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Você Se Lembra de Mim? - Megan Maxwell

21 de dezembro de 2016

Título: Você Se Lembra de Mim?
Autora: Megan Maxwell
Editora: Essência/Planeta
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 496
Nota:★★★★★
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Alana é uma mulher independente que não acredita no amor e tem na profissão sua única razão de viver. Jornalista freelancer, é enviada a Nova York para escrever uma reportagem sobre a metrópole, onde conhece o atraente Joel Parker. Quando ela descobre que aquele homem bonito e sedutor que tem lhe feito companhia nos últimos dias é um militar, como seu pai uma lembrança que ainda a assombra , a jornalista desaparece sem deixar vestígios. Apesar de resoluta em sua vontade de se afastar do capitão da Marinha americana para não repetir a história de sofrimento de sua mãe, ela não conseguirá aplacar o desejo de seu coração por Parker. Quem vencerá essa disputa entre razão e emoção? O passado de sua mãe irá assombrá-la ainda mais ou irá ajudá-la a esclarecer muitas questões mal resolvidas?
Resenha: Você se Lembra de Mim?, romance escrito pela autora espanhola Megan Maxwell e publicado no Brasil pelo selo Essência da Editora Planeta de Livros.
Há trinta e cinco anos, Carmen saiu da Espanha e foi para a Alemanha para trabalhar. Lá, ela se apaixonou por Teddy, um militar americano que proporcionou a ela um romance lindo e intenso, mas ele foi convocado para a guerra do Vietnã e, desde então, Carmen nunca mais o viu, nem recebeu uma carta com notícias, nada.
Passados todos esses anos, entra em cena Alana, a filha desse casal, uma jornalista freelancer e workaholic que só encontra razão para viver na profissão que escolheu. Ela é independente e não acredita no amor depois ter crescido vendo o quanto sua mãe sofreu por ter ficado sozinha.
Porém, quando Alana viaja para Nova York a trabalho, ela conhece Joel, o homem dos sonhos de qualquer mulher, do tipo "que abaixa a tampa do vaso". E considerando a história de vida de sua mãe, Alana viu que um relacionamento com Joel jamais poderia fazer parte de seus planos. Ele é um fuzileiro naval e se envolver com um militar, assim como seu pai foi, era tudo o que ela não queria para sua vida, logo, ela só quer distância dele. Mas Joel está encantado por Alana e seu jeito de ser, e ele está determinado a ficar com ela, custe o que custar, resta a ela ceder e assumir que também está apaixonada...

O livro superou minhas expectativas, não só pelo romance em si, mas, por ter conseguido evidenciar de forma tão realista o quão difícil é para uma mulher se assumir como mãe solteira  (mesmo que ela estivesse esperando pelo noivo que partiu para lutar na guerra sem saber quando, e se, ele voltaria), numa época marcada por ser tão rigorosamente tradicional. Carmen só se importa com o fato de fazer a filha feliz, nem que pra isso tenha precisado enfrentar a sociedade e suas "regras". Ela também se orgulha por ter vivido um amor forte, intenso e bonito, do qual Alana é fruto.

O livro é dividido em duas partes e a primeira, que se passa nos anos sessenta, é destinada a contar a história de amor mais linda que foi a de Carmen. Ela é uma mulher de fibra e muito guerreira, e acredito que não poderia ser muito diferente, visto que a autora se inspirou na história de sua própria mãe para escrever a obra. Tem coisa mais fofa?
E isso sem contar com o fato de que ainda temos um vislumbre do que foi a imigração, das jovens que saíram de seus lares rumo a Alemanha, que na época era uma das maiores potências industriais do mundo, em busca de oportunidades de trabalho.

Na outra parte temos Alana, que apesar de ter algumas semelhanças com sua mãe, também é uma personagem muito boa e que rende muitas risadas, mas por ser impulsiva demais, acaba tomando decisões que, por vezes, demonstram o quanto ela ainda é imatura e precisa rever seus conceitos.
Sua história é envolvente e bastante divertida, mas não me arrancou todos os suspiros como aconteceu ao acompanhar Carmen e Teddy.

