostrou no começo, e a impressão que ela passa é que, mesmo que possa evitar confusão, ela não sossega enquanto não arruma problemas horripilantes, ou está tentando morrer, ou sei lá.
As personalidades/entidades quando eram trabalhadas separadamente foram um problema pois o que acontecia não tinha consistência, além de tudo ser muito absurdo. Três/Quatro "pessoas" em um único corpo onde cada uma delas ama/quer outras três pessoas diferentes.. Argh! Me perguntei um milhão de vezes se algum desses personagens já ouviu falar em monogamia, Lord. Se eu já detesto triângulos amorosos, nem preciso falar quando um triângulo vira um quarteto, um hexágono, uma suruba mui louca, e por mais ridículo que isso seja, eu ainda ficava pensando que tudo isso ainda poderia piorar... E não me enganei. O desfecho absurdo desses romances, vividos por personagens que parecem ser adolescentes psicologicamente perturbados, foi exatamente o que previ, mesmo que desde o início eu tenha ficado pensando que se isso realmente acontecesse, eu morreria de desgosto. E morri, mesmo.
Muitas coisas apresentadas pela autora que, inicialmente, pareciam ser importantes e que fariam alguma diferença na história, parecem ser esquecidas no meio do caminho, e ninguém sabe o que se passou, quando, onde e porquê, sem falar nas incontáveis conveniências irritantes que aparecem do além para tirar Lily de alguma enrascada e ajudá-la a resolver tudo facilmente como se fosse mágica.
Juntando tudo isso, a impressão que tive foi de um enredo louco que foi se desenvolvendo de forma desarticulada onde várias coisas não faziam o menor sentido, e o final tão previsível, absurdo e odioso que penso que se arrependimento matasse, eu já estaria caída dura nesse chão.
Infelizmente finalizei a leitura considerando que tudo que aconteceu não fez sentido e não teve um propósito plausível que me convencesse e me fizesse acreditar na história, independente de ser fantasiosa ou não. A capa salva, algumas descrições, mesmo inúteis, salvam, mas a trilogia como um todo é a maior perda de tempo que tive.