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A Falta que me Faz - Meg Cabot

10 de fevereiro de 2022

Título:
A Falta que me Faz - Desaparecidos #5
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Jovem adulto
Ano: 2018
Páginas: 272
Nota:★★★★★
Compre: Amazon
Sinopse: Meg Cabot traz ainda mais ação, personagens intrigantes e a conclusão eletrizante da série Desaparecidos. Jess Mastriani não é mais a Garota Relâmpago. Pelo menos é o que ela acha. Aos 19 anos, após um raio cair em sua cabeça, passar por muitas brigas e viver uma temporada no Afeganistão, a garota está até um pouco aliviada por seu poder extrassensorial ter parado de funcionar. Agora ela só quer aproveitar Nova York, frequentar suas aulas na Julliard, praticar flauta e ensinar música para crianças carentes. Mas tudo muda quando seu ex-namorado, Rob, bate em sua porta pedindo que ela o ajude a encontrar sua irmã desaparecida. Uma irmã que nenhum dos dois sabia que existia.

Resenha: A série Desaparecidos (1-800-Where-R-You), da autora Meg Cabot, originalmente, teve os cinco volumes publicados entre 2001 e 2006 no exterior. No Brasil, os livros começaram a ser publicados em 2011, mas a série "chegou ao fim" em 2014 após o lançamento do quarto volume, Santuário, e parou por aí. Só em 2018, até que enfim, a Galera Record retomou a publicação e lançou o último volume para finalizar a saga de Jessica Mastriani, nossa querida e badass Garota Relâmpago.

Resumindo a história, Jess é uma garota de dezesseis anos que, após ter sido atingida por um raio e escapar ilesa, recebeu o dom de saber o local exato de alguém desaparecido. Ela começou a ajudar a polícia em diversas buscas, mesmo que não quisesse ser "propriedade do governo", até chegar num ponto onde ela mentia sobre ter perdido os poderes pra poder levar uma vida normal. No meio de tantas confusões e perigos envolvendo gente desaparecida ou morta, ela ainda encontrava tempo pra lidar com os dilemas adolescentes de estar envolvida emocionalmente com um Rob, um motoqueiro em "liberdade condicional"; de lidar com os Mastriani, sua família maluca; com Ruth, sua melhor amiga; e outras coisas do tipo. Até que, em prol da humanidade, Jess foi pro Afeganistão trabalhar pro governo procurando terroristas perigosos, e por lá ficou até completar seus dezenove anos, que é quando ela volta - sem seus poderes - e uma nova aventura começa...

Dessa vez, Jess está aliviada por seu poder de encontrar pessoas ter parado de funcionar. Depois de uma longa temporada de trabalho árduo em outro continente, ela finalmente vai pra Nova York, onde vai dividir um apartamento com Ruth, vai poder ir pra faculdade de Julliard em paz, e ainda dar aulas de música pras crianças carentes. Mas isso só iria durar poucos minutos, até Rob, agora seu ex, bater em sua porta pedindo pra Jess ajudá-lo a encontrar Hanna, sua irmã de quinze anos que ele acabou de descobrir que existia em circunstâncias de desaparecimento. Assim, o jeito seria fazer um trabalho investigativo para descobrir o paradeiro dessa abençoada. E, mesmo super chateada por ela ter pego Rob beijando uma moça que ela chama de "Peitos-Tão-Grandes-Como-Minha-Cabeça" na oficina em que ele trabalha, ela decide ajudá-lo por simplesmente não conseguir deixar ninguém na mão.

