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Tempestade de Cristal - Morgan Rhodes

5 de junho de 2017

Título: Tempestade de Cristal - Queda dos Reinos #5
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2017
Páginas: 408
Nota:★★★☆☆
Sinopse: Magnus e Cleo são forçados a testar a força de seu amor quando Gaius retorna à Mítica dizendo não mais ser o Rei Sanguinário, mas, sim, um homem mudado buscando rendenção.
Lucia, grávida do filho de um Vigilante, escapou das garras do Deus do Fogo. Seus poderes estão enfraquecendo enquanto ela segue em frente para completar a profecia que manterá seu bebê a salvo...
Jonas volta para Mítica com um plano para tirar Amara do poder, mas o destino toma às rédeas quando ele vai em direção à bela princesa Lucia e se junta a ela em sua perigosa jornada.
Amara tomou o trono de Mítica, mas sem uma forma de liberar a magia da água presa em seu cristal roubado, ela nunca será capaz de encontrar glória e conseguir sua doce vingança.
E qual tipo de escuridão cairá - e quem estará salvo - depois que o Príncipe Ashur revelar o perigoso preço que ele pagou para enganar a morte?
Contém spoilers dos livros anteriores.

Resenha: Há quatro anos, a editora Seguinte lançava o primeiro volume da série A Queda dos Reinos. Com muita magia, mortes e aventura, a jornada pela busca dos cristais da Tétrade está quase no fim. Com o lançamento do quinto e penúltimo livro, o questionamento é: será que o rumo da história foi perdido?

Tempestade de Cristal começa de Maré Congelada terminou. Para quem acompanhou a série até o quarto volume, sabe que o enredo já passou por altos e baixos. Personagens são presos, e então soltos. Os lados entre o bem e o mal mudam. O poder, que é almejado por todos, sai das mãos de um e passa para outro, como se fosse uma batata quente. Reviravoltas são ótimas quando bem usadas, pois dão uma guinada na história. No entanto, para a saga criada por Morgan Rhodes, tantas mudanças de direção parecem ter tirado um pouco o rumo da trama e a essência sentida lá no início.

Seguindo esse argumento, é necessário falar sobre os personagens. A série é voltada para o público juvenil, mas os diálogos conseguem ser bem rasos e por vezes irritantes. O humor é essencial, mas ele não pode ultrapassar o aceitável, deixando de ser condizente com o enredo. O livro conta com conversas que soam muito infantis e tiram o foco do que realmente interessa em momentos importantes. Jonas é aquele que não consegue angariar empatia e dificilmente fará isso no último volume. Ele é insosso, inconsequente e por sua causa muito dos planos dão errado. Os outros, entretanto não podem se safar sem sua parcela de culpa. É evidente, só agora no quinto volume, que nem Cleo, Magnus ou qualquer um realmente tenha uma pitada de astúcia. Eles estão no mesmo time, lutam pela mesma causa, mas conseguem usar do egoísmo e "esperteza" para ir atrás de algo por conta própria e fazer tudo errado. Em suma, a história está girando num circulo vicioso de fatos repetitivos. Amara, que se revelou ser sanguinária e se tornou imperatriz, consegue ganhar pontos pela sua inteligência e está (quase) sempre um passo a frente de todos...

Como nem tudo está perdido (ainda), a história tem momentos bons que são, quase em sua totalidade, protagonizados por Cleo e Magnus. A dupla, que pode ser considerada um casal, é responsável por momentos tanto tensos quanto mais sensuais ao decorrer do livro. Graças aos dois, e a mudança de status que obtiveram no volume anterior, já temos mais um casal para shippar na série. Muito antes deles, Nic e Ashur já tinham se beijado em A Primavera Rebelde, e a notícia da morte do príncipe deve ter pegado todo mundo de surpresa. Mas, como Rhodes evidenciou que a série é composta de muitas reviravoltas, Ashur retornou das cinzas e podemos torcer por ele e Nicolo. A bandeira LGBT está sendo levantada não só aqui, mas em outras histórias e isso é muito bacana de se ver.

