Mostrando postagens com marcador Documentário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Documentário. Mostrar todas as postagens

Na Telinha - Making Fun: The Story of Funko

29 de maio de 2018

Título: Making Fun: The Story of Funko
Produtora: Netflix
Direção: David Romero
Gênero: Documentário
Ano: 2018
Duração: 1h 39min
Classificação: Livre
Nota:
Sinopse: A Funko iniciou sua trajetória em uma garagem em 1998. Com personagens de vinil adorados em todo o mundo, a empresa credita o sucesso aos fãs.


No dia 24 de maio, o esperado documentário Making Fun: The Story of Funko estreou na Netflix para a alegria dos fãs. Nele podemos conferir entrevistas e relatos dos envolvidos sobre como foi a criação do bem sucedido império da Funko, assim como o impacto que a empresa teve, não só no universo do colecionismo, mas, na vida dos colecionadores.


Mike Becker foi o fundador da Funko, e seguiu seus princípios de apostar naquilo que ele gostava. Inicialmente, sua ideia era criar colecionáveis que lembravam os anos 50 por admirar bastante os estilos da época, e o que ele não imaginava era que por aí existiriam tantas pessoas que compartilhavam dos mesmos gostos que ele.


Porém, após alguns anos de trabalho duro, Mike se sentiu esgotado o suficiente para abrir mão do que construiu, e acabou vendendo sua empresa para o amigo Brian Mariotti, que já era fã da marca e tinha planos para que ela continuasse com o sucesso. Com isso, a Funko conseguiu licenças para lançamentos de renome, como Star Wars, DC, Marvel e outros personagens icônicos de grandes franquias, e por aí já se percebe a grandeza da coisa toda. No começo o público não gostou muito da nova linha de pops, os famosos e fofos cabeçudos que hoje são uma febre para os colecionadores de plantão, mas, talvez, pelo motivo de que antes das mudanças, a maioria dos colecionadores eram homens. Os pops agradaram mulheres e crianças pela aparência amigável e pelos detalhes incríveis de cada um deles. Quem imaginaria que um bonequinho do Freddy Krueger poderia ser tão simpático?

 
Como fã da marca e colecionadora, posso afirmar que fiquei bastante satisfeita com o que o documentário trouxe à tona, mesmo que ele não se aprofunde ou dê explicações sobre o processo de se conseguir ou não as licenças dos bonequinhos, ou como eles, como empresa, estão empenhados em atender aos fãs, principalmente aqueles que passam a noite em filas para conseguirem uma pulseirinha a fim de participarem dos eventos gigantescos e exclusivos que eles promovem. É tanta gente que mais parece um show!


O filme passa a ideia de que Funko não é apenas uma empresa de bonecos bonitinhos, mas sim uma gigantesca comunidade a favor da diversão. Tem bonequinho pra fã de qualquer franquia, desde animações, seriados, filmes, esportes, games, música e afins, até grandes personalidades. E assistindo tantos relatos carregados de sentimentos e do quão importante esse hobbie pode ser, é impossível não comprar essa ideia e acreditar que seja mesmo verdade.


Ao final, a impressão que fica é de que o documentário foi feito para fazer com que o público-alvo se sinta parte do processo, não apenas pela forma como eles lidam com os fãs, mas também pela forma como o colecionismo é tratado. As pessoas gostam de colecionar aquilo que lhes trazem lembranças e sentimentos nostálgicos, e isso fica bem evidente quando os depoimentos de colecionadores e até do próprio fundador ou atual presidente são mostrados. As pessoas não colecionam sem que haja um motivo, há toda uma história por trás, e muitas delas são inspiradoras e emocionam bastante.


Tenho quase certeza de que se aqueles que acham que colecionar pops (ou qualquer outro item) é um hobbie inútil e que só serve pra jogar dinheiro fora assistirem ao documentário, eles podem ter uma outra visão do que isso significa e compreender melhor sobre os desejos de possuir "brinquedos" que os adultos têm. Se você conhece alguém que tem dificuldade em entender essa paixão, não custa deixar o convite pra assistir.


