Mostrando postagens com marcador O Mínimo Para Viver. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O Mínimo Para Viver. Mostrar todas as postagens

Na Telinha - O Mínimo para Viver

18 de julho de 2017

Título: O Mínimo Para Viver (To the Bone)
Produção: Netflix
Direção: Marti Noxon
Elenco: Lily Collins, Keanu Reeves, Carrie Preston
Gênero: Drama
Ano: 2017
Duração: 1hr 7min
Classificação: +14
Nota:
Sinopse: Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.

No último dia 14 do mês de Julho, a Netflix adicionou à sua plataforma o filme O Mínimo para Viver, protagonizado por Lily Collins, no papel de Ellen, uma jovem de vinte anos que sofre de anorexia.

A menina enfrenta problemas familiares bem complicados, seus pais são separados e reconstruíram suas vidas com outras pessoas. A mãe de Ellen não tem o menor preparo e parece não ter nenhum interesse no bem estar da filha, deixando que a madrasta cuide da menina e de seus problemas. O pai é ainda mais ausente, pra se ter uma ideia, nem apareceu!



O filme começa mostrando Ellen numa clínica e lá ela inferniza as outras meninas. É irônica com todos, e parece não ter noção do tamanho do problema que enfrenta.

Por fim, acaba saindo da tal clínica e vai morar com a madrasta, o pai inexistente e uma meia-irmã que é uma super amiga para ela. Apesar da situação ser muito complicada, ela tem um lar ali, mas sem ajuda, não vai conseguir se livrar dos seus problemas alimentares.


Com certo esforço, sua madrasta, Susan, consegue vaga em uma clínica pouco convencional, dirigida pelo Dr. William Beckham (Keanu Reeves). Lá, Ellen é muito bem acolhida, faz amizades, aceita a convivência com pessoas com os mesmos problemas que ela, mas continua pensando que não tem um problema tão grave assim. Ela convive com todos, mas não muda, e muito menos tenta mudar já que ela não se vê como realmente é, e isso não vai ser nada fácil de reverter.

Nesta clínica eles são pesados constantemente, há uma regra em que todos têm que sentar à mesa na hora das refeições, mesmo que não comam nada; além das sessões com o Dr. William, e, mesmo que haja regras, o ambiente familiar faz com que a clínica se pareça mais com um casa. Uma casa onde encontramos jovens (homens e mulheres) de idades variadas, com problemas alimentares variados, mas todos com um desejo em comum: uma vida normal.


Apesar de ser um estilo de filme que eu não assisto, nem gosto, me vi fisgada pela trama. Estava curiosa desde que vi a primeira foto da atriz que vive a Ellen, magra daquele jeito, e foi assustador. Pesquisei e vi que ela realmente emagreceu aquele tantão para o papel, só por isso eu já me senti tentada a assistir. O assunto não é uma coisa que faça parte dos meus círculos, não conheço ninguém que tenha este tipo de distúrbio, foi uma experiência completamente nova para mim. Outro dia vi uma reportagem onde a atriz falou que várias meninas a elogiaram pela sua aparência, ela disse se surpreender, e confesso que eu também, pois é uma figura cadavérica que vemos na tela. Não é bonito, não é certo, é prejudicial à saúde, e se tantas jovens acham que é bonito, percebemos quanta gente precisa de ajuda sem fazermos ideia disso.


A iniciativa da Netflix de produzir mais um filme com propósito de trazer reflexões acerca de algum tema delicado ou polêmico (veja Os 13 Porquês ou Okja) é maravilhosa e de extrema importância, pois acredito que é uma forma de colaboração para que as pessoas se conscientizem através do entrenenimento.

Embora o tema seja pesado e difícil, e apesar das cenas fortes, o filme é leve, não é carregado de drama, é bem gostoso de assistir e vale muito a pena. Mesmo que você, como eu, não curta o estilo, precisamos conhecer um pouco sobre o assunto, ele nos cerca, mesmo que não saibamos.