Eu gostei muito da história, da forma como Alana estava "fadada" a um destino parecido com o de sua mãe, como ela quis fugir disso inicialmente e como ela e seu "Capitão América" resolveram esse problema. E é essa "jornada" em busca do felizes para sempre, cheio de confusões e momentos super divertidos é o que se desenvolve na trama, de um jeito super legal e gostoso de se acompanhar.

A capa é bem bonitinha e combina com a história. Os capítulos são numerado com um pequeno ornamento para enfeitar, os capítulos são curtos, mas o que me incomodou foram as notas de rodapé sobre as músicas que são mencionadas, quem as interpreta, de que gravadora são e etc. Até então eu nunca havia visto esses tipos de dados em outros livros que mencionam músicas (pra mim bastava dar os créditos ao artista). Sempre acho que notas de rodapé, quando não estão alí para dar significado a alguma palavra de origem desconhecida ou que não seja alguma nota do tradutor que realmente seja relevante, são uma enorme distração em meio a leitura e detesto isso. Então, fui lendo e ignorando essas informações lindamente.
Ao final podemos espiar algumas fotos reais e que tornam o livro ainda mais especial e memorável.

No mais, Você se Lembra de Mim? é um romance super fofo, leve, que faz rir, arranca suspiros, emociona e arranca algumas lagriminhas se bobear. Super recomendo!

Desejo Concedido - Megan Maxwell

19 de dezembro de 2016

Título: Desejo Concedido - Guerreiras #1
Autora: Megan Maxwell
Editora: Essência/Planeta de Livros
Gênero: Romance
Ano: 2016
Páginas: 464
Nota:★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Na Inglaterra do século XIV, após a morte dos pais, a jovem lady Megan Phillips, de vinte anos, segue uma vida tranquila, focada na educação e na criação de seus dois irmãos mais novos. Para fugir de um casamento arranjado por sua tia, Megan e a irmã, Shelma, vão para o castelo de Dunstaffnage, na Escócia, onde vive seu avô Angus de Atholl, do clã McDougall. Anos depois, durante o casamento de um de seus primos, Megan – uma mulher aguerrida, pronta a empunhar uma espada pra defender sua família e que não se dobra por nada e nem por ninguém –, conhece o temido guerreiro de olhos verdes Duncan McRae – um homem acostumado a liderar exércitos, mas que nunca esteve preparado para enfrentar o gênio forte de uma mulher. O destino trama contra (ou a favor de) Megan, que, contra a sua vontade, acaba se casando com Duncan. Conseguirão os dois se entender e seguir a vida como um casal feliz? Ou viverão às turras, como se estivessem num campo de batalha?

Resenha: Desejo Concedido, o primeiro volume da trilogia Guerreiras, nome dado às fãs da autora ao redor do mundo, narra a história de Megan e Shelma, duas irmãs que vivem na Escócia do século XVIII. As duas, que são órfãs de pais e vivem com tios carrascos que apenas querem casá-las com quaisquer brutamontes para herdar suas terras, se veem obrigadas a fugirem para terras distantes com a ajuda de um amigo. Em novo território, vivendo de modo diferente, as duas irmãs embarcam em aventuras com muitos conflitos, e claro, romances com guerreiros escoceses.

A premissa do primeiro volume de Guerreiras é muito boa: ambientar um romance de época num cenário que envolve guerreiros e duas protagonistas que lutam e defendem seus ideias.  Geralmente, o gênero sempre traz vestidos pomposos, bailes e aquele clima "donzela e cavaleiro". Megan Maxwell foi na contra-mão disso e esse é um ponto interessante a se levar em consideração, o que torna a sinopse do livro atrativa. Porém, exceto isso, Desejo Concedido peca em diversos pontos, que vão apagando levemente o potencial da história.