O problema da série é o porquê da autora tentar contar uma história tão boa com tantos floreios. Um produto, quando bem vendido, sempre será prolongado para que renda muito mais. No caso da série A Queda dos Reinos, o prolongamento já parece demais e Tempestade de Cristal, que é melhor que Maré Congelada, não acrescenta tanto à trama e não dá aquela sensação necessária de pontapé para o desfecho de tudo. As quatrocentas e oito páginas são fáceis de serem lidas, trazem mais fatos do passado e futuro e finaliza tudo com o ressurgimento de um personagem sem nenhuma importância que dará outro rumo para a aventura, que se encerrará com Reino Imortal. Em suma, quem ler os primeiros livros e se afeiçoar pelo universo de Mítica com certeza terá vontade de chegar até o final. Resta agora, esperar pelo melhor para o destino de todos os personagens que por vezes amamos e por vezes odiamos.

Maré Congelada - Morgan Rhodes

25 de julho de 2016

Título: Maré Congelada - Queda dos Reinos #4
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2016
Páginas: 438
Nota: ★★★☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse: As disputas pela Tétrade, quatro cristais mágicos capazes de conferir poderes inimagináveis a quem os encontrar, continua. Amara roubou o cristal da água, Jonas conseguiu o da terra, Felix enganou os rebeldes para ficar com o cristal do ar, e Lucia está com o do fogo. Mas nem todos sabem como libertar a magia da Tétrade, e apenas a princesa feiticeira conquistou poder até agora, aliando-se ao deus do fogo que libertou de seu cristal. Gaius, o Rei Sanguinário, também não desistiu de encontrar os cristais. Ele está mais sedento por poder do que nunca, especialmente agora que não conta mais com a ajuda da imortal Melenia nem com o apoio de Magnus, o herdeiro que o traiu para poupar a vida da princesa Cleo. Para conquistar todo o mundo conhecido, Gaius resolve atravessar o mar gelado até Kraeshia, e tentar um acordo com o imperador perverso de lá. No caminho, o rei vai encontrar muitas dificuldades e inimigos, como Amara, princesa de Kraeshia, que tem seus próprios planos para conquistar o poder.
Resenha:  A busca pelos cristais da tétrade continua. Em mais um volume da série A Queda dos Reinos, os personagens estão cada vez mais sedentos por poder e desejo de derrotar seus inimigos. Nessa sequência, que antecede Crystal Storm, Morgan Rhodes trouxe mais uma vez uma aventura instigante e animadora, mas que por alguns motivos não se igualou aos outros.

Posso dizer, como toda a certeza, que a saga de Cleo, Magnus, Lucia e Jonas é uma das histórias mais empolgantes que já li. O primeiro livro se mostrou uma completa surpresa. Um aspecto muito forte para mim e para alguns leitores dos quais li a opinião, é: a narrativa da autora sempre flui como um rio em alta velocidade. Em Maré Congelada isso não poderia ser diferente: finalizei a leitura em três dias, mas como algumas ressalvas a respeito do caminho que tudo está tomando.

Como todos sabem, existem diversos pontos de vista na história. Agora, Lucia está cada vez mais sedenta por sangue e deseja vingança. A jovem exibe um ar austero em todas suas aparições e tenta encobrir com uma carapaça toda dor que sentiu. Cleo, a minha personagem preferida, está sempre olhando para o seu futuro e lutando por isso utilizando todas as suas armas possíveis. Magnus, o príncipe sanguinário, mostrou dois lados diferentes e cabe a quem lê escolher qual deles é o mais convincente. E Jonas, bom, está cada vez mais atrapalhado e cometendo mais erros (ele consegue ser bem irritante diversas vezes). Além dos quatro protagonistas, há capítulos com o ponto de vista de Amara Cortas e Félix.

Se em A Ascenção das Trevas tive uma empatia por quase todos eles, esse sentimento se tornou mutável. Com mudanças de ideias repentinas fica difícil conseguir montar um perfil e entendê-los a fundo. Isso não deveria soar como um ponto negativo e, sim, como um enigma a ser desvendado. Porém, ao que parece, tudo está sendo moldado para render uma trama que abrangerá seis livros, o que poderia ser encerrado com quatro. Alguns diálogos que poderiam ser resumidos e acontecimentos, que certamente não têm muita necessidade, poderiam ser extinguídos.

