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Na Telinha - 365 Dni

11 de junho de 2020

Título: 365 Dias (365 Dni)
Elenco: Anna-Maria Sieklucka, Michele Morroner, Bronislaw Wroclawski
Ano: 2020
Duração: 1h 54min
Classificação: +18
Nota:★☆☆☆☆
Sinopse: Em 365 dias, Laura é uma diretora de vendas que tem sua vida virada do avesso com a chegada de Massimo, membro da família da máfia siciliana. Entretanto, numa viagem à Sicília, Massimo a sequestra lhe dando 365 dias para se apaixonar por ele.

Baseado no romance erótico da autora polonesa Blanka Lipińskae, o filme é uma produção (também polonesa) e adaptação que vai contar a história de Laura Biel, uma diretora de vendas, bonita e independente, e o que acontece com sua vida quando ela é sequestrada pelo chefe da máfia siciliana, o típico italiano sedutor, lindo, gostoso e tatuado, Massimo Torricelli. Juro que eu nunca tinha ouvido falar desse filme e muito menos do livro, e fui assistir por acaso quando começou o bafafá, e o desgosto tomou conta de mim.


Apesar de ser autêntica e bem sucedida na vida profissional, Laura é bem infeliz na vida pessoal devido a indiferença com que seu namorado a trata, e, mesmo sendo bonita, gostosa e fogosa, se sente jogada pra escanteio quando tem tanto amor e fuego pra dar, enquanto o mocorongo do boy lixo não está disposto e nem um pouco interessado em retribuir. Em seu aniversário de 29 anos, Laura vai passar as férias na Sicília com esse namorado horroroso e brocha e sua melhor amiga, confidente e inseparável, até que ela é sequestrada por Massimo e levada para a mansão dele, onde é obrigada a permanecer por 365 dias com propósito de se apaixonar por ele. Caso isso não aconteça nesse prazo, o que ele alega ser impossível porque ele confia no próprio "taco", ele a deixará ir embora. O motivo? Há cinco anos ele teve uma visão com o rosto de Laura, ficou maravilhado com toda aquela beleza, se apaixonou perdidamente, e desde então, ficou obcecado e passou a vida procurando ela pelo mundo, ao mesmo tempo que lidava com as questões criminosas depois que "herdou" o cargo de chefe da máfia com a fatídica morte do pai (gente¹?)


Laura, então, não tem escolha pois não pode fugir, não tem a quem pedir ajuda, está longe da família, e aceita seu destino entrando num tipo de jogo de sedução e provocações, se fazendo de difícil com suas caras e bocas, às vezes se faz de doida dando alguns ataques nada a ver, gastando a bufunfa do homem endinheirado com roupas chiques que marcam seu corpitcho esbelto, despertando atenção de outros homens tão odiosos quanto, e causando ciúmes em Massimo de propósito. Até ela, obviamente, ceder aos abusos disfarçados de "boa pegada" e às manipulações psicológicas disfarçadas de "encantos" de Massimo, afinal, Laura andava muito frustrada sexualmente já que não ganhava a atenção do namorado e estava muito infeliz, coitada, e agora achou um homão dos sonhos pervertidos que a trate como uma rainha. Isso deveria servir como desculpa pra alguém engolir essa situação, pelo amor de Deus? Não tem nada que justifique ou faça sentido nessa história, nem mesmo o fato de ela exigir seu notebook e seu celular enquanto está lá confinada quando não usa (nem pra ligar pra polícia e pedir socorro), e por ter algum problema cardíaco que, teoricamente, a deixa fragilizada mas isso não acrescenta em nada na história, a não ser fazer com que o maníaco se preocupe e queira "cuidar" dela melhor, até ser um detalhe inútil e completamente esquecido (gente²?).


Enfim... Odeio fazer comparações, mas diante de tanto absurdo e falta de originalidade, é impossível não comparar 365 Dni com Cinquenta Tons de Cinza. Tem sexo em lugares aleatórios; tem luxo, poder, riqueza e esbanjo de dinheiro como forma de agrado; tem a mocinha relutante e deslumbrada com o "macho alfa" e dominador que a coloca num pedestal; tem gente julgando o relacionamento dos dois por conta das diferenças; tem baile de máscaras; tem ameaças vindas da ex namorada louca; e tem tentativas de pequenas cenas de humor que não tem nem um pouco de graça. Talvez a diferença é que 365 Dni realmente entregou as cenas hots que as pessoas queriam ter visto em 50 Tons, e não viram. Enquanto Mr. Grey de Cinquenta Tons faz uma proposta mediante contrato, o que sugere que a Anastacia teve uma escolha, Massimo, como o verdadeiro criminoso que é, dopa e sequestra Laura, e a obriga a estar ali a sua disposição para que passe a gostar dele a força, enquanto ele, obcecado, finge que precisa da permissão dela pro que quer que seja, mas sempre está ali feito um predador, ofegante, alisando cada milímetro do corpo dela, vigiando, provocando, pegando a coitada pelo pescoço a cada desaforo, e andando pra lá e pra cá ora sem camisa mostrando o peitoral peludo, ora pelado mostrando a bunda e o pinto.


Por mais bonitos e sexys que os protagonistas aparentem ser, as atuações são horríveis, eles são super afetados e não param de fazer caras e bocas, poses coreografadas e irreais, sustentam olhares intensos e sedutores como se tivessem olhando direto pro próprio sol o tempo todo e sem o menor motivo, e têm diálogos tão terríveis quanto aquela peruca loira e imóvel de Laura, que só conseguiram me deixar com vergonha alheia e em estado de choque. Não nego que, apesar do absurdo mais doentio que já vi na vida, existe tensão sexual e química entre os dois e as cenas de sexo quase explícitas que só aparecem mesmo depois de mais de uma hora de filme, são ousadas e bem feitas até certo ponto, mas se a ideia era só mostrar o sexo desvairado e selvagem que deixa qualquer um assado e esfolado em carne viva, a história em si não era necessária e qualquer outra fantasia delirante podia ser usada para que os meios pudessem justificar os finalmentes.

No final das contas, além da lendária revirada de olhos naquele looping infinito, a impressão que tive é que a Netflix, que se diz tão descolada e apoiadora de tantas causas relevantes nessa sociedade podre, parece ter perdido o juízo ao enfiar esse troço no catálogo em busca não só de dinheiro, mas da audiência pela bendita polêmica e, principalmente, pela curiosidade do povo fogoso que não pode ouvir falar em filmes baseados em livros eróticos que já saem correndo pra assistir (vide cinquenta tons de cinza) e comentar.


Odioso, vergonhoso, triste... Se a ideia era causar alvoroço romantizando a Síndrome de Estocolmo e fazendo de Laura e Massimo o casal do momento, conseguiram, pena que de uma forma tão tosca e negativa. E pra quem pensa que aquele final ridículo e que sugere uma tragédia pôs fim nessa história, não se enganem. Pelo que parece a trilogia inteira vai ser adaptada para as telinhas, logo, esse martírio vai ter continuação. Pena que até onde soube, já que parece impossível a gente não se esbarrar em comentários envolvendo esse filme pela internet afora, a história continua desandando e só vai ladeira abaixo, porque a romantização de absurdos ainda piores segue firme e forte.

É ficção? Sim. Pode ser uma fantasia sexual maluca? Também. Assisti e depois senti que perdi 2 horas da minha vida que nunca mais vão poder ser recuperadas? Com certeza. Mas deixou o alerta. É complicado quando as mulheres, enfim, começaram a ter coragem e passaram a exigir seus direitos, principalmente sobre o próprio corpo, e a lutar contra o machismo, denunciando violências e abusos sofridos nas mãos de caras escrotos, mas um conteúdo tão errado desse tipo conquista fãs. Às vezes não sei nem o que pensar, principalmente porque o dinheiro acaba falando mais alto, e não vai demorar para que alguma editora pegue carona nessa onda pra adquirir os direitos de publicação dos livros no Brasil, já que ainda não foram lançados por aqui...

Bem Safado - Lauren Blakely

9 de outubro de 2018

Título: Bem Safado - Big Rock #3
Autora: Lauren Blakely
Editora: Faro Editorial
Gênero: Romance/New Adult
Ano: 2018
Páginas: 240
Nota:★★★★★
Sinopse: O empreiteiro Wyatt é bem-sucedido, inteligente, engraçado, bem... servido, mas nada organizado! Para lidar com a burocracia do negócio e ajudar na expansão de sua empresa, ele contrata a super eficiente Natalie.
Os dois tem uma forte atração sexual, mas mantêm a relação apenas no âmbito profissional.... Isso até eles se verem num bar de Las Vegas e receberem uma notícia desastrosa. Para salvar a noite eles resolvem curtir tudo que a cidade do pecado tem a oferecer... desde uma certa montanha-russa até uma capela para casamentos rápidos. E o problema é que o que aconteceu em Vegas, não ficou em Vegas...

Resenha: Wyatt Hammer é um empreiteiro não apenas bem-sucedido em Nova York, ele também é bem humorado, muito inteligente e super gato. Embora ele sempre seja requisitado por clientes endinheirados por ser um profissional muito eficiente e dedicado, ele peca pela sua total falta de organização. Assim, para poder expandir seu negócio, ele contrata uma assistente para ajudá-lo com a parte burocrática da coisa.
Natalie é organizada, esperta e super eficiente, e, mesmo que eles tentem manter as coisas no lado profissional, principalmente por que Wyatt já teve outras experiências e sabe que nunca se deve misturar negócios com prazer, a atração sexual entre os dois é inevitável.
Quando surge uma oportunidade de um grande projeto em Las Vegas, eles viajam juntos mas, chegando lá, acabam recebendo uma notícia péssima. Sem ter muito o que fazer, eles decidem aproveitar a viagem e afogar as mágoas curtindo tudo que a cidade das luzes e da diversão pode oferecer, mas entre cassinos, montanhas-russas e capelas para casamentos rápidos, aquele ditado que diz que "o que acontece em Vegas, fica em Vegas", não poderia estar mais errado...

