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Quando Você Estava na Minha Barriga - Thrity Umrigar

4 de agosto de 2017

Título: Quando Você Estava na Minha Barriga
Autora: Thrity Umrigar
Ilustrações: Ziyue Chen
Editora: Globinho
Gênero: Infantil
Ano: 2017
Páginas: 40
Nota:★★★★★
Sinopse: Uma jovem mãe conta a sua filha como ela já era cercada de amor, gentileza e divertimento mesmo antes de nascer. A risada da menina, seu amor por música, sua doçura e seu espírito protetor vêm do período em que estava em sua barriga, tempo em que sua mãe cantava e dançava com ela, comia bolo de chocolate e alimentava passarinhos e gatinhos de rua. Quando você estava na minha barriga é a canção da mãe para sua filha em formação, retratando o aconchego e a magia de uma época em que ela estava grávida. A história lírica da autora best-seller Thrity Umrigar e as encantadoras ilustrações de Ziyue Chen criam um livro cheio de sentimentos e sabedoria sobre a conexão especial entre pais e filhos.

Resenha: Quando Você Estava na Minha Barriga é uma homenagem muito bonita da autora indiana Thrity Umrigar à sua filha, onde uma mãe conta todos os motivos que levaram a criança a ser alguém tão especial, e que isso vem desde antes mesmo dela nascer, através de pequenos momentos e gestos amorosos, cheios de ternura e dedicação.


Por se tratar de um livro infantil, não há complexidade nas palavras, mas há muito significado, principalmente pelas ilustrações delicadas, mas muito expressivas. O livro é feito de pequenas frases, carregadas de doçura, que mostram o quanto cada momento da gravidez foi tão importante para o desenvolvimento da filha, que antes mesmo de nascer já era muito querida, amada e esperada, o que colaborou para que ela crescesse feliz e se tornasse tão doce, desde o seu sorriso bonito, o gosto pela dança e pela música, o respeito pelos animaizinhos, a gentileza com os amiguinhos, até o amor incondicional pela família.



Um ponto que achei super bacana, e que acaba desconstruindo estereótipos de gênero, é que na história quem cozinha é o avô, quem constrói o berço de madeira é a avó e o pai sonha com a filha brincando de bola. É como se houvesse uma "inversão" de papéis que acaba mostrando pra criança que qualquer um é dotado de alguma habilidade especial, e pode ser e fazer o que quiser.

O projeto gráfico do livro é a coisa mais fofa. As ilustrações são bem coloridas e conseguem transmitir o sentimento bonito que é o amor em família, os pequenos grandes momentos responsáveis por trazer alegria na vida de todos, e principalmente a ligação fortíssima, que vem desde a gravidez, entre mãe e filha.



É leiturinha super indicada para crianças a partir de 3 anos, que ensina sobre amor, gentileza, amizade e educação. Quando Você Estava na Minha Barriga é um daqueles livros que passam aquela sensação de aconchego e nostalgia para as mamães de plantão, e é mais do que recomendado pra se ler com o filho no colo e enchê-lo de beijinhos e abraços.

Amor em Jogo - Simone Elkeles

16 de dezembro de 2016

Título: Amor em Jogo - Wild Cards #1
Autora: Simone Elkeles
Editora: Globo Livros
Gênero: YA
Ano: 2014
Páginas: 360
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino
Sinopse: Derek acabou de ser expulso do colégio interno em que estuda desde que seu pai foi convocado pela marinha. As coisas vão de mal a pior quando recebe a notícia de que terá que abandonar a sua Califórnia para morar com sua madrasta, na cidadezinha natal dela. A última coisa que ele precisava agora é se envolver em mais um drama familiar.
Já Ashtyn se esconde atrás de uma fantasia de vida perfeita: boa aluna, a única menina - e capitã! - do time de futebol americano da escola e namorada do quarterback promissor. Longe de um conto de fadas, Ashtyn sente-se deslocada. Quer deixar tudo para trás e correr em busca de uma bolsa de estudos em alguma faculdade bem longe de sua vida atual.
O encontro de Derek e Ashtyn revelará seus medos e exigirá deles toda a coragem para assumirem suas verdadeiras personalidades - e seus desejos mais secretos.

Resenha: Derek é um "garoto problema". Tendo fama de bad-boy na escola, sua rebeldia tem como base a ausência do pai, que por ser da marinha passava mais tempo no mar do que em casa com a família, e a morte da mãe, que perdeu uma batalha para o câncer.
Após ter aprontado no colégio interno em que estudava, Derek foi expulso, e foi obrigado a se mudar para Chicago com sua jovem madrastra, Brandi.

Ashtyn mora com o pai e soube há pouco tempo que sua irmã mais velha, Brandi (a própria), iria passar uma temporada por lá. Ashtyn não é nada comum se comparada as outras garotas da idade dela e tem grande resistência em se aproximar da irmã já que ela foi embora alguns anos atrás, abandonando-a.

Como se o encontro com Brandi já não fosse muito complicado para Ashtyn, conhecer Derek irá despertar nessa garota tão durona alguns sentimentos dos quais ela vai fazer de tudo pra evitar.
Eles sentem uma atração recríproca logo de cara, mas também irão lutar contra isso como ninguém, afinal, Ashtyn já está num namoro complicado e ter um garoto revoltado que está alí por obrigação morando debaixo do mesmo teto que ela vai ser mais difícil do que ela imaginou.

A narrativa é feita em primeira pessoa e se alterna entre os pontos de vista de Derek e Ashtyn em capítulos super curtinhos (são mais de cinquenta capítulos divididos em  pouco mais de trezentas páginas). A escrita é bastante envolvente, fluída e gostosa de se ler. Além de ficarmos por dentro dos pensamentos dos personagens de forma mais íntima, um ponto muito legal é que por mais que nós, leitores, saibamos do que se passa com os dois, nem sempre um personagem sabe o que acontece com o outro, e vice versa. Isso deixa a trama bastante dinâmica e até divertida por mostrar protagonistas vivendo encontros e desencontros e se desentendendo feito loucos em meio a nova situação em que se encontram e que eles tentam evitar a todo custo. Os diálogos também são bastante inteligentes e isso colabora para a fluidez da história.