Os pops reunem pessoas, são uma motivação para outros que passaram por maus momentos, preenchem e colorem uma parte da vida que talvez pudesse estar sem cor.
Me surpreendi e me emocionei bastante com o que assisti, e se antes eu já era apaixonada pela minha humilde coleção (que hoje tem uns 100 pops mas ainda é considerada "pequena"), depois do documentário eu adoro meus cabeçudinhos ainda mais! ♥

Na Pele de uma Jihadista - Anna Erelle

7 de outubro de 2015

Título: Na Pele de uma Jihadista
Autora: Anna Erelle
Editora: Paralela
Gênero: Documentário/Biografia
Ano: 2015
Páginas: 208
Nota: ★★★★★
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A história real de uma jornalista recrutada pelo Estado Islâmico. A jovem e frágil Mélodie, recém convertida ao islamismo, conhece, num chat de Facebook, Bilel, integrante de alto escalão do Estado Islâmico e braço direito de Abu Bakr al-Baghdadi, um dos terroristas mais perigosos do mundo. Após somente dois dias de conversas por Skype, ele já se declara "apaixonado". Mais do que isso: pede Mélodie em casamento, instigando-a a juntar-se a ele na Síria para viverem juntos uma vida idílica, repleta de riquezas materiais e espirituais. Mas o que Bilel não sabe é que Mélodie não existe fora do mundo virtual. Ela é, na verdade, Anna Erelle, uma jovem repórter parisiense que investiga as redes de recrutamento de grupos terroristas e suas propagandas digitais.

Resenha: Anna Erelle é uma jornalista freelancer que trabalha para vários jornais da França. Seu ponto é o estado islâmico fazendo matérias sobre o assunto, mas ao conhecer a história de uma garota convertida ao islã que foge da França e dos seus pais para encontrar um amor nas terras perigosas do Estado islâmico. Mesmo que tenha perdido o marido, ela não desejava e nem ansiava por voltar. Por livre e espontânea vontade a garota queria continuar lá.
Com base na história dessa garota, Anna descobre uma rede o Jihad 2.0, que através da internet mostra suas atrocidades e assim convencem jovens, homens e mulheres convertidos, a seguirem a causa: Livrar o mundo de infiéis.
Anna, então, decide usar uma conta falsa do Facebook, com nome Melodie, recém convertida, para entrar em contato com eles e saber como funciona todo o esquema, e também para entender as promessas feitas que levam tantos jovens a esta terra devastada pela guerra e para a morte garantida. Assim ela conhece Abu Bilel, o braço direito de Abu Bakr al-Baghdadi, conhecido como o maior terrorista.

Inicialmente, as conversas eram feitas por escrito, até Bilel exigir que a conversa fosse feita por Skype, insinuando ser mais seguro, então, Anna teve que contar com ajuda do amigo André para se manter as escondidas e filmar toda a conversa. Ela também se obriga a usar a Hijab, roupa completa da mulher islâmica. Anna criou uma Melodie com personalidade doce e inocente com a ideia de poder conquistar Bilel e ter tudo que precisava para sua matéria, sem deixar brechas para que ele não descobrisse sua farsa, revelando tudo o que ela gostaria de saber. Só que seu envolvimento com o trabalho como jornalista faz com que ela se conecte profundamente com o perfil de Melodie e isso acaba tomando rumos próprios e quase impossíveis de diferenciar o trabalho da vida pessoal.

Na Pele de um Jihadista é um relato verídico, que Anna (nome fictício criado para proteger a jornalista) precisava mostrar ao mundo o que descobriu desta rede imensa, que leva muitos jovens sem volta para a morte certa. Algumas mulheres são orientadas na intenção de um amor e um casamento, mas acabam se tornando objetos de homens cruéis e usadas como prostitutas pelos combatentes que "juram" fazer tudo em nome de Alá, o deus deles. Diante deste livro ela relata tudo nos mínimos detalhes, explicando como cada partição funciona, o EI, se encontrando entre Síria e Iraque, sendo seu propósito acabar com os xiitas, destruindo os supostos inimigos de sua própria região; A AI Queda, que se diz inimigo do Ocidente, destrói o que eles consideram como infiéis fora de seu campo, e a Jihad 2.0 que se concentra a espalhar pela internet suas monstruosidades, mostrando a punição a todos aqueles que negam suas crenças, destilando seu poder através de vídeos e assim impondo medo nas pessoas. A situação devastadora das consequências desta guerra massacradora também é abordada de forma muito crua e realista.

