Autora: Julie Garwood
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Romance de época
Ano: 2017
Páginas: 416
Nota:★★★★☆
Sinopse: Na corte feudal inglesa, a dócil Lady Madelyne sofre com as excentricidades cruéis do irmão, o Barão Louddon. No entanto, durante a vingança contra um crime sórdido, o Barão Duncan de Wexton - o Lobo - comanda seus soldados contra Louddon. Como prêmio, ele captura Madelyne.
Todavia, quando Lobo pousa o olhar sobre a orgulhosa beldade, é tomado por um sentimento que jamais sentira e jura protegê-la com a própria vida. Assim, em seu castelo de pedras, ele prova ser honrado. Então, uma vez que a paixão entre ambos se tornou inevitável, será que eles darão uma chance ao destino e se entregarão de corpo e alma a esse amor imperativo e selvagem?
Resenha: Lady Madelyne é irmã do Barão Louddon, um homem cruel e sem escrúpulos que só levava sofrimento durante vários anos às mulheres, incluindo ela própria. Depois de muito tempo, Madelyne se encorajou e decidiu fugir das garras do irmão e, enfim, poder ser livre, até encontrar o Barão Duncan de Wexton. Acorrentado pelos homens de Louddon, Duncan, conhecido como o Lobo, fora jogado para a morte até Madelyne ter compaixão e o libertar, mas o que ela não sabia era que tudo fazia parte de um plano de vingança contra Louddon por ele ter violentado Adela, irmã dele. Para forçar um confronto, Duncan deixou que o capturassem de propósito, e agora ele tem a irmã de seu inimigo como refém para atraí-lo.
Fugir de um Barão horrendo e ser capturada por outro não fazia parte dos planos de Madelyne, mas o que ela não esperava era ter uma experiência surpreendente. O ato de ser salvo por uma donzela encantadora que se arriscou para ajudá-lo mexeu com seu coração, que foi tomado por um sentimento que ele ainda não havia experimentado. Esse sentimento acabou fazendo com que Duncan desistisse de usá-la como prêmio contra seu inimigo, mas para protegê-la e salvá-la de sas garras.
A história é narrada em terceira pessoa, é bem escrita e possui um ritmo constante. Embora a trama comece com uma cena empolgante, seja bem amarrada e flua relativamente bem, algumas partes se arrastaram mais do que o necessário, e somando isso a capítulos longos, a leitura, por mais interessante que seja, acaba se tornando um pouco cansativa. Não que seja ruim, muito pelo contrário, eu só demorei mais a finalizar o livro do que gostaria. Não sei se foi impressão minha ou o quê, mas senti que a base da história é bem parecida com outro romance da autora, Um Amor para Lady Johanna, porém com rumos distintos.
Duncan e Madelyne forma um casal super fofo e passam por situações divertidas e engraçadas ao conviverem juntos, e foi exatamente esse tipo de proximidade que tornou o relacionamento deles tão adorável.
Madelyne é aquela heroína que fora obrigada a se submeter às loucuras do irmão até ter coragem e determinação para se libertar daquila opressão que sofria, o que prova o quanto ela é resiliente. Algumas de suas atitudes são um tanto questionáveis, mas, de forma geral, ela é uma personagem que se encaixa com os costumes da época ao mesmo tempo em que tem força de vontade para enfrentar o que for necessário, e isso acaba sendo um pouco contraditório pois dá a entender que Madelyne não tem uma personalidade definida, mas ainda assim é possível enxergar o quanto ela é bondosa e consegue encantar quem está a sua volta com seu carisma.
Duncan, de início, aparece como um guerreiro arrogante e desprovido de emoções, mas suas atitudes, sua honra e devoção à Madelyne são inquestionáveis. Ele é aquele tipo de cavalheiro que não mede esforços quando o assunto é a proteção de quem ele ama, assim como seus interesses, e quando ele, enfim, descobre o que é gostar de alguém, é como se ele se tornasse o refém de sua amada.
Conflitos familiares e questões envolvendo tramas da realeza também são abordadas para tornar a história mais movimentada e com arcos de tensão, mas o que mais esperei durante a leitura foi que Loddon, enfim, pagasse por tudo o que fez.
A capa é bonita e remete bem a um romance de época. A diagramação é caprichada, a fonte tem um tamanho agradável e a cada início de capítulo há um ornamento seguido, em sua grande maioria, por uma passagem da bíblia. As páginas são amarelas e não percebi erros de revisão.
Não posso dizer que a história é totalmente original ou esteja livre de clichês, mas a rotina no castelo, os acontecimentos do dia-a-dia da era medieval, e os outros elementos já esperados para o gênero foram representados de forma bastante fiel é é isso o que tornou a história tão especial.
Em suma, Esplendor da Honra é um livro que tráz uma história apaixonante e muito bonita sobre a descoberta do amor por duas pessoas que, aos poucos, percebem que foram feitos um para o outro.