Quando a Netflix anunciou que faria uma adaptação de Death Note, o povo ficou em polvorosa e fiquei curiosa pra saber do que se tratava. A história envolvendo um caderno sobrenatural que mata aqueles que têm seus nomes alí escritos é mui interessante, convenhamos... Mas, com a enxurrada de comentários negativos sobre o filme, preferi assistir o anime primeiro, porque assim eu já saberia das coisas e, posteriormente, poderia comparar com a adaptação (que é uma bela merda, convenhamos).
No início de setembro, lá fui eu assistir os 37 episódios (demorei dois dias pra ver tudo) e, apesar da típica enrolação (estilo Dragon Ball), simplesmente adorei a trama, as questões morais que ela envolve e as inúmeras reviravoltas mirabolantes que ela apresenta. Sério, é muito bom e viciante! Aproveita pra conferir a crítica que fiz clicando AQUI. Já quero ver tudo de novo, inclusive.
Então lá fui eu pesquisar pra saber se os personagens ganharam versões em Funko (coisa que faço sempre quando tenho um tempinho), é pra minha alegria (e, claro, aumento da lista), eles foram lançados esse ano e os preços estão em média R$90,00 (com exceção do L com o bolo).
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Na Telinha - Death Note (Anime)
14 de setembro de 2017
Série baseada no mangá de Takeshi Obata e Tsugumi Ôba
Título: Death Note
Episódios: 37
Produção: Madhouse
Gênero: Anime/Thriller/Sobrenatural
Ano: 2006
Duração: 22min
Classificação: 16 anos
Nota:★★★★★♥
Quando Ryuk, um dos deuses da morte do reino dos Shinigamis, não suporta mais o tédio de sua vida e do lugar em que vive, ele lança seu caderno na Terra esperando que alguém o encontre...
O caderno, chamado de Death Note, é um instrumento sobrenatural que funciona a base de várias regras, mas, basicamente, faz com que quem tenha o nome escrito nele, morra.
Light Yagami, um estudante excepcional de dezessete anos, mas entediado com a sua rotina, acaba encontrando o Death Note, que cai na área da escola onde ele estuda. Quando Light descobre o que o caderno faz, decide usá-lo anonimamente para varrer o mundo dos criminosos e se tornar um tipo de deus da justiça, criando um mundo melhor e livre de todo o mal e podridão. Cinco dias depois de Light tomar posse do Death Note e ter dado fim nos piores criminosos do mundo, Ryuk desce à Terra, mais precisamente em Tóquio, e se surpreende com a frequência com que o caderno foi usado por Light. Assim, Ryuk passa a acompanhá-lo para observar os acontecimentos que surgem em decorrência do caderno, só pra se divertir, já que Light é o único humano que ele conheceu que não está poupando esforços para disparar nomes alí desenfreadamente.
Mas, com as mortes de tantos criminosos acontecendo e sendo noticiadas pela mídia sensacionalista e aproveitadora que busca audiência incessantemente, a população teme, mas aclama o justiceiro anônimo como Kira. Porém, a onda de mortes desses criminosos, que tiveram seus nomes escritos no caderno por Light, imediatamente chama a atenção da polícia. As mortes em massa, mesmo que todas tenham sido paradas cardíacas, são consideradas assassinatos, e o responsável é tão criminoso quanto os que morreram, portanto deve ser condenado.
Sem pistas de como os bandidos estão sendo mortos, resta a polícia recorrer ao misterioso e anônimo L, o detetive mais inteligente e sagaz que existe e que sempre solucionou um caso, por mais impossível que pareça. L, então, inicialmente representado por seu tutor, Watari, se une a polícia e começa a usar sua genialidade para liderar o caso a fim de desvendar a verdadeira identidade de Kira para que ele possa ser responsabilizado pelas mortes e pagar por esses crimes.
Aproveitando que seu pai é um policial que está trabalhando no caso, Light tem acesso a informações exclusivas que o ajudam a tomar decisões baseadas nos próximos passos de L.
Porém, Light/Kira não tem a menor intenção de ser pego, e aproveitando de sua inteligência fora do comum, fará de tudo para não só evitar ser descoberto, como também descobrir a identidade de L para impedi-lo de progredir com as investigações, nem que para isso Light tenha que anotar o nome dele no Death Note...