A leitura deste livro foi uma surpresa pra mim. Como leitora sem muito conhecimento de toda esta situação na Síria, me peguei totalmente alucinada a cada página virada, em total êxtase. Confesso que não esperava que este livro fosse me deixar eufórica, mas deixou! E após a leitura me senti necessitada de mais, sendo obrigada a buscar mais informações e reportagens sobre o assunto.

Para leitores que buscam conhecimento e informação acerca do assunto, este livro deve entrar em sua lista. E acreditem quando digo que este livro vai surpreender, porque vai! Na Pele de uma Jihadista é o tipo de leitura que traz conhecimento de suma importância e que indico e recomendo a todos!

Guerra Mundial Z - Max Brooks

20 de agosto de 2013

Lido em: Agosto de 2013
Título: Guerra Mundial Z: Uma História Oral da Guerra dos Zumbis
Autor: Max Brooks
Editora: Rocco
Tradutora: Ryta Vinagre
Gênero: Ficção de terror/Documentário
Ano: 2013
Páginas: 368
Nota: ★★★★☆
Sinopse: A Guerra Mundial Z quase extingiu a humanidade.
Ignoradas para uso em relatório oficial, as entrevistas aqui reunidas trazem os testemunhos valiosos dos sobreviventes. Dos veteranos de batalhas em castelos, passando por refugiados instalados em ambientes completamente inóspitos, os depoimentos eletrizantes deste livro documentam a captam, de forma assustadora, o terrível custo humano do surto que espalhou zumbis por todo o planeta. E como alguns lucraram com isso.

Resenha: Guerra Mundial Z, de autoria de Max Brooks lançado no Brasil pela Editora Rocco e que há pouco tempo originou o filme (nada a ver com o livro) de mesmo nome estrelado por Brad Pitt, é um registro coletado por um pesquisador que reúne relatos de pessoas de vários países que presenciaram a infestação e viram o mundo sendo tomado por criaturas monstruosas que quase causaram a extinção da humanidade: os zumbis. E o melhor é que a mera ficção é tratada como se fosse algo real, o que deixa o leitor bem envolvido e empolgado com a leitura.

Os capítulos principais são divididos de forma que possamos acompanhar a evolução dos acontecimentos, desde o estado de alerta, passando pelo pânico da população desesperada, até como foi feita a organização de combate contra os Z's, com subcapítulos iniciados com uma breve descrição e em seguida os depoimentos do sobrevivente entrevistado da vez... E todos tiveram uma importância considerável antes e durante a guerra, desde os simples civis, soldados a grandes figuras, como políticos ou diretores de grandes corporações.

Pelos relatos serem feitos do ponto de vista de pessoas diferentes, que testemunharam e participaram dos acontecimentos, apesar de fragmentada e, às vezes, um pouco confusa (já que é contada em partes limitadas e vai forçar o leitor a imaginar os pedaços que preenchem essas lacunas), toda a história se torna muito crível, como se a "Guerra Mundial Z" realmente tivesse feito parte da História do mundo. Não é nem possível se apegar a nenhum personagem por mais que sua história seja comovente, visto que ele aparece uma única vez pra contar o que presenciou e o que fez, por mais horrível ou heroico que tenha sido. Às vezes eles se referem a outros entrevistados mas todos estão ligados por um único evento: a Guerra.

O autor usou e abusou de termos técnicos referentes a técnicas militares e políticas, mas poupou maiores detalhes de funcionamento delas. É um pouco confuso e chato, mas ao mesmo tempo é um ponto positivo levando em consideração que um soldado ao ser entrevistado, por exemplo, vai relatar o que viu, e não dar aulas explicando em detalhes o funcionamento de armamentos utilizados e afins.
É possível ainda refletir acerca não só do que seria uma Guerra desse tipo, mas também sobre questões políticas, ideológicas, morais, religiosas e etc...

