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Por que esta noite é diferente das outras? - Lemony Snicket

19 de setembro de 2016

Título: Por que esta noite é diferente das outras? - Só Perguntas Erradas #4
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2016
Páginas: 288
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O jovem Lemony Snicket começou seu aprendizado em uma organização misteriosa e partiu para Manchado-pelo-mar, uma cidade decadente onde se criavam polvos para a produção de tinta. Sua excêntrica tutora, S. Theodora Markson, foge no meio da noite para pegar o trem rumo à cidade grande. Agora ele precisa investigar por que ela está indo embora sorrateiramente e quem ela precisa encontrar nesse trem. Mas um crime terrível acontece no meio da viagem?
Quem é o culpado?
Quem são os passageiros - bem suspeitos - do trem?
Por que uma parada não programada acontece?
Será que tudo isso faz parte dos planos do vilão Tiro Furado?
Você descobrirá tudo isso no quarto e último volume da série Só Perguntas Erradas. 

Resenha: Depois do roubo da Fera Ressonante, depois de Cleo Knight ter desaparecido, e depois de uma onda de incêndios misteriosos terem acometido Manchado-pelo-mar, o jovem aspirante a detetive, Lemony Snicket, no quarto e último volume da série Só Perguntas Erradas, está de volta para encerrar sua saga cheia de aventuras em companhia de sua tutora S. Theodora para acabar de uma vez por todas com Tiro Furado, aquele vilão inescrupuloso e maligno.

Dessa vez, Lemony segue S. Theodora após tê-la flagrado no meio da noite fugindo sorrateiramente do quarto que compartilhavam, e percebe que todos na cidade estão indo embora de Manchado-pelo-mar, fantasiados e a bordo de uma locomotiva cheia de mistérios. Lemony só precisaria de um plano para descobrir o que está acontecendo, fazendo suas famosas investigações e ainda tentando atrair Tiro Furado para uma armadilha e derrotá-lo de uma vez por todas, mas claro, ele ainda faz as perguntas erradas...

Nos livros anteriores é possível acompanhar um progresso no que diz respeito ao amadurecimento e ao aprendizado de Snicket, assim como na complexidade dos mistérios que ele deve resolver, e neste volume senti que as coisas ficaram um pouco estagnadas e sem maiores emoções.
Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista do protagonista, temos o humor ácido e típico do autor e algumas situações que parecem ser previsíveis de forma proposital, tudo isso mesclado à ingenuidade e a inteligência do protagonista, e posso dizer que essa fórmula é totalmente funcional nessa série. Acompanhar Lemony seguindo sua intuição, que sempre conflita com o que sua tutora pensa, é muito divertido. Snicket pode ser inocente, mas é esperto, inteligente, sarcástico e seu bom humor chega a ser contagiante.

Se comparado aos livros anteriores, talvez para dar foco no desfecho e na descoberta da identidade do vilão, os personagens não foram tão bem desenvolvidos, a interação entre eles foi bastante sucinta e algumas perguntas não tiveram respostas realmente satisfatórias, mas vindo desse autor, não esperava menos e isso não foi um ponto negativo pra mim. O que me incomodou um pouco foi o enredo que parece ter dado voltas desnecessárias para se chegar ao mesmo lugar, como se tivesse mudado o estilo de ser conduzido e ficasse oscilando, e mesmo sendo composto pelos fiéis 13 capítulos, parece ter sido muito mais curto do que os anteriores. O que parece é que os capítulos não se alinham perfeitamente por ter acontecimentos distintos e isolados que fragmentam a trama. Talvez isso tenha alguma relação com as inseguranças de Lemony ao lidar com sua grande investigação final, mas não senti muita conexão com todos os elementos de forma geral. Ao final fiquei com a impressão de que o livro foi feito às pressas mas, ao mesmo tempo, enrolando o máximo possível com informações repetidas ou ireelevantes, e o tempo dedicado a descobrir a identidade de Tiro Furado foi uma forma de prender o leitor à história mesmo que eu já tivesse adivinhado quem era no terceiro volume. Também senti curiosidade por saber um pouco mais dos outros personagens, mas não houve aprofundamento sobre eles.

A capa segue o padrão dos livros anteriores e traz elementos que compõe a história. A parte interna é estampada, os capítulos são iniciados com ilustrações peculiares do ilustrador Seth, que manteve o mesmo estilo de mistério, com personagens nas sombras e Snicket ainda com o rosto oculto por seu quepe. As páginas são amarelas, a fonte é grande e a diagramação de forma geral é uma graça.

