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A Missão Traiçoeira - Erin Beaty

6 de novembro de 2018

Título: A Missão Traiçoeira - Traitor's #2
Autora: Erin Beaty
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2018
Páginas: 456
Nota:★★★★☆
Sinopse: Sage Fowler abandona seu posto como aprendiz de casamenteira e se envolve em uma nova missão secreta ao lado do capitão Alex Quinn no segundo volume da série O Beijo Traiçoeiro.
Depois de se provar uma espiã habilidosa e uma casamenteira estrategista, Sage Fowler passou a ocupar uma posição confortável na alta sociedade, dando aulas para as princesas do reino de Demora. Quando surge a oportunidade de participar de uma nova missão secreta, porém, Sage quer aproveitar a chance para servir ao seu reino mais uma vez — e ficar mais próxima de seu noivo, o capitão Alexander Quinn. Alex não fica nada feliz com a ideia, já que está determinado a proteger a namorada de qualquer perigo.
A insistência de Sage em fazer parte da missão faz com que eles se desentendam cada vez mais e, quando um conflito com um reino vizinho resulta em uma tragédia, os dois acabam separados. Para completar a missão de Alex — e a sua própria —, Sage precisará contar com a ajuda de aliados inesperados para sobreviver em um território inimigo e salvar o reino de Demora mais uma vez.

Resenha: Em O Beijo Traiçoeiro, podemos acompanhar Sage, uma jovem que depois de ter ficado órfã foi morar com os tios, e logo depois enviada para uma casamenteira, pois já estava na idade de se casar. Só que Sage sempre foi uma garota livre, seu temperamento é muito difícil, e a casamenteira já percebeu que ela não serviria para ser a esposa submissa ideal. Assim, Sage se tornou sua aprendiz e partiu numa missão para acompanhar as demais noivas rumo a um grande evento onde as famílias firmavam uniões. Mas, no caminho, a escolta militar que acompanhava a comitiva começa a perceber algo de estranho, e a jovem se envolve num jogo de espionagem e fica bem próxima de um dos oficiais, Quinn...

Assim, Sage agora tem um emprego, mora no castelo e trabalha como tutora das princesas e do príncipe, e sua vida está repleta de conforto. Até a rainha começar a perceber que algo estava acontecendo no castelo. Tratava-se de uma missão secreta onde um grupo de elite do exército iria partir levando o príncipe como escudeiro, e a rainha ordena que Sage vá junto com a desculpa de que o garoto, de apenas quatorze anos, não deveria interromper seus estudos. Dessa forma, Sage seria a espiã da rainha e a manteria informada do que realmente se tratava a tal missão.
Mas um ataque acaba separando Sage do grupo e agora a garota precisa mostrar que tudo que veio aprendendo, principalmente sobre lutas, não foi em vão.

A Missão Traiçoeira é um livro cuja narrativa é bastante fácil de se acompanhar. Os personagens têm muitos diálogos, as situações e os cenários são descritos de uma forma bem direta e mesmo que a autora faça poucas descrições, crie situações questionáveis, ou não se aprofunde muito em alguns detalhes, a leitura desperta a curiosidade do leitor para o que virá a seguir.

Sage é uma personagem um tanto complicada, pois ao mesmo tempo que ela preza pela liberdade e mostra que é uma garota forte, determinada e cheia de personalidade, sua teimosia beira o ridículo. Então mesmo que eu tenha gostado muito de ver uma personagem feminina dando a cara a tapa para enfrentar os problemas em meio a um bando de marmanjos, eu não posso negar que em alguns momentos revirei os olhos em suas discussões com Quinn sobre ela querer fazer alguma coisa enquanto ele tentava impedi-la, e em vão, ou ainda quando ela possuía informações que podiam ajudá-lo, mas ela só lhe passava alguma coisa quando era conveniente, sem um motivo realmente justo. Eu tenho a mesma idade que ela mas não consigo me colocar em seu lugar. Em alguns momentos ela é muito infantil.
Como a narrativa se alterna entre o ponto de vista dela e de Quinn, acabou que eu me senti mais próxima dele por ter uma afinidade maior com a forma como ele encara as coisas. Então sempre que Sage aparecia com alguma ideia mirabolante ou com uma determinada posição, eu já ficava cheia de antipatia.

Claro que não posso negar que ela, como protagonista, tem o papel principal da história, sempre vai roubar as melhores cenas e ser a heroína de tudo e de todos, e isso ficou mais evidente da metade do livro pro final, onde, de acordo com algumas situações e descobertas, Sage começou a mostrar o quanto é inteligente e brilhante. Mas achei que tudo foi fácil de ser resolvido e conveniente demais, o que me pareceu um pouco forçado.