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Wyatt, e assim como nos livros anteriores que seguem esse mesmo padrão, é muito interessante acompanhar a história pelo ponto de vista masculino. Há trechos onde aparecem mensagens trocadas pelos personagens, e quando Natalie conversa com a irmã, podemos ter acesso ao ponto de vista dela também, o que acaba expandindo o horizonte do leitor sobre ela. A fluidez da leitura e a forma como a história é envolvente, mesmo tendo seus clichês, fazem do livro um dos melhores do gênero.

Os personagens também são interessantes, e mesmo que possuam algumas características batidas, as situações que eles enfrentam e as decisões que tomam, fazem com que a história tenhas suas surpresas. Um ponto bacana é que embora a tensão sexual seja muita, ainda há o fator da amizade entre os personagens. Há uma cumplicidade que é construída e não se perde com o início de um relacionamento.

Mesmo que o livro traga personagens diferentes, vez ou outra os personagens dos outros livros dão as caras, logo é possível pegar alguns spoilers de leve se eles não forem lidos em sequência.

A autora também consegue trabalhar bem temas relacionados à traumas sofridos e suas consequências, e o quanto é importante manter amigos e família por perto pra se ter apoio, dessa forma a história não fica focada apenas num casal vivendo loucamente suas experiências sexuais, mas também ganha mais profundidade ao trabalhar camadas, personalidades e os sentimentos mais íntimos de cada um deles.

Ele - Elle Kennedy e Sarina Bowen

20 de junho de 2018

Título: Ele - Him #1
Autoras: Elle Kennedy e Sarina Bowen
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Erótico
Ano: 2018
Páginas: 256
Nota:★★★★★
Sinopse: James Canning nunca descobriu como perdeu seu melhor e mais próximo amigo.
Quatro anos atrás, seu tatuado, destemido e impulsivo companheiro desde a infância simplesmente cortou contato.
O maior arrependimento de Ryan Wesley é ter convencido seu amigo extremamente hétero a participar de uma aposta que testou os limites da amizade deles.
Agora, prestes a se enfrentarem nos times de hóquei da faculdade, ele finalmente terá a oportunidade de se desculpar. Mas, só de olhar para o seu antigo crush, Wes percebe que ainda não conseguiu superar sua paixão adolescente.
Jamie esperou bastante tempo pelas respostas sobre o que aconteceu com seu relacionamento com Wes, mas, ao se reencontrarem, surgem ainda mais dúvidas.
Uma noite de sexo pode estragar uma amizade? Essa e outras questões sobre si mesmos vão ter que ser respondidas quando Wesley e Jamie se veem como treinadores no mesmo acampamento de hóquei.

Resenha: Há quatro anos, Ryan Wesley (ou Wes) e James Canning (ou Jamie), ambos jogadores de hóquei, eram muito próximos um do outro, mas acabaram perdendo contato após uma "brincadeira" muito infeliz feita por Ryan... Jamie nunca descobriu e nunca entendeu porque o amigo se afastou sem maiores explicações. Agora, eles irão se reencontrar pois os times de hóquei dos quais eles fazem parte irão se enfrentar. Enfim, Wes, que é gay, terá a oportunidade de se desculpar, mas o reencontro mostrará que a antiga paixão adolescente que ele nutria por James, hétero assumido, sempre esteve alí. Mesmo após esses anos, a amizade entre eles continua sólida, e, após alguns eventos, eles acabam dividindo um quarto num acampamento de hóquei. Entre momentos descontraídos e sentimentos mantidos em segredo, Jamie e Ryan vão se reaproximando e fortalecendo a amizade, e isso acaba despertando sensações impossíveis de serem ignoradas por ambos.

O livro é narrado em primeira pessoa e os capítulos se alternam entre Wes e  Jamie, o que permite o leitor ter uma visão mais ampla sobre os dois lados da história. A escrita das autoras também é bastante fluída e envolve desde as primeiras páginas, mas senti em alguns momentos que, talvez por serem mulheres escrevendo, as personalidades masculinas soaram um pouco irreais, sendo gays ou não. Não imagino homens pensando ou falando determinadas coisas que apareceram alí, e nem por questões de estereótipo, mas porque a cabeça do homem funciona de forma diferente da cabeça da mulher. A linguagem é descolada, os diálogos são dinâmicos, e mesmo que seja recheado de palavreados, muitos deles remetendo a sexo e que reforçam o estereótipo de "homem falando/pensando", é uma narrativa gostosa de se acompanhar.

Wes é bem resolvido com sua orientação sexual, ele é discreto e não sai gritando aos quatro ventos que é gay, e nem se importa que os outros saibam disso. O mais interessante é que no meio desse esporte, que costuma ser brutal, onde os caras sempre são metidos a machões e costumam ser preconceituosos com os homossexuais, ninguém condena Wes ou o trata diferente por ele ser gay. Ele é um excelente jogador é reconhecido e respeitado pelas suas habilidades como qualquer outro, inclusive é famoso por ser tão bom. Com a proximidade com o amigo, vamos acompanhando Wes e seus desejos mais íntimos que envolvem Jamie, mas sempre se controlando para não estragar a amizade mais uma vez. Embora Wes sempre seja visto como alguém confiante e bem resolvido, no fundo ele tem suas inseguranças e alguns conflitos devido a situação com Jamie ser bem delicada.

Jamie inicialmente é apresentado como alguém mulherengo e sem aquele apego. Ele fica com as mulheres curtindo o momento e sem o menor compromisso, mas ao mesmo tempo não é desrespeitoso. Ele e Wes são o oposto um do outro.
Por mais que Jamie conheça o amigo e o tempo que se passou enquanto eles ficaram distantes pareceu nunca ter existido, tudo o que ele começou a sentir e vivenciar ao lado de Wes era novidade e o que lhe restou foi aproveitar ao máximo aquelas experiências.

Por se tratar de um romance erótico, obviamente, iremos nos deparar com muitas cenas intimidade e sexo, assim como evidências sobre o quão intenso, mesmo que simples, é o relacionamento dos protagonistas, mas o ponto alto pra mim foi mesmo o envolvimento que pude ter com os personagens, a forma como eles agem um com o outro, a personalidade forte de cada um e o quanto são simpáticos e divertidos, e a intensidade da ligação que eles tem um com o outro. Achei muito tocante o fato da experiência que eles vivenciam ser sincera, e mesmo que Wes não consiga colocar seus sentimentos em palavras, ele se expressa como ninguém.

Ele é uma história bonita, intensa, cheia de momentos bem humorados, outros totalmente fumegantes, e que aquece o coração. Os protagonistas são cativantes e, independente da experiência que tiveram e da orientação de cada um, eles nos fazem suspirar. Leia sem preconceitos, esqueça seus gêneros e afins, e procure enxergar os sentimentos verdadeiros entre duas pessoas que se gostam e que se deixaram levar pelo momento.

A Missão - Lena Valenti

8 de junho de 2017

Título: A Missão - Amos e Masmorras #3
Autora: Lena Valenti
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance/Erótico/Policial
Ano: 2017
Páginas: 272
Nota:★★★★★
Sinopse: Desde o momento em que os agentes Markus Lébedev, da SVR, e Leslie Connelly, do FBI, se conheceram nas Ilhas Virgens, durante a missão Amos e Masmorras, algo tinha ficado bem claro: a tensão sexual e o desejo iam acabar com os dois. Agora, eles terão que trabalhar juntos para tentar desarticular uma das principais redes de tráfico humano da Rússia. Essa nova missão, nos Reinos Esquecidos, vai pôr à prova o profissionalismo, a ética e os valores de cada um. Nesse caso, dividido em duas partes, colocar o coração em risco pode significar perdê-lo para sempre.

Resenha: Nos livros anteriores, Cleo e Lion estavam infiltrados no torneio BDSM Dragões e Masmorras numa missão para resgatarem Les, agente do FBI e irmã de Cleo que fora sequestrada durante sua missão, além de desmantelarem uma rede de tráfico de mulheres e de drogas controlada pela máfia russa. Embora o foco tenha ficado sobre Cleo e Lion, o leitor teve maiores informações sobre o motivo do sequestro de Leslie além de mostrar que ela e Markus já começaram a desenvolver uma quimica explosiva desde quando se conheceram nas Ilhas Virgens. Agora, ao trabalharem juntos numa nova missão, eles terão que enfrentar vários perigos ao se envolverem com a máfia para tentar acabar de uma vez por todas com suas práticas criminosas, além de precisarem lidar com os próprios sentimentos quando só tem um ao outro com quem contar.

Narrado em terceira pessoa, a autora inicia a obra com um resumo sobre os acontecimentos dos primeiros livros para refrescar a memória das leitoras, seja em forma do relatório feito pela agente Cleo sobre a missão Amos e Masmorras, ou através da própria narrativa sobre os feitos de Leslie e algumas das situações que ela passou. Então, por mais que houvesse informações sobre seu envolvimentos com Markus, só agora é que essa relação ganha profundidade a ponto de podermos conhecê-los melhor.