Amor em Jogo é meio complicado de ter o gênero definido pois pelo que pude perceber ele está entre o Young Adult e o New Adult. Podemos encontrar elementos dos dois, mas mesmo que tenha o sexo como um dos temas, o que ganha mais foco são questões adolescentes, e mesmo que os personagens já estejam na faixa dos dezessete, dezoito anos, saindo do ensino médio e indo pra universidade, na teoria, eles são mais maduros e com atitudes menos infantis (se existe algum subgênero para tal, nunca ouvi falar). Mas tendo em vista tais características e apesar de ter considerado a história bem bolada, achei os personagens um pouco superficiais, e por esse motivo não consegui me conectar a eles como gostaria. É como se algumas atitudes não se justificassem, eu tentava me por no lugar deles e não entendia por que diabos fizeram alguma coisa... Já em outras partes fiz o mesmo mas consegui entender e talvez teria a mesma atitude. Confuso, não?

A história, basicamente, gira em torno dos dramas de Derek e Ashtyn, que sofreram perdas no passado e que por isso mudaram suas formas de agir e enxergar o mundo como um tipo de "defesa". Crescer sem a presença de um dos pais e conviver diariamente com aquela sensação de abandono não é fácil e pode ser um fardo doloroso pra se levar. Enquanto Derek perdeu a mãe e não convive com o pai, Ashtyn foi abandonada pela mãe e pela irmã e convive com um pai totalmente relapso (e Brandi voltar não melhora muito as coisas). Ambos estão quebrados de forma bastante similar, e além da rebeldia no comportamento, existe a questão da falta de confiança e até da falta do amor próprio. Talvez pelo livro ser voltado para o público jovem, tais traumas não tiveram um aprofundamento tão grande assim para explicar o motivo dos protagonistas quererem se isolar e impedir que haja qualquer tipo de aproximação mais íntima, e quando começamos a torcer pra que tudo se resolva, fim!

Mas confesso ter gostado do desenvolvimento dos personagens, de como as situações que lhes foram impostas serviram como experiências para que ambos pudessem amadurecer suas ideias e conceitos, enquanto temas do cotidiano adolescente são levantados de forma bastante leve como forma de fazer com que os leitores possam até refletir sobre eles.

A capa é bastante simples e agrada visualmente, mas não capta a essência da história. Não que isso seja um ponto negativo, pra mim só desperta a curiosidade para ler o livro. A diagramação é simples, as páginas amarelas e os capítulos são identificados pelo nome do protagonista da vez.

O livro recheado de clichês, afinal, é mais comum do que parece encontrarmos histórias onde o casal traumatizado com algum fato passado e triste se conhece e logo de cara se odeia e com o passar do tempo aprende a se gostar, mesmo que finjam o contrário. Mas embora seja clichê, isso não quer dizer que o livro seja ruim, não... Quando o desenvolvimento é feito de forma satisfatória e tem um enredo bem construído a ponto do leitor se envolver, gostar, e ainda torcer pelos personagens, é indício de que a autora apostou em elementos comuns mas conseguiu trabalhar com eles da maneira certa.

Enfim, pra quem quer fugir de histórias que abordam conflitos e dramas desinteressantes da garota popular da escola com o novo bofe, mas também está saturado de romances com o bad-boy traumatizado e revoltado com a garota perfeitinha e ingênua, Amor em Jogo traz uma história que pega parte dessas características mas transforma em algo bem diferente.

Novidade de Dezembro - Globo Livros

9 de dezembro de 2016

Aqui Estão os Sonhadores - Imbolo Mbue

Jende Jonga, um camaronês que vive no bairro nova-iorquino do Harlem, imigrou para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor para sua esposa, Neni, e o filho de seis anos. Jende mal pode acreditar na sua sorte quando consegue um emprego como motorista particular de Clark Edwards, importante executivo do banco Lehman Brothers. Clark exige pontualidade, discrição e lealdade — e Jende está pronto para preencher todos esses requisitos. A esposa de Clark, Cindy, ainda oferece a Neni um trabalho temporário na casa de veraneio dos Edwards, nos Hamptons. Com isso, Jende e Neni têm a oportunidade de finalmente crescer nos Estados Unidos e imaginar um futuro mais próspero para a família. No entanto, o mundo de poder e privilégios dos Edwards esconde segredos perturbadores, e logo Jende e Neni notam rachaduras na fachada de seus patrões. Quando o mercado financeiro mundial vem abaixo com o colapso do Lehman Brothers, os Jonga ficam desesperados para manter o emprego de Jende — mesmo que isso coloque sua união em risco e os obrigue a encarar um dilema até então impensável. Pintando um retrato vibrante de duas culturas e dois casamentos, Imbolo Mbue criou personagens inesquecíveis, cujos desejos, tristezas e alegrias se descortinam com uma veracidade impressionante diante dos olhos do leitor. Aqui estão os sonhadores explora questões sobre amor, classe, raça e família enquanto expõe a fragilidade do sonho americano.

Novidades de Novembro - Globo Livros

9 de novembro de 2016

Rita Lee - Uma Autobiografia - Rita Lee

Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá. E você pode ter certeza: essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. Rita cuidou de tudo. Escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas - e até decidiu a ordem das imagens -, fez a capa, pensou na contracapa, nas orelhas... Entregou o livro assim: prontinho. Sua essência está nessas páginas. E é exatamente desse modo que a Globo Livros coloca a autobiografia da nossa estrela maior no mercado.” - Guilherme Samora, jornalista e estudioso do legado cultural de Rita Lee.

Estragos - Fernanda Young

Estragos reúne as primeiras aventuras literárias de Fernanda Young, do período entre 1987 e 1995, quando ela tinha entre dezesseis e vinte e cinco anos de idade. Pela primeira vez publicados, os dezoito contos deste livro revelam a personalidade de uma jovem buscando seu estilo, um prenúncio do trabalho que viria a desenvolver nos anos seguintes, em seus mais de dez livros publicados.

Novidades de Outubro - Globo

6 de outubro de 2016

Globo Alt

Sway - Kat Spears

Sway é o apelido de Jesse Alderman, por causa de seu talento para conseguir qualquer coisa para qualquer pessoa, como providenciar trabalhos escolares, fazer com que pessoas sejam expulsas da escola, arrumar cerveja para as festas, entre outras coisas, legais ou ilegais... É sabendo dessa fama que Ken Foster, o capitão do time de futebol da escola, pede a ele um trabalho controverso: Ken quer que Bridget Smalley saia com ele. Com seu humor ácido e seu jeito politicamente incorreto de ver a vida, Sway terá que encarar o trabalho mais difícil que já teve: sufocar todos os sentimentos que Bridget desperta nele, a única menina verdadeiramente boa que ele conheceu em toda a sua vida.