Assim, uma incrível batalha intelectual é travada entre Light e L, onde um tenta descobrir a identidade do outro, usando de artimanhas psicológicas, genialidade, brilhantismo, poderes incríveis de dedução, manipulação e persuasão, para atingir seus objetivos. É como se um pudesse entrar na cabeça do outro para saber o que pensam, e assim tentam agir de acordo com o que o outro não espera.
Pra ser sincera, eu acho que devia estar morando numa caverna, pois nunca tinha ouvido falar de Death Note na minha vida até recentemente ter visto a empolgação do povão quando a Netflix anunciou que faria uma adaptação do mesmo. Porém, com o lançamento do dito filme e as posteriores manifestações descontentes e indignadas dos fãs (incluindo ameaças de morte ao infeliz diretor), decidi conferir a fonte antes de arriscar assistir ao filme, pois assim já saberia exatamente do que se trata, além de não criar expectativas que poderiam não ser superadas (coisa que geralmente acontece em adaptações na maioria das vezes). Para a minha satisfação e alegria, eu simplesmente amei o anime, tanto que assisti os 37 episódios em dois dias. É viciante, empolgante, e a curiosidade pelos próximos acontecimentos é algo incontrolável. É aquele tipo de material que a gente assiste e quer sair por aí comentando e indicando pra todo mundo que aparece pela frente como se não houvesse amanhã.
Light é um adolescente que tem total ciência dos poderes do Death Note, e a medida que a trama se desenvolve, ele vai se revelando cada vez mais perspicaz, conseguindo enganar L e a polícia e se deixando corromper, de forma gradual, por ter algo em mãos que o torna tão poderoso. Inicialmente ele mesmo se questiona sobre ser um assassino e sobre o direito de julgar os outros, mas Light acaba usando sua inteligência para convencer, manipular e enganar os outros para preservar sua identidade, mesmo que pra isso ele tenha que eliminar gente de bem que possa representar um possível risco a ele, e assim, poder concretizar seus planos de se tornar o deus que quer transformar o mundo num lugar melhor.
L é um detetive genial e excêntrico, que adora açúcar e vive rodeado de doces. Ele tem um comportamento muito peculiar, principalmente na forma de se sentar. L preserva sua identidade até que num determinado ponto, a fim de obter mais informações sobre Light, assim como a total confiança da polícia, não tem outra alternativa a não ser revelar seu rosto. Com o progresso das investigações e deduções, ele passa a suspeitar de Light, mas por falta de provas não pode acusá-lo, o que leva L a vigiá-lo o tempo todo.
A forma como o núcleo da família Yagama é trabalhado também é um dos pontos altos do anime, seja pela preocupação da mãe com as notas do filho para que ele entre na faculdade e seja bem sucedido, o amor fraterno com a irmã mais nova que é empolgada e grande admiradora do irmão, mas principalmente com relação ao pai de Light, pois por mais que ele seja ausente devido ao trabalho, a família é unida e amorosa, e a ideia de ter um filho criminoso não é aceitável, tanto que o pai colabora com L nas investigações contra o próprio filho, mesmo que esperando provas de que Light não seja Kira.
Ryuk é espectador de tudo o que acontece. Ele está alí apenas para observar Light/Kira sem interferir em absolutamente nada no que diz respeito as suas decisões. Ryuk não ajuda e não atrapalha, mas faz alguns pequenos favores para Light em troca de ganhar maças. Ele chega a oferecer seus olhos para Light, pois dessa forma ele conseguiria ver o nome da pessoa e os dias de vida que lhe restam, desde que olhe pra ela, mas esse acordo faz com que metade de sua expectativa de vida seja dada a Ryuk, e Light recusa, preferindo usar de sua inteligência para descobrir o que precisa.
Num determinado ponto da história, Misa Amane é inserida na trama e causa algumas reviravoltas bastante intrigantes. Ela é uma jovem celebridade que carrega o trauma de ter tido os pais assassinados, mas se tornou devota a Kira por ele ter matado o criminoso responsável pelo assassinato. Assim, ela passa a viver sua vida praticamente em função de encontrar Kira para se dedicar a ele como namorada submissa. E quando ele descobre que ela também tem um Death Note e pode lhe ser útil como a segunda Kira, não pensa duas vezes em usá-la, por mais que ele não tenha a menor paciência e não goste dela. Isso é bastante revoltante pois Misa, muitas vezes, sabe que está sendo usada e manipulada por Light, de forma até cruel, mas não se importa, desde que tenha ele por perto. É triste e revoltante ver que esse tipo de obsessão, pois ela não se dá o devido valor e Light se aproveita disso tirando o máximo de vantagem que pode.
