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Catacomb - Madeleine Roux

15 de dezembro de 2016

Título: Catacomb - Asylum #3
Autora: Madeleine Roux
Editora: Plataforma21/V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2016
Páginas: 356
Nota: ★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: O último ano de colégio enfim chegou. Depois de tanto tempo juntos, Dan, Abby e Jordan resolvem fazer uma viagem e o destino escolhido é a casa do tio de Jordan em New Orleans.
Abby está muito ansiosa e entusiasmado para a aventura, pois a viagem irá ajudá-la no projeto fotográfico de locais e monumentos históricos. Mas toda essa euforia diminui quando, no caminho, os três amigos percebem que estão sendo seguidos. E ainda começam a receber mensagens misteriosas, pelo celular de Dan, de um amigo que morreu no último Halloween.
Os três amigos vasculham pistas sobre acontecimentos do passado para obter respostas sobre as tais mensagens, sobre um fotógrafo não identificado e sobre a história familiar de Dan.
Neste incrível episódio da série Asylum, a única esperança que resta é sair vivo desta viagem.

Resenha: Catacomb é o terceiro volume da série Asylum, escrita pela autora Madeleine Roux e publicado no Brasil pelo selo Plataforma21, da V&R.

Depois de escaparem do incêndio no Brookline e de viverem momentos intensos e sombrios, enfim,o último ano de estudos chegou ao fim. Dan, apesar de estar feliz com a companhia dos amigos, não parou de procurar pistas sobre seus pais, mas os documentos que ele conseguiu resgatar antes que o incêndio destruísse tudo, não estão sendo de grande ajuda.
Para comemorar a formatura, o trio aproveita que Jordan está de mudança para Nova Orleans e embarca numa viagem para curtirem juntos, acamparem, e tentarem esquecer todos os traumas passados. Porém, no caminho, Dan recebe uma mensagem estranha em seu celular vinda de um amigo que já havia morrido além de perceberem que estão sendo seguidos e fotografados...
E a medida que o mistério se desenrola, o passado de Dan se desdobra gradualmente e ele terá que lidar com isso outra vez...

Catacomb, se comparado aos livros anteriores, mantém o mesmo ritmo e não tem nada que o torne diferente dos demais. O que não achei "justo" com os leitores foi o fato de que o livro extra "Artista dos Ossos" tem grande influência nesse volume, e fiquei e perguntando porque motivos um livro EXTRA, que só deveria acrescentar informações a título de curiosidade ou pra complementar algo que não faria diferença se soubéssemos ou não, acaba se tornando obrigatório, caso contrário algumas coisas ficarão incompreensíveis, vagas e confusas para o leitor. E isso vale para a própria escrita da autora, que parece ter buracos entre os acontecimentos, tornando algumas coisas bem confusas, enquanto outras são repetitivas e tornam a leitura cansativa.

A questão da história ter Nova Orleans como pano de fundo, apesar de ter uma definição bastante impressionante, me deu a impressão de que a autora só quis aproveitar a cultura famosa e cheia de lendas assustadoras do lugar, mas a trama poderia ter se passado em qualquer outro local que pudesse ter tal atmosfera descrita de forma tão sombria quanto, logo não vi tanta utilidade nesse fato.

O romance... Oh, Lord, o romance... Dan e Abby não tem química nenhuma e o que vai além da amizade entre esses dois não vai pra lugar nenhum. É algo desnecessário, enfadonho, triste, principalmente se levarmos em consideração que um romance adolescente como o deles foge do contexto das investigações, dos mistérios, do que deveria ser assustador, e de tudo o mais.

Apesar de ter alguns pontos não muito favoráveis, o que gostei na trama foi a busca de Dan por informações que o levassem aos seus pais, e como suas descobertas durante o percurso levantaram questões que não só fizesse com que ele acreditasse que criminosos pudessem estar envolvidos no sumiço deles, mas também colaborasse para que as habilidades dele soassem como algo real em vez de alucinações. A autora parece deixar no ar a questão sobrenatural, como sendo um verdadeiro ponto de interrogação para os próprios leitores se perguntarem se é algo que existe ou não na história.

A edição, como sempre, tem um visual super caprichado e é muito bonita. Percebi alguns erros na revisão mas nada que atrapalhasse a experiência com a leitura. Algumas fotos são ótimas, mas outras parecem não fazer muito sentido pois não combinam em nada com o conteúdo do capítulo. É como se tivessem sido escolhidas aleatoriamente numa galeria de fotos esquisitas e jogadas alí para impressionar o leitor, mas acabaram causando o efeito contrário.