Globo Livros

Mas Você Vai Sozinha? - Histórias de uma mulher viajando o mundo - Gaía Passarelli

Mulheres que viajam sozinhas com certeza já ouviram essa pergunta. Seja em outro continente ou na cidade vizinha, é sempre um ato de coragem decidir conhecer um lugar por conta própria. Neste livro, Gaía Passarelli fala com sinceridade e bom-humor sobre suas aventuras sozinha pelo mundo. Ela não vai te dizer pra largar tudo e sair por aí, nem te dar dicas de como ser cool em Nova York. Estas são histórias sobre ser consolada por um xamã andino, molhar os pés nas águas do mar do extremo sul da Índia e dormir debaixo de uma mesa de bar no Texas. É sobre viajar e voltar pra casa. Acima de tudo, este é um livro que fala sobre ser mulher e, ao mesmo tempo, ser livre pra viajar por aí sem companhia, sem medo e sem preconceito.

O Punhal - Jorge Fernández Díaz

Best-seller absoluto na Argentina, O punhal é um romance que investiga os meandros da polícia e da política como organizações mafiosas, que guardam entre os altos escalões de suas fileiras os verdadeiros senhores do narcotráfico latino-americano. Narrada por um agente da inteligência argentina que se infiltra em uma influente quadrilha criminosa como o guarda-costas da sensual ex-amante de um dos chefões do tráfico internacional, esta é uma trama que mostra que é impossível mudar o mundo sem sujar as mãos e que o desejo – por poder, por dinheiro, por uma mulher -- é a mais destruidora de todas as drogas.

1822 - Edição Juvenil Ilustrada - Laurentino Gomes

Laurentino Gomes apresentou a história do Brasil ao grande público de forma simples e convidativa, despertando um maior interesse nas origens de nosso país. Para estimular os jovens leitores a se aventurarem pelo passado, a Globo Livros lança a nova edição juvenil do segundo volume de sua premiada trilogia.
1822 – Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil – um país que tinha tudo para dar errado conduz o leitor por uma jornada pela Independência do Brasil. Na obra, Laurentino compara diferentes relatos sobre o dia 7 de setembro e a proclamação da independência. Mais do que desmistificar o grito às margens do Ipiranga, o escritor analisa como Dom Pedro conseguiu, apesar de todas as dificuldades, fazer do Brasil uma nação na sequência das mudanças provocadas pela fuga da família real portuguesa em 1808.
A edição juvenil une informações e imagens apresentando a história brasileira de forma fluida e simples.

Novidades de Setembro - Globo Livros

14 de setembro de 2016

50 Anos de Jornada nas Estrelas - Volume 1 - Edward Groos

50 anos de Jornada nas estrelas é a inacreditável narrativa sem censura nem cortes por trás de um dos maiores fenômenos da cultura pop. É a crônica sem meias-palavras dessas cinco décadas de aventuras intergalácticas, contada pelas pessoas que tornaram tudo isso possível. Edward Gross e Mark A. Altman, dois dos maiores especialistas mundiais em ficção científica, ouviram centenas de produtores de cinema e TV — entre eles Gene Roddenberry, o controverso e genial criador da série — executivos de emissoras de televisão, roteiristas e membros do elenco como William Shatner, Leonard Nimoy e Nichelle Nichols, que interpretaram respectivamente os inesquecíveis capitão Kirk, sr. Spock e tenente Uhura. Esses profissionais emblemáticos revelam fatos inéditos — muitos deles surpreendentes — completados com a reprodução de trechos de cartas, roteiros alterados e memorandos internos trocados entre a equipe nunca antes revelados e que lançam uma nova luz sobre a série, seus personagens e os homens e mulheres que a levaram para as telas.

Acordar Outra Vez - Joshua Ferris

Paul O’Rourke — dentista extraordinário, nova-iorquino com uma relação de amor e ódio com a cidade, ateu declarado, um descontente torcedor do Red Sox e apreciador de um bom mocaccino — é um jovem sem contato com a vida moderna. O mundo milimetricamente organizado de Paul sai dos eixos quando alguém começa a se passar por ele na internet. Paul assiste com horror impotente como um site, uma página no Facebook e uma conta no Twitter são criados em seu nome para promover uma religião antiga e pouco conhecida. No entanto, o que começou como uma violação escandalosa de sua privacidade logo se torna algo muito mais profundo e assustador: a possibilidade de que o “Paul virtual” poderia ser uma versão melhor do que o de carne e osso.

Colômbia (Lonely Planet) - Vários Autores

Natureza abundante, herança colonial, grandes cidades e lindas praias - pode até parecer que estamos falando do Brasil, mas o país da vez é a Colômbia. Há de tudo um pouco: esportes radicais e passeios nos inúmeros parques nacionais naturais, aventuras na natureza, praias maravilhosas de águas caribenhas, e vida noturna intensa nas grandes cidades (com muitas opções para dançar salsa, claro) - atrações apresentadas em detalhes neste guia inédito da Lonely Planet Brasil. O clima colonial das históricas Cartagena e Barichara contrasta com a vibe cosmopolita de grandes cidades como Bogotá e Medellín; a constante sensação de perigo, consequência dos cartéis de drogas e grupos de guerrilha, se opõe à paz e tranquilidade agora vigentes, recentes num país que mantém ainda grupos indígenas e uma forte cultura cafeeira. E mesmo com todos esses contrastes, na Colômbia tudo parece se encaixar. Com informações detalhadas e segredos locais, o guia “Colômbia” da Lonely Planet Brasil é ideal para conhecer mais esse destino, perfeito para quem gosta de planejar com antecedência a viagem dos sonhos.

Novidades de Maio e Junho - Globo Alt

14 de junho de 2016

Coração Perverso - Starcrossed #3 - Leisa Rayven
Elissa Holt tem uma regra quando se trata de relacionamentos: ela não namora atores. Sua bem-sucedida carreira de diretora de palco em Nova York a ensinou que eles não são confiáveis, e isso se comprova quando ela conhece Liam Quinn.
Eles tiveram um breve, porém intenso romance há seis anos, pouco tempo antes de Liam se mudar para Hollywood, fazer sucesso em grandes produções de cinema e quebrar o coração de Elissa ao começar a namorar Angel Bell, a atriz queridinha da América.
Agora o casal do momento está em Nova York para estrelar a peça A megera domada, de Shakespeare, da qual Elissa será, coincidentemente, a diretora de palco. Apesar de o cenário ser completamente diferente, tudo o que aconteceu entre eles – e o que poderia ter acontecido – vem à tona.
Mesmo Elissa sabendo que se entregar a Liam de novo poderia gerar uma tragédia, fica claro que o amor e o desejo nem sempre seguem o script...

