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Games - Eternal Hope - Prologue

28 de agosto de 2020

Título:
 Eternal Hope - Prologue
Desenvolvedora: Doublehit Games
Plataforma: PC
Categoria: Aventura/Puzzle/Indie
Ano: 2020
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Eternal Hope: Prologue é o primeiro ato desse jogo de aventura! Siga a história de um garoto que deve embarcar em uma jornada de amor e esperança em busca da alma de sua amada. Esta versão apresenta o início da aventura de Ti'bi, um garoto solitário que perdeu o amor de sua vida. Embarque em uma jornada incomum - uma que talvez possa trazer a alma de sua querida namorada de volta do Mundo das Sombras, um reino similar ao purgatório. Com a capacidade de viajar entre dimensões, você usará esse poder, juntamente com algumas mãos de seres de outro mundo, para resolver quebra-cabeças que acabarão levando você ao local de descanso final do seu amor no além. Visitar o Mundo das Sombras não é uma tarefa fácil, no entanto. Com criaturas corrompidas que habitam essa dimensão espelhada, você fará amigos - e muitos inimigos - ao longo do caminho, enquanto descobre segredos antigos, nenhum dos quais os vivos deveriam descobrir.

Numa das minhas andanças e fuxicos por novidades de games na Steam, me deparei com Eternal Hope - Prologue, que se trata de uma prévia do game completo - cujo projeto foi desenvolvido por brasileiros - que seria lançado em agosto de 2020 (e já foi inclusive). Como a versão é gratuita pra gente sentir o gostinho e saber o que esperar, lá fui eu testar pra ver se valeria a pena investir no próximo.




O jogo começa quando Ti'bi, que passou a vida inteiro sozinho, encontra uma garota, e descobriu o que é o amor. Anos se passaram, eles viviam felizes, mas, numa noite de tempestade, um acidente faz com que a garota caia do penhasco onde se conheceram, e Ti'bi fica sozinho outra vez. De luto, se sentindo vazio e totalmente perdido, ele continua vagando cabisbaixo e desolado até encontrar o Guardião das Almas, que explica que quando a garota morreu, sua alma foi fragmentada de forma que algo aconteceu, e agora ele se tornou um espírito enfraquecido o bastante para não conseguir continuar com suas tarefas. Assim, o Guardião propõe um acordo a Ti'bi: ele recebe parte dos poderes do Guardião, e deve coletar todos os fragmentos das almas que encontrar pelo caminho para que sua amada volte a vida. E assim, a jornada de Ti'bi começa.



O visual e os gráficos dispensam maiores comentários pois é de encher os olhos. Eternal Hope segue a mesma linha de Limbo no quesito gráfico, mecânica e jogabilidade, com exceção das cores. O jogo é em 2D, e embora os personagens sejam "sombras" e os objetos de interação do primeiro plano sejam escuros para fazer o contraste, o pano de fundo, que lembra bastante uma floresta mágica/mística com profundidade, formas geométricas e cheias de pontos de luz e animações brilhantes, tem uma paleta de cores predominantemente rosa e azul feat. um azul acinzentado que lembra um mundo bem upsidedown quando Ti'bi usa seus poderes recém adquiridos, e posso dizer que é maravilhoso e muito, mas muito bem feito. Os trechos onde a parte da perda de Ti'bi na história é contada, as imagens são diferentes, num estilo mais fofinho e cartunizado com toques de aquarela, e é bem bonito também.



Por se tratar de uma prévia, o jogo oferece três capítulos para podermos nos familiarizar com a mecânica do jogo e com a resolução dos puzzles para que Ti'bi avance. São capítulos curtos e com desafios relativamente fáceis, mas é impossível não morrer várias vezes por coisas bobas, seja por ainda não saber como passar de um obstáculo, por ainda estar pegando o jeito com os controles no teclado, ou seja por cair de pequenas alturas ou na água porque o bendito do boneco não sabe nadar (o que é meio duvidoso, por que como diabos alguém que mora na floresta há anos e anos, com lagos por toda parte, não sabe nadar?). Enfim, é aquele tipo de jogo que é preciso morrer pra aprender e ver o que deve ser feito pra sair dalí. No meio dessa peleja, algumas criaturas sombrias e aliadas ao Guardião acabam ajudando Ti'bi fazendo um leve/dando pezinho pra ele subir aqui e alí, e esses bichos e algumas plataformas só podem ser vistas quando ele ativa seus poderes, mas é fácil de se acostumar com essa alternância de visões, o que é mais complicado é que nem sempre as coisas são muito óbvias e é necessário quebrar um pouco a cabeça para resolver a fase.