Em suma, a série inteira (e o volume extra) é uma ótima pedida para leitores que buscam por uma aventura despretenciosa, engraçada e muito divertida. Snicket é carismático, tem um vocabulário bastante rico e ainda cumpre com seu papel de exímio investigador mirim.


O Lago das Sanguessugas - Lemony Snicket

28 de janeiro de 2016

Título: O Lago das Sanguessugas - Desventuras em Série #3
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2001
Páginas: 192
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva
Sinopse: O misterioso autor das Desventuras em Série não só alcançou a lista de best-sellers infanto-juvenis do New York Times, como conseguiu entrar em todas as outras principais referências de vendagem americanas. Com sua estranha franqueza, na contracapa deste livro ele manda um recado a seus possíveis leitores:

"Caro leitor,
Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles, lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas. Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro. Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar esta história de horrores.

Respeitosamente,
Lemony Snicket"

Resenha: Como o próprio autor já introduziu na sinopse, os irmãos Baudelaire continuam sua saga de desgraças sucessivas. Dessa vez sua guarda legal foi entregue à tia Josephine, a cunhada de uma prima em segundo grau. Uma víuva infinitamente medrosa, que teme tudo ao seu redor e por isso deixa de viver decentemente pra se proteger. A situação das crianças nem de longe se compara à alegria de estar na casa do tio Monty; aqui elas veem seus desejos sendo constantemente negados, mas o que consola é estarem longe do Conde Olaf.
Quer dizer, não por muito tempo. Logo ele se disfarça de Capitão Sham e se aproxima da família com um disfarce muito ridículo: um tapa-olho e uma perna de pau. Claro que ninguém acredita nos irmãos quando, de cara, reconhecem o vilão e o denunciam, e é aí que a coisa esquenta. Uma história que envolve mentiras, bilhetes em códigos, furacão, desabamento de casa, sanguessugas e muito mais.

A história segue o padrão das duas primeiras e pode até parecer um pouco repetitiva, mas Snicket conseguiu me prender nas páginas do livro. Não sei mais o que ele vai aprontar nos próximos nove livros, mas em se tratando de uma série tão aclamada é claro que quero ler e descobrir se no final do 12º eles se dão bem.

O sr. Poe, responsável pela herança dos órfãos, continua um pamonha. Ô agonia desse homem, gente! Não sei se fiquei com mais vontade de socar esse palerma ou a tia, chata que só ela. Além de medrosa, ela é irritantemente fascinada com gramática, corrigindo as falas erradas de todo mundo, inclusive nos momentos mais inconvenientes. Nem eu, que adoro o Português certinho, consegui gostar da mulher.

E o Conde Olaf é aquele vilão que a gente ama odiar, não esconde suas garras e sempre dá um jeito de fugir e voltar com um plano mais mirabolante. Recentemente anunciaram que a Netflix irá produzir uma série dos livros e o cogitado para viver o Conde Olaf é Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother). Como não querer pra ontem?

Vale lembrar que o livro é gostoso de ler não apenas pela história envolvente como pelas ilustrações e por todo o humor. As explicações óbvias - ou nem tanto -, a interação do narrador com o leitor, as traduções das falas de Sunny, a ironia... tudo isso é uma característica da série que vem dando muito certo e são super indicadas pra ajudar as crianças a entenderem o significado de expressões e palavras. E pra adultos também, por que não?
"As boas pessoas que editam este livro estão preocupadas com a possibilidade de que leitores como vocês leiam a minha história dos órfãos Baudelaire e tentem imitar algumas das coisas que eles fazem. Assim, tendo chegado a esta altura da história, e a fim de tranquilizar os editores - isto é, de fazer com que parem de arrancar os cabelos de preocupação -, permitam-me, por favor, dar-lhes um conselho, mesmo sem saber nada sobre vocês. O conselho é o seguinte: se alguma vez vocês precisarem chegar com urgência à Gruta do 'P', não devem em nenhuma circunstância roubar um barco e tentar atravessar o Lago Lacrimoso durante um furacão, porque é muito perigoso e as chances de vocês sobreviverem são praticamente nulas. Não façam isso, sobretudo se vocês, como os órfãos Baudelaire, tiverem apenas uma vaga ideia de como funciona um barco a vela."