A Fúria e a Aurora - A Fúria e a Aurora #1 - Renée Ahdieh
Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado.
Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga.
Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.


Minha Julieta - Leisa Rayven

4 de novembro de 2015

Título: Minha Julieta - Starcrossed #2
Autora: Leisa Rayven
Editora: Globo Livros
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 350
Nota: ★★★★★
Onde comprar: Saraiva
Sinopse: Alguns amores nunca te deixam ir...
Cassie jurou que nunca iria perdoar Ethan por quebrar o coração dela, quando eles estavam juntos anos atrás. Ele era seu grande amor, e quando ele se recusou a amá-la de volta, uma parte dela morreu para sempre... ou assim ela pensou. Agora ela e Ethan estão compartilhando um palco da Broadway, e ele está determinado a reconquistá-la. Finalmente ele é capaz de dizer todas as coisas que ela precisava ouvir... mas ela pode acreditar nele? Será que ele realmente mudou, e o que faz com que esta mudança seja diferente de todas as suas outras promessas não cumpridas?
A resposta está em algum lugar do passado, e agora a verdade virá à luz. Cassie voltará a confiar da maneira como ela era antes com Ethan? Ou é tarde demais para estes amantes estrela-cruzados?

Resenha: Minha Julieta é a tão aguardada continuação de Meu Romeu, da autora Leisa Rayven e publicado no Brasil pela Globo Livros.
Em Meu Romeu a autora nos apresenta a história de Cassie e Ethan, dois jovens estudantes de teatro que se envolveram intensamente pouco antes de protagonizarem a peça Romeu e Julieta. Anos se passaram desde o envolvimento conturbado que tiveram e eles se reencontraram, mas Cassie nunca esqueceu o quanto ficou arrasada com os problemas do relacionamento até que ele chegasse ao fim. Ela imaginava que nunca poderia perdoar Ethan pelo que ele a fez passar e carregou toda aquela amargura por anos, mas o reencontro traria à tona vários sentimentos que ficaram reprimidos e restaria saber se eles retomariam o que haviam começado há anos atrás.

Em Minha Julieta, Ethan retorna decidido a ter uma nova chance e não parece querer desistir fácil.
Cassie nunca deixou de amá-lo por mais que ele tenha partido seu coração, e duas vezes. Ela só não sabe se tem forças o bastante para mergulhar numa relação quando a ideia de se magoar outra vez não sai de sua cabeça.
Eles já tinham tentado permanecer unidos mas nada foi o bastante até então. Os caminhos que percorreram, as escolhas tomadas e a jornada que se aventuraram a entrar foram inesquecíveis, mas muito dolorosas. Se o amor é verdadeiro, poderá superar tudo? O casal está mesmo fadado a ficar junto depois de dor, tempo e distância terem os afastado?

A escrita da autora é perfeita, viciante, com doses de paixão, humor, drama e tensão na medida certa que faz com que o livro seja impossível de largar. A narrativa em primeira pessoa faz com que a gente se sinta na pele de Cassie. Seus sentimentos, seus devaneios, e seus desejos mais íntimos são profundos e intensos o bastante para dar à trama uma carga dramática ainda maior do que no livro anterior. Todas as perguntas que ficaram no ar anteriormente, como o que realmente aconteceu para Cassie odiar Ethan ou o que ele fez para magoá-la, enfim, são respondidas de forma lenta e gradual ao longo das páginas, alternando os capítulos entre passado e presente de forma que o leitor possa saber o que se passou mas também sofra de uma tensão agonizante que quase nos leva a ter um pequeno infarto.
Temos acesso a detalhes reveladores e importantes que fazem com que seja possível entender todo o rancor que Cassie guardou. Sua trajetória pelo tempo em que ela e Holt ficaram separados é mostrada de forma mais clara e tudo amplia nossa visão dos fatos.

Vemos o quanto Ethan amadureceu ao retornar para Nova York, sabemos detalhes do que ele fez enquanto estava ausente já que, além de decidir se abrir por completo com Cassie e não manter mais segredos, ainda entrega a ela seus diários onde registrava tudo. Ele, enfim, se esforça para que Cassie veja que ele realmente mudou e está disposto a fazer a coisa dar certo, lutando por ela com todas as suas forças.
Cassie também se mostra uma pessoa bem diferente do que foi no passado, pois ainda que ela tenha ficado ressentida e desacreditada no amor, ela sabe que o único cara capaz de tirá-la do chão é Ethan.
Não há duvida que eles se amam e que querem ficar juntos custe o que custar, mas o caminho é longo pois nesse caso não é possível haver recompensa se não existir superação. Superar o sofrimento, as decepções e entender o que deu de errado e porquê são peças fundametais para percebermos que o amor é algo que machuca, que abala as estruturas de forma positiva ou negativa, mas que é forte o bastante para fazer com que alguém mude pra melhor quando esse sentimento é verdadeiro e seja algo que valha a pena. E o amor que existe entre esse casal - e posso afirmar com propriedade que é o meu favorito do gênero new adult de todo o sempre e amém - é aquele que ultrapassa barreiras, que fica destroçado em tempos de tempestade, mas aguenta o tranco até o fim, e se necessário ressurge das cinzas mais forte do que nunca.

E claro que para tudo se encaixar, nada melhor do que o tempo... Para que possamos crescer como pessoa, às vezes precisamos chegar ao fundo do poço para reconhecermos nossas atitudes e darmos valor ao que realmente importa.
Uma observação importante sobre o erotismo que a autora insere na trama é que ainda que tudo seja muito detalhado e exponha mais a sensação do prazer que eles se proporcionam de forma geral e o quanto sentem necessidade um do outro, nada é vulgar, nada é exagerado, nada parece sujo. Acredito que a forma como a autora aborda o sexo nos livros é o que corresponde a realidade, o que sentimos e o que queremos mas que, às vezes, não somos capazes de expor por algum motivo. Então acredito que ao ler o livro com a mente aberta, é possível refletir sobre o tema com relação ao que gostamos e ao que experimentamos, nesse sentido...