Como o jogo é curtinho, não tem muito o que falar pois com poucos minutos já é possível chegar ao fim do prólogo e ter ideia do que o game completo vai oferecer. Talvez o que me fez não maximizar a avaliação foi o fato da história não ter muitas explicações e aprofundamento a ponto de não termos muita empatia por ninguém. Quem é Ti'bi? De onde veio? Por que não tiraram uns minutinhos para explorar pelo menos parte da personalidade dos personagens para que suas características fossem apresentadas? Quanto tempo exatamente seria a "vida inteira" que ele ficou sozinho até encontrar a garota? Será que ela tem alguma ligação com esse outro mundo sombrio para que sua morte e sua alma despedaçada afetasse as forças do Guardião?
São perguntas que pairaram pela minha cabeça e que não sei se vão ter respostas, e fiquei curiosa pra continuar e saber o que vai acontecer. Até então a trama em si, apesar de bem apresentada, ficou meio superficial. Não adianta o jogo ter gráficos bonitos se a história em si não é muito convidativa logo de cara, por mais forte e sentimental que aparente ser. Apesar disso, recomendo pra quem gosta de jogos nesse estilo e vou querer experimentar o game completo.

Games - Cat Room

21 de novembro de 2019

Título: Cat Room
Desenvolvedora: Cross Field
Plataforma: Android e iOS
Categoria: Simulação/Puzzle
Ano: 2016
Classificação Indicativa: Livre
Nota: ★★★★☆
Sinopse: "Cat Room" é um jogo gratuito onde você pode criar sua própria sala pessoal com gatos bonitos.

Eu adoro jogos de bichinhos fofinhos, e, se tratando de um de gatíneos, é claro que eu não podia deixar de conferir.

Cat Room é um game japonês de simulação e quebra-cabeças, que consiste basicamente em cuidar das necessidades dos gatinhos fofinhos, mas traz outros perequetês a mais pra incrementar as coisas e tornar o jogo mais dinâmico e social. Só é possível jogar nos idiomas japonês e inglês. Os mini tutoriais ou explicações iniciais são um pouco confusos, e inicialmente pode haver um pouco de dificuldade pra entender a mecânica do jogo e o que ele oferece, mas depois que a gente se acostuma e aprende, fica bem fácil e intuitivo.

  

Adotamos os gatinhos e vamos fazendo o que eles ficam pedindo, como dar comida, brincar, dar banho, comprar qualquer coisa que precisam, plantar alguma plantinha ou fruta pra preparar alguma receita na panela, dando amor e afins, e, ao realizar as vontades deles, vamos ganhando pontos de experiência pra subir de nível, o que permite desbloquear mais itens, e também dinheirinhos em forma de moedas pra poder gastar comprando mobílias super bonitinhas para a casa.
Os itens colhidos, assim como as receitas preparadas, podem ser dadas de presentes pra outros jogadores, seja numa visita ou no painel de pedidos. Essas visitas e presentes também rendem pontos de experiência e dinheiro.

Os gatinhos podem ser adquiridos num painel onde temos acesso à sua raça, porém só tem como sabermos a aparência dele após a compra, como se fosse uma "surpresa", pois até então só vemos a silhueta deles. Embora seja possível comprar vários gatos de uma vez usando as estrelas acumuladas ao passar nas fases do puzzle, a quantidade de gatos que podemos ter ao mesmo tempo na casa depende do nível de jogo e dos slots adquiridos. Quanto maior o nível, mais chance de ganhar ou comprar slots, e mais gatinhos pra se cuidar podem ser selecionados pra morar na casa.

  

Além disso, existe o minigame/puzzle, estilo Candy Crush que, além de permitir que ganhemos mais dinheiro no jogo, também desbloqueia novos itens, dão estrelas pra desbloqueio de novas raças, slots para criar mais gatos, ou receitas que podem ser preparadas na cozinha e dadas de presente pra outros jogadores ou pros nossos próprios gatitos. A dificuldade aumenta de acordo com o nível, e algumas fases parecem impossíveis de completar. Fico imaginando os níveis mais altos, e o desespero e a raiva que a gente não deve passar alí por não conseguir completar a fase...

Existe uma área chamada Paradise, que é onde podemos levar o bichano pra passear e realizar pequenas atividades, e até é possível interagir e fazer trocas com outros jogadores (a maioria dos jogadores são japoneses).

No menu existe a BabyRoom, que é onde cuidamos de um filhotinhos até que ele cresça pra levarmos ele pra casa, mas os cuidados com ele também são demorados e é preciso ter paciência até que ele fique pronto.
No menu, na opção de "Achievement" existem alguns desafios que a gente pode completar pra ganhar recompensas, desde dinheiro, latinhas, energia, ou facilidades pro puzzle. São coisas como logar todos os dias, dar mais amor pros gatos, chegar em determinado nível, e por aí vai... Mobiliar a casa com todos os itens de uma coleção em particular também pode render dinheiro e itens especiais.