13 Incidentes Suspeitos - Lemony Snicket

30 de outubro de 2015

Título: 13 Incidentes Suspeitos - Só Perguntas Erradas #2,5 (livro extra)
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2014
Páginas: 248
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Livro extra e independente da série Só Perguntas Erradas, com 13 contos que estimulam o leitor a desvendar os mistérios antes de ler as soluções no final.
A peculiar cidade de Manchado-pelo-Mar é palco de muitos eventos estranhos e é lá que o jovem Lemony Snicket - famoso solucionador de mistérios - tenta resolver seu primeiro grande caso, relatado em detalhes na série Só Perguntas Erradas.
Mas os mistérios se sucedem, e o detetive mirim agora terá de descobrir por que quadros caem sozinhos das paredes, quem roubaria um tritão amarantino, como é possível que um fantasma passeie pelo cais à meia-noite e quem faz parte da famigerada Gangue do Tijolão, entre vários outros enigmas. Lemony Snicket precisará juntar pistas e interrogar testemunhas para desvendar cada caso.
Os leitores se tornam membros da organização secreta de Snicket e também participam da investigação: o desafio será resolver os casos antes de ler as soluções, reveladas no final do livro.

Resenha: 13 incidentes Suspeitos é um livro extra e independente da série Só Perguntas Erradas escrita pelo autor (e também personagem da história) Lemony Snicket.
Até agora foram três volumes (de quatro) publicados pela Seguinte no Brasil, Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas?Quando Você a Viu Pela Última Vez?Você Não Deveria Estar na Escola?.
O livro foi lançado depois do segundo volume e os casos se passam durante e pouco depois do que ocorre em Quando Você a Viu Pela Última Vez, mas não há ligações entre as histórias.
Não é necessário ler nenhum dos livros da série para entender este visto que os personagens são devidamente (e novamente) apresentados e os mistérios são isolados e fechados por "casos".
É um livro curto e bem divertido com situações misteriosas que convidam o leitor a investigar com Lemony e tirar as próprias conclusões de acordo com as informações obtidas. Ao final de cada caso há a indicação da página com o mistério solucionado.

O cenário é a pequena cidade de Manchado-pelo-Mar, e ela continua sendo pano de fundo de eventos sinistros que Lemony insiste em investigar para solucionar o mistério da vez. Em 13 Incidentes Suspeitos, Lemony fez um arquivo para registrar e organizar pequenos casos a serem solucionados e de antemão alerta o leitor de que as informações são secretas e destinadas apenas aos membros de sua organização, e que nada é da nossa conta.
Lemony Snicket é membro de uma organização secreta com talentos para a investigação. Ele então, investiga ocorrências misteriosas como quadros que caem sozinhos das paredes, sabotagens aparentemente inexplicáveis, pequenos furtos ou o reconhecimento de alguma figura misteriosa que faz de tudo para não se revelar, e ainda tem que aturar sua tutora de cabeleira indomável, S. Theodora Markson (e continue sem querer saber o que o S significa).

Narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Lemony, vamos acompanhando os mistérios que ele tenta desvendar enquanto se mete em enrascadas e aventuras bizarras enquanto é cercado de outros personagens caricatos e muito engraçados que estão alí quase sempre para atrapalhar o andamento de suas investigações.
A escrita do autor é sua marca registrada, com metáforas, sempre cheia de sarcasmo e mostrando pré adolescentes inteligentes e irônicos contra adultos idiotas e incompetentes que ainda se acham donos da razão mas nunca dão uma dentro.

Os mistérios são divertidos e alguns deles são bastante óbvios, afinal, os livros são infanto juvenis, mas no geral são muito bem desenvolvidos e inteligentes, mas acho que o ponto forte são os personagens peculiares e engraçados em conjunto com a narrativa cômica do autor.
Um ponto bem relevante sobre a escrita é que o autor costuma usar palavras difíceis em diálogos ou descrições para em seguida explicar o que ela significa, então ele consegue fazer com que qualquer um, independente da idade, entenda o que ele quer dizer sem deixar de lado sua essência e o vocabulário "rico".


A capa do livro segue o padrão de ilustrações dos demais, com silhuetas misteriosas e expressivas. As páginas são amarelas e de uma gramatura maior, então as páginas são mais grossas do que o normal, a fonte é grande e bem espaçada e a diagramação em geral é muito bem feita, com várias ilustrações. Como de costume, Lemony sempre aparece com o rosto oculto pela sombra de seu chapéu.

O autor pode até fazer um apanhado com as histórias para que elas se entrelacem com as outras da série, com alguns personagens já conhecidos por seus infortúnios e desventuras...