Só posso dizer que por mais que eu tenha amado essa história, todo o seu desenvolvimento e seu desfecho emocionante, ao final me bateu uma enorme tristeza. Aquela tristeza de saber que aquilo era o fim e eu não poderia me deleitar com a escrita maravilhosa e cheia de sentimentos da autora que me emocionaram, suas tiradas bem humoradas e irônicas que me fizeram rir, as cenas mui picantes que fazem qualquer uma querer estar na pele de Cassie quando Ethan a pega de jeito, os palavrões que ele sempre fala tão característicos de sua personalidade impossível, mas acima de tudo, a ideia de ter um amor que, ainda que complicado, seja bom e valha a pena o bastante para ser eterno.
Então quando li os agradecimentos ao fim da história (coisa que não leio nunca), quase morri ao saber que haverá uma história destinada a Liam e Elissa, a irmã de Ethan. Wicked Heart é o nome em inglês.

Em suma, posso dizer que Minha Julieta é uma história de amor e superação, que mostra um relacionamento aos cacos de duas pessoas que só querem juntar os pedaços para reconstruírem algo que, de certa foma, nunca foi realmente perdido. Sempre esteve alí, sob a dor e a mágoa, mas é forte o bastante para renascer.
Favorito e indicado, pra sempre...

Quando Saturno Voltar - Laura Conrado

2 de novembro de 2015

Título: Quando Saturno Voltar
Autora: Laura Conrado
Editora: Globo Livros
Gênero: Chick lit/Romance/Nacional
Ano: 2015
Páginas: 248
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Em seu novo romance, Laura Conrado conta a história de Déborah Zolini, uma jornalista sonhadora e fã de Pablo Neruda que trabalha como assessora de imprensa de um clube de futebol da segunda divisão e namora o médico Sérgio há quatro anos. Ela faz planos de construir uma vida a dois, arrumar um emprego melhor e correr atrás de desejos que ainda não realizou. Só que a vida, ou as estrelas, guardam surpresas para Déborah. Em uma viagem ao Chile, ela encontra uma mulher misteriosa que lhe fala sobre o retorno de Saturno. O planeta, que leva, em média, 29 anos para dar uma volta no sistema solar, voltará à posição em que se encontrava quando a jornalista nasceu. Para quem acredita em astrologia, esse é momento em que as pessoas passam por várias mudanças, que vão prepará-las para encarar o resto de sua vida. Déborah não leva a moça muito a sério, mas pede às estrelas que a ajudem a realizar seus desejos. No entanto, no voo de volta ao Brasil, um encontro inesperado começa a abalar a vida aparentemente certinha da protagonista. Aos poucos, Déborah começa a notar que seu namoro anda meio morno, a falta de reconhecimento no trabalho a incomoda. Ela começa a admitir que não está gostando do rumo que as coisas estão tomando. Será a hora de partir para novos desafios? Trocar aquele relacionamento confortável pelo frio na barriga? Sair de vez da zona de conforto e ver o que acontece?  

Resenha: Quando Saturno Voltar é um chick lit escrito pela autora nacional Laura Conrado.
Explicando o título para nos situarmos, o que acontece é que Saturno demora pouco mais de 29 anos para completar sua translação (o movimento em torno do sol) e os astrólogos apontam que quando o planeta retorna para o mesmo ponto do nascimento de uma pessoa, ocorrem mudanças. O que a astrologia chama de "retorno de Saturno", o resto dos mortais chama de "crise dos 30".
E levando isso em consideração, somos apresentados a Déborah Zolini, uma mulher beirando os trinta que leva uma vida bem rotineira. Ela trabalha como assessora de imprensa de um time de futebol de segunda divisão de Minas Gerais, o Tricolor Associação Esportiva (ou Taes) e está num relacionamento confortável, mas bem desgastado, há quatro anos com Sérgio, um médico residente que vive para estudar. Até que um dia Déborah vai para o Chile a trabalho e se depara com Saphyra, uma cigana que lhe faz um alerta de que Saturno estaria voltando e isso traria mudanças bem significativas para ela.

Déborah não acreditou na cigana mas acabou se surpreendendo quando conheceu Henrique, um cara gato e com aquela pegada. Seria a primeira mudança? A aproximação faz com que eles descubram ter várias coisas em comum e Déborah começa a repensar sua vida que sempre foi totalmente estagnada com um namoro sem graça e falido, e um emprego cheio de cobranças onde ela nunca é reconhecida. Ela sempre optou pela segurança de sua vida, ainda que seja monótona e não lhe traga muita felicidade, por ter medo de mudanças, sem confiar que as coisas podem dar certo se ela arriscar, e por sempre considerar o lado negativo do "e se", ela se recusava a sair de sua zona de conforto. Mas até quando?

A narrativa é feita em primeira pessoa e é super leve, flúida e com várias frases de impacto que dizem muito em poucas palavras.
Déborah faz com que várias pessoas se identifiquem com ela. Dona de uma personalidade e um temperamento ótimos, ela é desbocada e tem percepções super inteligentes. Por mais que ela tenha planos e sonhos, Déborah é acomodada, insegura e tem medo de dar um passo que vá mudar o que não está "estragado". Mas por tudo o que a protagonista passa, é possível acompanhar seu amadurecimento, as mudanças de sua concepção sobre determinados assuntos, seus questionamentos sobre seu emprego e refletir que o que aconteceu na vida dela é algo que todas nós estamos sujeitas, e que pra mudar basta um impulso. Esses pontos tornam a protagonista alguém muito real e humana.
No caso de Déborah, seu impulso foi Henrique, ou melhor, o que ele despertou nela. Através disso, ela percebe que precisa mudar e aos poucos vai adquirindo confiança em si mesma, tomando as rédeas de sua vida e dando um novo rumo a ela, além de entender que o caminho mais curto nem sempre é o que trará os louros que ela tanto deseja. Se desejamos e sonhamos com alguma coisa, temos que gostar de nós mesmos e correr atrás do que queremos, sem medo.