A narrativa é feita em terceira pessoa, o que em determinadas situações contribui muito para o desenvolvimento da trama. O que acontece na maior parte, infelizmente, é um atropelamento de acontecimentos. A estruturação se dá de um modo que, em apenas duas páginas a autora narre acontecimentos paralelos demais, sobrepondo um ao outro. Se em determinado parágrafo os personagens estão numa taberna, num outro o dia já amanheceu e a situação é completamente diferente. Narração dinâmica é diferente disso. O autor pode, sim, transcorrer a história rapidamente sem transformar tudo numa confusão.

O comportamento de homens de forma dominadora é muito presente numa trama de época, tendo em vista que nos séculos passados a figura masculina é muito predominante. O leitor que embarca em romances do gênero deve estar ciente e aberto a isso, mas certas atitudes vindas de um homem podem - e devem - ter limites. Duncan, o par romântico de Megan, está sempre a tratando como uma propriedade, mas fora isso a imaturidade leva a situações chatas de ciúmes e desentendimentos que, previsivelmente, levam ao clímax de tudo. Só que o sexo não sustenta uma trama sozinho. Quando não estão atracados na cama, o casal é mais mimado do que o aceitável. Em vez de acompanhar um par romântico de uma época medieval, Duncan e Megan transparecem um imagem muito atual, com dilemas bobos que tornam o enredo incoerente.

O que há de atrativo na história de Megan e Shelma - mesmo que não sendo suficiente para cobrir tudo que é fraco na trama - é a ambientação e os fatos históricos que estão inseridos ali. A Guerra da Independência da Escócia foi um grande marco no século XIII e é uma porta interessante para se aprofundar mais no assunto. As irmãs, meio inglesas e meio escocesas, são fortes e independentes, o que funciona bem no que acontece ali. Elas lutam e usam espadas, o que é completamente inesperado para "mocinhas".

Desejo Concedido tem uma premissa muito boa para um desenvolvimento mediano. As protagonistas têm muitas qualidades e conseguem salvar um pouco a história. Porém, é nítido que guerreiros bonitões e cenas de sexo quente não são fatores que tornam um livro bom. Faltou uma narrativa melhor e uma estruturação bem colocada, que proporcionasse um desenvolvimento digno para o bom enredo que a autora tinha em mãos.

Pela Lente do Amor - Megan Maxwell

15 de junho de 2016

Título: Pela Lente do Amor
Autora: Megan Maxwell
Editora: Essência/Planeta de Livros
Gênero: Romance
Ano: 2014
Páginas: 432
Nota: ★★★★☆
Onde comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Britânica, rica e radicada em Madri, a fotógrafa Ana Elizabeth é apaixonada pela vida e pelo seu trabalo. E é uma paixão instantânea, como os seus retratos, que a aproxima do bombeiro Rodrigo, quando ela, sem querer, fotografa o sarado profissional durante um princípio de incêndio no prédio onde ela mantém seu estúdio.
Fascinada pelo herói urbano, com quem logo se identifica, Ana resolve investir nessa divertida e despretensiosa relação, mesmo estando grávida de outro homem.
Mas, afinal, o que o destino reserva para essas duas pessoas tão iguais e, ao mesmo tempo, tão diferentes? Só a amizade, considerando que nem Ana e nem Rodrigo sonham com um final feliz à frente de um altar? Podem um homem e uma mulher serem apenas amigos?

Resenha: Quando a gente vê uma capa bonita só pode supor que o livro é tudo de bom, né?
Pela Lente do amor, escrito pela autora espanhola Megan Maxwell e publicado pelo selo Essência da Planeta de Livros é um romance que apresenta a história de Ana Elizabeth, uma mulher que nasceu em berço de ouro mas por se sentir meio deslocada em meio a tanto luxo sonhava em ser alguém bem diferente daquilo que seus pais desejavam. Após um rompimento repentino de seu relacionamento com alguém de quem ela não gostava nem um pouco, para desgosto da família, Ana decide dar uma guinada em sua vida e junto com Nekane, sua amiga, se muda para Madri para abrir o próprio estúdio de fotografia.
O que ela não esperava era seu prédio ser evacuado após um princípio de incêndio e nesse cenário maluco conhecer Rodrigo, o capitão do batalhão - lindo e muito mulherengo - que, com toda a sua beleza e gostosura, fez com que Ana se apaixonasse a primeira vista por ele. Mas Rodrigo não queria saber de nada, deixa Ana na friendzone e inclusive a empurra pra um turista que estava na balada para escapar de suas leves investidas. Apesar disso, as coisas estavam teoricamente indo bem, obrigada, mas algo tem que aparecer pra fazer com que tudo saia dos eixos e vire uma bagunça total: Ana descobre estar grávida de Orson, o turista com quem Ana passou uma noite. Com uma família aristocrata, tradicional e inquisidora, Ana resolve contar que Rodrigo, seu"namorado", é o pai da criança acreditando que isso iria amnizar sua situação, e a partir dessa premissa a história se desenrola girando sobre a farsa e as confusões que Ana decidiu levar adiante, assim como os sentimentos que eles recusam a aceitar que sentem um pelo outro.