As primeiras infecções são detalhadas com maestria, desde o paciente zero, os primeiros infectados que tentaram fugir e até o tráfico de órgãos contaminados onde um dos transplantes é feito no Brasil e posteriormente o médico presencia seu paciente se reanimar como um monstro...
"'O medo', ele costumava dizer, 'o medo é a mercadoria mais valiosa o universo.' Isso me afetou. 'Ligue a TV!', dizia ele. 'O que está vendo? Gente vendendo seus produtos? Não. Gente vendendo o medo de ter de viver sem os produtos deles.' Mas que merda, ele tinha razão. O medo de envelhecer, o medo da solidão, o medo da pobreza, do fracasso. O medo é a emoção mais fundamental que temos. O medo é primitivo. O medo vende. Este era meu mantra. 'O medo vende.'"
- pág. 66
Chegou a ser frustrante (não no sentido crítico) encontrar num livro que traz o apocalipse zumbi, o fato de como o mundo funciona, pois a verdade incomoda, e ainda mais quando apontada de forma ficcional. Líderes com algum poder só se movem pra fazer alguma coisa quando são atingidos, pessoas que resolvem aproveitar a vida só quando sentem que ela está chegando ao fim, empresários oportunistas que se aproveitaram do desespero alheio para poderem lucrar vendendo remédios e coisas do tipo... Mas ao mesmo tempo, foi bom saber que a união dos povos foi feita em escala global para que a humanidade conseguisse se salvar, mesmo que pra isso o sacrifício fosse necessário. É o mundo de hoje e, pelo visto, o mundo de sempre...

Os zumbis fazem parte, mas mais evidente do que eles nessa história, é a motivação das pessoas e o que elas são capazes de fazer em situações extremas, como podem ver o mundo com outros olhos e mudarem sua formas de ser e agir, como podem abrir mão de sua zona de conforto (ou não) em prol da salvação (própria ou em massa, que seja), e mais: é uma excelente crítica à sociedade e aos diversos sistemas que beneficiam aos que podem pagar ou lucrar com ele.

Bling Ring: A Gangue de Hollywood - Nancy Jo Sales

4 de agosto de 2013

Lido em: Agosto de 2013
Título: Bling Ring: A Gangue de Hollywood
Autora: Nancy Jo Sales
Editora: Intrínseca
Gênero: Documentário
Ano: 2013
Páginas: 272
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Entre 2008 e 2009, as residências de Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Paris Hilton e diversas outras celebridades foram invadidas e saqueadas. Os ladrões, um grupo de jovens criados em um endinheirado subúrbio de Los Angeles, levaram o equivalente a 3 milhões de dólares em joias, dinheiro e artigos de grife, como relógios Rolex, bolsas Louis Vuitton, perfumes Chanel e jaquetas Diane von Furstenberg. As notícias surpreendentes sobre o caso chocaram Hollywood e intrigaram o mundo. Por que esses garotos, que em nada correspondiam à tradicional imagem dos bandidos, realizaram crimes tão ousados?

Resenha: Bling Ring foi o nome dado ao grupo de jovens composto por Diana Tamayo, Jonathan Ajar, Alexis Neiers, Rachel Lee, Nick Prugo, Courtney Ames e Roy Lopez, que entre 2008 e 2009 resolveram "ir as compras", invadindo as mansões das celebridades, como Paris Hilton, Lindsay Lohan, Orlando Bloom, Rachel Bilson, Megan Fox entre outros, tomando posse de suas roupas, jóias, obras de arte e o que mais encontrassem pelo caminho que lhes interessassem e até com intuito de "serem" quem estivessem roubando. Nancy Jo Sales escreveu uma reportagem sobre o ocorrido, pesquisando fatos, entrevistando os envolvidos nos roubos, seus familiares, os advogados e até mesmo os famosos que foram vítimas dessa quadrilha, o que originou o livro que recentemente foi lançado pela editora Intrínseca aqui no Brasil.

Bling Ring não é uma história de ficção que se desenrola com começo meio e fim, cheia de personagens adolescentes malucos e inventados que aspiram fama, status e riqueza. Se você for começar a ler imaginando e esperando algo do tipo, pare. Bling Ring se trata de uma reportagem sobre fatos e investigações criminais do caso, um documentário extenso, muito detalhado e às vezes repetitivo, com estudos, muitos dados reais e percentuais para diversos tipos de pesquisas sobre comportamento social dos jovens no decorrer dos anos, que traz trechos de diálogos e a história real dessa gangue cujo prejuízo estimado dos roubos chegou a marca dos 3 milhões de dólares, dentre outros apontamentos para a vida desregrada que esses (e muitos outros) jovens querem ter devido a uma busca incessante e sem limites para poderem sentir o gostinho do que é ser uma celebridade, seja na forma de se vestir, de pensar, de se comportar, e até mesmo nos princípios e na religião que seguem, sem parar para pensarem nas consequências que isso pode trazer e muitas vezes embarcando num mundo quase sem volta, cercado por drogas, bebidas e outros vícios horríveis...

