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Na Telinha - Abominável

25 de fevereiro de 2020

Título: Abominável (Abominable)
Elenco: Chloe Bennet, Albert Tsai, Tenzing Norgay Trainor, Eddie Izzard, Sarah Paulson
Gênero: Animação/Fantasia/Aventura
Ano: 2019
Duração: 1h 37min
Classificação: Livre
Nota★★★☆☆
Sinopse: Shanghai, China. Yi (Chloe Bennet) é uma adolescente que, certo dia, descobre que um yeti está no telhado do prédio em que ela mora. A partir disso, ela e seus colegas passam a chamar a criatura mística de "Everest" e, ao criarem laços com o animal, decidem levá-lo até sua família, que está no topo do planeta. Porém, os três amigos terão que conseguir despistar o ganancioso Burnish (Eddie Izzard) e a zoóloga Dra. Zara (Sarah Paulson), que querem pegar o yeti a qualquer custo.

Em parceria com a produtora chinesa Pearl, a DreamWorks trouxe para o público mais uma aventura envolvendo uma jornada mágica e com vários perigos que se passa na China.
Yi é uma adolescente que perdeu o pai há um tempo e mora com a mãe e a vó. O sonho dela é realizar o que o pai não pode fazer ainda em vida, que seria viajar numa grande aventura pela China, e por isso vive ocupada fora de casa, fazendo diversos trabalhos para juntar dinheiro.
Num laboratório longe dalí, uma criatura enjaulada consegue escapar e acaba indo parar no telhado do prédio onde Yi mora, e quando a garota o encontra, percebe que ele é um yeti muito dorminhoco com algumas habilidades especiais e que só quer voltar pra casa, no monte Everest. Yi passa a chama-lo de "Everest", e parte com ele e mais dois amigos numa viagem cheia de aventuras pela China enquanto são seguidos pelo dono megalomaníaco do laboratório, Sr. Burnish, e pela zoóloga responsável, Dra. Zara, que querem capturar o yeti a qualquer custo.


Partindo dessa premissa, temos aquela trama bem clichê e previsível de um grupinho de amigos que precisam salvar alguém recém conhecido, e no meio do caminho passam por maus bocados até chegar ao destino. Talvez pela produtora ser a mesma, é impossível não notar uma enorme similaridade com o dragão Banguela, de Como Treinar seu Dragão. Everest é o dito "pé-grande", o "abominável-homem-das-neves", mas de assustador ele não tem nada, muito pelo contrário. Sua boca gigante faz com que ele pareça mais um cachorro feliz que adora enfiar a cabeça pra fora da janela do carro enquanto a língua voa, e ser muito peludo e fofinho reforça ainda mais essa característica. Só faltava o pobre latir.



Everest consegue controlar a natureza para que ela se mova a seu favor. Ele pode fazer as plantas florescerem e dar frutos gigantes, pode criar um verdadeiro tsunami e destruir tudo, e pode inclusive invocar nuvens e vento, logo, não entendi a real necessidade dele ter companhia de crianças que correm risco de vida ao entrarem nessa e serem perseguidas pelos agentes do Sr. Burnish e da Dra. Zara, sendo que pra voltar pra casa bastava que Everest fosse voando e pronto. A impressão que fica é que os momentos reservados ao uso desse dom são utilizados somente nas horas convenientes pra dar aquele clímax e impressionar, mas o efeito acaba sendo o contrário por ser óbvio.

Ainda assim, não nego que há algumas cenas fofas e encantadoras que podem divertir, inclusive aquelas envolvendo Yi tocando o violino que ela herdou do pai, e o que a motiva fazer tudo o que ela faz, é justamente por causa da morte e do luto por ele, e da homenagem que ela deseja prestar ao tornar esse sonho de viajar pela China que ele tinha em algo real, mas da forma que foi colocado, a ligação propriamente dita entre essa questão e o yeti, eu não acho que as crianças podem captar essa ideia de uma forma muito clara, mas, sim, fiquem ligadas à fofura de Everest e aos poderes dele que promovem os melhores efeitos visuais do filme.


Os amigos de Yi não tem muitos atrativos, visto que um deles não dava muita bola pra Yi por ela não ser popular, é viciado em redes sociais e selfies e só se preocupa com isso na vida, e o outro mais novo que adora basquete acaba sendo mais engraçadinho, mas, claro, a partir da aventura, eles acabam tendo uma visão de mundo diferente. Apesar de fracos, eles movimentam a trama dando toques de bom humor e trazendo alguma pouca tensão, já que algumas coisas dão errado, e mostrando que uma amizade improvável pode surgir e se fortalecer nessa dinâmica, onde a união em prol de algo maior é a única coisa que lhes resta.

Já não posso falar a mesma coisa dos "vilões", que não tem motivações convincentes pra seguir com seus planos "malignos", ou que causam "reviravoltas" inexplicáveis pra mudarem de lado numa tentativa bem xulé de causar qualquer emoção no público. Sei que em animações infantis é comum que as coisas se resolvam - e elas sempre se resolvem - de uma forma feliz, mas quando isso é feito de forma preguiçosa eu morro de dó.


Abominável traz uma aventura até divertida abordando temas como amizade, família, luto e autodescoberta num visual bem bacana e utilizando uma trilha sonora tocante e muito legal, mas a animação em si não traz nada de inesquecível, pra ser sincera.