Eu confesso que só fui descobrir no mês passado - e por um total acaso - que esse volume existia. Depois de anos sem notícias, pensei que a editora não iria finalizar a série (até mesmo porque o volume quatro já tem aquele ar de fim, talvez), e eu simplesmente acabei esquecendo e nunca mais pesquisei sobre. Mas antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Mantendo o padrão dos livros anteriores, a narrativa é feita em primeira pessoa e vamos acompanhando uma Jess mais madura, mesmo que ainda continue nutrindo alguns ressentimentos bobos por causa da "traição" de Rob. Enquanto os dois estão investigando o sumiço da irmã dele, Jess começa a refletir sobre o fim do namoro; sobre sua estadia no Afeganistão; sobre tudo o que aprendeu durante esse tempo que ficou longe de Rob, de Ruth, e de sua família; sobre a pressão e as expectativas impostas sobre ela pela família; e sobre o futuro num geral, o que fez com que Jess, embora não tenha perdido seu sarcasmo e seu jeito de lidar com as coisas da forma mais despretensiosa e doida possível, tenha deixado de usar a violência pra resolver seus assuntos, e isso faz toda a diferença na hora dela resolver esse caso absurdo envolvendo Hanna e outras garotas menores de idade. Se antes Jess metia a porrada primeiro pra perguntar depois, agora ela pensa antes de agir, traça uma estratégia, considera todas as possibilidades e consequências, tem muito mais paciência, e isso mostra o quanto ela cresceu, evoluiu e está mais foda do que nunca. E mesmo que Jess esteja nessa fase "zen", ela não mudou tanto a ponto de deixar de se impor ou de sair ameaçando quem ousar sair da linha. A única observação que faço é a de achar que Jess deveria estar um pouco mais velha pra fazer jus a esse amadurecimento e a forma como ela resolve as questões da história. Eu lia e imaginava uma Jess já com seus vinte e cinco anos, pelo menos, mas entendo que por ser uma história mais juvenil é meio difícil ter uma protagonista mais adulta.

No livro anterior, Santuário, a autora já tinha inserido um tema pesado e bastante delicado de ser abordado, mas achei um tanto deslocado devido a irreverência e o bom humor da história. Nesse volume ela repetiu o feito, o de inserir um tema difícil no meio do bom humor adolescente, mas em vez de falar sobre racismo, ela abordou a pedofilia e a indústria amadora da pornografia. Obviamente é um tema pesado, mas pela história ter sofrido uma evolução, por Jess já ter seus dezenove anos e estar mais madura para lidar com questões mais difíceis, as coisas acabaram se encaixando muito melhor, principalmente porque tudo é abordado sem que haja exposição de maiores detalhes, mas de uma forma bem direta, onde cenas rápidas, diálogos inteligentes ou pequenas situações são criadas para que os leitores saibam exatamente o absurdo que está acontecendo, mostrando como as garotas em situação de carência e vulnerabilidade são enganadas e se tornam vítimas de um criminoso, e como Jess entra em cena para não só salvar as meninas, como também enfiar o criminoso na cadeia. Quem acompanha a série já conhece Jess e sabe do que ela é capaz, então a gente sabe e pode esperar que, além de ajudar a resolver o problema, ela vai fazer justiça e ser motivo de orgulho pra todo mundo.

Ok, é mais uma série que, por mais interessante, engraçada e empolgante que seja, tem um final previsível, logo falar que o lance com Rob, que está super mal resolvido, é só um detalhe. A gente começa a ler sabendo que no final as coisas se acertam, só resta saber como e o que acontece nesse meio tempo até lá. E Rob... O que falar desse rapaz? Se ele já era motivo de paixão nos livros anteriores, preparem os corações pra acompanhar os feitos do moço por aqui... A família de Jess também está ótima, principalmente seu pai, e até que enfim acompanhamos o desencalhamento de Ruth.

A Falta que me Faz encerra a série de uma forma super satisfatória, madura, fofa e suspirável. Com certeza é uma das melhores que a diva Meg Cabot já escreveu.

Santuário - Meg Cabot

28 de setembro de 2014

Lido em: Setembro de 2014
Título: Santuário - Desaparecidos #4
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 256
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Jess Mastriani pode encontrar pessoas desaparecidas, mas seus poderes não serão suficientes dessa vez. Quando atos de vandalismo começam a ocorrer e o vizinho de Jess é encontrado morto em circunstâncias muito violentas em um milharal, a Garota Relâmpago descobrirá que o racismo que rodeia sua cidade é capaz de atos muito mais cruéis do que entravar seu relacionamento com o namorado. Ela se vê, então, no meio de um plano muito perigoso, onde terá que engolir o orgulho e unir forças com o próprio FBI para entrar no santuário dos arruaceiros capazes de cometer esses crimes terríveis em nome de seus preconceitos.