Apesar de algumas perguntas levantadas nos livros anteriores serem respondidas e o livro fechar bem a série, algumas situações ficam em aberto (acho que de propósito, mesmo), mas nem por isso levantam aquela curiosidade para que haja mais aprofundamento sobre elas.
A ideia dos livros extras acrescentarem pontos que podem ser considerados peças chave às tramas principais acabam destoando a história, que começa a ter linhas temporais ou outros acontecimentos que parecem não se encaixar perfeitamente (como eu disse, a escrita parece incompleta) deixando algumas coisas fora do lugar e sem sentido.
De forma geral, eu gostei do desfecho, mesmo que a autora não tenha se preocupado em informar que fim teve a vida de cada um dos amigos. O que foi informado foi suficiente (e talvez eu não tenha me interessado por não ter me efeiçoado a ninguém) e fica a critério do leitor formar a própria opinião sobre o que ele acha que aconteceu.

Asylum não é de todo ruim, é uma série até divertida, mas acredito que funcionaria melhor para o público mais jovem pois não pode ser considerada realmente assustadora. Há suspense leve, fotos sinistras que podem causar algum impacto, mas continua sendo bastante infantil, seja devido ao comportamento dos personagens ou pela forma como a história é conduzida, muitas vezes de forma muito conveniente para forçar o enredo a continuar fluindo, mesmo que na marra.


Sanctum - Madeleine Roux

27 de novembro de 2016

Título: Sanctum - Asylum #2
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2015
Páginas: 384
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Visões. Vozes. As lembranças do verão passado, vividas no alojamento Brookline do New Hampshire College, são as mais aterrorizantes da vida de Dan, Abby e Jordan. Uma experiência traumática que eles querem esquecer. Porém, seguir em frente não será uma opção. Alguém quer manter vivo aquele terror. Os três jovens estão recebendo cartas anônimas com palavras enigmáticas e fotos de um antigo parque de diversões. Para dar fim nesse pesadelo, eles irão se disfarçar de candidatos e voltar por um fim de semana ao campus do NHC. E, ao chegar lá, eles vão descobrir que aquele parque das fotos não só é real como também voltou a funcionar. Agora, a cada pista que tentam desvendar, Dan e seus amigos descobrirão segredos ainda mais sombrios do que haviam imaginado. Além de correrem muito mais perigo. Para se salvar, eles não poderão perder o controle.

Resenha: Sanctum é o segundo volume da série Asylum escrita pela autora Madeleine Roux.
Em Asylum, primeiro livro, a autora introduz o leitor num universo sombrio e cheio de suspense ambientado num antigo manicômio transformado em colégio e os jovens Dan, Abby e Jordan, começam a investigar sobre os mistérios do lugar. Mas Dan começa a ter pesadelos e ser atormentado com o progresso das investigações e com base nessa premissa o enredo vai se desenrolando.

Desta vez, algum tempo já se passou desde os acontecimentos iniciais da série, mas Dan não deixou de ter pesadelos e ainda pensa em tentar desvendar todos os mistérios que cercam o alojamento Brookline do New Hampshire College, mesmo que eles o tenham aterrorizado.
Dan, Abby e Jordan querem esquecer os maus bocados que passaram mas quando eles começam a receber cartas com textos e fotos misteriosas percebem que o que foi iniciado não chegou ao fim.
Eles bolam um plano e decidem se disfarçarem de alunos a fim de conseguirem uma vaga na Universidade New Hampshire College, mas, obviamente, as coisas não são tão simples como eles gostariam... Conhecer um pouco da história do lugar não é garantia de segurança, e ter pistas do que está por vir não é indício de que vão resolver coisa alguma.
Momentos aterrorizantes repletos de perigos os aguardam, e numa trama onde o que é real se mistura com o imaginário, o trio não pode perder o controle, caso contrário serão tomados pela loucura...