Os crimes foram cometidos por quem menos se esperava, afinal, quem iria esperar ou desconfiar que jovens de 18 e 19 anos - brancos - iriam simplesmente invadir a casa de alguém famoso para roubar roupas e sapatos? E devido a isso o caso ganhou muita repercussão na mídia, já que foram atos audaciosos e até mesmo despreocupados cometidos por esses jovens, que ficavam super a vontade ao entrar na casa dos famosos, como se fosse algo que fizesse parte de suas rotinas, principalmente porque Paris Hilton não trancava a porta quando saía, e se trancava, deixava as chaves debaixo do tapete de entrada...

O maior site de notícias e fofocas sobre celebridades, o TMZ, sempre divulgava novas informações e até mesmo videos capturados pelas câmeras de seguranças de alguns famosos. Por mais que os objetos fossem valiosos, o que mais preocupou e chocou as vítimas foi a questão da invasão da privacidade e a falta de segurança que sentiram ao descobrirem que estavam sujeitos a esse tipo de coisa.

Paris Hilton fotografada pela
polícia após ter sido presa por
direção perigosa (2006)
A autora, através das pesquisas e entrevistas, além de tentar entender o que levou esses jovens de menos de 20 anos a cometerem tais crimes, expõe a cultura dos jovens americanos de forma crua, em que pra eles a fama, a riqueza, a beleza e afins são coisas essenciais e que devem ser exibidas e fazer parte da vida real e até da virtual, através das redes sociais, pois trazem glamour, status e felicidade, como se isso isentasse qualquer um de problemas, tristezas ou preocupações. Ela também salienta como os americanos tem um fascínio maluco e até doentio a ponto de iconizarem o casal de bandidos Bonnie e Clyde, como se tudo o que roubaram e até as pessoas que mataram fosse algo muito bacana e que deve ser visto/reproduzido/copiado, o que pode levar pessoas a acreditarem que roubar não é tão grave assim, muito pelo contrário, principalmente se o roubo for contra quem já tem muito. Outra coisa que ela traz a tona é esse tipo de comportamento visto em filmes, comerciais e reality shows roteirizados na TV que todos querem participar (e que Alexis inclusive participou de um deles, o Pretty Wild, exibido no E!), nas letras de muitas das músicas de sucesso (que sempre falam sobre as vantagens de se ter dinheiro e quanto é bom gastar adoidado, das orgias, da bebedeira, das curtições na balada, da importância da beleza e etc) ou até nas próprias celebridades, que vivem se divertindo, aparecendo em revistas e programas de TV, sendo perseguidas por paparazzis, gastando horrores, cometendo crimes, sendo presas e cumprindo 2 minutos da pena pois têm dinheiro e status suficientes pra ficarem livres pra ir e vir quando bem entendem sem se preocuparem com nada, afinal, são famosas, idolatradas, conhecidas e é isso o que importa.

Ao terminar o livro, pesquisar pelas fotos dos jovens foi algo automático... E é triste pra mim ver pessoas que já tinham uma vida boa escolherem um caminho cheio de vícios e recorrendo ao crime para alimentarem suas fantasias e desejos achando que se dariam bem... Lamentável e vergonhoso...

Com certeza o livro é uma ótima fonte de informações para os que se interessaram e têm curiosidade por uma visão jornalística do caso. Pra mim, a Bling Ring são um bando de ladrões que por mais que tenham seus sonhos e objetivos, ridiculamente se deixaram levar pelo momento, mas não passam de criminosos que escolheram o caminho fácil, sujo e errado, e que tinham mais que pagar pelo que fizeram.

Espiem as fotos dos meliantes:
Rachel Lee, Diana Tamayo, Jonathan Ajar, Alexis Neiers,
Nick Prugo, Courtney Ames e Roy Lopes
Confira um dos vídeos da invasão feita por Nick Prugo e Rachel Lee a casa de Audrina Patridge clicando AQUI.