Apesar de não gostar de futebol e não achar a menor graça nesse esporte, não achei de todo ruim que a autora tivesse aproveitado desse tema para construir a história porque foge um pouco da ambientação padrão. Déborah é jornalista, o que não é nenhuma novidade já que quase todas as personagens de chick lit são, mas ao trabalhar com um time de futebol e ser torcedora fanática, a história sai um pouco daquele ambiente de escritório num empresa multimilionária. Mas, a impressão que tive foi que pela autora gostar e entender de futebol, quis mostrar um pouco disso alí (talvez um pouco dela mesma?), e pra mim foi bem boring saber de alguns detalhes desse universo já que não é algo relevante pra mim.

Eu gostei muito das descrições dos cenários, do Chile e principalmente pela história ter um pé aqui em Belo Horizonte. Pra mim, quando outras cidades assim servem de cenário na literatura é um meio de fazer com que tenham destaque e mostre que o Brasil não é feito só de Rio e São Paulo.

A capa é uma graça e com detalhes em verniz que a deixam bem enfeitada. É simples mas ilustra bem a ideia de Saturno. A diagramação é simples, cada início de capítulo traz um trecho de Ode a uma Estrela, do poeta chinelo Pablo Neruda (de quem Déborah é fã). Os capítulos são bem compridos mas o livro é tão bem escrito e a leitura flui tão bem que foi algo que não me incomodou.

Quando Saturno Voltar é um livro que expõe as pessoas como elas são, em conflitos e situações cotidianas, mostrando hábitos e costumes rotineiros, mas acima de tudo, que deixa a reflexão de que mudanças, ainda que inesperadas, muitas vezes são inevitáveis, mas independente de qualquer coisa, o que importa é seguir em busca da felicidade.

Meu Romeu - Leisa Rayven

27 de junho de 2015

Lido em: Junho de 2015
Título: Meu Romeu - Starcrossed #1
Autora: Leisa Rayven
Editora: Globo Livros
Gênero: NA/Romance
Ano: 2015
Páginas: 408
Nota: ★★★★★
Sinopse: Cassie está prestes a realizar o grande sonho: estrelar um espetáculo na Broadway. O que ela não esperava era ter que enfrentar o reencontro com o ex-namorado, que será novamente protagonista ao seu lado, em uma peça cheia de romance e cenas quentes. Trabalhar com Ethan traz o passado à tona, e lembra a Cassie que o que existe entre eles vai muito além de simples química.

Resenha: Meu Romeu, primeiro volume da série Starcrossed, publicado no Brasil pela Globo Livros, é o primeiro romance New Adult da autora australiana Leisa Rayven.
Cassandra Taylor é atriz e está prestes a estrelar um espetáculo na Broadway realizando um grande sonho, mas o que ela não esperava era que seu ex namorado, Ethan Holt, que no passado destruíra seu coração, seria seu par romântico novamente na peça. Esse reencontro revira o passado e faz com que Cassie precise lidar com as lembranças do que viveu ao lado de Ethan seis anos atrás quando se conheceram e ela ainda era uma estudante de teatro e os dois iriam protagonizar a peça Romeu e Julieta.

Cassia jamais havia sentido nada tão forte e intenso por ninguém, e nenhum outro rapaz mexeu tanto com ela quando Holt, mas quanto mais ela tentava se aproximar, mais ele parecia resistir em mantê-la afastada.

Agora Ethan quer o perdão de Cassie e voltou para a vida dela com força total, mas ela irá relutar até o fim para evitar ser magoada mais uma vez... Resta saber se a química entre os dois irá ser despertada e se ela irá se libertar do que reprimiu durante o tempo em que ficaram separados...

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Cassie, a história se intercala entre o presente e o passado onde ela conta como conheceu Ethan e quais as sensações que ele era capaz de provocar nela.
A história tem várias passagens sensuais e picantes, mas não considerei como sendo necessariamente eróticas pois o sexo propriamente dito é algo que Cassie anseia e fantasia com todas as suas forças mas parece ser algo impossível e inalcançável para a coitada.

A Cassie de seis anos atrás era a típica moça de família, virgem, dedicada e estudiosa, mas ao conhecer Ethan começa a ter a sexualidade despertada de uma forma bastante intensa mas muito frustrante, mesmo que ela lide com isso com bastante humor. Escrever em seu diário que o pênis de Ethan deve ser tão lindo a ponto de ganhar prêmios dá uma ideia de como seus pensamentos são cômicos. E mais cômico ainda é quando Ethan lê essas barbaridades... Isso que eles têm vai além das encenações no palco, e as coisas começam a sair fora de controle a medida que eles convivem juntos, estudam juntos e vão se envolvendo e tendo mais intimidade um com o outro. A química se faz presente no palco mas não pode ser contida nos bastidores, não tem jeito...

Ethan é gato, sarado, gostoso, faz o estilo bad-boy e não quer se envolver por já ter tido uma decepção amorosa no passado e isso fez com que ele deixasse de acreditar no amor. Ele se comporta de forma hostil na maioria das vezes, mas enquanto a história se desenrola, partes de seu passado começam a vir a tona e suas ações começam a fazer mais sentido, principalmente quando um pouco do relacionamento que ele tem com a família é explorado, e o melhor disso é que Cassie o compreende, respeita seu espaço e se torna um porto seguro.
Passado o tempo em que ficaram separados, mesmo que não tenha havido uma explicação do que houve para que Holt fosse embora, o leitor se depara com versões bem diferentes dos protagonistas. Cassie se tornou uma mulher fria e sem o menor apego emocional pelos caras com quem se envolve justamente por receio de se decepcionar. Já Ethan quer uma segunda chance, mas reparar algo quebrado é difícil. Uma vez que a confiança é perdida o que resta é pouco para recuperá-la. Ainda há mágoa, raiva e decepção, mas no fundo talvez exista um sentimento maior que pode nunca ter acabado e por isso, talvez, seja possível recomeçar e construir algo novo...

Os personagens secundários foram todos bem construídos, desde os amigos da faculdade até a família de Ethan. No passado o círculo de amizade se resume a jovens que curtem bebendo e fumando, pensando em sexo e aproveitando a vida como pessoas comuns fazem. No presente Cassie convive com um colega de quarto, Tristan, gay e que faz o estilo zen, mas quando o assunto é proteger a amiga de furadas, ele não hesita em ajudá-la.

Elissa é a irmã de Ethan e ela se torna amiga de Cassie desde os tempos do colégio. Ela também tem um papel bem legal na história e parece que o terceiro livro será sobre ela.
Os diálogos também são bem construídos e estruturados e a autora conseguiu dar uma voz bem convincente aos personagens pois cada um tem sua própria forma de falar. Às vezes é possível saber quem está falando alguma coisa por algum termo utilizado sem que haja necessidade de mencionar o nome do personagem. Ethan é desbocado, vive falando palavrões e xingando tudo e todos e isso evidenciou bastante seu estilo bad-boy.