Embora os dois primeiros livros tenham a temática BDSM como principal fator erótico, neste volume, mesmo que haja alguns poucos momentos esporádicos com conteúdo erótico explícito, a autora abre mão do BSDM e concentra a história no jogo de sedução e a tensão sexual entre Leslie e Markus e também no universo policial com mais seriedade, além de se aprofundar nas investigações sobre os crimes cometidos pela máfia russa e como os agentes pretendem acabar com isso.
Um dos pontos mais favoráveis do livro, além da escrita e narrativa super viciantes da autora, é sua habilidade invejável de mesclar temas distintos (e que aparentemente não tem nada a ver um com o outro) de forma orgânica, onde um é complemento do outro sem que nada pareça forçado ou absurdo já que é algo que impulsiona os personagens em suas decisões.

Leslie, agora com mais espaço para ser trabalhada como protagonista, se mostra uma personagem bastante humana e que diferente daquela Les que pareceu bastante fria e calculista, tem sentimentos apesar de ser resistente. Leslie é o oposto de Cleo se formos comparar. Obviamente tal resistência é uma característica esperada já que ela é uma agente da polícia e é comum que ela pareça uma fortaleza, mas é possível enxergar por trás disso quando a autora trabalha suas camadas, principalmente quando Markus entra em cena.
Markus é misterioso e tem seus segredos e diferente de Les, ele não demonstra muito o que sente, logo fica no ar a dúvida sobre ele realmente ser quem diz que é.
O casal não evidencia somente aquela química, principalmente por precisarem colocar de lado a atração que sentem um pelo outro por diversas vezes em nome da missão que se envolveram, mas também que é preciso ter confiança ao trabalharem em equipe.
Esse livro também tem muito mais ação do que os outros, o que é ideal pra quem prefere enredos voltados para investigações em vez de desenvolvimento de relacionamento, mas ainda assim mostra que não importa que aparência alguém tenha, ou o que faça para parecer forte e dominante, há pessoas que tem um coração enorme e só é possível perceber isso com muita convivência a ponto da pessoa sentir confiança e segurança para demonstrar e revelar o que há por trás daquela fachada.

O livro é dividido em 18 capítulos que fluem muito bem. A capa tráz esse homão maravilhoso e a tipografia de costume que combina com as capas dos outros livros da série. As páginas são amarelas e a diagramação está ótima.
O final me deixou clamando pelo próximo livro e foi totalmente inesperado, me deixou com a cara na poeira sem acreditar.

Pra quem já era fã da série, A Missão é leitura obrigatória. Pra quem ainda não conhece e procura por uma história que oferece romance, erotismo e um mergulho no mundo sombrio da máfia russa para que o gênero policial possa ser embutido em meio à trama e esta ter bastante adrenalina, é livro mais do que indicado e que entrou na lista dos favoritos.

O Mais Desejado dos Highlanders - Maya Banks

23 de maio de 2017

Título: O Mais Desejado dos Highlanders - Montgomery e Armstrong #2
Autora: Maya Banks
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance de época
Ano: 2016
Páginas: 400
Nota:★★★★★
Sinopse: Genevieve McInnis está presa no castelo McHugh, no cativeiro de um líder cruel que tem grande prazer em mantê-la distante de qualquer outro homem. Mas, quando Bowen Montgomery invade os portões em uma missão de guerra, Genevieve redescobre a vontade de viver. A sensualidade robusta de Bowen atiça nela uma sensação profunda que anseia por ser prolongada mediante carícias pacientes e gentis. Algo quente, louco e tentador. Bowen toma conta do castelo de seu inimigo, despreparado para a misteriosa e reclusa mulher que captura seu coração. Ele está encantado com sua determinação feroz, sua beleza incomum e sua força silenciosa e infalível. Contudo, para cortejá-la, será necessário mais do que a habilidade de um sedutor experiente. Ele descobre que amar Genevieve significa devolver a liberdade que lhe foi roubada, mesmo isso que signifique perdê-la para sempre.

Resenha: O Mais Desejado dos Highlanders é o segundo volume da série Montgomery e Armstrong escrita por Maya Banks.
A história traz outros personagens como protagonistas mas não acho que o livro deva ser lido de forma independente pois muitas das situações que aparecem neste livro decorrem de acontecimentos do primeiro livro com os personagens que já foram apresentados por lá, então a ideia de ler fora de ordem pode causar uma grande confusão.
Neste volume, vamos conhecer a história de Bowen, irmão de Graeme Montgomery, e Genevieve McInnis, uma jovem que teve a vida destruída por Ian McHugh, do clã McHugh. Ele a sequestrou e a manteve em cativeiro em seu castelo fazendo com que ela sofresse os piores abusos e maus tratos, físicos e psicológicos, que alguém poderia sofrer.
Quando os Montgomery invadem o castelo numa missão de resgate, Genevieve os guia e Ian sofre as consequências, mas Patrick, seu pai e Liard do clã McHugh, demonstrando ser um completo covarde, foge deixando as terras e o próprio povo abandonados à própria sorte. Bowen se torna temporariamente o líder do clã até que se decida o que será feito, mas Genevieve, a moça que havia os ajudado anteriormente e que vive sob um capuz escondendo o rosto arruinado, acaba despertando sua atenção a ponto de ele ficar cada vez mais intrigado com os mistérios que a cercam. Bowen vai descobrindo aos poucos o que aconteceu com ela e se sensibiliza com os horrores pelos quais a jovem passou e ainda passa quando ainda sofre com ofensas e acusações terríveis e injustas. Embora o sofrimento tenha sido enorme, Genevieve ainda tem esperanças de que os Montgomery e os Armstrong permitam que ela vá embora viver numa abadia, pois prefere que sua família continue acreditando que ela esteja morta do que voltar pra casa desonrada, mas o plano de Bowen é cuidar para que o clã McHugh possa se reerguer e volte a se tornar próspero além de encontrar Patrick para cumprir sua vingança, mas o que ele não esperava era que Genevieve tocasse seu coração...

A história é narrada em terceira pessoa onde os pontos de vista de Bowen e Genevieve se alternam para uma visão mais ampla dos fatos e, assim como o livro anterior (e os demais livros da autora), a leitura é muito fluída e gostosa de se acompanhar.
Genevieve é uma personagem cheia de segredos, marcada pela dor e por experiências terrivelmente amargas e não consegue confiar em homem algum, por mais atraente que ele possa ser. Embora ela tenha sido brutalizada por tanto tempo, ela suportou e ainda manteve a mente sã para que não perdesse a força, a coragem e nem sua dignidade. Sua determinação a manteve de pé para que pudesse ter esperanças de que um dia ficaria livre e ainda conseguir lidar com todos aqueles que a humilhavam de cabeça erguida, e quando Bowen chega, ele se revela um verdadeiro cavalheiro, a tratando com respeito e carinho, mostrando que é possível recuperar a vida e voltar a ser feliz, desde que ela se permita.
Obviamente para uma mulher que sofre tantos abusos, como Genevieve sofreu nas mãos de um maníaco como Ian, as marcas acabam se tornando indeléveis, mas Bowen é tão protetor e compreendeu tão bem toda a injustiça que ela enfrentou, sem julgamentos ou preconceitos, que seria impossível ela não dar a ele uma chance de se aproximar, e é justamente a forma como essa aproximaçao é feita que tornou essa relação tão bonita e verdadeira.
A autora ainda teve o cuidado de mencionar os abusos sofridos pela protagonista de forma sutíl e implícita, mas mesmo sem maiores detalhes ou descrições a situação, por ser crua e pesada, ainda incomoda e deixa qualquer leitor indignado apenas de imaginar que alguém possa ser tão doentio.
Talvez devido a situação delicada de Genevieve, a autora se focou mais em desenvolver o drama e os conflitos entre os clãs, logo, as cenas eróticas são aceitáveis por serem bem raras e pontuais.

O Mais Desejado dos Highlanders traz uma história marcante sobre honra, vingança e coragem, mas também explora elementos pesados e difíceis de se lidar, mas ainda assim mostra que o amor puro e verdadeiro pode curar uma alma quebrada e um coraçao partido, e dá forças para que alguém possa voltar a sonhar, ter esperanças e recomeçar uma vida que parecia perdida.

Seduzida por um Guerreiro Escocês - Maya Banks

13 de maio de 2017

Título: Seduzida por um Guerreiro Escocês - Montgomery e Armstrong #1
Autora: Maya Banks
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance histórico
Ano: 2016
Páginas: 338
Nota:★★★★★
Sinopse: Eveline Armstrong é imensamente amada e protegida por seu clã, mas as pessoas a consideram diferente, pois apesar de ser linda e encantadora, a moça sofreu um acidente que lhe causou sequelas não só psicológicas, mas também físicas, visto que ela ficou surda. Satisfeita com sua vida reclusa, ela aprendeu a ler lábios e permitiu que o mundo a enxergasse como uma tola. Contudo, quando um casamento arranjado a torna esposa de Graeme Montgomery, integrante de um clã rival, Eveline aceita seu destino - despreparada para os deleites que viriam. Enredado pelos mistérios de Eveline, cujos lábios silenciosos são cheios de tentação, Graeme vê seu casamento ameaçado devido às rivalidades entre clãs e agora deverá enfrentar inúmeras adversidades para salvar a mulher que lhe despertou tanto amor.

Resenha: Seduzida por Um Guerreiro Escocês é o primeiro volume da série Montgomery e Armstrong escrita pela autora americana Maya Banks.