Resenha: Santuário é o 4º livro da série Desaparecidos, escrita pela autora Meg Cabot e publicada no Brasil pela Galera Record. Mesmo que eu recomende que a leitura seja feita da ordem, por serem livros bastante independentes, podem ficar despreocupados, pois esta não tem spoilers dos livros anteriores. ;)

Jessica Mastriani ficou conhecida como a "Garota do Raio" após ter sido atingida por um raio em Quando cai o Raio. Após esse evento, a garota simplesmente sabe onde pessoas desaparecidas estão só de olhar uma foto delas numa caixinha de leite ou onde for. Porém, esse dom lhe causou tantos problemas que ela começou a tentar fugir de tal responsabilidade para ter um pouco de paz. O problema é que, por mais que Jessica queira ficar longe de tudo isso e não ter o menor interesse em se tornar "propriedade do governo", ela é boa pessoa demais pra simplesmente negar ajuda a quem precisa... Então ela continua sempre se envolvendo nas mais diversas roubadas que se possa imaginar.

Dessa vez, uma gangue intitulada "Verdadeiros Americanos" começaram a vandalizar a cidade do interior de onde Rob, o bad boy - e caipira - namorado de Jessica, veio. O problema maior é que Dr. Thompkins, um médico afro-americano que acabara de se mudar com a família, estava preocupado devido ao sumiço de seu filho, Nate, e ao perguntar a Jessica se ela havia visto o menino, ela alegou não possuir mais seus poderes... Dr. Thompkins ficou sem entender nada, pois ele não sabia dessa história de poderes, só queria saber se ela viu o garoto por aí...

Jessica não queria saber de pessoas desaparecidas no momento, pois sua preocupação maior era passar o Dia de Ação de Graças com Rob. E, enquanto voltava pra casa dirigindo feito uma louca, se deparou com um bloqueio na estrada e ficou apavorada com o que descobriu ali: o pobre coitado do Nate havia sido encontrado morto num milharal com um símbolo mui estranho gravado no peito.
Logo a polícia ligou todas as pistas e relacionaram os crimes que estavam acontecendo à gangue, e obviamente, os federais que não saem da cola de Jessica já estavam envolvidos por mais que ela já tenha se cansado de afirmar que não tem mais poderes que lhe permitem encontrar alguém desaparecido.

Quando Jessica sonha com o paradeiro de Seth Blumenthal, um garoto judeu desaparecido, ela começa a se sentir culpada e que poderia ajudar, e, como mágica, ela então sabe exatamente onde o garoto está... O problema é que uma milícia de supremacistas brancos, machistas e perigosos estão escondendo Seth, e ninguém, até então, sabe o que está acontecendo.
Com a ajuda de Rob, Jessica tenta resgatar o garoto e acaba se deparando com o pior dos problemas que já se envolveu desde que se tornou a Garota Relâmpago, e ainda terá que ceder ao FBI para adentrar o santuário dos vândalos que não se importam em cometer crimes hediondos em nome do que acreditam e/ou não aceitam.

Narrado em primeira pessoa, Jessica está de volta com mais uma aventura, e por mais que a história seja carregada com o humor contagiante da personagem, sempre muito sincera e divertida, traz o racismo e o preconceito como temas, o que acabou me fazendo considerar a história um pouco pesada se comparada às anteriores. Por mais que a história seja fictícia, é difícil engolir essa ideia de que existem pessoas que tem a mente atrasada e limitada o bastante para considerar negros e judeus como a escória, e que devem ser todos exterminados. É, no mínimo, chocante, inaceitável. A história é de uma garota adolescente, que tem seus problemas e preocupações de adolescente, como o relacionamento confuso com Rob por ele se negar a contar o motivo de ele estar em liberdade condicional; como ele acreditar que, por Jessica ter 16 anos e ele 18, eles não podem se relacionar e por isso se recusar a falar verdadeiramente sobre o que sente; como a vontade de ir para a escola em paz, e outras maluquices digna de Jess, então fiquei sentindo aquela pontada bem incômoda por, no meio desses dilemas, me deparar com algo tão atroz. É um tema difícil e perigoso demais pra ser inserido numa história descontraída e "feliz". Mesmo sendo bastante fã dessa série, e mesmo achando que a autora abordou o tema com bastante sensatez, ao meu ver, é algo que destoou do padrão dos livros anteriores, porque não faz muito sentido pra mim um tema tão pesado se misturar com esses assuntos adolescentes.