Narrado em terceira pessoa, temos uma visão geral sobre os personagens e os acontecimentos do enredo. O livro é rápido de ser lido pelo escrita ser divertida, simples e direta, mas acaba sendo um pouco previsível, cansativo e até enrolado, pois quando uma mentira é resolvida, logo outra é inventada e isso vai se repetindo no decorrer da leitura. As características dos personagens não são lá muito originais e a sensação é de que já os conhecemos de outras histórias mas estão envolvidos em novas situações dessa vez. Mas embora possua alguns pontos não muito favoráveis, o livro é cheio de cenas muito engraçadas em meio ao romance e à tensão sexual frequente entre os protagonistas, além de algumas reviravoltas que ainda não decidi se gostei.
Pela Lente do Amor mostra um tipo de amor diferente do que os leitores estão acostumados... Aqui a paixão não é correspondida, a protagonista é muito menosprezada e ainda nos deparamos com vários momentos em que ficamos abismados com a falta de consideração que Ana tem que enfrentar quando o assunto é Rodrigo. A vontade é de estapeá-lo na cara ao mesmo tempo em que queria dar umas boas sacudidas em Ana, já que antes de conhecê-lo ela era bastante independente.

Os personagens são bem dinâmicos e conquistam a simpatia do leitor, mesmo que Rodrigo, às vezes, seja um completo imbecil. Ele é o típico pegador que não quer se prender a ninguém e acaba demonstrando ser muito egoísta e imaturo.
Ana é dedicada ao trabalho e tem o pé no chão quando o assunto se trata das decisões que precisa tomar para sua vida. Ela corre atrás do que quer e não hesita se tiver que deixar algo pra trás. Eu gostaria de ter um pouco dessa coragem hehehe. Ela sempre enxerga a vida buscando ver o melhor lado dela.
A relação de amizade entre Rodrigo e Ana tem seus altos e baixos, mas vai se tornando mais sólida a medid que o tempo passa e é impossível não torcer pelos dois.
Os demais personagens também são ótimos, desde a vizinha de Ana responsável por por fogo no apartamento que é hilária, até a minha preferida, Nekane, a amiga de Ana que está sempre ao lado dela pro que der e vier e sempre a alerta sobre o buraco que ela está se enfiando quando o assunto é Rodrigo.

A capa representa bem um pouco da história e como disse no começo da resenha, é bem bonita. As páginas são amarelas e a fonte tem um tamanho agradável. Durante a leitura é possível perceber algumas falhas na tradução que acabaram incomodando e me tirando a atenção, mas nada tão grosseiro que interfira na compreensão da história.

Em suma, eu gostei do que absorvi da história, pois além de mostrar que a verdade é a única coisa que realmente liberta as pessoas, mostra que os sentimentos, quando verdadeiros, vão além do que uma paixão a primeira vista causa em alguém, principalmente porque nem sempre as coisas dão certo e as pessoas podem se magoar e se machucar, mas, apesar de tudo, ainda tem o benefício da escolha, podendo decidir se querer continuar seguindo em frente e esquecer ou não.
Pra quem procura por um romance improvável cheio desencontros e toques de muito bom humor que vão te fazer rir bastante e aproveitar a diversão que proporciona, é leitura mais do que indicada.

Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos - Megan Maxwell

29 de outubro de 2015

Título: Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos
Autora: Megan Maxwell
Editora: Suma de Letras
Gênero: Romance
Ano: 2015
Páginas: 376
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: Um conto de fadas moderno e apaixonante que tem como cenário as ilhas paradisíacas do Havaí.
Kate e Sam se conheceram muito jovens, durante férias de verão na Califórnia, e se apaixonaram à primeira vista. O amor entre eles supera o tempo e a distância e, ao terminarem a faculdade, ele a pede em casamento.
Os anos se passam e o casal parece ter construído a vida perfeita: eles têm uma carreira de sucesso, duas filhas lindas e ainda são apaixonados. Sam, que cresceu em um orfanato, conseguiu com Kate tudo o que sempre quis: uma grande família.
Até que um telefonema muda tudo...

Resenha: Megan Maxwell é autora best-seller na Espanha e fez sucesso com a trilogia Peça-me o que Quiser se tornando best-seller no Brasil.
Os Príncipes Encantados Também Viram Sapos é um romance que conta a história de Kate e Sam, que se apaixonaram à primeira vista ainda muito jovens e nutrem um amor inabalável que parece superar tudo nesta vida. Depois da faculdade eles se casam e muitos anos depois o casal parece continuar mantendo uma vida perfeita e feliz. São companheiros, se compreendem, se respeitam e tem valores familiares que são a base do casamento e que se estendem para o resto da família. Até que um dia o telefone tocou, uma notícia inesperada foi dada e as coisas mudaram da água pro vinho pois não se tratava de um simples mal entendido... Um segredo de Sam que ninguém jamais poderia imaginar veio à tona, tudo que Kate e a família acreditavam fluir com perfeição acabou ruindo e a vida se transformou num poço de incertezas e descrenças. Kate e Sam se separam e tudo se desequilibra pois não é fácil aceitar certas escolhas feitas. O perdão não será o bastante para a família lidar, compreender ou aceitar o problema em questão, então, o que fazer? Como agir diante de uma grande decepção?

Não vou me estender muito ao resumir a premissa pois seria um grande spoiler, mas posso dizer que a autora, ao trazer o clímax que se refere ao segredo de Sam para o início da história, trabalhou no desenvolvimento das reações e da atitude que a família e os amigos passaram a ter a partir dali, afinal, o "príncipe" acabou se revelando um "sapo". Mas talvez não sejam só os príncipes que sofram desse mal...
Geralmente nos deparamos com livros que mostram todo aquele romance mágico e lindo até que se casam e vivem felizes para sempre, mas neste livro a autora traz o que muitos se questionam: "o que vem depois do final feliz continua mesmo sendo feliz?"

A narrativa é feita em terceira pessoa e ainda que seja intrigante é bem lenta e cheia de repetições.
Não consegui me conectar aos personagens e nem acreditar que pudessem ser tão felizes e cheios de paixão pois não acredito que isso corresponda à realidade, principalmente porque tudo foi tão rápido que nem deu tempo de me apegar a eles e nem acreditar naquele amor.
Mas não vou negar que a autora tem uma habilidade muito boa em criar uma trama que faz com que o leitor se envolva em emoções e reaja conforme os sentimentos e as atitudes que os personagens têm. Então, ainda que eu não tenha me conformado com muitas escolhas e decisões tomadas aqui, até mesmo porque quando um autor resolve escrever sobre um tema polêmico e que gera discussões infinitas ele não precisa fazer com que as pessoas concordem ou não com as coisas, mas no mínimo deve fazer com que a história se torne real o bastante para se tornar crível sem que o problema que enraíza a trama seja camuflado com humor e outros detalhes que desviem a nossa atenção, acho que pela forma como o livro mexeu com meus sentimentos a ponto de me envolver, me fazendo ora ter vontade de socar a cara de um e ora tendo vontade de abraçar outro, fez, sim, com que a leitura valesse a pena. Posso dizer que a ideia me atraiu, mas o desenvolvimento de forma geral acabou não funcionando pra mim tão bem quanto eu gostaria pois sou da ideia de que a confiança é a base do relacionamento e uma vez que esta é perdida dificilmente pode ser recuperada, nem com segundas chances.