Eu gostei da história em si e de suas reviravoltas, mas achei que ele prometeu mais do que cumpriu. Apesar da autora tratar alguns momentos que deveriam ser mais dramáticos e tocantes com muita superficialidade, a construção de mundo de uma forma geral é muito legal, mas os personagens não são muito cativantes a ponto de eu realmente torcer por eles. O romance está lá, resistindo e se fortalecendo em meio a perigos e dificuldades, brigas e discussões malucas, mas achei que faltou um pouquinho mais pra realmente me conquistar. No primeiro livro eu fiquei mais convencida do que neste. Resta aguardar o terceiro para saber que fim tudo isso irá levar.


O Beijo Traiçoeiro - Erin Beaty

15 de dezembro de 2017

Título: O Beijo Traiçoeiro - Traitor's #1
Autora: Erin Beaty
Editora: Seguinte
Gênero: Jovem Adulto/Fantasia
Ano: 2017
Páginas: 440
Nota:★★★★☆
Sinopse: Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama - e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.

Resenha: Sage Fowler foi criada pelo pai em meio a natureza e aos pássaros livres, e ela se sente tão livre quanto. Diferente das garotas da sua idade, Sage não se importa e nem se preocupa com vestidos ou maquiagem. O que lhe interessa é a liberdade, é andar a cavalo, usar calças e se aventurar por aí.
Porém, desde a morte dos pais ela mora com os tios, e por gostar muito de ler e estudar, ela dá aula para os primos. Tudo munda quando Sage descobre que seu tio queria enviá-la para a Darnessa, a casamenteira, para que ela arrumasse um marido, mas se casar não estava nos seus planos... E isso fica claro quando a casamenteira percebe que Sage não nasceu para ser a noiva ideal. Seu temperamento é difícil e ela não seria aceita por ninguém desse jeito, e restou a casamenteira propor que ela se tornasse sua aprendiz, acompanhando as noivas para o Concordium, um evento para que as grandes famílias firmassem uniões, disfarçada de noiva. Dessa forma Sage poderia observar as moças e ajudá-las a encontrar maridos que combinem com elas. Na verdade o que Sage queria era estudar, mas sem outras opções, ela acaba cedendo e aceita a oferta da Darnessa.

Quando Sage e as noivas partem para a capital, inesperadamente elas são escoltadas por soldados que por algum motivo receberam ordens de acompanhá-las durante a viagem. Ela fica encarregada de mais uma tarefa: observar e tomar nota sobre os soldados.

O que ninguém esperava era que, após uma suspeita de conspiração, o Capitao Quinn e seus soldados foram designados a escoltar as noivas para observá-las de perto, e ao se aproximar da "noiva" que vive fazendo anotações, fica evidente que ela esconde alguma coisa, despertando a curiosidade e fazendo com que eles se questionem sobre ela ser uma espiã enviada pelos inimigos ou não.
E assim, quando o caminho de Sage se cruza com o dos soldados, ela receberá uma proposta onde terá um novo papel para interpretar, mas sentimentos são despertados e as consequências para suas descobertas não serão tão simples assim.

A narrativa é muito envolvente e flui muito bem. Há aquele ar de mistério enquanto a história vai se desenrolando com agilidade, e as mais de 400 páginas passam voando.
Os personagens tem personalidades fortes e são bem diferentes um do outro, e mesmo que os protagonistas ganhem mais espaço e tenham seus pontos de vista trabalhados, os demais personagens não ficam atrás, sendo capazes de se divertirem e até se identificarem com suas histórias.
Sage é inteligente, pé no chão, teimosa e não aceita ninguém tomando decisões por ela, e por esses e outros motivos ela acaba sendo uma heroína que não é só apaixonante, mas um grande exemplo de empoderamento feminino, ainda mais em meio aquela época. Mesmo naqueles tempos medievais, é possível surgir alguém que decida o futuro, indo contra os costumes e seguindo o próprio caminho, mesmo que seja necessário abrir mãos de algumas coisas para conseguir.

Por ser o primeiro livro da duologia, não espere por um final fechado que dá explicações para tudo o que ficou em aberto. Resta aguardarmos o próximo, ansiosos por mais deste universo encantador.

Pra quem procura por um livro que envolve intrigas, espionagem, agentes infiltrados, estratégias militares, reviravoltas incríveis e, de quebra, um romance bonito e muito fofo entre personagens marcantes e admiráveis, é leitura mais do que indicada.