Eu havia considerado o primeiro livro mediano devido a construção infantil e rasa dos personagens, mas neste volume houve um pouco mais de amadurecimento. O rumo que a história toma também é mais surpreendente e envolve questões que o leitor se vê ansiando por respostas, mas além de várias coisas serem apresentadas de forma super conveniente e quase inacreditável, e o romance entre Dan e Abby ter ido parar no limbo sem motivo aparente, senti falta de maiores detalhes sobre os acontecimentos e sobre o próprio cenário. Acredito que em outros gêneros seja possível manter um ritmo linear sem muito aprofundamento e indo direto ao ponto, mas numa história que envolve tantas questões e elementos ligados ao psicológico e seus mistérios, principalmente quando esperando por coisas aterrorizantes, eu sinto falta de maiores descrições e explicações, e a escrita ser fluída, leve e divertida nem sempre compensa quando há esse contraste.

Talvez ter lido os livros extras, que acrescentam pontos importantes à história e foram realmente interessantes de se acompanhar, tenha me deixado mais animada pra continuar a leitura da série e digo que valeu a pena mesmo que tenha sido previsível e ter um desfecho feito às pressas, só não me surpreendi como pensei. Scarlets, o livro 1.5, foi um conto que cumpriu seu papel ao anteceder e preparar o leitor para Sanctum e, mesmo que não seja obrigatório, ao final da leitura penso que se eu não tivesse lido talvez ficasse com a sensaçao de que perdi alguma coisa relevante.

O ritmo inicial é lento até que as coisas comecem a acontecer de verdade, mas apesar dos pontos que mencionei acima, num contexto geral, a história é interessante e me prendeu mais do que o primeiro livro. A introdução de novos personagens, alguns deles já apresentado no livro extra, e a participação dos Scarlets, dão um tom ainda mais sombrio à trama e elevaram o nível da história, mas ela não é de terror, mas sim um suspense mais leve.

O trabalho gráfico, como sempre, é de se admirar. A V&R arrasa em capas e diagramações e com Sanctum não foi diferente. O livro tem detalhes coloridos, imagens estranhas com intuito de causar desconforto e combina bem com os demais da série.

Pra quem procura por uma leitura de suspense juvenil que apresenta uma trama interessante com elementos místicos e sobrenaturais, pode apostar na série.

Scarlets - Madeleine Roux

13 de agosto de 2016

Título: Scarlets - Asylum #1,5
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2015
Páginas: 104
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Os mistérios que rondavam o alojamento Brookline estão longe de chegar a uma conclusão. Neste episódio da série Asylum, Cal Erickson vai ser obrigado a integrar um grupo secreto, os Scarlets, mas essa decisão mudará toda a sua vida e vai cobrar seu preço. Scarlets é uma peça chave para que os fãs da saga se preparem para a leitura de Sanctum, segundo volume da série.

Resenha: Scarlets é um conto extra da trilogia Asylum, escrita por Madeleine Roux e publicado pela V&R no Brasil.
Cal Erickson é filho do Reitor da New Hampshire College e sua vida não anda muito legal... Seus pais são separados e ele não tem uma relação muito boa com o pai, com quem vive. Ele ainda anda bebendo mais do que deveria e seu comportamento acaba não superando as expectativas do pai, que vê o filho com desgosto.

Depois de ter sido pego dormindo em aula desfrutando de uma bela ressaca, seu pai decide castigá-lo o obrigando a participar de um grupo de estudos supervisionado pela professora Reyes. A tarefa do grupo seria catalogar toda a tranqueira encontrada num porão assustador em Brookline, um prédio antigo que costumava ser um manicômio destinado aos piores assassinos, mas nem tudo poderia ser tão chato quanto parece, ou pelo menos foi o que Cal pensou ao encontrar Devon quando se juntou ao grupo. Devon é um garoto por quem sempre foi atraído por ser bonito e sexy, mas os devaneios de Cal acabam sendo interrompidos quando ele enfrenta uma experiência terrível e assustadora no dito porão. Existem muitas coisas estranhas em Brookline, algumas inclusive relacionadas ao seu próprio pai, mas quando ele descobre os Scarlets, um grupo secreto, Brookline nunca mais será visto como antes...

O livro é narrado em terceira pessoa e por ser um episódio curto da série, não espere uma história completa com um ciclo fechado... Scarlets funciona mais como um gancho para introduzir o leitor ao segundo volume da série, Sanctum, então muitas perguntas ficarão no ar e o final totalmente em aberto sem nada resolvido, o que, pra mim, já era esperado. A ambientação e os detalhes que a autora deu para desenvolver a história são muito bem construídos e a história tem um ritmo tenso e que prende o leitor.
A relação de pai e filho é bastante conturbada e chega a ser possível refletir sobre os dois... Roger não se cansa de implicar com o filho, sempre desejando que ele mudasse por completo, principalmente por ele ser gay, e talvez o reflexo disso seja Cal ser cada vez mais e mais rebelde. Tem coisa mais decepcionante do que não ser aceito pelo próprio pai?