Outro ponto que não me agradou muito foram alguns erros de revisão espalhados pelo livro, pois é algo que me desconcentra muito.

Quero sim continuar lendo a série, gosto da ideia das histórias serem independentes e não necessariamente ser obrigatório acompanhar as anteriores para entender o que se passa, continuo amando a escrita engraçada juntamente com as ideias malucas que Meg Cabot tem, mas apesar de não ser ruim, não foi o melhor livro da série até então. Confesso ter ficado bastante feliz com o rumo que o casal está tomando, e ri horrores de Jessica quando ela está atrás do volante.

Vale a pena investir na leitura, a conclusão foi satisfatória e gostei muito da forma como Jessica, enfim, chegou num equilíbrio no que diz respeito a sua preocupação e necessidade de manter sua vida o mais normal possível com a vontade do governo em torná-la sua funcionária.
E que venha o quinto, e último, livro da série, Missing You.

Esconderijo Perfeito - Meg Cabot

28 de julho de 2013

Lido em: Julho de 2013
Título: Esconderijo Perfeito - Desaparecidos #3
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil
Ano: 2013
Páginas: 288
Nota: ★★★★★
Sinopse: Quando Amber Mackey desapareceu Jess estava de férias. Só que agora todo mundo na Ernest Pyle High School culpa a Garota Relâmpago pela morte brutal da líder de torcida. No entanto, ela se sente totalmente isenta de qualquer responsabilidade. Afinal, como poderia ter impedido que a garota aparecesse morta se nem mesmo sabia sobre seu desaparecimento? Além disso, tinha que manter o segredinho sobre seus poderes a salvo. Mas quando outra líder de torcida também some do mapa, Jess tem a chance de se redimir. E, de quebra, de ainda se tornar popular.

Resenha: "Esconderijo Perfeito" é o 3º volume da série Desaparecidos, da autora Meg Cabot publicada no Brasil pela Galera Record, que dá sequência às aventuras e confusões de Jessica Mastriani que após ter sido atingida por um raio sem sofrer nenhum arranhão, passou a ter o dom de simplesmente saber onde as pessoas desaparecidas estão, como conta o 1º volume, "Quando cai o Raio". No 2º volume, "Codinome Cassandra", Jessica, cansada de todos esses problemas e de não ter um pingo de paz, decide espalhar que perdeu seus poderes, e vai para um acampamento para prodígios musicais e se mete em mais uma enrascada quando, por pena, resolve ajudar um pai a procurar sua filha desaparecida.

Nessa continuação, a "Garota do Raio" é praticamente acusada da morte da líder de torcida da escola, Amber Mackey, que, depois de ter desaparecido, foi encontrada morta. Mas quando tudo aconteceu, Jess além de estar fora, "perdeu" os poderes... Como poderia saber de alguma coisa? O problema é que ninguém acredita que Jessica perdeu seu dom e ainda a acusaram de não ter feito nada pra ajudar a encontrar e evitar a morte de Amber, e outra líder de torcida desaparece. Se sentindo um pouco culpada, pois poderia ajudar se estivesse por perto, ela resolve dar uma força pra tentar impedir mais uma morte, o que colabora ainda mais para que os agentes do FBI que ficam em sua cola não a deixarem em paz, querendo que ela se torne "propriedade do governo". E entre a confusão envolvendo o sumiço da garota, seu relacionamento mal resolvido com Rob (o motoqueiro bad boy que faz o coração dela disparar), uma aproximação com o ex namorado da menina que morreu e as brigas que ela arranja na escola, Jess, mais uma vez, vai dar uma de heroína para tentar se redimir e diminuir sua "culpa".

