Título: Na Companhia das Estrelas
Autor: Peter Heller
Editora: Novo Conceito
Páginas: 406
Ano: 2013
Nota: ★★★☆☆
Em um mundo devastado pela doença, Hig conseguiu escapar à gripe que matou todo mundo que ele conhecia. Sua esposa e seus amigos estão mortos, e ele sobrevive no hangar de um pequeno aeroporto abandonado com seu cachorro, Jasper, e um único vizinho, que odeia a humanidade, ou o que restou dela.
Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem...
Resenha: Na Companhia das Estrelas conta a triste jornada de Hig e seu cachorro, Jasper. Depois de uma gripe, toda a população da terra se dizimou, e ele, na companhia do seu fiel amigo, vive voando à bordo de um avião 1950. Hig traz em uma narrativa intimista todos os seus medos, suas inseguranças e desejos do passado, que não podem mais se concretizar, já que as pessoas que ele tanto amava se foram.
Se você já leu a sinopse e pensou que Na Companhia das Estrelas é semelhante demais com Eu Sou a Lenda, fez muito bem. Não tive a oportunidade de ler o livro que originou o filme estrelado por Will Smith, mas digo, com toda certeza, que se for parecido com a obra de Peter Heller, quero passar muito longe.
Começarei por uma breve analise sobre a narrativa. Não existe travessão, muito menos itálico, é tudo "adivinhe se puder". Isso é totalmente incômodo, não saber onde é uma fala ou uma narração é bem complicado. Outro ponto é que a preposição "mas" sempre aparecia jogada de qualquer jeito em alguma frase, isolada por pontos finais. É uma simples questão gramatical que, porém, incomodou muito. E tiveram ainda as frases que terminavam sem mais nem menos, eram interrompidas sem pontuação, dando continuidade na linha de baixo num outro parágrafo. Com certeza isso foi questão de revisão.
O personagem principal é bem construído, traz filosofias inteligentes sobre a vida e tudo o que nos rodeia, mas chegou uma hora que eu não aguentava mais tanta filosia e falta de ação, de objetivo e conclusão. A trama parece ser sobre uma devastação da raça humana, só que tudo gira em torno mesmo da alma humana. Existe também outro personagem, que é o vizinho de Hig num aeroporto abandonado. Ele é engraçado e sarcástico, e os diálogos (tão mal pontuados e de difícil identificação) entre os dois são muito bons.
Muitas classificações foram de 5 estrelas para o livro. Eu, sinceramente, não vejo motivos para dar mais que três. O fim do mundo é um tema tão abrangente, pode ser trabalhado de tantas maneiras eficientes, mas o autor optou por um livro totalmente cheio de filosofias, e isso não me agradou. Felizmente, a leitura é rápida, apesar das 400 páginas, devido ao tamanho da fonte e espaçamento. Se você está com vontade de um livro que te tire o fôlego, esse não é uma boa opção, caso contrário, vá fundo e tente se emocionar com a triste história de Hig.