  

Acho que o único ponto "negativo", talvez como forma de controle pra ninguém subir de nível de forma desenfreada e haver um pouco mais de equilíbrio, é que os itens utilizados passam por um tempo de "limpeza", e só podem ser usados novamente depois de alguns minutos. Assim, se um gato for brincar no arranhador, por exemplo, pra mandá-lo brincar outra vez é preciso esperar alguns minutos. As plantas também requerem um tempo pra crescerem e serem colhidas.
O minigame também é limitado, então após gastarmos a energia, é preciso esperar um tempo até que ela encha novamente pra podermos jogar de novo ou assistir algum anúncio pra adiantar esse tempo. É até possível acelerar o tempo de espera ou adquirir outras coisas bloqueadas, mas é preciso gastar as latinhas de comida, que seriam equivalentes a diamantes. Essas latinhas podem ser conseguidas através do puzzle, do aumento de nível, ou comprando com dinheiro de verdade. Essas latinhas também podem ser usadas pra comprar mais dinheiro no jogo pra gastar na compra de móveis ou expansões pra aumentar o espaço da casa, ou comprar móveis ou enfeites que são exclusivos e precisam ser pagos com latinhas também.

É um joguinho simples, mas que além de ter um visual fofo com musiquinhas agradáveis de se ouvir, é bem divertido pra se passar o tempo. Eu curti muito.

Games - Limbo

8 de dezembro de 2017

Título: Limbo
Desenvolvedora: Playdead
Plataforma: Xbox, PS3, PC, Android, iOS
Categoria: Estratégia/Puzzle/Aventura
Ano: 2010
Classificação Indicativa: 14+
Nota: 
Sinopse: Sem ter certeza sobre o destino de sua irmã, um garoto entra no LIMBO. 
Limbo é um jogo 2D de múltiplas plataformas onde o jogador controlará um menino que acorda sozinho no meio de uma floresta sombria e parte em busca da irmã enfrentando armadilhas e criaturas perigosas.

O menino é guiado através de ambientes e armadilhas perigosas, e a ideia principal do jogo é resolver o quebra-cabeça/fase esperando que o jogador descubra a solução somente depois de falhar, onde o menino sempre terá uma morte trágica, assustadora e muito cruel. Assim podemos analisar o cenário e seus elementos para descobrir uma melhor forma de passar pelas armadilhas ou enfrentar os inimigos.



O jogo é escuro, monocromático e tem pouca iluminação, assim as armadilhas se camuflam no cenário forçando o jogador a ter surpresas nada agradáveis quando o menino é surpreendido por criaturas medonhas que surgem das sombras para matá-lo, ou quando ele cai em alguma armadilha que o parte no meio ou que o esmaga instantaneamente, mas os efeitos da animação, por mais pavorosos que sejam, são perfeitos. Os sons colaboram para que o ambiente tenha uma atmosfera misteriosa e que remeta ao gênero do terror.

Apesar de simples, a mecânica do jogo se resume a explorar o cenário andando ou correndo pros lados, pulando buracos, subindo e descendo escadas ou cordas, e puxando ou empurrando objetos que estão no caminho para auxiliá-lo na resolução da fase. Memorizar os locais ou os elementos que causam a morte do menino também é importante para tentar escapar e fazer com que ele obtenha êxito na fase. Como joguei a versão pra Android, os controles funcionam com o toque nos lados direito e esquerdo da tela para que ele caminhe por aí e, a princípio, pode haver um pouco de dificuldade para se acostumar com isso.



Como a maioria das armadilhas não são perceptíveis até que sejam acionadas, as mortes são mais comuns do que se imagina, assim, no caso dele morrer, o jogador recomeça a fase a partir do último checkpoint que é salvo automaticamente. O problema é que não há como saber exatamente fica esse save. Isso pode ser frustrante por as vezes ele fica logo depois de alguma armadilha difícil de passar e é preciso percorrer um caminho relativamente longo até chegar novamente no local. A vantagem é que não existe vidas a se perder. Não há limite de mortes.

Muitas mortes são animadas de forma bastante bizarra, o que envolve esmagamento, decapitação, desmembramento e até empalamento do menino, e é esse tipo de horror que nos choca, tanto por ser macabro, quanto pelo personagem ser uma criança. Porém são essas mortes macabras que alertam o jogador, que sempre é pego desprevenido, sobre escolhas erradas para que possamos optar por novas e seguir adiante. A cada novo cenário o medo de não querer sair do lugar para que o pobre menino não se lasque é inevitável, e a medida que o jogo progride, as coisas ficam mais difíceis de serem solucionadas.


Limbo é um jogo pago que custa por volta de R$20,00. Não há uma introdução propriamente dita, e o final fica totalmente em aberto para as mais diversas interpretações e teorias. Eu, particularmente, acredito que, nesse contexto e até pelo final que chega a emocionar, o Limbo é um lugar entre o Céu e o Inferno onde as pessoas ficam presas num looping infinito de ações...

O jogo é envolvente ao propôr desafios cada vez mais complexos, e é tão perturbador quanto genial. Pra quem gosta do gênero, vale a pena.