Com relação a parte física, a capa do livro, cheia de pompons tem tudo a ver com a história. A diagramação é simples, os capítulos são curtos (em média 15 páginas) e as páginas são amareladas.
A narrativa é ótima e feita em primeira pessoa, então podemos saber de tudo o que acontece pelo ponto de vista de Jessica. Às vezes, durante alguns diálogos, Jessica acaba interrompendo muita coisa com seus pensamentos, e por isso fiquei com impressão de que ela, por mais que esteja preocupada em resolver as questões a sua volta por ter um espírito super altruísta, fica um pouco alheia ou dispersa, e acaba até distraindo a atenção do próprio leitor. Não sei se outras pessoas são assim, mas quando, no meio de um diálogo, o personagem começa a lembrar de outras coisas, até voltar ao diálogo novamente, me faz esquecer do que ela estava falando. Talvez seja por ela ser adolescente e isso fazer parte de sua personalidade, mas talvez seja um fator de distração proposital da autora devido ao mistério e as investigações para descobrir quem é o assassino, como se ela tivesse a intenção de desviar nossa atenção mesmo.

Jessica continua preocupada em ajudar as pessoas, preocupada em chamar a atenção de Rob, preocupada com sua família e preocupada em fazer com que todos acreditem que ela não tem mais o poder de encontrar os outros. Ela só não se preocupa em enfiar a mão na cara de quem a irrita ou se intromete com quem ela gosta, principalmente se alguém mexer com Douglas, seu irmão esquizofrênico que ganhou mais destaque nesse volume. Os pais de Jess também aparecem mais e até chegam a correr perigo devido a Jessica se intrometer no caso. Morri de rir do pai dela, que sempre se demonstra preocupado, controlador e super protetor, mas qualquer indício de que está tudo bem, fica completamente desligado ou desinteressado em continuar se preocupando com o assunto, como se nada tivesse acontecido. Ruth continua sendo a melhor amiga de Jess, sendo companheira, lhe abrindo os olhos e puxando sua orelha sempre que necessário, afinal, amigas de verdade têm esse papel.

No mais, eu adorei esse volume e o desenvolvimento da trama. O desfecho é um pouco previsível, mas isso não tira a empolgação de continuar lendo. Achei que a história tinha caído um pouco depois de ter lido o segundo volume, então comecei a ler sem tantas expectativas, mas esse veio pra dar um up nas coisas e posso afirmar que superou e muito! Comecei a ler e em menos de 3hrs já tinha terminado! É impossível largar depois que a gente começa!
Uma história super envolvente, carregada de mistério, com perigos, toques de ação, suspense e humor dignos da diva, Meg Cabot!

Codinome Cassandra - Meg Cabot

14 de setembro de 2012

Lido em: Agosto de 2012
Título: Codinome Cassandra - Desaparecidos #2
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil, Ficção
Ano: 2012
Páginas: 286
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Jessica Mastriani foi tachada como a “Garota do Raio” pela imprensa quando ela desenvolveu uma habilidade psíquica de encontrar crianças desaparecidas depois que foi atingida por um raio, durante uma grande tempestade. Agora Jess perdeu seu poder milagroso... Ou pelo menos é o que ela gostaria que a imprensa e o governo acreditassem. Tudo o que ela quer é ser deixada em paz. Mas parece que Jess não vai conseguir realizar seu desejo — especialmente quando está trabalhando em um acampamento de verão para crianças com genialidades musicais. Quando o pai de uma criança desaparecida aparece implorando para Jess encontrar a sua filha, Jess não consegue dizer não. Agora os agentes federais estão na sua cola novamente, assim como um padrasto malandro, que gostaria de ver a Garota do Raio, bem, morta.

Resenha:  Codinome Cassandra é o segundo volume da série Desaparecidos, de Meg Cabot, e Jessica Mastriani, a "Garota do Raio", está de volta. No primeiro volume (vide resenha aqui) Jess é atingida por um raio e passou a ter poderes especiais: o endereço de alguém desaparecido simplesmente lhe vem a cabeça. E isso causou muita confusão em sua vida. Só que dessa vez, cansada de ser perseguida pelo governo, pelo FBI, pelos papparazzis e por pessoas desesperadas das quais ela não sabe as verdadeiras intenções, Jess decidiu se manter no anonimato, alegando que perdeu seus poderes e não pode mais fazer nada pra ajudar ninguém, mas secretamente continua encontrando pessoas sem chamar atenção ou levantar suspeitas de que ainda tem o dom.