Rem é a Shinigami, dona original do segundo caderno, que acompanha Misa, e diferente de Light e Ryuk, as duas fizeram o trato dos olhos. Assim Misa consegue ver o nome das pessoas flutuando em suas cabeças. Tal habilidade é extremamente atrativa e útil para Ligh/Kira, e esse é mais um dos motivos que o leva a mantê-la por perto.
Ela inclusive dá um ar bastante cômico ao anime, principalmente por ser aquele tipo de personagem caricata e estereotipada, com corpão violão, peitolas, roupas provocantes, comportamento infantilizado e voz esganiçada que a tornam um tipo de ícone sexual para pervertidos ou coisa do tipo.
Rem acaba sendo uma deusa da morte oposta a Ryuk, pois embora ela também seja uma observadora, ela desenvolveu sentimentos por Misa a ponto de se preocupar com sua segurança e bem estar, e isso acaba sendo um grande problema já que há algumas regras com relação a isso que podem colocar várias coisas em risco.
Os demais personagens, mesmo que morram ou continuem vivos até o fim, são importantes e suas particularidades que os definem, desde suas personalidades, atitudes e características físicas. Ninguém aparece sem motivo, e mesmo que a participação seja curta, eles estão alí para mostrar as facetas e as várias camadas de Light, e até onde ele é capaz de ir para se manter Kira.
Um ponto mui importante é que a equipe investigativa sempre está alí dando duro para ajudar L na resolução do caso, e Matsuda, um dos policiais envolvidos, levanta questões morais bastante relevantes com relação as atitudes de Kira. Se Kira está matando todo o bando responsável por causar caos e sofrimento no mundo a ponto da população em sua grande maioria estar ao seu lado, é certo condená-lo?
Não posso deixar de falar um pouquinho sobre o projeto gráfico da animação de forma geral e os detalhes que são impossíveis de não considerar. Os movimentos de câmera são dinâmicos e se encaixam com o momento. Alguns são lentos, outros apenas closes estáticos ou com enquadramentos específicos, outros são bem rápidos com alternância de focos em personagens distintos. É incrível como conseguiram transformar as cenas de um cara escrevendo de forma alucinada num caderno em verdadeiras cenas de ação que você vê e pensa "Noooooooooosssaaa, que doideira é essa!!".
O jogo de cores também é bem definido e contrastam uma com a outra de forma e tentar mostrar o "bem e o mal". O tom vermelho que paira sobre Kira durante suas "limpeza" acaba sendo um recurso bastante utilizado, assim como a iluminação que o retrata como alguém superior quando vem do alto, como se ele realmente estivesse se tornando uma divindade com o poder de decidir o destino alheio, ou quando tudo fica escuro, dando aquele ar sombrio e mostrando que da mesma forma que ele pode agir para um bem maior, ele também consegue ser extremamente demoníaco. Em contrapartida, os tons sobre L são azuis, de forma a evidenciar um tipo de neutralidade e até mesmo o mistério acerca de sua figura. As próprias características físicas de Light e L são opostas. L é pálido, desleixado, tem olheiras e aparenta ser maluco, enquanto Light é bem mais atraente. A trilha sonora também se encaixa perfeitamente com cada momento e dá o tom exato para cada cena e personagem. É algo voltado para o metal, que não curto muito, mas no caso desse anime a trilha se encaixou como uma luva.
E sim, como todo anime, há várias cenas exageradas, principalmente as de morte, algumas bem cômicas, e outras que estão alí sem nada acontecendo, apenas pra enrolar e ganhar tempo (lembra até aquelas lutas em Dragon Ball onde a poeira levava uma semana inteira pra abaixar), mas penso que tudo é um jogo psicológico para manter o espectador atento enquanto vibra pelo próximo passo inesperado e surpreendente de Light ou L.
Enfim, eu poderia continuar escrevendo um testamento eterno elogiando o anime e refletindo acerca das questões morais que ele aborda e como o intelecto é algo que com certeza define uma pessoa, mas é melhor você correr pra assistir e se empolgar, como eu e toda a legião de fãs se empolgou, caso ainda não tenha visto, ou principalmente se tiver assistido só ao filme e ter tirado conclusões baseadas somente nele.
Super indico!