O projeto gráfico do livro, como sempre, é um arraso. A V&R é uma das poucas editoras que mais capricham em capas e diagramação, e com Scarlets não foi diferente. A capa com um crânio entre rosas é sombria e sugestiva, os capítulos são numerados e sempre se iniciam com capitular em vermelho. O número da página fica posicionado entre adornos em vermelho e isso dá um charme todo especial ao livro. As páginas são amarelas e a fonte tem um tamanho agradável, além de ser a mesma usada nos livros de toda a série.

Enfim, não tem como dar mais detalhes sobre a história sem soltar spoilers, mas posso dizer que Scarlets cumpre seu papel, principalmente no quesito "atiçar a curiosidade" e fazer com que fiquemos ansiosos pelo que vem a seguir. Pra quem gosta da série, é leitura mais do que indicada.

Artista dos Ossos - Madeleine Roux

12 de abril de 2016

Título: Artista dos Ossos - Asylum #2,5
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Suspense/Juvenil
Ano: 2016
Páginas: 112
Nota: ★★★★☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Oliver é um adolescente que tenta economizar dinheiro para ingressar na faculdade e deixar para trás a loja de antiguidades de sua família. Mas para garantir seu sonho ele começa a trabalhar para uma organização sinistra, que se denomina “Artistas de Ossos”. Bem, mas dinheiro é dinheiro. Abrindo sepulturas e roubando ossos, ele aceita a missão pensando que isso seria uma fase momentânea, mas descobre que abandonar essa empreitada pode ter um custo muito alto, pois existem algumas dívidas que não podem ser pagas. Assim Artistas dos Ossos é um puzzle importante que faltava para os fãs da série Asylum.
Resenha: Artistas dos Ossos é o segundo conto/episódio que faz parte da série Asylum, escrita pela autora americana Madeleine Roux. Asylum (#1), Scarlets (#1,5), Sanctum (#2) e Artista dos Ossos (#2,5) são os livros da série que já foram lançados até o momento pela V&R Editoras no Brasil enquanto aguardamos o lançamento do terceiro volume, Catacomb (#3).

A história se passa na "cidade-fantasma" de New Orleans, Louisiana, alguns anos depois de ter sido atingida pelo furacão Katrina. Oliver é um adolescente de dezessete anos que está prestes a deixar tudo pra trás para ingressar à faculdade em outro estado. Até então, ele passa o tempo trabalhando com o seu pai na loja de antiguidades da família que ele tanto odeia e imaginando como seria ótimo poder, um dia, ir morar no Canadá e ter a prórpia oficina e quem sabe Sabrina, sua namorada poderia lhe acompanhar. Oliver, incentivado por Micah, seu melhor amigo, começa a trabalhar para uma organização misteriosa e sinistra denominada "Artista dos Ossos", pensando que o dinheiro viria a calhar para quando estivesse longe de casa. O trabalho ilícito, mas bem lucrativo, seria temporário, e consistia em invadir o cemitério para violar túmulos e roubar alguns objetos de valor. Porém, o serviço começou a ficar mais sinistro quando Briony, uma das integrantes do grupo, passou a pedir que ossos fossem roubados dos cadáveres, e isso deixou o garoto bastante incomodado e estressado com a possibilidade de se meter em problemas com a polícia, o que fez com que ele quisesse desistir. Dinheiro nenhum pagaria por sua tranquilidade... Mas, uma vez envolvido com os Artistas, desistir não parece ser uma opção, principalmente quando, coincidentemente, as pessoas começam a morrer...