A capa é linda, super chamativa e provocativa e já dá ideia de como Holt tem o dom da pegada. A continuação da imagem dos dois está na orelha do livro. A diagramação é simples e a fonte é diferenciada quando Cassie escreve em seu diário ou lê os emails que recebe de Ethan. Encontrei alguns erros de revisão e algumas frases mal construídas (talvez devido a tradução, que inclusive foi muito bem adaptada), mas nada que tenha tanta interferência a ponto de atrapalhar a leitura.

Confesso que fico receosa quando pego um livro desse gênero para ler pois logo imagino que o romance vai cair no clichê e que os personagens vão contracenar cafonices sexuais que me fazem revirar os olhos de tanta preguiça, mas me surpreendi bastante com o que encontrei em Meu Romeu.
A autora tem uma capacidade sem igual de inserir uma carga emocional muito intensa nos personagens quando o assunto diz respeito a tensão sexual que eles vivenciam enquanto equilibra a história com cenas hilárias que além de evidenciar a personalidade deles, ainda faz o leitor rir e se divertir muito.

A escrita é ótima, empolgante e muito fluída, as descrições são detalhadas, feitas na medida certa e com uma intensidade perfeita, e somando isso ao enredo super cativante, posso afirmar que Meu Romeu mexeu muito comigo e juro que não me envolvia assim com um livro há bastante tempo, tanto pelo lado romântico quanto pelo lado engraçado. O romance desenvolvido manteve a conexão intensa ao longo dos anos que se passaram, e é daquele tipo que deixa marcas indeléveis e brechas para pensarmos que se marcou tanto é porque não acabou, de fato, e que existem pendências a serem resolvidas. Ninguém esquece uma pessoa tentando substituí-la por outra ou tentando se livrar dela no fundo de um copo. Resta aos envolvidos não serem orgulhosos e darem uma chance se for algo que valha a pena...
"- Às vezes, gostar de alguém não tem nada a ver com o que você quer e tudo a ver com o que você precisa."
- Pág. 114
"O amor é assim. Não mais pertencer a si mesma. Ser transportada do que você conhece para o que você sente."
- Pág. 211
"Ele me beija sem pudor, apaixonadamente, e eu sinto que, depois de dar tantos passos para trás, estamos enfim seguindo adiante. Em direção a quê, eu não faço ideia, mas só saber que ele está aberto à experiência é melhor do que qualquer sensação que já tive."
- Pág. 247

O melhor livro New Adult que li até agora e recomendo para quem quer se deixar levar por sentimentos intensos (e picantes) que se misturam numa história divertida, sensível, engraçada, com personagens únicos e inesquecíveis. Leisa Rayven ganhou mais uma fã.
Ansiosa pela continuação Broken Juliet, ainda não publicado no Brasil.

Clube da Liga #2 - A Playlist da Minha Vida - Leila Sales

23 de março de 2015

Lido em: Março de 2015
Título: A Playlist da Minha Vida
Autora: Leila Sales
Editora: Globo Livros
Gênero: YA
Ano: 2014
Páginas: 312
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Elise Dembowski nunca foi popular na escola. Ninguém conversava com ela na hora do intervalo nem a convidava para sair no fim de semana. Pior. Ninguém jamais se interessou em saber o que tanto a ela escutava em seu iPod: playlists com o melhor da música alternativa, único território em que Elise se sente confortável e confiante.
Diante de seu desajuste em relação à maioria, a adolescente tenta de tudo - inclusive a mais radical das saídas, felizmente sem sucesso. No auge de seu solitário desespero, o acaso a leva até a porta de uma balada noturna, via de acesso para um mundo completamente novo, cheio de som e diversão, no qual sua veneração por música funciona como senha para inclusão em um inédito círculo de amizades.
As festas noturnas do Start - o melhor clube underground do mundo - tornam-se o lugar onde a felicidade, a aceitação social e até o amor são possíveis para Elise. Não demora muito para que um misterioso bullying eletrônico e a habilidade da garota como DJ coloquem em confronto este universo com a dura realidade cotidiana.
A playlist da minha vida é uma vibrante fábula pop que lida com temas recorrentes nas obras contemporâneas para jovens: exclusão, invasão de privacidade, resgate de autoestima e muita trilha sonora. Escrito pela americana Leila Sales, o livro se ambienta em dois cenários: o escolar, com sua dinâmica de poder juvenil baseada em “popularidade”, e o da cena noturna, em que adolescentes ensaiam seus primeiros voos para uma existência adulta.

Resenha: A Playlist da Minha Vida, escrito pela autora Leila Sales e publicado no Brasil pela Globo Livros, foi a escolha do mês de Março no Clube de Leitura da Liga.
O Livro conta a história de Elise Dembowski, uma garota de 16 anos nada popular. Ela não tem amigos, a convivência com os pais é difícil - eles são separados e têm a guarda compartilhada-, e ela sempre se sente muito deprimida. Até que depois de uma tentativa mal sucedida de suicídio, Elise tem uma nova chance de viver a vida de uma forma diferente. Quando Elise está com a mãe, ela tem costume de sair pra caminhar sem rumo a noite, e numa dessas andanças encontra com Pippa e Vicky, duas garotas que a levam para a Start, o melhor clube underground de todos, e ao conhecer Char, o DJ, Elise acaba aprendendo a discotecar e encontra ali uma nova paixão e uma verdadeira razão para viver.

A discussão sobre livro dentro do Clube foi algo que abordou o tema bullying e as consequências que isso traz na vida da pessoa afetada. Ela acaba ficando reclusa, piorando ainda mais seu estado de depressão e tristeza, levando-a a atitudes extremas num momento de desespero. Também foi uma discussão que me fez refletir sobre meu relacionamento em família, e até as amizades que possuo, considerando liberdade, afinidade e todos os seus altos e baixos.