Nas terras altas da Escócia, os Montgomery e os Armstrong, os dois clãs mais poderosos e aliados ao rei Alexandre II, se odiavam há gerações e estavam em guerra entre si. Temendo perder guerreiros tão poderosos, o rei, na intenção de forçar a paz entre os clãs e não ter baixas, decretou que Graeme Montgomery, o líder dos Montgomery, deveria se casar com Eveline Armstrong, única filha de Tavis Armstrong, o líder do clã Armstrong.
O decreto não foi bem recebido por nenhum dos clãs, mas ninguém pode recusar as ordens do rei.
Eveline é uma jovem encantadora que sempre foi muito querida e protegida pelo seu povo, principamente após ter sofrido um acidente a cavalo que a deixou surda. Sua condição a deixou reclusa e muitas pessoas de fora a enxergavam como louca e, para Graeme, se casar com ela era algo revoltante. Para Tavis, a ordem do rei era um ultraje, uma traição, pois ele sabia da condição de Eveline e ainda assim não teve consideração ao entregá-la para um clã que não teria respeito algum pela moça. Embora relutantes, os dois clãs não tinham escolha e a única coisa que restou aos noivos foi abraçar aquele destino inevitável. O que eles não esperavam era se envolverem de forma tão profunda...

Narrado em terceira pessoa, a história é muito bem escrita e se desenvolve de forma fluida e envolvente. A ambientação, assim como as descrições dos locais que servem como pano de fundo da história, é encantadora e colabora ainda mais para a imaginação das leitoras que são fãs de romances de época.
Graeme e Eveline são adoráveis em todos os sentidos. Ele é bonito, forte, corajoso, inteligente e por mais que aparente ser rude, é muito amoroso e preocupado com quem ama. Ela é linda e delicada, mas consegue mostrar sua força e sua determinação em suas tentativas de ser aceita num clã rival que a menospreza. Inicialmente, mesmo que eles não se conheçam e a rejeição seja algo recíproco devido a indignação com a atitude do rei, é inegável que alguma coisa os atrái, e com o casamento eles começam a descobrir que a primeira impressão nem sempre é a que fica e que é possível, sim, se darem a oportunidade de recomeçarem suas vidas. O primeiro sentimento de Graeme por Eveline foi algo mais voltado a pena e ele se sentia muito culpado por estar atraído por ela, principalmente por pensar que poderia haver problemas ao consumar o casamento já que ela não é capaz de ouvir, mas, a medida que a relação progride, vemos transparecer um romance cheio de amor, com ternura e respeito, mas ainda assim com uma intimidade feroz o bastante para nos tirar o fôlego, o que, claro, não poderia faltar já que cenas eróticas e intensas fazem parte do estilo da autora.

A forma como a autora aborda a comunicação delicada entre o casal, principalmente por Graeme ser o único capaz de tocar Eveline ao fazê-la sentir os timbres de sua voz grave e poderosa, mas melhor do que isso é acompanhar um romance que desabrochou de forma inimaginável, pois no coração deles havia muito rancor por estarem numa situação que ninguém desejava, o que prova que o amor é capaz de superar tudo, passando por cima de preconceitos e se tornando cada vez mais forte quando a relação é construída dia após dia, de forma gradual e verdadeira.
A história ainda vai além do romance e dos elementos de época quando explora as tradições dos clãs e suas culturas que envolvem a família e a importância delas para seus membros.

Leitura obrigatória para quem aprecia romances históricos com personagens corajosos, destemidos e que juntos vivem um amor verdadeiro e cheio de paixão. Seduzida por um Guerreiro Escocês não é só uma história de amor, mas também de respeito, superação e recomeços.

Hudson - Laurelin Paige

23 de dezembro de 2016

Título: Hudson - Fixed #4
Autora: Laurelin Paige
Editora: Fábrica 231/Rocco
Gênero: Romance Erótico
Ano: 2016
Páginas: 568
Nota:★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Por você, Com você e Sempre você – conquistou as leitoras com a relação explosiva de Hudson Pierce e Alayna Whiters. Agora, a autora Laurelin Paige mostra fatos e passagens da série sob a ótica de Hudson: o que mudou na vida dele depois que o destino dos dois se cruzou? Numa espécie de diário, o milionário frio, dono de um passado destrutivo e traumático, relembra acontecimentos marcantes de sua vida antes e depois de conhecer Alayna, tão diferente dele e, ao mesmo tempo, tão parecida em suas inseguranças. Muitas vezes o relacionamento é posto à prova, e ambos precisam abrir mão de muitas coisas em nome da conexão e do desejo que mantêm suas vidas entrelaçadas. Neste volume extra, as fãs da série Fixed descobrirão que para Hudson Pierce só existe o depois de Alayna Whiters. 

Resenha: Hudson é um livro que funciona como um diário do personagem, um complemento à trilogia Fixed, pois por ele a autora dá às leitoras detalhes de como era a vida de Hudson antes de ter conhecido Alayna, e como eles e transformou a partir da presença dela em sua vida, porém e desta vez, sob a visão dele.

Este volume traz respostas para muitas das questões que foram levantadas nos livros anteriores das quais não foram muito bem esclarecidas, e todos os sentimentos que atormentavam Hudson ao longo da trilogia enfim puderam ser melhores compreendidos, mostrando o caminho tortuoso que ele percorreu até se tornar aquele homem que nos foi apresentado em Por Você.
Assim, o passado sórdido de Hudson se intercala com seu presente, e vários dos acontecimentos começam a vir à tona para que seja possível entendermos não só o lado dele na história, mas o de Celia também e o motivo de ela ser aquela pessoa tão odiosa... E Hudson foi tão sacana com ela que cheguei a ficar com pena da moça...

Ficamos íntimas de seus pensamentos, de seus sentimentos e de como ele ficou devastado, como foi consumido pela culpa quando, enfim, ele reconheceu o quão canalha era. E claro, como ele foi capaz de mudar quando se rendeu ao amor.
A abordagem sobre o relacionamento de Hudson com sua irmã também é algo muito bonito de se ver, o quanto ele a ama de forma fraternal chega a ser uma inspiração e é muito emocionante.

O trabalho gráfico também é um espatáculo. A capa combina com as demais, os detalhes da diagramação, o conjunto inteiro combina e é muito caprichado.

Enfim, Hudson é uma adição preciosa à trilogia pois acrescenta informações que realmente são relevantes e que explicam muito bem o que havia ficado em aberto, principalmente pelo epílogo que nos permite ter um vislumbre do futuro desse casal tão quente. Eu só não curto muito as cenas repetidas já vistas anteriormente.
Mas pra quem curtiu a trilogia e ficou com aquele gostinho de quero mais, é leitura obrigatória.


Sem Pudor - Julianna Costa

12 de dezembro de 2016

Título: Sem Pudor - Sem Vergonha #2
Autora: Julianna Costa
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance/Hot/Nacional
Ano: 2016
Páginas: 352
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Americanas
Sinopse: Na sequência de "Sem Vergonha", Mina Bault e Ryker Strome pensam ter deixado para trás as experiências traumáticas que vivenciaram com a máfia russa. No entanto, depois de receber uma ligação suspeita, Ryker percebe que Mina ainda está em perigo e vai a Paris à sua procura, a fim de protegê-la. Com a ajuda do agente Zahner, da irmã de Ryker - Lexa Strome - e de Sven, seu misterioso e sexy amigo, o casal deverá descobrir uma maneira de livrar-se defitivamente dessa perseguição. Mas, nesse ínterim, a boate Lucky's irá presenciar intensos shows da Tímida - com direito a sexo no palco! - e servirá de esconderijo para traçar os planos de assassinato de aluguel, roubos, jogos de sedução, política e interesses. 

Resenha: Sem Pudor é o segundo volume da duologia Sem Vergonha, escrita pela autora Julianna Costa e publicada pela Universo dos Livros.

Depois do trauma que Mina e Ryker tiveram com a experiência de fugirem da máfia após terem sido testemunhas de um assassinato, Ryker fez um acordo com Zahner, agente da Interpol, para que Mina pudesse voltar a viver sua vida em Paris enquanto ele participava do programa de proteção à testemunhas. Mas, obviamente, a distância não foi capaz de fazer com que eles se esquecessem um do outro e nem dos momentos intensos que viveram, por mais loucos que tenham sido. Porém, Mina passa por alguns percalços que estão dificultando que ela siga adiante além de a colocarem em perigo, e quando Ryker é informado - e chantageado - da situação em que ela se encontra, não pensa duas vezes para ir atrás dela em Paris e garantir sua segurança. Mas talvez isso fizesse parte de um plano forjado por seus inimigos para que se tornassem alvos fáceis e eles fossem capturados juntos e serem silenciados de uma vez por todas... Quando o assunto é a máfia russa, não há nada que possa, de fato, mantê-los em segurança ou vivos, então resta a Mina e Ryker contar com a ajuda de seus amigos da Lucky's, a boate que foi cenário de vários momentos intensos no livro anterior...

Narrado em primeira pessoa, a escrita continua muito envolvente e fluída e é impossível parar de ler.
Apesar de ter sentido que a máfia não estivesse tão presente "fisicamente" falando, e que o plano mirabolante não seria bem sucedido, a ação ainda estava presente para equilibrar o enredo, mesmo que em dose menor, e não manter a história com teor exclusivamente sexual, assim como aconteceu no primeiro livro.

Meu único problema, e isso me fez gostar mais do primeiro livro do que deste, foi que alguns pontos não me soaram tão verdadeiros, como se a inteligência do leitor estivesse sendo subestimada quando os problemas começaram a ser resolvidos de forma fácil em de vez forma convincente, realista e crível, afinal, o perigo extremo de estar na mira da máfia russa não é brincadeira, é algo realmente considerável até onde consigo enxergar.