Resumindo, pra quem já é fã da série é leitura obrigatória pois o livro relembra personagens e traz à tona um pouco mais da cidade arruinada e de seus moradores falidos, e pra quem não conhece e quer uma amostra do que irá encontrar, 13 Incidentes Suspeitos é uma ótima pedida pra poder se familiarizar com o estilo de escrita do autor e com os personagens, tendo uma provinha do que esperar. Pra quem gosta de livros bem humorados, rápidos de serem lidos e que coloca o leitor no papel de detetive junto com o protagonista, é leitura mais que recomendada.

A Sala dos Répteis - Lemony Snicket

28 de setembro de 2015

Título: A Sala dos Répteis - Desventuras em Série #2
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2001
Páginas: 184
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso - para que depois ninguém reclame - faz questão de avisar: "Se você esperava encontrar uma história tranqüila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar...". Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arquiinimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em Mau Começo ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire - e aqui as coisas só pioram.

Resenha: Os personagens e o plot já foram apresentados na resenha de Mau Começo, então essa e as próximas vai acabar sendo um pouco menor. Mas vamos lá... Em A Sala dos Répteis, Lemony também "repele" o leitor logo no prefácio, afirmando que "se você esperava encontrar uma história tranquila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. [...] Nada impede que você coloque este livro de volta na estante e procure algo mais leve". Com uma introdução assim, dá vontade de desistir, né? SQN!

Dessa vez os irmãos Baudelaire têm um tantinho de alegria no começo, quando vão morar com o tio Monty. Finalmente Violet, Klaus e Sunny têm a liberdade de fazer o que mais gostam: inventar, ler e morder, respectivamente. Mas, como diz o ditado, alegria de pobre dura pouco, e logo e as desgraças começam.
Esperar é uma das coisas difíceis da vida.
Um velho conhecido nosso dá as caras, pra infelicidade dos órfãos. Novamente, em tão pouco tempo, eles precisam lidar com morte, trapaças, conspirações e mais um monte de coisas "de gente grande". O toque especial fica por conta dos répteis (alguém diz pro Lemony que sapo não é réptil, pelamor! meu corassaum doeu). Pra quem tem medo ou aversão a cobras, lagartos e sapos (!), o livro dá uma certa agonia.

O padrão de escrita, ilustrações e outras coisas que me conquistaram no primeiro volume foi mantido neste (e pelo visto nos próximos também). O humor irônico continua presente, as sacadas inteligentes, a tentativa de tradução das "falas" de Sunny... E as tais explicações, que ao mesmo tempo que me fazem rir ajudam a mostrar quão óbvias as coisas são, mas acabamos ignorando por não pararmos pra analisar.

Nesse livro fiquei ainda mais apaixonada pelas crianças, tão espertas e cativantes. E, numa geração tão tecnológica, ter personagens que adoram ler e usam a inteligência para inventar coisas é uma linha fora da curva, um ótimo exemplo pras crianças. Ainda bem que tenho mais 10 livros na companhia deles. ♥

Mau Começo - Lemony Snicket

27 de setembro de 2015

Título: Mau Começo - Desventuras em Série #1
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infantojuvenil
Ano: 2001
Páginas: 152
Nota: ★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Mau Começo é o primeiro volume de uma série em que Lemony Snicket conta as desventuras dos irmãos Baudelaire. Violet, Klaus e Sunny são encantadores e inteligentes, mas ocupam o primeiro lugar na classificação das pessoas mais infelizes do mundo. De fato, a infelicidade segue os seus passos desde a primeira página, quando eles estão na praia e recebem uma trágica notícia. Esses ímãs que atraem desgraças terão de enfrentar, por exemplo, roupas que pinicam o corpo, um gosmento vilão dominado pela cobiça, um incêndio calamitoso e mingau frio no café da manhã. É por isso que, logo na quarta capa, Snicket avisa ao leitor: "Não há nada que o impeça de fechar o livro imediatamente e sair para uma outra leitura sobre coisas felizes, se é isso que você prefere".

Resenha: Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler) é um autor do qual já ouço falar há tempos, mas só recentemente pude ler algo dele. E, por mais que as capas da série Só Perguntas Erradas encham os meus olhos, queria entender o fascínio de tantos leitores com as Desventuras em Série.