Não estou desmerecendo a história - longe de mim, já que adoro esse universo criado em Mítica - mas Rhodes poderia tentar enxugar a narrativa. Para elucidar isso de uma maneira simples é só comparar uma novela com uma série. Uma tem uma longa duração com vários núcleos e desenvolvimentos e em contrapartida a outra tem algumas temporadas, de poucos episódios, com um foco certo. A Queda dos Reinos ganha pontos pela narrativa, mas fica difícil entender para onde estamos sendo levados. Há muitas mortes, alá Game Of Thrones, mas elas parecem ser a troco de nada. Muito do que nós imaginamos acaba se perdendo quando, de repente, surge um novo personagem sedento por poder e muda todo o rumo da trama, dando uma nova perspectiva e traindo tudo que podemos esperar.

Maré Congelada foi bom, mas poderia ter sido melhor. É difícil criar empatia com alguma história quando ela começa a se perder e rodar, rodar, rodar... Numa tentativa de escrever uma série longa, acredito que Morgan deixou a desejar nesse livro e acabou revertendo a imagem positiva deixada até então. Posso afirmar que de todas as quatrocentas e poucas páginas, apenas 30% é realmente conteúdo proveitoso e de agrado aos olhos. Os personagens estão cada vez mais voláteis; há um surgimento de novos enigmas e embates. O resultado disso tudo é uma trama que cheia de controvérsias e densa demais, confundindo quem lê. Para quem, assim como eu, é fã da série, só resta esperar o melhor que há de vir pela frente.


A Ascensão das Trevas - Morgan Rhodes

12 de janeiro de 2015

Título: A Ascensão das Trevas - Queda dos Reinos #3
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 423
Nota: ★★★★★
Sinopse: Depois de conquistar Mítica inteira, o rei Gaius ainda não está satisfeito: sua nova missão é encontrar a Tétrade, quatro cristais mágicos perdidos, capazes de conferir poderes indescritíveis a quem os reunir. Para isso, ele conta com os conselhos de Melenia, uma imortal que o visita em seus sonhos e que o instruiu a criar uma estrada ligando todos os reinos.
Gaius acredita que está no caminho certo e que Lucia, sua filha adotiva, será a chave para localizar e despertar os cristais. Para seu deleite, os poderes de Lucia estão cada vez mais fortes, e um vigilante exilado aparece para orientar a feiticeira.
Mas o Rei Sanguinário não é o único que cobiça essa magia milenar: vindos de Kraeshia, um império vizinho muito influente, o príncipe Ashur e a princesa Amara conhecem as lendas de Mítica e desconfiam que a Tétrade não seja apenas um mito. Logo eles entram na disputa e buscam seus próprios aliados nessa corrida pelo poder.
Um período de trevas se abate sobre Mítica, e nesses tempos sombrios Jonas, Cleo, Magnus e Lucia precisam descobrir o quanto antes em quem podem confiar.

Resenha: No terceiro volume da série Queda dos Reinos, a aventura e a magia estão ainda mais intensas. Agora que Cleo se casou, contra a própria vontade, com o príncipe Magnus, a auraniana se tornou um membro da família Damora. Lucia, por sua vez, está aprimorando seus elementia para ajudar o rei Gaius, que continua implacável e sanguinário, a encontrar os cristais que o ajudarão a possuir a Tétrade. Jonas, o rebelde, continua sua luta incessante, agora munido de um companheiro poderoso, para vencer a realeza e fazer justiça ao seu povo. A Ascenção das Trevas é uma continuação eletrizante e cheia de reviravoltas.

Morgan Rhodes sabe como fazer um leitor se remexer na cadeira de tanta apreensão, Quando li os dois primeiros volumes da série, me apaixonei pela trama e por como a autora conduzia tudo. A magia junta com a ação e aventura são ingredientes perfeitos para uma história excelente. Nesse terceiro livro o nível da história se elevou, deixando meus nervos a flor da pele e com ansiedade para saber o desfecho de tudo.