Título: Death Note
Episódios: 37
Produção: Madhouse
Gênero: Anime/Thriller/Sobrenatural
Ano: 2006
Duração: 22min
Classificação: 16 anos
Nota:★★★★★♥
Sinopse: Light Yagami é um genial estudante entediado com a vida que leva. Mas sua via está prestes a mudar de uma forma que ele nunca poderia imaginar. Light encontra um misterioso caderno chamado Death Note e descobre que com ele é possível matar quem quiser – desde que siga as regras escritas no próprio caderno. O rapaz então passa a testar o Death Note e pouco a pouco vai aprendendo a usá-lo até o ponto que decide varrer a escória da sociedade do planeta. Dotado de grande senso de justiça, ele começa a usar o caderno maldito para eliminar criminosos do mundo inteiro e começa a ganhar notoriedade na internet e nos demais meios de comunicação. Os atos do estudante começam a ser vistos com bons olhos por muitas pessoas que, sem saber sua identidade, passam a chamá-lo de Kira, termo adaptado do inglês “Killer” (assassino). Os atos de Light começam a chamar a atenção das autoridades mundiais. Sem pistas de quem seria Kira, entra em cena o exótico detetive conhecido apenas como L. Começa aí um jogo de “gato e rato” entre duas mentes brilhantes. De um lado Light e seu Death Note, do outro L e a polícia do Japão. E, assistindo a tudo, está Ryuk, o Shinigami – ou Deus da Morte – que jogou de propósito o Death Note no Mundo dos Humanos para se divertir um pouco.
Quando Ryuk, um dos deuses da morte do reino dos Shinigamis, não suporta mais o tédio de sua vida e do lugar em que vive, ele lança seu caderno na Terra esperando que alguém o encontre...
O caderno, chamado de Death Note, é um instrumento sobrenatural que funciona a base de várias regras, mas, basicamente, faz com que quem tenha o nome escrito nele, morra.
Light Yagami, um estudante excepcional de dezessete anos, mas entediado com a sua rotina, acaba encontrando o Death Note, que cai na área da escola onde ele estuda. Quando Light descobre o que o caderno faz, decide usá-lo anonimamente para varrer o mundo dos criminosos e se tornar um tipo de deus da justiça, criando um mundo melhor e livre de todo o mal e podridão. Cinco dias depois de Light tomar posse do Death Note e ter dado fim nos piores criminosos do mundo, Ryuk desce à Terra, mais precisamente em Tóquio, e se surpreende com a frequência com que o caderno foi usado por Light. Assim, Ryuk passa a acompanhá-lo para observar os acontecimentos que surgem em decorrência do caderno, só pra se divertir, já que Light é o único humano que ele conheceu que não está poupando esforços para disparar nomes alí desenfreadamente.
Mas, com as mortes de tantos criminosos acontecendo e sendo noticiadas pela mídia sensacionalista e aproveitadora que busca audiência incessantemente, a população teme, mas aclama o justiceiro anônimo como Kira. Porém, a onda de mortes desses criminosos, que tiveram seus nomes escritos no caderno por Light, imediatamente chama a atenção da polícia. As mortes em massa, mesmo que todas tenham sido paradas cardíacas, são consideradas assassinatos, e o responsável é tão criminoso quanto os que morreram, portanto deve ser condenado.
Sem pistas de como os bandidos estão sendo mortos, resta a polícia recorrer ao misterioso e anônimo L, o detetive mais inteligente e sagaz que existe e que sempre solucionou um caso, por mais impossível que pareça. L, então, inicialmente representado por seu tutor, Watari, se une a polícia e começa a usar sua genialidade para liderar o caso a fim de desvendar a verdadeira identidade de Kira para que ele possa ser responsabilizado pelas mortes e pagar por esses crimes.
Aproveitando que seu pai é um policial que está trabalhando no caso, Light tem acesso a informações exclusivas que o ajudam a tomar decisões baseadas nos próximos passos de L.
Porém, Light/Kira não tem a menor intenção de ser pego, e aproveitando de sua inteligência fora do comum, fará de tudo para não só evitar ser descoberto, como também descobrir a identidade de L para impedi-lo de progredir com as investigações, nem que para isso Light tenha que anotar o nome dele no Death Note...