Ao final, a impressão que tive é que por mais que o casal esteja vivenciando mais uma aventura policial arriscada e perigosa, o que ganha destaque mesmo é o desenvolvimento do relacionamento que eles tem, e o foco maior fica no romance, que vai ficando cada mais mais intenso, forte e até um pouco meloso, e eu até que curti muito a abordagem feita aqui sobre ele. As cenas íntimas não são aleatórias e sempre estão dentro do contexto. Mesmo que Mina já tenha se livrado da sua virgindade, ela continua com a mesma personalidade, porém com um comportamento mais ousado que acaba influenciando suas decisões, e por isso a história ainda ganha toques muito divertidos e bem humorados além de um teor bem mais erótico se comparado ao primeiro livro. E Ryker é aquele cara foda que aprendemos e gostar ao longo da história devido às suas atitudes corajosas e admiráveis quando o assunto e cuidar de Mina.
A inserção de novos personagens deram um up à trama e fizeram com que ela fluísse por caminhos que permitem que o leitor os conheça mais e torça pra que outros livros com suas histórias sejam publicados.

Enfim, a duologia Sem Vergonha mistura elementos distintos mas que combinaram de forma perfeita, e pra quem quer se aventurar por um romance cheio de erotismo, mas que também envolve ação e muitos perigos elevando o gênero a outro nível, é leitura mais do que indicada.

Sem Vergonha - Julianna Costa

11 de dezembro de 2016

Título: Sem Vergonha - Sem Vergonha #1
Autora: Julianna Costa
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance/Erótico/Nacional
Ano: 2015
Páginas: 368
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Mina é uma jovem bem-sucedida profissional e academicamente. No entanto, nem todos os setores de sua vida possuem tanto êxito, pois sua virgindade continua intacta mesmo após tantas tentativas de perdê-la. Então, Mina contrata um garoto de programa para enfim solucionar esse pequeno "problema". Após alguns incidentes bem inusitados entre quatro paredes, Mina decide voltar para casa. No caminho, ela e Ryker – o garoto de programa – se tornam testemunhas de um crime cometido pela máfia russa em Paris e, consequentemente, se tornam alvos dessa organização. Essa única noite terminará com os dois fugindo para a Holanda a fim de salvarem suas vidas. Contudo, apesar do perigo eminente, ambos se deixam envolver por uma atração avassaladora e talvez a noite de Amsterdã seja muito convidativa para que Mina tente, mais uma vez, entregar-se de corpo e alma a Ryker.

Resenha: Sem Vergonha é o primeiro volume da duologia homônima escrita pela autora Julianna Costa e publicada pela Universo dos Livros.

Mina Bault é uma jovem que obteve sucesso em vários setores de sua vida exceto no que diz respeito à sua vida sexual. Mina ainda é virgem, mesmo depois de ter tentado resolver esse problema por diversas vezes e falhado miseravelmente. Até que sua melhor amiga, Elize, resolve dar um empurrãozinho pra ajudá-la com esse problema e Mina contrata Ryker, um garoto de programa. Tudo estava preparado no hotel em que estava hospedada para que a primeira vez dela finalmente acontecesse, mas depois de um incidente envolvendo Ryker e sua alergia a morango ter atrapalhado as preliminares, Mina resolveu ir embora, morta de vergonha. Mas Ryker não é o tipo de profissional que recebe sem ter feito o serviço pelo qual foi contratado, e quando ele vai atrás dela para fazê-la voltar pro quarto e terminar o que começaram, os dois acabam presenciando um assassinato cometido pela máfia russa e, por serem testemunhas, se tornam alvos dessa organização criminosa. Ryker conhece um pouco da sujeira das ruas, reconhece os criminosos e sabe que se ficarem alí não estarão seguros e nem vão durar por muito tempo. Logo ele se vê obrigado a proteger Mina, já que ela não parece ter a menor noção da gravidade da situação. Procurar a polícia não é uma opção e o que resta aos dois é fugir de Paris, cidade em que estão, rumo a Amsterdã, e em meio aos perigos e descobertas nessa fuga alucinante, talvez a atração que começam a sentir um pelo outro pode acabar resolvendo aquele "probleminha" de Mina de uma vez por todas...

Sem Vergonha, de fato, é um dos poucos livros nacionais dos quais posso encher a boca pra tecer elogios. Eu nunca tinha lido nenhuma outra obra da autora anteriormente, mas já fiquei feliz, alegre, contente, sorridente e saltitante por ter tido o prazer de começar por este (e já quero os outros, por favor). A narrativa é fluída e gostosa de se acompanhar, o enredo é divertido, interessante, sexy e muito bem amarrado, e consegue mesclar temas distintos de uma forma muito convincente e empolgante, principalmente por ter toques de bom humor devido as atitudes reservadas e pensamentos cheios de vergonha de Mina para quebrar o clima tenso dos elementos de ação da trama. Há cenas mais calientes, claro, mas nada escrachado que faça com que o livro seja puro sexo e nada mais. Há uma história por trás de tudo, e uma história muito boa, com personagens bem construidos, com passados conturbados, mas com atitudes e personalidades que os tornam pessoas normais e bem próximas da realidade, independente do contexto em que se encontram. Os receios de Mina e seu comportamento no que diz respeito à sua sexualidade, a sua total falta de experiência e a sua vergonha eterna quando o assunto é sexo fazem da história algo com que as leitoras talvez até possam se identificar. É um pouco frustrante acompanhar as tentativas malsucedidas de Mina, mas também é muito engraçado e divertido. Com o desenrolar da história ela se vê num ambiente em que não tem outra escolha a não ser se deixar levar, e curtir o momento, e esses momentos são descritos com naturalidade, leveza e erotismo na medida certa, sempre inseridos no contexto ideal.
Uma coisa que gostei muito nessa personagem é que seu jeito atrapalhado não a fez menos determinada em seus objetivos. Ela tem as inseguranças normais de qualquer mulher mesmo que seja bem sucedida na vida, o que é completamente normal, mas ela nunca se sente inferior e muito menos diminuída frente a outras pessoas por ainda ter o pobre hímen intacto.
Ryker é um cara lindo, sexy, cheio de atitude e, assim como Mina pensou quando bateu os olhos nele pela primeira vez, é impossível não vê-lo (no caso, ler os detalhes) sem imaginar o que há por debaixo de suas roupas. As descrições físicas desse homem fazem dele um pedaço de mau caminho sem igual. Segurem os seus forninhos, meninas! Ele é meio convencido, indiscreto e acredita piamente que jamais poderia viver um romance por causa de seu trabalho, mas quem sabe Mina possa fazer com que esse garanhão mude de ideia...

Em suma, vamos acompanhando uma verdadeira aventura entre um casal improvável que é o total oposto um do outro, fugindo, se escondendo, tentando se manter seguros e longe das garras da máfia russa, mas, ao mesmo tempo, aprendendo com as próprias experiências que passaram a ter devido a situação em que se encontram, o que faz com que eles não tenham a menor noção do que será do dia de amanhã e aproveitem o hoje como se fosse o último. E são os riscos e as incertezas que, de certa forma, os movem já que o futuro é incerto e imprevisível...

Confesso que depois de ter me deparado com tantas histórias desinteressantes e amadoras eu desanimei total de investir meus esforços em alguns livros nacionais, evitando a grande maioria deles sem pensar duas vezes, com preguiça, revirando os olhos e desacreditada da vida, mas, thanks, Lord, pude me aventurar pelas páginas de Sem Vergonha e me deixar ser surpreendida pela escrita maravilhosa, polida e envovlente que me prendeu como nenhum outro livro nacional foi capaz de fazer há séculos, e pela criatividade ímpar de Julianna Costa.

O Torneio - Lena Valenti

10 de dezembro de 2016

Título: O Torneio - Amos e Masmorras #2
Autora: Lena Valenti
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance/Erótico
Ano: 2016
Páginas: 464
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Chegou a hora de encarar o tão aguardado torneio Dragões e Masmorras DS. Entregue-se aos combates. Liberte seus desejos. Na busca pela irmã desaparecida, a agente Cleo Connelly conseguiu se infiltrar no ultrassecreto torneio de práticas BDSM, o Dragões e Masmorras DS. Tudo o que ela sabe é que está prestes a mergulhar numa experiência única que vai afetar todos os seus sentidos e mexer com seus mais profundos desejos e medos. Após o excitante treinamento como submissa do agente Lion Romano, parceiro de sua irmã no FBI e sua paixão de infância, Cleo está pronta para enfrentar os desafios que a esperam ou pelo menos é o que ela pensa.

Resenha: O Torneio é o segundo volume da série Amos e Masmorras, da autora espanhola Lena Valenti, publicado pela Universo dos Livros no Brasil.
Os acontecimentos desse volume seguem do ponto de onde o primeiro parou e esta resenha pode ter spoilers de A Submissão.

Após a sucessão de eventos do primeiro livro, Lion desiste de levar Cleo ao torneio para dar continuidade à missão em que resolveriam o caso do tráfico humano e do desaparecimento de Les, mas, mesmo tendo sido tirada do caso "para sua própria segurança", Cleo decide agir sem a ajuda do parceiro. Disposta a descobrir o paradeiro da irmã a qualquer custo, ela encarna seu papel de Lady Nala e consegue um novo parceiro que ela não conhecia, Nick, porém com papéis invertidos: Cleo, dessa vez, seria a "ama". Essa tarefa não seria nada fácil visto que o treinamento que ela teve foi para que aprendesse a ser uma submissa, e não uma dominadora. Mas estamos falando de Cleo, que sempre é teimosa e determinada em seus objetivos, e inveter o jogo ao seu favor fazia parte dos seus planos... Lion fica enlouquecido quando a vê no torneio como ama, e claro, não aceitaria aquilo tão facilmente...