Sobre os personagens, vou ser sincera em dizer que Cat e Ollie, as filhas de Kate e Sam, foram as que mais me agradaram. Elas tentam compreender o que está acontecendo e praticamente fazem papel de adultas, agindo com mais maturidade do que os próprios pais.
Destaque também para Serena, a mãe de Kate, que sempre age com sabedoria e não tem nada de cobra, mesmo sendo a sogra.

Terry e Michael são o que posso chamar de "desvio de atenção" que mencionei anteriormente, pois eles tem um relacionamento que ganha um destaque tão grande que se tornou uma subtrama. Sendo personagens secundários, ela é irmã de Kate e Michael irmão/melhor amigo de Sam, eles conseguiram trazer mais paixão ao livro do que os protagonistas. Deveriam ter um livro dedicado a eles pois neste conseguiram roubar a cena várias vezes.

Quando Kate e Sam se conhecem, o começo do romance se passa no Havaí, então é claro que preciso ressaltar as descrições dos cenários da história, lugares paradisíacos e maravilhosos que praticamente convidam o leitor a fazer uma viagem até lá, mesmo que imaginária. Se a autora nunca esteve lá, sua pesquisa sobre os detalhes da ilha abrangendo o turismo, a cultura, a comida e a paisagem em geral são de tirar o chapéu. A vontade é de estar lá sentada na praia observando o mar e o pôr-do-sol.

Com relação a capa, além de delicada é uma graça pois traz hibiscos, a flor símbolo do Havaí, dando a impressão de um clima tropical mas sem revelar nada da trama e, sendo sincera, gosto de capas discretas assim. A tipografia do título também é linda, mesclando fontes e criando uma arte visual que camufla o título comprido do livro tornando-o mais justo.
Comparei a capa brasileira com a capa espanhola e graças ao próprio Deus a editora não a manteve, pois a impressão que dá está longe de um príncipe encantado cheio de "magia" saindo de si, mas sim que o modelo sofre de algum distúrbio de flatulência azul Confort e ainda acha que arrasa com essa cara "sedutora", coitado. Essa capa espanhola é muito feia, sério.

A diagramação é bem simples e minimalista e o que me incomodou um pouco, além das letras miúdas, foi a divisão de capítulos. Eles não se iniciam em uma página nova mas sim na mesma página onde o anterior termina apenas com uma linha divisória pra separar um do outro. Acho que se os ornamentos usados na capa fossem utilizados nos inícios dos capítulos daria um charme a mais na obra. As páginas são amarelas e não lembro de ter percebido algum erro de revisão.

Quando as pessoas escondem fatos que podem mudar a vida de todos destruindo seus sonhos devemos compreender ou condenar? É possível perdoar alguém em quem acreditamos mas que nos magoa intensamente? É possível curar um coração que se parte em mil pedaços? O que fazer quando atitudes impensadas geram consequências que serão levadas para o resto da vida? E quando outras pessoas que não tem nada a ver com a história se envolvem sem ter como fugir?
Posso dizer que a história me fez refletir acerca de perguntas como estas mas apesar de ter vivido algo parecido não consegui ter empatia alguma. Não acho que devemos tentar reparar erros cometendo outros erros, mas também posso dizer que o julgamento do que é certo e errado é bem subjetivo pois cada um tem sua própria concepção e visão sobre valores e sobre o que acredita.
Como minha primeira experiência com um livro da autora, apesar do livro não ter superado minhas expectativas não achei que seja ruim, muito pelo contrário. É um livro que fala de sentimentos profundos e verdadeiros, consequências que surgem através de mentiras, reações que envolvem o que é certo e errado e o perdão que devemos conceder se quisermos ter uma segunda chance pra sermos felizes, mas dando espaço à esperança pois, em certos casos, só ela é indício de que as coisas vão se resolver...