Narrado em terceira pessoa, Artista dos Ossos tem um ritmo constante e fluído que consegue prender o leitor à história e aos seus elementos. Este em particular foge de cenários que envolvem colégios e sanatórios sombrios como os outros livros da série, mas nem por isso ele se perde quando o assunto é suspense.
Os capítulos são bem curtinhos e as mudanças de cena constantes colaboram para a fluidez da história. Sempre está acontecendo alguma coisa, os personagens sempre estão indo e vindo e a história nunca fica estagnada numa única situação ou lugar.
O cenário de New Orleans não poderia ser mais adequado para a história levando em consideração toda a fama da cidade por suas lendas que envolvem assombrações e outros elementos sobrenaturais, mesmo que este não seja o foco da trama. Essa atmosfera úmida e assustadora dá um clima ainda maior de terror fazendo com que a leitura fique mais tensa sem deixar aquela sensação de peso. As descrições bastante detalhadas sobre uma cidade que ainda se recupera de um desastre natural colaboram para imaginarmos rangidos e coisas que ainda estão fora do lugar ou nunca mais voltarão a ser o que eram. Até o turismo, que foi extremamente prejudicado, e os comerciantes que estão se reerguendo com o movimento que voltou a surgir aos poucos evidenciam a questão da dificuldade financeira dos moradores, que ficaram sem dinheiro pra repararem os danos das próprias casas, e acabam sendo fatores que servem de impulso para Oliver aceitar o trabalho noturno junto com Micah, já que eles ganhariam alguns milhares de dólares extras pelo serviço.

Oliver é um personagem determinado em seus objetivos, mas que acaba se submetendo as vontades de Micah quando percebe que poderá ter algumas vantagens se fizer o que o amigo diz. É o típico garoto que está cansado da mesmice e da rotina de sua vida e quer expandir seus horizontes em busca de sua independência, mas se preocupa com o que é certo e errado e sempre procura agir com cautela.
Micah é o contrário. Eu gostaria, inclusive, de saber um pouco mais sobre o passado dele pra descobrir o que o levou a ter um comportamento tão eloquente e sistemático. Ele é apresentado como um garoto-problema e sem família, que sempre faz o trabalho sujo e se safa das encrencas que se mete por conseguir se adaptar perfeitamente a qualquer tipo de situação e ser totalmente imprevisível, mas isso foi até agora...
Os demais personagens aparecem de forma bem superficial, mas a forma como se comportam ou o que lhes acontece são importantes para o desenrolar da trama, até mesmo porque o livro é um conto curto, então acredito que se eles, assim como Oliver e Micah, aparecerem no próximo volume serão mais aprofundados e saberemos do que se trata caso haja alguma menção a alguém.

O trabalho gráfico do livro é muito caprichado e bonito, assim como os livros anteriores. Há detalhes impressos em amarelo, como os ornamentos que envolvem a numeração das páginas ou a letra capitular que inicia os capítulos. A capa é sombria e o rosto esculpido em pedra tem tudo a ver com a história e o cenário. A revisão está excelente e não encontrei erros durante a leitura.

O final não é exatamente o fim, já que, além de instigar nossa curiosidade sobre o que os garotos vão fazer depois do que houve na cidade, ele conduz o leitor ao próximo volume, Catacomb, onde o trio de protagonistas Dan, Abby e Jordan estarão de volta numa visita a cidade de New Orleans, mas me arrisco a dizer que, por Artista de Ossos ser um episódio independente, a leitura dele não é essencial ou obrigatória para o entendimento dos demais livros principais, embora acrescente um pouco mais à série dando uma visão mais ampla do universo criado pela autora, que possivelmente irá introduzir personagens dos quais já vamos ter um conhecimento prévio devido a leitura dessa história.
Pra quem já gosta da série ou quer apenas conhecer um pouco mais do universo de Asylum, é leitura mais do que indicada.

Asylum - Madeleine Roux

21 de março de 2015

Título: Asylum - Asylum #1
Autora: Madeleine Roux
Editora: V&R
Gênero: Juvenil/Suspense
Ano: 2014
Páginas: 330
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Para Dan Crawford, 16 anos, o New Hampshire College Prep é mais do que um programa de verão – é uma tábua de salvação. Um pária em sua escola, Dan está animado para finalmente fazer alguns amigos em seu último verão antes da faculdade. Mas, quando ele chega no programa, Dan descobre que seu dormitório para o verão costumava ser um sanatório, mais comumente conhecido como um asilo. E não apenas qualquer asilo — um último recurso para criminosos insanos. À medida que Dan e seus novos amigos, Abby e Jordan, exploram os recantos escondidos de sua casa de verão assustadora, eles logo descobrem que não é coincidência que os três acabaram ali. Porque o asilo é a chave para um passado terrível. E existem alguns segredos que se recusam a ficar enterrados.