O livro é narrado em terceira pessoa alternando entre Cleo e Lion, mantendo o mesmo estilo do primeiro livro. Os capítulos são longos mas o envolvimento com a história é tanto que isso se torna mero detalhe e mal faz diferença. As páginas são amarelas, a diagramação é bem feita e além do texto corrido da narrativa (muito bem revisado, por sinal), ainda podemos ver os mapas de onde a história se passa e um glossário explicando os termos da prática BDSM.
Neste livro, a autora não mostra apenas o desenrolar do torneio, mas também o que aconteceu com Les, a irmã de Cleo. Como o leitor já havia sido apresentado a esse universo BDSM com o treinamento da protagonista, com o torneio acontecendo a história tem mais ação, perigos, elementos novos que entraram no caso, e o mistério sobre quem está por trás do sumiço de Les

Os personagens continuam sendo muito bem desenvolvidos, já que a construção deles já estava bastante sólida desde o primeiro volume, e as caracterizações que possuem continuaram ótimas. Eles são admiráveis e seus diálogos são inteligentes, mesmo que Cleo não tenha papas na língua.
Percebi uma boa evolução em Cleo e o fato de ela não se permitir abalar ganha mais forças com as atitudes que ela toma.
Perdi um pouco da minha paciência com Lion e sua ideia descabida de que seus reais sentimentos não podem ser demonstrados, mas alguns outros momentos são tão perfeitos que só posso alogiar a autora por ter conseguido equilibrar as duas medidas. Cleo e Lion não só progridem como pessoas e como casal, mas também podem ser considerados os protagonistas que tem mais química e funcionam melhor do que qualquer outro casal em livros do gênero. São sensuais e provocantes na medida certa e passam por momentos de pura adrenalina, além de precisarem enfrentar vários obstáculos, alguns deles no que diz respeito ao próprio torneio pois as provas que eles precisam realizar os farão conseguir seguir adiante ou os farão serem castigados... E sem contar de que o que sentem um pelo outro acaba sendo a maior fraqueza deles nesse meio já que outros participantes podem usar isso contra os dois.
Alguns personagens secundários foram mais trabalhados para que suas histórias viessem à tona de forma a podermos conhecê-los melhor, e acredito que alguns deles vão protagonizar os próximos livros (já quero).

A série já possui seis livros publicados lá fora, porém só esses dois primeiros aqui no Brasil. Com esses dois livros a história principal de Cleo e Lion é fechada e os seguintes vão abordar as histórias de outros personagens (o próximo será o de Leslie, se não me engano). Algumas pontas ficaram soltas então espero ver um pouco mais desse casal nos próximos volumes, nem que seja pequenas participações para matar a saudade. ♥

A Submissão - Lena Valenti

8 de dezembro de 2016

Título: A Submissão - Amos e Masmorras #1
Autora: Lena Valenti
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance/Erótico
Ano: 2015
Páginas: 416
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: A agente Cleo Connelly, integrante do corpo de polícia em Nova Orleans, é uma mulher atraente e destemida, que não mede esforços e impulsos na resolução dos casos que assume. Certo dia, entretanto, ela é designada para investigar, junto ao FBI, uma lucrativa rede de tráfico humano. Para cumprir a missão, ela precisará se inserir em um contexto inusitado: visitar a cena BDSM do país e participar das práticas de sodomia e dominação instituídas no torneio Dragões e Masmorras DS. Agindo como agente infiltrada, Cleo terá de pesar os limites de sua própria luxúria nesta implacável caçada, considerando também a arrebatadora atração que sente por Lion Romano, seu parceiro no caso. Mas será que, no meio do caminho, ela vai gostar de ser submissa? Renda-se aos deleites desta intrigante e sensual narrativa!

Resenha: A Submissão é o primeiro volume da série Amos e Masmorras da autora espanhola Lena Valenti, publicado pela Universo dos Livros no Brasil.

Cleo Connelly é uma ruiva estonteante, cheia de personalidade e dona da língua mais ferina que já existiu. Ela faz parte da polícia de Nova Orleans, e seu objetivo é entrar para o FBI, assim como sua irmã mais velha, Leslie, e o amigo lindo de infância de Les, Lion Romano, entraram. Porém, uma quadrilha de tráfico humano estava tirando o sono da polícia, e, quando Leslie desaparece em serviço, Cleo é designada a se infiltrar e a fazer as investigações para o FBI sob disfarce, substituindo a irmã para resgatá-la. O que ela não esperava era o cenário no qual a quadrilha atua: um torneio chamado Dragões e Masmorras DS (Dominação/Submissão) onde os casais alí inseridos devem cumprir tarefas envolvendo as práticas BDSM. E sim, o torneio foi inspirado no RPG Dungeons & Dragons e em suas regras.

Então, Cleo precisa fazer um treinamento intensivo com duração de cinco dias a fim de ser iniciada no universo BDSM para ser inserida no torneio, portando-se como a "submissa", e seu parceiro - e "amo" - nesse caso, é Lion, por quem ela sente uma atração arrabatadora desde a adolescência. O que Cleo não sabe é que Lion também se sente atraído por ela desde os primórdios e pediu pra ser o encarregado chefe do caso logo quando ele soube que ela seria a agente infiltrada. Se sentindo atraído por ela, ele não deixaria que outro homem assumisse seu treinamento, e Lion não precisava fingir ser um personagem, visto que ele já conhecia e praticava o BDSM...

O livro é narrado em primeira pessoa pelos pontos de vista de Cleo e Lion, e alguns trechos são narrados em terceira pessoa. Não há indicação nos capítulos de quem é a voz da vez, logo é um pouco confuso saber quem é o personagem, ainda mais se levarmos em consideração que eles são até bem parecidos já que Lion é um dominador e Cleo não tem nada de submissa e é muito competitiva.
Por mais que os dois juntos peguem fogo, o cenário intrigante baseado em RPG e o sarcasmo de Cleo equilibram bem o enredo de forma que, mesmo tendo conteúdo erótico, não fique focado somente em sexo. Quando Cleo abre a boca pra soltar as verdades dela ou representar um papel do qual ela não se encaixa é impossível não morrer de rir.
O desenvolvimento dos personagens e da história é feito de maneira rápida, mas já adianto que esse primeiro volume é dedicado ao treinamento de Cleo e o ingresso dela no torneio propriamente dito só acontece no segundo livro.
O que me chamou atenção nessa história foi o fato de que Cleo teve um motivo que justificasse sua inserção nesse mundo, e não foi por idolatrar alguém a ponto de submeter a qualquer coisa em nome do sentimento pelo macho, longe disso. Ela não tem a menor vocação para ser uma submissa mas teve que ceder para ser disciplinada, mesmo que tenha precisado extrapolar alguns limites em certos momentos. Para solucionar o caso de tráfico humano e resgatar a irmã, ela não tem outro caminho a não ser vencer o torneio junto com Lion, então precisou entrar de corpo e alma nesse universo, mas sem engolir desaforos, claro.

A autora dá uma perspectiva totalmente nova sobre o BDSM, principalmente ao inserir elementos bem criativos, que tornam a história mais convidativa por ter algum conteúdo relevante abordando preconceitos e críticas que as pessoas sofrem por ingressarem nesse universo. Então, em momento algum a trama fica focada num romance doentio e melação que não acaba mais. Os personagens são bem construídos e tem características marcantes que são dignas de admiração, e as cenas de sexo não são tão frequentes assim a ponto de saturar a leitura.

Resumindo, A Submissão foi o melhor livro erótico que li até então, mesmo que não seja meu gênero literário preferido. Não que eu vá praticar BSDM por aí pois não me interesso nem um pouco por tais práticas, mas super recomendo a leitura pra quem gosta do tema, pra quem quer conhecer, ou ainda pra quem formou um conceito baseado em uma certa trilogia cinza que precisa ser desconstruído urgentemente.

Agosto - Audrey Carlan

25 de outubro de 2016

Título: Agosto - A Garota do Calendário #8
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 160
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Agosto virá com uma tarefa diferente para Mia: ir a Dallas fingir ser irmã do jovem magnata e caubói Max. Mia sabe que sua contratação tem a ver com os negócios de Max, mas nunca poderia imaginar o que está prestes a acontecer.

Resenha: Em Agosto, oitavo (e mais mirabolante) livro da série A Garota do Calendário, Mia parte para Dallas ao ser contratada por Maxwell Cunningham, um cowboy magnata do petróleo. Max é casado e um super pai, vive com a esposa e a filha fofa e aparentemente não teria motivos para contratar Mia, certo? Errado! Antes de morrer, o pai de Max, um dos homens mais ricos do mundo inteiro, deixou registrado em seu testamento que quase metade da herança deveria ser recebida por uma filha que ninguém sabia da existência até então, e caso Max não a encontrasse, essa grana incalculável seria repassada aos investidores. Será que Mia, com seu talento de atriz, vai conseguir forjar seu papel de irmã perdida e Max vai convencer os executivos de que ela faz parte da família?

Ok, antes de mais nada preciso dizer que esse livro me causou sentimentos controversos. Eu gostei muito do rumo que a história se desenrolou, mas ao mesmo tempo me deparei com uma forma de resolver as coisas de um jeito fácil e conveniente demais.