O livro é narrado em primeira pessoa e isso, de certa forma, fez com que o leitor ficasse bastante próximo da protagonista ao viver seus conflitos internos, e até mesmos os externos. Elise é frustrada em sua solidão e por isso, tem uma enorme necessidade de ser reconhecida, de ser vista, de se encaixar e se ser amada pelos outros. Até que ela, que já era fã de rock alternativo, descobre a discotecagem, e encontra uma válvula de escape, pois ao fazer o público delirar com as músicas que toca, ela encontra prazer e felicidade, é aquilo que ela tanto buscava a ponto de fazer esquecer por alguns momentos tudo de ruim que passou, além de encontrar a si própria, se descobrir, como se as batidas fossem um tipo de remédio que aliviasse a sua dor. Mas encontrei um pequeno problema nisso, pois ao se descobrir, Elise mostrou um lado egoísta, um lado esnobe, como se ser DJ a tivesse tornado alguém superior e intocável, cheia de pretensão, a dona da festa, e que pudesse julgar quem quer que seja. Porém, quando era ela o alvo de acusações ou críticas, principalmente quando um blog cujo conteúdo falava sobre a vida dela e seus pensamentos mais sórdidos veio a tona e ela afirmava não ser ela a autora, Elise não lutou pra por fim naquilo, não gostava e, pra mim, isso me fez ficar com a impressão de que a hipocrisia andava reinando por alí.

Os demais personagens também foram bastante bem construídos e levantam diversas questões familiares a serem discutidas. Os pais têm a guarda compartilhada da garota mas o que parece é que querem a presença dela e nada mais, como se isso bastasse. Com a mãe, que já tem outro marido e outros filhos, Elise leva uma vida muito mais regrada do que com o pai, que mora sozinho e é músico. A preocupação deles em vigiá-la depois da tentativa dela de suicídio é imensa, talvez por culpa por terem sido alheios e incapazes de perceber o que se passava com a filha, já que ela não demonstrava nem pedia ajuda. Até onde os pais conhecem os filhos? Qual a real finalidade da guarda compartilhada? Como deve ser um relacionamento entre pais e filhos? Quão próximos e íntimos devem ser para se sentirem confiantes e confortáveis para terem liberdade para qualquer tipo de conversa? Mesmo que Elise não quisesse que eles pensassem que ela fosse fazer isso outra vez, uma vez que ela chegou a esse ponto, a confiança é quebrada e nunca mais será a mesma, e acredito que na vida real também é assim, pois queremos proteger quem amamos, mesmo que essa proteção seja dela mesma. O círculo de amizades de Elise, apesar de muito limitado, ajuda a fazer com que o leitor conheça um pouco dela, devido a forma como ela trata e é tratada pelas amigas. Char é o cara irresistível que arranca suspiros e responsável por essa nova Elise que aflora quando encontra refugio na Start, afinal, a ideia de ensinar a garota a discotecar é dele quando ele a deixa incumbida de "virar" uma música.

Um ponto favorável é que a autora explica resumidamente, mas de forma bastante satisfatória sobre a discotecagem num geral, mesmo tendo sentido falta de alguns outros detalhes, como o lance das oitavas por exemplo, mas acho que só mesmo quem conhece esse universo e entende um pouco dele é que se atenta a isso.
É muito interessante como a ideia de a música não ser algo só a ser ouvido é passada. A música é pra se sentir, pra fazer arrepiar, é pra se viver e pra fazer com que a gente se sinta vivo, e isso, através de Char e Elise é possível de se sentir. Não são todas as pessoas que possuem esse dom de "sentir" os sons, e achei incrível como a autora conseguiu mostrar essa sensação através da história de Elise, que se encontrou na música e gostou disso. Ela equilibrou sentimentos que alcançam vários níveis e soube trabalhar bem com os que escolheu.

A abordagem de temas que afetam adolescentes depressivos é feita de forma crua, mas real. Bullying, exclusão, a solidão, a baixa autoestima, a convivência difícil com pais separados que possuem outras preocupações na vida, e até a descoberta de um suposto amor são explorados mostrando a seriedade da coisa dentro de uma narrativa leve, mas nem um pouco despretensiosa.
A capa, apesar de bacana, poderia fazer o estilo da original. Acho que devido a mensagem que o livro nos passa, não achei muito adequado a tradução do título no Brasil. "This Song Will Save Your Life" (Esta Música Irá Salvar Sua Vida), assim como o jogo de palavras feito na capa em inglês (Love), tem um significado muito maior, mais profundo e que combina com a história, e "A Playlist da Minha Vida" não chega nem perto do que Elise nos reserva...
Todos os capítulos se iniciam com um trechinho de alguma música que forma a playlist de Elise, que ama rock alternativo dos anos 70. A narrativa é fluída, cheia de referências musicais fantásticas, mas senti que alguns trechos ficaram meio lentos, mesmo que voltasse ao ritmo um pouco depois, e, por mais fácil que seja, demorei mais do que o normal pra finalizar a leitura.

De qualquer forma, o livro nos mostra alguém totalmente próximo a realidade, que vive problemas e busca soluções como acha melhor, e que mostra a dor e o amor de forma dolorosa, mas, ainda assim, edificante.
Nem sempre uma música ou o talento nato pra ela irá salvar alguém, como foi com Elise, mas pode ser responsável por ajudar quem está com alguns problemas se enxergar na letra e encontrar o impulso que precisa para seguir adiante. Eu confesso que encontrei um pedacinho de mim na história no que diz respeito ao efeito que uma música causa em mim... Quem sabe você não encontre também...

A playlist de Elise:
Wonderwall - Oasis
Here It Comes - The Stone Roses
Unloveable - The Smiths
Dancing In The Dark - Bruce Springsteen
This Charming Man - The Smiths
Get Me Away From Here - I'm Dying; Belle and Sebastian
Born Slippy (NUXX) - Underworld
Come On Eileen - Dexys Midnight Runners
Whoo! Alright - Yeah... Uh Huh. - The Rapture
La Familia - Mirah
Age Of Consent - New Order
How Soon Is Now? - The Smiths
All My Friends - LCD Soundsystem
Baba O'riley - The Who
I Saw Her in the Anti War Demonstration - Jens Lekman
Lived in Bars - Cat Power
Once in a Lifetime - Wolfsheim
Mis-Shapes - Pulp
You! Me! Dancing! - Los Campesinos!
You Can’t Always Get What You Want - The Rolling Stones

Bônus:
Girls and Boys - Blur
Temptation - New Order
A Letter to Elise-  The Cure
A Quick One, While He’s Away - The Who
It's the End of the World as We Know It (and I Feel Fine) - R.E.M.


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Boa sorte!
O "Clube do Livro da Liga" é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem.
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