 Cleo, a princesa auraniana que se tornou refém de Magnus e seu pai, se mostrou incrivelmente inteligente e fria. É ótimo ver mocinhas que não são facilmente subestimadas e estão sempre prontas para entrar em ação e correr atrás de objetivos. A loira, dona de uma beleza invejável, usa isso a seu favor da melhor maneira possível. Mesmo diante de situações de extremo risco ela estava lá, em cima do salto, pronta para mentir e safar a própria pele. Minha personagem favorita. ♥

Magnus, o príncipe limeriano e marido de Cleo, está mais odiável do que nunca. Mas ele ser tão inconstante faz uma pitada de simpatia crescer em mim. Ele é indecifrável. As atitudes dele caminham entre derramar muito sangue e ser muito solidário, o que mostra que ele não é completamente como o seu pai. A decisão entre amar ou odiar o belo príncipe Damora ainda não foi tomada por mim.

Jonas e Lucia não brilharam muito nesse volume, o que não fez muita falta. A princesa, detentora dos poderes que podem ajudar o rei a conquistar o reino de Mítica e o mundo, é muito apática e sem personalidade. O rebelde, por sua vez, não fez até agora nada que pudesse ser considerado grandioso (a não ser um gesto de bravura nesse volume, que veio acompanhado de vários pontos negativos).  Os dois juntos não trazem muita emoção em seus capítulos, mas são necessários para o andamento da história.

A narrativa de Morgan é impecável . Isso contribui para ser um livro tão atrativo para o publico junenil. Tudo acontece de maneira frenética, fica difícil largar a leitura. Entremeado a isso há sempre um romance, um pensamento interessante de determinado personagem ou uma revelação bombástica. É uma narrativa rica e técnica, sem espaços para firulas ou perda de tempo. A intercalação entre os pontos de vista deixa à escolha do leitor quem será seu preferido. Eu já escolhi os meus ♥.

A Ascenção das Trevas deu continuidade a série A Queda dos Reinos  de maneira formidável. Morgan me leva a crer até que ela é a versão feminina de George R.R Martin, autor daa famosa série Crônicas de Gelo e Fogo. A autora não mede esforços para derramar sangue na guerra entre paelsianos e limerianos. Ou seja, existe um risco pro leitor: a morte de um personagem querido. Posso afirmar que no final tive meu coração partido, mas acredito que Rhodes sabe o que faz e que o desfecho da série será tão espetacular quanto ela vem sendo até agora. Cheio de reviravoltas e momentos intensos, esse livro prende o leitor do começo ao fim e deixa aquela sensação de vontade imediata para ler os próximos volumes.

A Primavera Rebelde - Morgan Rhodes

21 de outubro de 2014

Título: A Primavera Rebelde - Queda dos Reinos #2
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2013
Páginas: 344
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Depois que o rei Gaius de Limeros conquistou as terras de Auranos e subjugou o povo sofrido de Paelsia, passou a dominar toda a Mítica com seu punho de ferro. A rica população de Auranos parece não se importar com o novo governante, desde que seus privilégios sejam mantidos; os paelsianos, como sempre, aceitam seu destino de exploração. Mas a tranquilidade é só aparente - grupos rebeldes começam a surgir nos reinos dominados, questionando as mentiras e os métodos sangrentos do novo rei. Enquanto isso, Gaius obedece à sua mais nova conselheira e dá início à construção de uma estrada passando pelas temidas Montanhas Proibidas. Mas essa via não servirá apenas para interligar os três reinos - ela faz parte de uma busca pela magia elementar, perdida há mil anos, que conferirá ao tirano um poder supremo. O que ninguém esperava era que essa obra desencadearia uma série de eventos catastróficos, que mudarão aquelas terras para sempre e forçarão Cleo, Magnus, Lucia e Jonas a tomar decisões até então inimagináveis. 

Resenha: A Primavera Rebelde é o segundo volume da quadrilogia Queda dos Reinos, escrita pela autora Morgan Rhodes e publicada pela Seguinte no Brasil.
Atenção! Por se tratar de uma sequência, a resenha pode, sim, ter spoilers de A Queda dos Reinos!