Como nos livros anteriores, alguns clientes de Mia sempre dão um jeito de reaparecerem, mesmo como amigos fiéis que estão ali para ajudá-la em alguma questão inesperada, logo penso que a ideia da autora foi criar personagens que não só marcaram a vida de Mia e a ajudaram em seu crescimento pessoal a partir de cada experiência que proporcionaram a ela, como vieram pra ficar, cada um ao seu modo. E com Max a coisa vai além... Toda essa história de herança, irmã perdida e afins estava batendo muito com a história de vida de cada um, e eles tinham mais em comum do que pensavam, mas quais as chances de Mia ser realmente a verdadeira irmã perdida em meio a milhões de pessoas no mundo? Eela foi contratada e, por mais que a ideia de ter uma família sólida a atraísse, Mia tinha que representar seu papel.

Os acontecimentos finais desse livro mudam a vida de Mia da água pro vinho, não só pela farsa bolada por Max que os aproximam como "irmãos", mas também por Wes que, enfim, expõe seus sentimentos e o relacionamento deles acaba ganhando um reforço que eu, particularmente, não esperava acontecer ainda. Um ponto bacana é que a ligação de Mia com Maddy, sua irmã, é muito forte e bonita, e por mais que isso tenha sido explorado nos livros anteriores, só agora ficou evidente pelo destaque que Maddy ganhou, mostrando que Mia ama a irmã de todo o coração e sempre a coloca em primeiro lugar, já que nunca podia contar com o pai salafrário que se endividava enquanto as filhas ficavam jogadas.

Enfim, Agosto é uma sequência que deu uma boa guinada à série, e embora tenha sido bem conveniente, foi surpreendente e satisfatória. O final fica em aberto deixando um gancho sobre o mistério de quem será o próximo cliente de Mia, e já estou super curiosa pra saber o que vai acontecer.

Julho - Audrey Carlan

24 de outubro de 2016

Título: Julho - A Garota do Calendário #7
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Em julho, Mia estará em Miami para ser a estrela principal do novo videoclipe do cantor de hip-hop Anton Santiago. Anton é lindo, confiante e está louco por Mia, mas, para ficar com ele, ela terá de resolver algumas questões do passado...

Resenha: Em Julho, sétimo livro da série A Garota do Calendário, Mia vai para Miami participar de um videoclipe do maior artista de hip-hop do país, Anton, mais conhecido como Lov-ah, mas ela ainda está bastante sensibilizada depois dos acontecimentos que a traumatizaram no mês de Junho, lá em Washington. Logo, Mia sofre com vários flashbacks terríveis e fica bastante retraída, o que piora com as investidas de Anton. Ele é envolvente, dança como ninguém e espera que Mia seja a estrela do video já que não sabe o que ela passou, mesmo que ela insista que não tem o menor dom pra dança.

Não vou entrar em detalhes pra evitar spoilers do que aconteceu, mas diante de muita angústia e a beira de se deixar levar por sentimentos muito ruins, Mia acaba tendo ajuda de amigos e do próprio Wes, e vê nisso uma esperança para que as coisas caminhem para algo que vá dar certo. O problema, pra mim, é que ele parece ter sido o remédio para curar a dor de Mia, mas acredito que o que aconteceu faria qualquer mulher normal querer manter distância de todo mundo por um looongo período de tempo, então não me desceu a ideia de Mia estar em choque num minuto e pelada aos pés de Wes no outro como se nada tivesse acontecido. Digerir um trauma aos poucos até que a vida volte ao normal é uma coisa, mas mergulhar na própria dor enquanto se aproveita o foda com o bofe não fez muito sentido ao meu ver.

Mas, a impressão que tive é que, enfim, Mia começa a ter noção do rumo que quer pra sua vida e o que, de fato, ela está fazendo alí, as coisas começam a se encaixar e isso acabou me fazendo mudar de ideia com relação ao que a autora fez no livro anterior, dando a entender que o futuro de Mia nessa vida seria uma completa loucura e não faria muito sentido. A decisão que Mia toma é um passo importante e, mesmo ela passando por um processo gradual de superação - que não foi nada fácil -, vencendo os próprios limites, e ainda ajudando seu cliente de uma forma muito positiva, o que acontece a partir daqui pode determinar o destino dela.

A história toda com o video e com a música serviram mais como pano de fundo para que a autora pudesse focar no desenvolvimento, no amadurecimento e na superação de Mia após um grande choque, e pra ser sincera, se formos pensar bem, todos os livros seguem mais ou menos esse padrão, o que muda é a intensidade do conteúdo erótico ou os toques de humor e/ou drama.

Penso que os acontecimentos desse livro foram muito importantes para a trama em geral e a história conseguiu me prender, mesmo que em alguns pontos possam ter sido falhos na minha opinião, então espero continuar acompanhando Mia em sua jornada... E que venha Agosto.

Junho - Audrey Carlan

23 de outubro de 2016

Título: Junho - A Garota do Calendário #6
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 160
Nota: ★★★☆☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Mia vai passar o mês de junho em Washington com Warren, um coroa rico que precisa de uma mulher a seu lado para tratar com políticos e investidores. O acordo entre eles não envolve sexo — já com Aaron, o filho de seu cliente, Mia não pode garantir.

Resenha: Em Junho, sexto livro da série A Garota do Calendário, Mia já está na metade de sua jornada que consiste em trabalhar na agência da tia para pagar a dívida astronômica que pai fez com um agiota. Agora ela parte para Washington depois de ser contratada para ser acompanhante de Warren, empresário rico, e que precisa da ajuda dela para fechar alguns negócios com políticos e investidores em uma causa filantrópica. Mas Warren é bem sério, já tem uma certa idade e o interesse dele em Mia é puramente profissional, não envolvendo sexo algum. Mas, não podemos dizer o mesmo de Aaron, o jovem senador filho de Warren...

Diferente dos livros anteriores, esse tem menos sexo e uma carga mais densa, deixando aquela comicidade e leveza de lado para entrar num assunto mais delicado, dando inclusive um choque de realidade em Mia (e nas leitoras também) sobre essa vida fácil e cheia de homens perfeitos com quem Mia topava.
A autora coloca algumas situações que causam algumas reflexões sobre o trabalho que Mia faz e o que as pessoas pensam logo de cara ao ouvirem falar dele, assim como a ideia de que os clientes sempre são homens perfeitos e acima de qualquer suspeita, principalmente quando o assunto é interesse, viver de aparências e falsidade, e Mia acaba aprendendo tais coisas com a própria experiencia.
É claro que a presença de Wes está garantida (mesmo que em forma de mensagens), fazendo com que Mia ainda fique criando esperanças, lutando contra a realidade de ambos e a fazendo pensar sobre as escolhas que faz. Ela ainda tem alguns meses pela frente e não vai jogar fora.

Penso que a autora coloca Mia em situações bem contraditórias na maioria das vezes quando o assunto é razão e emoção, mas com a ideia em mente de que doze meses correspondem a doze clientes, o jeito é engolir e aceitar, e esperar o que vem a seguir, mesmo que agora tenha ficado meio impossível já que a ideia do homem perfeito foi totalmente desconstruída aqui.

Enfim, no final das contas foi bem satisfatório acompanhar Mia tendo ajuda de amigos antigos e usando e abusando da sinceridade e do bom senso com os novos, causando um impacto positivo ao ajudar seu cliente em seus propósitos fazendo ele enxergar além do mundo de ilusões que ele pensa viver, mesmo que ela tenha vivido um perrengue e enfrentado um grande drama.

Sinceramente, não sei o que esperar a partir daqui, pois a impressão final que tive é que a autora nos tomou o doce quando ele estava chegando na melhor parte, mas ainda vou continuar lendo já que cheguei até aqui.

Maio - Audrey Carlan

22 de outubro de 2016

Título: Maio - A Garota do Calendário #5
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Ela precisava de dinheiro. E nem sabia que gostava tanto de sexo. O fenômeno editorial do ano e best-seller do New York Times, USA Today e Wall Street Journal
Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Em “Maio”, Mia vai trabalhar como modelo no Havaí, onde conhecerá Tai, um dos homens mais impressionantes que ela já viu. Com ele, Mia vai descobrir que o prazer não tem limites — e que ela deve aproveitar absolutamente tudo o que a vida tem a oferecer.
Resenha: Em Maio, quinto volume da série A Garota do Calendário, Mia está de volta.
Desta vez a acompanhante parte para o Havaí ao ser contratada como modelo para posar de biquine num catálogo de moda praia. Mesmo trabalhando somente alguns dias, ela logo se encanta por Tai, um modelo gigante, cheio de músculos e tatuagens, que faz parte da campanha e, sendo nativo, ainda a ajuda a conhecer melhor aquela ilha paradisíaca. E Mia não vai se deliciar apenas com a paisagem e a beleza do lugar, claro... Sem um contrato como acompanhante, ter um colega de trabalho maravilhoso e dominador que lhe oferece vários benefícios era algo que ela não poderia rejeitar... Mia adora sexo, minha gente!

O livro segue o mesmo padrão dos anteriores, narrado em primeira pessoa, capa combinando e etc, e pra quem sentiu falta de todo aquele sexo em Abril, neste livro a autora acaba compensando as leitoras com puro "fogo e selvageria" desde o início e ainda tendo o Havaí como pano de fundo. Tem coisa mais quente?

Mia ainda passa por dilemas envolvendo Wes e as notícias que vê dele, mas ela decide seguir adiante para fazer do resto do ano os melhores meses de sua vida, aproveitando cada momento como se fosse o último, e não estar presa a cliente algum, sendo seu único trabalho participar das sessões de fotos, as coisas ficam mais leves e com cara de que ela realmente está aproveitando a oportunidade que tem. A autora também aproveita desse tema para fazer uma crítica aos estereótipos da mídia do que é considerado esteticamente bonito quando o assunto é corpo, e por Mia estar alí representando um número maior, fica claro que, independente da mulher ter um corpo com mais curvas, não se deve ter preconceito ou vergonha alguma de ser como somos.