Na Telinha - O Poderoso Chefinho

14 de agosto de 2017

Título: O Poderoso Chefinho (The Boss Baby)
Produção: DreamWorks
Elenco: Alec Baldwin, Steve Buscemi, Jimmy Kimmel, Lisa Kudrow, Tobey Maguire, Miles Christopher Bakshi
Gênero: Animação
Ano: 2017
Duração: 1hr 38min
Classificação: 9 anos
Nota:
Sinopse: Um bebê falante que usa terno e carrega uma maleta misteriosa une forças com seu irmão mais velho invejoso para impedir que um inescrupuloso CEO acabe com o amor no mundo. A missão é salvar os pais, impedir a catástrofe e provar que o mais intenso dos sentimentos é uma poderosa força.
Tim Templeton é um garotinho de sete anos que vai se deparar com uma realidade do qual ele não estava nem um pouco preparado: dividir a atenção e o amor dos pais com o novo irmãozinho.
Embora seus pais trabalhem fora, na PuppyCo, a maior empresa do ramo de filhotes de estimação do mundo, eles sempre têm tempo pra dedicar ao filho, que vive rodeado de amor e atenção. Tim é cheio de imaginação e vive no mundo da fantasia, e sua vida não poderia ser mais divertida...



Em outra realidade, todos os bebês prestes a nascerem passam por um controle de qualidade antes de serem entregues às famílias, e em meio a várias delas, aqueles que não se encaixam nos padrões são encaminhados à gerência da Baby Corp, uma empresa enorme controlada por bebês que trabalham incansavelmente para que eles sempre sejam os mais amados na escala de coisas que adoramos. Boss Baby é encaminhado à Baby Corp e lá ele se destaca como funcionário exemplar. Com a ameaça de terem o amor roubado por filhotinhos de cães, Boss Baby é enviado numa missão aos Templetons para se infiltrar na família e descobrir qual será a mais nova atração lançada pela PuppyCo, impedindo, assim, que as pessoas se interessem pela nova raça e continuem colocando os bebês em primeiro lugar em suas vidas.


Quando Boss Baby chega de táxi à casa dos Templetons, usando terno, gravata e carregando uma maleta, ele precisa fingir ser um bebê comum para não levantar suspeitas, mas Tim não aceita aquele impostor roubando toda a atenção de seus pais e quer se livrar dele a qualquer custo, porém a única forma de fazer com que Boss Baby vá embora é ajudando-o em sua tarefa, fingindo que eles se amam e estão se dando bem, para que ele volte pra Baby Corp e ganhe sua tão sonhada promoção por ter feito seu trabalho, deixando Tim e seus pais em paz. Mas, claro que haverá alguns obstáculos para eles enfrentarem, incluindo o vilão e seu capanga que está por trás daquilo que a Baby Corp quer impedir...



A história, na verdade, é contada por Tim já adulto, da forma fantasiosa como ele se lembra, logo os acontecimentos se passam nos anos setenta e é possível perceber isso através dos cenários e dos detalhes presentes na animação, como roupas e cortes de cabelos, os carros nas ruas, os brinquedos típicos da época, fitas cassetes e gravadores, televisores de tubo, aparelhos de som, máquinas de escrever, e etc. Embora a história seja super fantasiosa com explicações mirabolantes sobre a procedência dos bebês, a ideia de um garotinho ser capaz de criar tantas aventuras num mundo de pura fantasia é mais plausível quando aparatos tecnológicos ainda não existiam.
Há várias referências nostálgicas como Senhor dos Anéis, Beattles, Elvis Presley, Mary Poppins e etc, e obviamente, os adultos conseguirão aproveitar mais desses elementos por já conhecerem.



Tim é um garoto que não consegue lidar muito bem com a ideia de ter um irmão já que, por ser filho único, sempre foi o centro das atenções de seus pais, e ele vai fazer qualquer coisa para recuperar o que lhe foi roubado, inclusive se unir ao inimigo.
Já Boss Baby é um adulto num corpo de bebê, e ele é um sujeito hilário. Ele é sarcástico, debochado e super atrevido, não se apega a família pois sabe que só está alí para cumprir com seu dever, e ele não dá a mínima para o quanto sua presença está afetando Tim. Ele ainda acha que qualquer coisa pode ser resolvida jogando dinheiro pro alto pra pagar pelo que quer e precisa.
Porém, a medida que os dois passam tempo juntos e trabalham em equipe nessa jornada cheia de aventuras, eles começam a ter afinidades e se afeiçoam de forma recíproca, mesmo que não admitam de jeito nenhum.


O gráfico dessa animação é um dos melhores já feitos até hoje e com certeza a Dreamworks superou algumas animações da própria Disney/Pixar. Tudo é muito colorido e cheio de vida, e as cenas envolvendo as fantasias de Tim vivendo suas aventuras são incríveis.
A dublagem original é perfeita e acompanhar o bebê super fofinho com aquele vozeirão do Alec Baldwin é muito cômico.

O Poderoso Chefinho talvez seja uma animação mais indicada para adultos devido às piadinhas, às referências e pela forma complexa de mostrar a dificuldade e a resistência de um filho mais velho em aceitar um irmãozinho como novo membro da família, mas pelas cenas hilárias e pela diversão que proporciona de forma geral, é desenho mais do que recomendado pra todas as idades.