Assim, uma incrível batalha intelectual é travada entre Light e L, onde um tenta descobrir a identidade do outro, usando de artimanhas psicológicas, genialidade, brilhantismo, poderes incríveis de dedução, manipulação e persuasão, para atingir seus objetivos. É como se um pudesse entrar na cabeça do outro para saber o que pensam, e assim tentam agir de acordo com o que o outro não espera.
Pra ser sincera, eu acho que devia estar morando numa caverna, pois nunca tinha ouvido falar de Death Note na minha vida até recentemente ter visto a empolgação do povão quando a Netflix anunciou que faria uma adaptação do mesmo. Porém, com o lançamento do dito filme e as posteriores manifestações descontentes e indignadas dos fãs (incluindo ameaças de morte ao infeliz diretor), decidi conferir a fonte antes de arriscar assistir ao filme, pois assim já saberia exatamente do que se trata, além de não criar expectativas que poderiam não ser superadas (coisa que geralmente acontece em adaptações na maioria das vezes). Para a minha satisfação e alegria, eu simplesmente amei o anime, tanto que assisti os 37 episódios em dois dias. É viciante, empolgante, e a curiosidade pelos próximos acontecimentos é algo incontrolável. É aquele tipo de material que a gente assiste e quer sair por aí comentando e indicando pra todo mundo que aparece pela frente como se não houvesse amanhã.
Light Yagami |
Light é um adolescente que tem total ciência dos poderes do Death Note, e a medida que a trama se desenvolve, ele vai se revelando cada vez mais perspicaz, conseguindo enganar L e a polícia e se deixando corromper, de forma gradual, por ter algo em mãos que o torna tão poderoso. Inicialmente ele mesmo se questiona sobre ser um assassino e sobre o direito de julgar os outros, mas Light acaba usando sua inteligência para convencer, manipular e enganar os outros para preservar sua identidade, mesmo que pra isso ele tenha que eliminar gente de bem que possa representar um possível risco a ele, e assim, poder concretizar seus planos de se tornar o deus que quer transformar o mundo num lugar melhor.
L |
L é um detetive genial e excêntrico, que adora açúcar e vive rodeado de doces. Ele tem um comportamento muito peculiar, principalmente na forma de se sentar. L preserva sua identidade até que num determinado ponto, a fim de obter mais informações sobre Light, assim como a total confiança da polícia, não tem outra alternativa a não ser revelar seu rosto. Com o progresso das investigações e deduções, ele passa a suspeitar de Light, mas por falta de provas não pode acusá-lo, o que leva L a vigiá-lo o tempo todo.
A forma como o núcleo da família Yagama é trabalhado também é um dos pontos altos do anime, seja pela preocupação da mãe com as notas do filho para que ele entre na faculdade e seja bem sucedido, o amor fraterno com a irmã mais nova que é empolgada e grande admiradora do irmão, mas principalmente com relação ao pai de Light, pois por mais que ele seja ausente devido ao trabalho, a família é unida e amorosa, e a ideia de ter um filho criminoso não é aceitável, tanto que o pai colabora com L nas investigações contra o próprio filho, mesmo que esperando provas de que Light não seja Kira.
Ryuk e Light |
Ryuk é espectador de tudo o que acontece. Ele está alí apenas para observar Light/Kira sem interferir em absolutamente nada no que diz respeito as suas decisões. Ryuk não ajuda e não atrapalha, mas faz alguns pequenos favores para Light em troca de ganhar maças. Ele chega a oferecer seus olhos para Light, pois dessa forma ele conseguiria ver o nome da pessoa e os dias de vida que lhe restam, desde que olhe pra ela, mas esse acordo faz com que metade de sua expectativa de vida seja dada a Ryuk, e Light recusa, preferindo usar de sua inteligência para descobrir o que precisa.
Num determinado ponto da história, Misa Amane é inserida na trama e causa algumas reviravoltas bastante intrigantes. Ela é uma jovem celebridade que carrega o trauma de ter tido os pais assassinados, mas se tornou devota a Kira por ele ter matado o criminoso responsável pelo assassinato. Assim, ela passa a viver sua vida praticamente em função de encontrar Kira para se dedicar a ele como namorada submissa. E quando ele descobre que ela também tem um Death Note e pode lhe ser útil como a segunda Kira, não pensa duas vezes em usá-la, por mais que ele não tenha a menor paciência e não goste dela. Isso é bastante revoltante pois Misa, muitas vezes, sabe que está sendo usada e manipulada por Light, de forma até cruel, mas não se importa, desde que tenha ele por perto. É triste e revoltante ver que esse tipo de obsessão, pois ela não se dá o devido valor e Light se aproveita disso tirando o máximo de vantagem que pode.