Se você, como eu, também achava o título um tanto pessimista, é porque ainda não abriu o livro pra ler. Aliás, o próprio autor escreveu no prefácio que “não há nada que o impeça de largar o livro imediatamente e sair para outra leitura sobre coisas alegres”. Só aí você já imagina o que vai encontrar, né?
E como primeiro livro é uma introdução, vou apresentá-los aos nossos protagonistas.
VIOLET BAUDELAIRE tem catorze anos e é uma das maiores inventoras do seu tempo. As engrenagens e alavancas de seu cérebro funcionam a todo vapor.
KLAUS BAUDELAIRE, o irmão do meio, usa óculos, o que pode dar a impressão de que seja amante dos livros. Impressão absolutamente correta. Ele emprega todo o seu conhecimento em decifrar os planos do pérfido conde Olaf.
SUNNY BAUDELAIRE, a mais nova dos três, é ainda um bebê. Seus quatro afiados dentes entram em ação na primeira oportunidade.
E este é o arqui-inimigo dos irmãos Baudelaire: o CONDE OLAF. Homem revoltante, gosmento, pérfido, sobre ele é melhor dizer o menos possível.
Agora devidamente apresentados, vamos à história. Como a sinopse adianta, logo no começo as três crianças recebem a triste notícia de se tornaram órfãs. O incêndio não apenas levou seus pais como também destruiu toda a propriedade que eles consideravam um lar. Por isso, foram obrigados a se mudarem, viverem de favor e se submeterem às mais terríveis condições.
Até que aparece o Conde Olaf, parente distante que se dispôs a ficar com as crianças, mas na verdade está interessado na herança. E ele faz jus ao ditado “nada está tão ruim que não possa piorar”. Quando achamos que as coisas estão caminhando pra uma solução, vem uma reviravolta (e outra, e mais outra) que nos faz perceber que desgraça pouca é bobagem.
A primeira opinião que você tem sobre qualquer coisa pode mudar com o tempo. Eu gostaria de poder dizer para vocês que os Baudelaire estavam enganados nas primeiras impressões que tiveram sobre o conde Olaf e sua casa, como muitas vezes acontece. Mas aquelas impressões de que o conde Olaf era uma pessoa horrível e de que sua casa era um chiqueiro deprimente estavam absolutamente corretas.
A leitura é voltada para o público infantojuvenil, mas conquista leitores de todas as idades muito facilmente. Grande parte disso se deve à interação do texto com o leitor, chamando-o para a narrativa. Pra quem gosta, tem ilustrações em cada início de capítulo, adiantando o que está por vir.
Mas o ponto alto pra mim foram as explicações sobre humor, ironia ou palavras/situações não muito comuns, de modo a facilitar a compreensão da criança que está começando a se aventurar no mundo da leitura. E pra nós, que já estamos acostumados, chega a ser engraçado ler coisas tão óbvias explicadas nos mínimos detalhes.
É muito útil quando se é jovem saber a diferença entre "literal" e "figurado". Se alguma coisa acontece no sentido literal, acontece de verdade; se acontece no sentido figurado, dá a impressão de estar acontecendo. Se você está literalmente pulando de alegria, por exemplo, quer dizer que você está dando saltos no ar porque se sente muito feliz. Se você está pulando de alegria figuradamente, o que isso quer dizer é que você se sente tão feliz que poderia pular de alegria, mas está poupando sua energia para outros fins.
Nem sei o que esperar dos próximos 12 livros, se as crianças vão crescendo (tipo Harry Potter), se é tudo realmente em série, sem muito tempo pra respirar, se mantenho a esperança de que lá no final tudo ficará bem... O importante é preparar o coração e encarar tanta desventura pra 3 pitocos de gente.

Você Não Deveria Estar na Escola? - Lemony Snicket

24 de agosto de 2015

Título: Você Não Deveria Estar na Escola? - Só Perguntas Erradas #3
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2015
Páginas: 310
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O jovem Lemony Snicket começou seu aprendizado em uma organização secreta e partiu para Manchado-pelo-mar, uma cidade decadente onde se criavam polvos para a produção de tinta. Lá, ele se envolveu em seu primeiro grande caso, relatado em detalhes na série Só Perguntas Erradas.
 Agora, no terceiro volume, ele precisa investigar incêndios que estão ocorrendo nesse vilarejo cada vez mais envolto em mistério, acompanhado de sua excêntrica tutora, S. Theodora Markson, e de seu grupo de aliados, composto pela jornalista-mirim Moxie Mallahan, pelos irmãos taxistas Juca e Chico, pelo exímio cozinheiro Jake Hix e pela química brilhante Cleo Knight. Quem é o incendiário? Que segredos esconde o Departamento de Educação? Por que tantos estudantes estão em perigo? Será que tudo isso faz parte do plano maligno do vilão foragido Tiro Furado?