Nas férias, Jessica e sua melhor amiga, Ruth, vão para o acampamento de verão trabalhar como monitoras. Tudo bem que o acampamento é lá onde Judas perdeu as botas e completamente esquecido pela raça humana, mas isso é só um detalhe... Jess chegou lá toda feliz e satisfeita acreditando que seria monitora do Chalé das Garotas Frangipanas, mas acabou se decepcionando quando soube que Ruth é quem assumiria as garotas enquanto ela teria que ser monitora do Chalé Bétula, e ter que aturar os garotos bagunceiros e chatos.

Jéssica terá que lidar com o todo insuportável Shane, um menino prodígio, que assim como ela, é fera em tocar intrumentos musicais. O problema é que Shane é super mimado e não dá um minuto de sossego, e obviamente, Jess, que não aceita nenhum tipo de desaforo, não vai aliviar pro garotinho...
E é claro que os agentes "carrapatos" do FBI, Johnson e Smith, não acreditam que Jess tenha perdido seus poderes, e não têm a menor intenção de deixá-la escapar de suas vistas...

Até que ela recebe um pedido de ajuda de um pai desesperado querendo saber do paradeiro da filha sequestrada, mas mesmo deixando claro que perdeu os seus poderes, Jess decide investigar por conta própria, se metendo na maior roubada de sua vida.

"Codinome Cassandra" foi um livro muito esperado por mim. Depois que terminei de ler "Quando Cai o Raio", fiquei com aquele gostinho de quero mais, mas infelizmente, o livro não superou minhas expectativas. Digo isso pois não achei que nada de realmente novo e emocionante tenha acontecido na história que tivesse feito alguma diferença, muito pelo contrário.

Jessica continua com aquele jeitão "Suzannah" de ser. Xinga e bate nos outros e não está nem aí, mas ao mesmo tempo continua com aquela necessidade de ajudar quem precisa. Ruth está super chata e controladora e Rob, o "quase namorado" de Jess, teve uma participação tão pequena que mal pude acreditar. A química tão fofa que eles tinham no primeiro livro, parece ter desaparecido nesse segundo, pois ele está meio que indiferente apesar de ajudá-la muito, e isso sem nenhuma explicação.
O garoto, Shane, definitivamente é um menino chato, muito chato... e por mais que ele tenha evoluído no decorrer da história, não despertou minha simpatia.

Enfim... Esperava muitos acontecimentos, mas não achei que vieram nesse livro... O jeito é esperar pelos próximos.
Não vou dizer que é um livro ruim,  pois não é. O livro é legal, a narrativa flui bem, eu achei a capa muito bonitinha, dá pra rir um pouco e se irritar com os personagens malucos, mas não foi o que eu esperava. Também não achei que o título tenha sido muito adequado...
Fiquei com aquela sensação de que lia e lia, mas nada de interessante e novo acontecia. E quando aconteceu, foi tudo de uma vez e acabou!

Quando Cai o Raio - Meg Cabot

9 de setembro de 2012

Lido em: Janeiro de 2012
Título: Quando Cai o Raio - Desaparecidos #1
Autor: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil
Ano: 2011
Páginas: 272
Nota: ★★★★★
Sinopse: Mandaram que eu escrevesse um relato, em primeira pessoa, sobre o que aconteceu comigo, falando toda a verdade e nada mais do que a verdade. Então tá. O que aconteceu comigo: fui atingida por um raio. Tudo culpa da Ruth, que resolveu que queria voltar da escola andando, para queimar uns quilinhos... Acabou que eu é quem fui queimada. Ninguém acreditou em mim, nem eu mesma, pra ser sincera. Eu não estava me sentindo mal, não tinha nenhuma marca ou machucado... Nem estava chamuscada! Mas logo as coisas começaram a mudar. Quando acordei no dia seguinte, de alguma forma sabia onde estavam as duas crianças cujas fotos estampavam a caixa de leite, aquelas do Disque-Desaparecidos, sabe? Pois é. Eu tinha certeza absoluta sobre onde elas estavam. O problema é que eu achava que estava fazendo uma coisa boa! Liguei para o Disque-Desaparecidos e avisei à simpática senhorinha onde estavam essas duas crianças, e depois mais outras... Até que dois não-tão-simpáticos agentes federais apareceram na minha escola para conversar comigo. Até parece! Agora sou foragida da justiça, tenho que ajudar um dos meninos que foram encontrados e ainda preciso disfarçar o quanto o motoqueiro da sala de detenção mexe comigo... Ainda bem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar... Certo?