Rem é a Shinigami, dona original do segundo caderno, que acompanha Misa, e diferente de Light e Ryuk, as duas fizeram o trato dos olhos. Assim Misa consegue ver o nome das pessoas flutuando em suas cabeças. Tal habilidade é extremamente atrativa e útil para Ligh/Kira, e esse é mais um dos motivos que o leva a mantê-la por perto.
Misa Amane |
Ela inclusive dá um ar bastante cômico ao anime, principalmente por ser aquele tipo de personagem caricata e estereotipada, com corpão violão, peitolas, roupas provocantes, comportamento infantilizado e voz esganiçada que a tornam um tipo de ícone sexual para pervertidos ou coisa do tipo.
Rem acaba sendo uma deusa da morte oposta a Ryuk, pois embora ela também seja uma observadora, ela desenvolveu sentimentos por Misa a ponto de se preocupar com sua segurança e bem estar, e isso acaba sendo um grande problema já que há algumas regras com relação a isso que podem colocar várias coisas em risco.
Rem |
Os demais personagens, mesmo que morram ou continuem vivos até o fim, são importantes e suas particularidades que os definem, desde suas personalidades, atitudes e características físicas. Ninguém aparece sem motivo, e mesmo que a participação seja curta, eles estão alí para mostrar as facetas e as várias camadas de Light, e até onde ele é capaz de ir para se manter Kira.
Um ponto mui importante é que a equipe investigativa sempre está alí dando duro para ajudar L na resolução do caso, e Matsuda, um dos policiais envolvidos, levanta questões morais bastante relevantes com relação as atitudes de Kira. Se Kira está matando todo o bando responsável por causar caos e sofrimento no mundo a ponto da população em sua grande maioria estar ao seu lado, é certo condená-lo?
L e a equipe de investigação |
Não posso deixar de falar um pouquinho sobre o projeto gráfico da animação de forma geral e os detalhes que são impossíveis de não considerar. Os movimentos de câmera são dinâmicos e se encaixam com o momento. Alguns são lentos, outros apenas closes estáticos ou com enquadramentos específicos, outros são bem rápidos com alternância de focos em personagens distintos. É incrível como conseguiram transformar as cenas de um cara escrevendo de forma alucinada num caderno em verdadeiras cenas de ação que você vê e pensa "Noooooooooosssaaa, que doideira é essa!!".
O jogo de cores também é bem definido e contrastam uma com a outra de forma e tentar mostrar o "bem e o mal". O tom vermelho que paira sobre Kira durante suas "limpeza" acaba sendo um recurso bastante utilizado, assim como a iluminação que o retrata como alguém superior quando vem do alto, como se ele realmente estivesse se tornando uma divindade com o poder de decidir o destino alheio, ou quando tudo fica escuro, dando aquele ar sombrio e mostrando que da mesma forma que ele pode agir para um bem maior, ele também consegue ser extremamente demoníaco. Em contrapartida, os tons sobre L são azuis, de forma a evidenciar um tipo de neutralidade e até mesmo o mistério acerca de sua figura. As próprias características físicas de Light e L são opostas. L é pálido, desleixado, tem olheiras e aparenta ser maluco, enquanto Light é bem mais atraente. A trilha sonora também se encaixa perfeitamente com cada momento e dá o tom exato para cada cena e personagem. É algo voltado para o metal, que não curto muito, mas no caso desse anime a trilha se encaixou como uma luva.
E sim, como todo anime, há várias cenas exageradas, principalmente as de morte, algumas bem cômicas, e outras que estão alí sem nada acontecendo, apenas pra enrolar e ganhar tempo (lembra até aquelas lutas em Dragon Ball onde a poeira levava uma semana inteira pra abaixar), mas penso que tudo é um jogo psicológico para manter o espectador atento enquanto vibra pelo próximo passo inesperado e surpreendente de Light ou L.
Enfim, eu poderia continuar escrevendo um testamento eterno elogiando o anime e refletindo acerca das questões morais que ele aborda e como o intelecto é algo que com certeza define uma pessoa, mas é melhor você correr pra assistir e se empolgar, como eu e toda a legião de fãs se empolgou, caso ainda não tenha visto, ou principalmente se tiver assistido só ao filme e ter tirado conclusões baseadas somente nele.
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