Resenha: Você Não Deveria Estar na Escola? é o terceiro volume da série infanto juvenil Só Perguntas Erradas escrita por Lemony Snicket (que também é o protagonista da série) e pulicado no Brasil pela Seguinte.
A série Só Perguntas Erradas começa quando o jovem aspirante a detetive, Lemony Snicket, se torna aprendiz numa organização secreta na cidade de Manchado-pelo-mar, que vivia da tinta dos polvos. Mas o mar sumiu e a cidade foi a falência devido a falta de matéria prima. E quando a estátua da Fera Ressonante foi roubada, as investigações de Lemony começaram enquanto S. Theodora, sua tutora inútil, atrapalha tudo como sempre. No segundo volume a química Cleo Knight, filha dos donos da maior empresa de tinta que existiu no vilarejo, havia desaparecido e Snicket investigou esse sumiço ainda que S. Theodora insistisse que a garota havia fugido com o circo.

Desta vez, uma série de incêndios misteriosos vem atingindo Manchado-pelo-mar e as crianças estão em perigo já que Tiro Furado, o vilão foragido, está a solta. Snicket quer investigar para descobrir quem está por traz dessa história e porquê. Mesmo com a ajuda de Moxie, a jornalista mirim; Juca e Chico, os taxistas malucos; Jake, o cozinheiro cheio de experiência e Cleo, Lemony precisará colocar seu treinamento em prática para impedir os planos do vilão que está mais uma vez rondando o vilarejo, caso contrário um inocente pode acabar pagando por algo que não fez. O mistério não parece ter uma solução e ninguém sabe quais são as reais intenções de Tiro Furado.
Só não pergunte sobre a Sociedade Desumana e nem sobre o interesse deles nas crianças da Academia da Maré... Com certeza são perguntas erradas...

Narrado em primeira pessoa de forma super divertida e espirituosa, a história continua sustentando mistérios antigos, trazendo novos a tona sem que haja nada tão complexo assim a ponto de confundir o leitor, até mesmo pelo fato de os livros serem voltados a um público que, geralmente, procura livros para se divertir.
Um ponto muito legal é que Snicket sempre relembra algum fato importante que ocorreu nos livros anteriores de uma forma direta e bem resumida e isso ajuda o leitor a se situar melhor na história, lembrando quem é quem ou do que a tal situação se trata sem que haja necessidade de folhear os livros para descobrir. Por mais que algumas perguntas erradas tenham sido respondidas, outras surgem, os mistérios dos livros anteriores acabam de fundindo com os novos e resta saber se tudo vai ser mesmo esclarecido no próximo volume. São várias pistas espalhadas no decorrer da história e ao final todas são ligadas de forma mirabolante mas, ainda assim, genial!

Snicket é um personagem que vai amadurecendo a cada livro, aprendendo com as experiências e sem deixar seu jeitinho sarcástico e bem humorado de lado, mostrando que seu destino é ser mesmo alguém que domina a arte de ser detetive.
S. Theodora (continue sem querer saber o que o S significa) e sua cabeleira indomável continua impagável quando o assunto é ser imprestável, além de se mostrar muito mais irritante, pois mesmo sabendo que é a pior investigadora do mundo, ela simplesmente não aceita os argumentos de Snicket só pelo fato de ele ser uma criança, e o que as crianças sabem?
Já havia mencionado sobre essa questão de inversão de papéis das crianças serem espertas enquanto os adultos da história são caricatos e idiotas na resenha que fiz pra um dos livros da série, mas S. Theodora ultrapassa qualquer limite. Acredito que seja ela a maior responsável por alguns momentos engraçados e impossíveis da história, mesmo que a vontade seja socá-la.
Os diálogos são muito dinâmicos e inteligentes e há várias frases de destaque capazes de colocar o leitor pra refletir.

O trabalho gráfico do livro continua mantendo o padrão dos livros anteriores, com ilustrações ótimas onde o rosto de Snicket sempre fica escondido pela sombra de seu quepe dando aquele ar de mistério sobre o garoto.
A fonte é grande e o espaçamento entre o texto também, logo, levando em conta de que se trata de uma história divertida cujo mistério realmente envolve e mantém o leitor preso nele até a última página, é um livro para ser lido numa tacada só.

Há quem considere a série como um prequel para a outra série do autor, Desventuras em Série, devido às menções a personagens e afins. Não que seja necessário ler para entender o que se passa em Só Perguntas Erradas, mas acredito que seja algo que acrescente bastante na hora de se familiarizar com os personagens citados.
Pra quem procura por uma leitura leve, inteligente e super engraçada, leia! Mesmo que seja um livro voltado ao público infanto juvenil vai agradar leitores de todas as idades.