Resenha: Asylum é o primeiro volume da série de mesmo nome escrita pela autora Madeleine Roux e publicado no Brasil pela V&R.
Daniel Crawford é um adolescente de 16 anos, que está se preparando para iniciar seu curso preparatório para ingressar na faculdade, e a história começa com sua chegada ao New Hampshire College.
Lá, Dan conhece Abby, por quem se apaixona, e Jordan, seu colega de quarto, mas ao descobrirem que o dormitório onde iriam ficar teria sido um manicômio que abrigava criminosos insanos e perversos, o Brooklyne, os garotos resolvem explorar o local bastante sombrio e acabam percebendo que há muito mais por trás daquela história do que se imagina.

Em primeiro lugar: O que é essa capa? Sombria, perturbadora e ainda assim maravilhosa! O livro possui várias fotografias de manicômios reais e ilustrações espalhadas pelos capítulos. As páginas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável, os capítulos são curtos e não encontrei erros de revisão. A V&R, como sempre, capricha na diagramação fazendo um ótimo trabalho visual com cada detalhe inserido na obra.

A leitura pode ser feita em questão de horas, pois há páginas para a indicação do capítulo e para as fotografias que ilustram a história.
Narrado em terceira pessoa, a leitura é fluída e muito fácil, a construção do cenário e do suspense foi bastante satisfatória, mas os personagens deixaram a desejar. Eles são imaturos, seus diálogos são sempre rasos e a ideia de que três pessoas que acabaram de se conhecer possam ser tão amigos e se conhecerem tão bem de forma imediata me soou um tanto estranho e forçado, o que acaba tornando a história muito mais infantil do que parece. A amizade deles não me convenceu, ela é avançada demais pra tão pouco tempo de convivência, e o romance que surgiu alí foi totalmente dispensável visto que, além de instantâneo, não é coerente com personagens tão infantis e sem a menor profundidade.

Dan parece ter sido criado para ser o inteligente do trio, mas se comporta como um menino de 12 anos totalmente nonsense e oco. Assim como ele, Abby e Jordan também são muito inconsistentes e não mantém o foco de quem aparentaram ser quando foram apresentados. Abby faz o estilo irresistível que mexe com a cabeça de Dan em pleno sanatório, enquanto Jordan é o colega de quarto mandão e gay. E fiquei me perguntando qual o motivo de Jordan ser gay, visto que isso não acrescentou em nada.
A premissa é muito boa, não vou negar, pois Dan começa a investigar sobre a história do manicômio, sobre os pacientes insanos e porquê a cidade queria que ele fosse destruído, e a medida que as informações vêm a tona, Dan passa a ter pesadelos, recebe bilhetes perturbadores sem saber de quem veio e se sente observado e perseguido. Algumas mortes ocorrem e Dan se encontra em apuros, complicando a si mesmo e a sua própria sanidade. Em cima disso a história se desenrola e se o foco tivesse sido mantido nessa linha teria sido muito mais proveitoso. Mas não foi o que aconteceu pois os personagens acabaram me desviando a atenção agindo feito idiotas.

Ao final fiquei com a impressão de que a autora quis criar uma história, aproveitando ideias de outras mas adaptando à própria, usando um manicômio como pano de fundo para criar uma atmosfera aterrorizante (e clichê), mas, apesar de o enredo ser muito bom, não conseguiu atingir o objetivo com muito sucesso devido aos protagonistas. Em momento algum fiquei incomodada com o impacto que as fotos deveriam causar. Posso afirmar que a história como um todo é chamativa, muito boa e tem seus mistérios que realmente envolvem o leitor, mas a construção dos personagens foi um ponto falho que, ao meu ver, colaborou para que eu me sentisse incomodada e não aproveitasse a leitura tanto quando imaginei.

O fim deixa um gancho para o segundo livro, Sanctum (ainda não publicado), pois um dos mistérios não foi totalmente resolvido. Pretendo continuar lendo a série, mas gostaria imensamente que os personagens crescessem um pouco mais e agissem de acordo, pois o comportamento deles não condiz com a realidade na qual se encontram.
Pra quem gosta de um suspense beeem juvenil e tem curiosidade por histórias que envolvem manicômios sinistros, é uma boa pedida.
A loucura é algo relativo. Depende muito do lado da grade em que a pessoa está.