Pelo fato de o livro ser curtinho e direto, sem enrolação nenhuma, ele é super rápido de ser lido e não tem como discorrer demais sobre ele sem soltar spoilers. Só posso finalizar dizendo que a leitura continua leve e gostosa de se acompanhar, os personagens são trabalhados na medida certa para que o leitor possa conhecê-los de forma suficiente e criar simpatia por eles (ou não), sempre com toques divertidos e bem humorados, mas também cheios de erotismo e muito, mas muito calor.


Abril - Audrey Carlan

3 de outubro de 2016

Título: Abril - A Garota do Calendário #4
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 160
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
O cliente de abril é o astro do beisebol Mason Murphy, de Boston, que precisa de Mia a seu lado para melhorar sua imagem com os patrocinadores. Mason não está acostumado a ouvir “não” de mulher alguma, e Mia vai representar o desafio supremo para ele.

Resenha: Em seu quarto mês trabalhando como acompanhante de luxo, Mia Saunders parte para Boston para atender um astro do Red Sox, Mason Murphy. Mason é um dos melhores jogadores da liga de beisebol, mas é o tipo de cara babaca que sempre se envolve em problemas e acabou atraindo má fama por ser muito mulherengo e pelas cenas vergonhosas de bebedeira. A fim de melhorar sua imagem com os patrocinadores, seus agentes decidiram que ele deveria aparecer como alguém mais sério, disposto a mudanças, comprometido com alguém que ficasse mais do que um único dia em sua vida... e, claro, Mia se passará por sua namorada. Mason está acostumado a sempre ter o que quer, e será ouvir um "não" ao se engraçar pra cima de Mia será um desafio para esse jogador?

O mês de Abril se mostra pura curtição quando Mia se depara com coisas que ela adora e a deixam bastante animada: calça jeans e camiseta, beisebol, cachorro quente, cerveja gelada e o grupinho de "EEF's" (as namoradas dos jogadores) para serem suas amigas de compras e diversão.
Narrado em primeira pessoa, a escrita da autora continua bastante direta e fluída, e este volume tem um pegada cômida que deixa a história bastante bem humorada e divertida, o que deixou a leitura muito agradável de se acompanhar.

Por Mia estar num ambiente em que ela se sente a vontade, ela se deixa levar e podemos perceber mais de seu eu interior, um lado que não fica focado somente na parte sexual, mas em sua personalidade onde ela mostra que não se encaixa em estereótipos e consegue gostar de si mesma antes de gostar dos outros. Não se importar com sentimentos alheios é uma prova disso.
Mason, inicialmente, demonstra ser um completo imbecil, arrogante e egoísta, mas com o passar dos dias, Mia começa a conhecê-lo melhor e percebe que, por trás de todo aquele comportamento cretino, ele é um cara legal, tanto que ela decide ajudá-lo a enxergar que o que ele, de fato, precisa, está na sua frente há muito tempo... Com isso ela acaba se tornando uma grande amiga, conselheira e até mesmo faz o papel de cupido ajudando Mason a abrir os olhos, e ainda aprende com ele que sair de sua zona de conforto não é algo assustador e que pode fazer bem. Então, temas como amizade, aceitação e até perdão acabam ganhando um pouco mais de profundidade neste volume.

Um dos pontos que gostei bastante foi o que envolve os sentimentos de Mia... Há uma linha tênue que separa amor e amizade e, ao escolher continuar trabalhando como acompanhante até o fim para pagar a dívida do pai com o agiota, não faria muito sentido que ela continuasse caindo de amores e pensando numa única pessoa 24 horas por dia tendo mais oito meses pela frente, por mais encantador e marcante que ele possa ter sido. Sem dar spoilers, a situação que a autora cria é incômoda, mas acaba libertando Mia desse "compromisso", fazendo com que ela foque no que precisa fazer, e obviamente, voltamos ao plano original, com direito a Mia poder aproveitar a vida do jeitinho que ela gosta...

A capa continua seguindo o padrão da coleção, a diagramação é simples, as páginas amarelas e não encontrei erros de revisão.

Pra quem gosta de romances eróticos leves, rápidos de ler e que entretém ao explorar as mais diversas fantasias sexuais, é leitura mais do que indicada.

Março - Audrey Carlan

1 de outubro de 2016

Título: Março - A Garota do Calendário #3
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Gênero: Romance erótico
Ano: 2016
Páginas: 144
Nota: ★★★★☆+18
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. Ela tem um ano para pagar o agiota que está ameaçando a vida de seu pai por causa de uma dívida de jogo. Um milhão de dólares, para ser mais exato.
A missão de Mia é simples: trabalhar como acompanhante de luxo na empresa de sua tia e pagar mensalmente a dívida. Um mês em uma nova cidade com um homem rico, com quem ela não precisa transar se não quiser? Dinheiro fácil.
Parte do plano é manter o seu coração selado e os olhos na recompensa. Ao menos era assim que deveria ser...
Mia vai passar o mês de março em Chicago com o empresário Anthony Fasano, que a contrata para fingir ser noiva dele. A princípio Mia não entende por que um homem tão lindo e másculo precisa de uma falsa noiva, mas ela está prestes a descobrir...
Resenha: Março é o terceiro volume da série A Garota do Calendário, da autora Audrey Carlan e publicado no Brasil pela Verus.

Em seu terceiro mês trabalhando como acompanhante de luxo, Mia vai para Chicago após ser contratada por Anthony Fasano. Ela deve se passar por sua noiva e impressionar Mona, a matriarca da família, que sonha que Tony se case e lhe dê netos. Anthony vem de uma família italiana tradicional e, por ser o único filho homem, é a esperança de Mona para que o sobrenome perpetue.
Anthony é lindo, rico e muito viril, e, inicialmente, Mia não entende por que ele precisa de uma acompanhante, mas a medida que as coisas evoluem, Mia descobre que Tony guarda um segredo, e, claro, ela vai ajudá-lo...

Assim como os livros anteriores, a narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Mia e a escrita da autora continua direta, leve e bastante fluída. A quantidade de páginas também colabora para uma leitura rápida então já podemos partir pros próximos volumes sem muitos rodeios.

Logo no começo da história Mia já se depara com um momento de tensão envolvendo Blaine e é bem possível imaginar o que ela poderá vir a enfrentar no futuro com esse traste repugnante...
Em Março o foco da trama não fica somente sobre o trabalho de Mia e no sexo propriamente dito, mas também no relacionamento familiar e no segredo de Tony. Assim como ela entrou nessa para ajudar o pai, ela percebe que a família de Tony também é superprotetora e devido às questões que ele precisa enfrentar, Mia mostra um lado mais amigável, mais sensível e que pende pro lado mais romântico do que o sexual, apesar de ela ainda se deixar levar pelo fogo que nunca a abandona... O livro é hot, tem que ter o bendito sexo...

Diferente dos livros anteriores, este foi mais agradável de se acompanhar por não girar em torno de um cliente convencional, o que acaba dando brechas para Wes fazer uma pontinha e levar Mia a momentos de puro prazer ao marcar presença. Tony foi o melhor cliente de Mia até agora pois o relacionamento dele é responsável por dar uma profundidade maior à história, focando em sentimentos, no amor verdadeiro e, acima de tudo, na felicidade. E, claro, Mia também tira grandes lições dessa experiência.

Como personagem, não tenho muito o que dizer pois Mia não sofreu nenhuma evolução drástica e digna de maiores comentários. Ela continua firme em seu propósito de pagar a dívida astronômica do pai, continua levando Wes em seus pensamentos, é destemida, continua linda de morrer, mas as coisas continuam, basicamente, iguais. Apesar de sua família aparecer um pouco mais, não foi o bastante para trabalhar a parte emocional dela, então a família de Tony acabou ocupando esse espaço. Gostei muito dos personagens secundários e dos seu dilemas. Hector é amigo de longa data e advogado da família e ele, por ter uma ligação direta com Tony, acabou sendo um dos principais afetados na história. Mia fica comovida com o que ele precisa enfrentar, nós leitores também ficamos, e só queremos que tudo dê certo no final.

O que percebo é que Mia consegue aprender um pouco mais a cada mês, e cada cliente é responsável por fazer aflorar nela o que antes era desconhecido. A autora continua estereotipando os clientes de Mia, dessa vez o italiano gostosão cheio de pegada, e isso me faz pensar que cada um deles representa uma fantasia diferente, seja dela mesma ou das leitoras mais saidinhas. Será que, nos próximos livros, vamos ter um cliente fora desse padrão de "deus grego" pra sair da mesmice? Um nerd estranho ou sei lá? Fica aí minha pergunta.

Com relação a parte gráfica não tenho do que reclamar. O livro tem uma capa sugestiva mas não apelativa, e que combina com os demais livros da série. A diagramação é simples e há diferenças para indicar quando são mensagens de textos. Os capítulos são numerados e bem curtinhos e não encontrei erros de revisão.

Em suma, Garota do Calendário é uma série para se ler de forma despretenciosa, sem muitas expectativas e com intuito de embarcar numa história com cenas quentes descritas com detalhes suficientes para brincar com a imaginação das leitoras... Não é nada que vá trazer profundidade ou lições em nossas vidas, mas confesso que estou bastante curiosa para saber quem será o próximo cliente de Mia e o que ela vai aprender com ele...