Quando Você a Viu Pela Última Vez? - Lemony Snicket

8 de janeiro de 2014

Lido em: Janeiro de 2014
Título: Quando Você a Viu Pela Última Vez? - Só Perguntas Erradas #2
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2013
Páginas: 270
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Ainda na cidade de Manchado-pelo-mar, o jovem aprendiz Lemony Snicket terá mais um caso para resolver junto com sua tutora, S. Theodora Markson. Desta vez eles foram contratados pelos Knight para encontrar Cleo, a filha desaparecida do casal. A primeira hipótese é a de que ela teria fugido com o circo - mas, ao contrário do que Theodora pensa, não se trata de uma resposta inteligente e adequada para esse mistério, já que Cleo era uma química brilhante (e não uma artista) e com certeza teria deixado um bilhete.
Será que ela havia sido sequestrada? As versões das duas principais testemunhas que viram Cleo no dia de seu desaparecimento são divergentes. Ela foi vista pela última vez no mercado Comidas Incompletas ou no restaurante Faminto’s? E foi embora de táxi ou em seu carro novinho em folha?
Lemony Snicket contará novamente com a ajuda da jornalista-mirim Moxie Mallahan e dos irmãos taxistas Juca e Chico. Mas será que ele desvendará esse mistério? Ou só fará as perguntas erradas mais uma vez?
Resenha: Quando Você a Viu Pela Última Vez? é o segundo volume da série Só Perguntas Erradas lançado pela editora Seguinte em que Lemony Snicket, o autor, continua sendo protagonista de mais um caso a ser resolvido na cidade de Manchado-pelo-mar. Dessa vez, Lemony em companhia de sua tutora S. Theodora (continue sem querer saber o que o S. significa) foram contratados pelos donos da maior empresa de tintas da cidade (que alias já está a beira da falência devido a falta de tinta pois não existe mais mar e consequentemente, não existem mais polvos, de onde a tinta vem), para investigar o desaparecimento da filha, Cleo Knight, uma química muito inteligente envolvida com a fórmula da tinta invisível. S. Theodora acredita que Cleo fugiu com o circo, mas o que alguém que não tem nada a ver com esse mundo iria fazer lá? Algo de errado tem nessa história...
Lemony com suas perguntas erradas, sempre feitas nas horas mais inadequadas, conta com a ajuda de Juca e Chico, os taxistas malucos, e de Moxie, a jornalista mirim, para investigar e tentar desvendar esse caso de desaparecimento muito, muito estranho...

Levando em consideração que me diverti horrores com o primeiro livro, vou ser sincera em afirmar que este segundo, apesar de ter uma narrativa que segue o mesmo padrão e é bem peculiar, não superou tão bem minhas expectativas por não ter prendido minha atenção como eu achei que prenderia.
A trama é bacana e é bem divertido acompanhar Lemony embarcando nessa aventura, que desta vez está bem mais cheia de ação, dando tudo de si e sendo o responsável por juntar todas as pistas enquanto sua tutora incompetente parece nem saber o que está fazendo ali, como se adultos só servissem para atrapalhar mesmo. É como se houvesse uma inversão muito bem bolada onde crianças tomam o papel dos adultos, sendo mais maduras e inteligentes, tendo mais tato para poder lidar com todos os mistérios e problemas que se deparam, enquanto os adultos são todos caricatos e se comportam como malucos.
Talvez por ser mais voltado ao público infantil, tanto pela forma de ser narrado, e até as explicações para palavras "difíceis" que aparecem, fiquei com a impressão de que o foco do livro era descobrir o paradeiro de Cleo, e coisas tão importantes quanto, como prender o vilão, ficaram jogadas para escanteio. Devido aos mistérios que envolvem a cidade, que já surgiram no primeiro livro e continuam sendo mantidas nesse segundo, também acredito que apesar de cada volume trazer um mistério, a série em si guarda algo bem maior, pois a medida que perguntas vão sendo respondidas, outras não são, e outras surgem, o que acrescenta um certo tipo de profundidade um pouco obscura nas histórias que vai além de uma simples trama infantil. A cada livro vamos descobrindo um pouco mais sobre a organização secreta da qual Lemony faz parte e até mais um pouco de sua personalidade, como se fosse um segredo sendo revelado aos poucos.

A diagramação do livro é uma graça! Tem várias ilustrações e todas elas me fizeram observar a fim de saber se poderiam ter algum elemento que servisse como pista e Lemony sempre aparece com um boné que faz sombra nos olhos, dando um ar de mistério sobre ele, como se quisesse esconder alguma coisa. A capa, seguindo o mesmo padrão do primeiro livro além de ser linda ainda já demonstra que o livro tem uma história que se trata de algum mistério.
Quero continuar acompanhando a série pois acredito que há muito sobre a cidade de Manchado-pelo-mar a ser descoberto, assim como sobre Lemony e suas particularidades.

Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas? - Lemony Snicket

19 de abril de 2013

Título: Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas? - Só Perguntas Erradas #1
Autor: Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler)
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2012
Páginas: 240
Nota: ★★★★★
Sinopse: Em uma cidade decadente, onde se criam polvos para a produção de tinta, onde há uma floresta de algas marinhas e onde um dia funcionou uma redação de jornal em um farol, um jovem Lemony Snicket começa o seu aprendizado em uma organização misteriosa. Ele vai atender seu primeiro cliente e tentar solucionar o seu primeiro crime, aos comandos de uma tutora que chama carro de “esportivo” e assina bilhetes secretos. Lá, ele vai cair na árvore errada, vai entrar no portão errado, destruir a biblioteca errada, e encontrar as respostas erradas para as perguntas erradas - que nunca deveriam ter passado pela cabeça dele. Ele escreveu um relato sobre tudo o que se passou, que não deveria ser publicado, em quatro volumes que não deveriam ser lidos. Este é o primeiro deles. 

Resenha: Lemony Snicket em Quem poderia ser a uma hora dessas?, primeiro volume da série composta por quatro livros, Só Perguntas Erradas, é o protagonista de sua própria história, e narra os acontecimentos após ter se tornado aprendiz em uma organização secreta e misteriosa, cuja tutora escolhida por ele, S. Theodora Markson, é a pior entre os mais de 50 tutores disponíveis, com a pior e mais indomável cabeleira já vista na face da Terra. E a ideia de escolher a pior de todos, foi proposital, pois assim, Lemony poderia tratar de seus assuntos particulares em paz.
Snicket e S. Theodora (não pergunte o que o S. significa, é uma pergunta muito errada) acabaram sendo designados para investigarem o roubo da Fera Ressonante, uma estatueta que não foi roubada na cidade a beira-mar e decadente de Manchado-pelo-Mar, que já não está mais a beira-mar. A cidade sobrevivia da renda proveniente da tinta produzida pelos polvos, inclusive o jornal que funcionava no Farol usava a tinta dos polvos em suas impressões, porém, o mar sumiu, escafedeu-se, foi drenado, ou sabe-se lá o quê, acabando com os polvos e com a localização da cidade. E é durante as investigações que Snicket irá se surpreender com as suas descobertas e revelações que eram muito maiores do que imaginava, sempre com seu toque de humor, fazendo suas perguntas inocentes e erradas na hora errada.

A facilidade que o autor tem pra escrever e descrever cenários geniais com tanta originalidade, e sendo narrado em primeira pessoa de forma hilária, ágil, fluída e dinâmica, de um jeito que fica evidente que ele está contando algo proibido, o leitor consegue se aproximar e entender os motivos que levam Snicket a tomar certas atitudes e decisões, ou fazer suas ótimas perguntas, por mais erradas que sejam.
Somos apresentados a personagens interessantíssimos, como os irmãos Juca e Chico taxistas que fazem suas corridas em troca de "dicas" em vez de dinheiro, Próspero Perdido, o dono do hotel da cidade super atencioso, Moxie, a aspirante a jornalista mui misteriosa, dentre outros que são essenciais para o desenrolar da história.
Os capítulos contam com ilustrações que colaboram para que possamos imaginar os cenários e até termos noção de todo o mistério que envolve a trama, onde se destaca sombras e coisas do tipo.
É um livro bastante introdutório, que deixa várias perguntas no ar e um gancho bem bacana para a continuação, mas nem por isso deixa de ser uma ótima pedida.
A diagramação do livro é super caprichada, a capa é aveludada e sua parte interna com ilustrações dos polvos tem tudo a ver com a história, as páginas amareladas e o tamanho da fonte colaboram bastante pra uma leitura rápida e a revisão está impecável.
"Quem poderia ser a uma hora dessas?" é uma história que, por trás de toda a maluquice, tanto de personagens quanto dos cenários, nos mostra que muitas vezes os adultos se acham espertos só por serem adultos, mas mal vêem a verdade diante dos próprios olhos, e que as crianças, por mais inocentes que sejam, são puras e verdadeiras. Nem tudo que parece é, e nem tudo que já foi continuará sendo. Tudo está em constante mudança e ler essas pequenas lições nas entrelinhas em meio a uma narrativa tão bacana, foi divertidíssimo! Super recomendo!