Resenha: Jessica Mastriani é uma adolescente que só quer ser normal e fazer o bem. Ela não se importa com popularidade ou status e se tiver que passar semanas na detenção ou descer a porrada nos sujeitos irritantes e grandalhões a solta por aí, tudo em nome da justiça, não pensa duas vezes.
Um belo dia, sua melhor amiga, Ruth, foi zoada na escola por causa dos seus quilinhos extras e devido a isso, ela preferiu ir embora pra casa andando em vez de dirigindo. Jess perdeu a carona, mas decidiu acompanhar a amiga em sua pequena depressão. Só que uma tempestade estava a caminho, e as duas resolveram se proteger da chuva se escondendo debaixo das arquibancadas de metal do colégio. E Jessica, com a sorte que tem, acabou sendo atingida por um raio. E o mais impressionante é que a enorme descarga elétrica que passou por todo seu corpo não lhe causou dano algum!

Depois desse episódio, bastava que Jess dormisse para que, durante o sono, seu cérebro começasse a fazer o download de endereços onde algumas crianças estavam. Jess sequer sabia quem eram até que as reconhece das caixinhas de leite. Ela começa a investigar primeiro para ter certeza do que está acontecendo, e conta com a ajuda de Rob, um sujeito caipira e bem misterioso que desperta muito sua atenção. Quando Jess tem certeza de que os endereços que tem são mesmo de crianças desaparecidas, ela, na melhor das intenções e na maior inocência, começa a ligar pro Disque-Desaparecidos pra avisar que sabe do paradeiro da criança sumida, mas devido a frequência diária das ligações, que são rastreadas, acaba sendo perseguida pelo FBI que faz de sua vida (e de sua família hilária) um verdadeiro inferno. Eles querem uma explicação para esse dom de Jess.

Quando Cai o Raio é o próprio relato de Jessica, então, é narrado em primeira pessoa. A diagramação do livro é simples, a leitura flui maravilhosamente bem, e por ter sido escrito por Meg Cabot, isso não é novidade, convenhamos. As ideias, a criatividade e a habilidade da autora em transformar situações bizarras e mirabolantes em histórias com um enredo que prende e não deixa pontas soltas é simplesmente incrível. Tudo na história é na medida certa, desde as cenas engraçadas até as cenas de ação pura. Como assim a menina foi atingida por um raio e além de não ter virado torrada, ganhou superpoderes? E não se trata de poderes como voar, controlar o fogo, ler a mente dos outros ou coisas x men do tipo. Involuntariamente o endereço do desaparecido lhe vem a mente e pronto. Ela só sabe. Que coisa de louco.
E como se não bastasse, ainda precisa lidar com problemas familiares, amorosos e ainda fugir do FBI pra ajudar um pobre coitado desaparecido que não queria ser encontrado, mas acabou sendo...

Jessica, com esse jeitão "parto-lhe a cara" lembra demais a Suzannah da série A Mediadora.
Rob, o caipirão motoqueiro com sua jaquetona de couro e lindo de morrer (pra variar) é super fofo. Ele faz o tipo bad boy que arranca suspiros de Jessica. Ruth, a melhor amiga, é meio enjoada e metida, mas não deixa de ser muito divertida.
Jessica tem um irmão esquizofrênico, Douglas, mas a narrativa flui de forma que isso seja tratado com muita naturalidade. A família de Jessica no geral foi muito bem construída.
A história parece ridícula se vista "por cima", mas é absurdamente engraçada, envolvente, e genial!
Essa é mais uma história da Meg Cabot que entrou pra minha lista de favoritos.