Neste volume, Gaius, o rei tirano e sanguinário de Limerus, conseguiu o que queria. Depois de se unir a Auranos e tomar Paelsia, ele tomou posse do trono de toda Mítica depois de uma grande trama. Agora, seguindo sua conselheira, Gaius deu início a construção de uma grande estrada que ligaria os reinos, mas também que serviria para buscar pela magia perdida há mil anos, a Tétrade, que o tornaria um rei com poder absoluto e supremo. Porém, a construção desencadeou eventos que ninguém esperava, e os protagonistas, Magnus, Lucia, Cleo, que também está atrás da magia, e Jonas, precisarão agir.

O livro é narrado pelos pontos de vista dos personagens principais.
Magnus, sendo herdeiro do trono, continua do lado do pai. Mas não tendo nenhum reconhecimento por parte do rei, começa a rever sua posição por mais que tente mostrar que é tão mau quanto ele.
Cleo é prisioneira em seu próprio castelo após Gaius tomar Auranos, e tenta se manter forte para suportar as crueldades do rei. Sendo forçada a se casar com Magnus, o noivado é um meio de ela ficar mais próxima e saber mais sobre os rebeldes.
E falando em rebeldes, Jonas, o camponês de Paelsia que anseia por vingança depois da morte de seu irmão, lidera um grupo deles, porém, parece estar perdido no que faz. Mais do que nunca ele quer lutar, principalmente porque o povo de Paelsia foi escravizado para que a estrada fosse construída.
Lucia permanece adormecida, luta por sua vida se sente culpada por ter ajudado o pai, Gaius, com magia para que ele tomasse Auranos.

Com a união dos reinos, a história se desenrola apresentando um enredo recheado de ação, traições, intrigas e mentiras, e acabei me surpreendendo, mais uma vez, com a escrita e o universo que a autora criou, e como conseguiu dar continuidade à história neste volume usando de uma maestria sem igual e mantendo o ritmo frenético em que sempre está acontecendo alguma coisa em algum lugar. Cada personagem é único, tanto em suas particularidades quanto na complexidade ao serem construídos nos mínimos detalhes, e até mesmo os novos que tem papéis muito importantes na história, como Lysandra, que se une a Jonas após sua vila ser destruída, e até as cenas que envolvem o Santuário que abriga os seres imortais, mas o mais interessante é que a autora consegue evidenciar os conflitos pessoais de cada um, como se quisesse mostrar que todos carregam o céu e o inferno dentro de si, e que dependendo da situação, é possível que tomem atitudes diferentes para cada uma delas. E o cenário pós guerra traz à tona uma imensa sensação de insegurança, fracasso e medo, onde nunca se sabe qual a próxima tragédia que irá acontecer, afinal, Gaius continua não medindo esforços para conquistar seu objetivo.

A Primavera Rebelde foi uma continuação completamente satisfatória e que superou minhas expectativas. Uma fantasia épica e empolgante destinada ao público jovem, que atrai o leitor pela capa e conquista com uma história cheia de conspirações que, por mais complexa que seja, vai muito além do que mortes e sangue derramado por espadas.

A Queda dos Reinos - Morgan Rhodes

21 de julho de 2013

Título: A Queda dos Reinos - Queda dos Reinos #1
Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Juvenil
Ano: 2013
Páginas: 400
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Numa terra em que a magia havia sido esquecida e a paz reinara durante séculos, uma agitação perigosa ganha forma quando três reinos começam a lutar pelo poder. Entre traições, negociações e batalhas, quatro jovens terão seus destinos entrelaçados para sempre: Cleo, a filha mais nova do rei de Auranos; Magnus, o primogênito do rei de Limeros; Jonas, um camponês rebelde de Paelsia; e Lucia, uma garota adotada pela família real de Limeros que busca a verdade sobre seu passado.
Em A queda dos reinos, Morgan Rhodes constrói uma mitologia complexa e fascinante, que mistura amor proibido, intrigas políticas e profecias milenares. Narrado pelos pontos de vista dos quatro protagonistas, este é o primeiro volume da série.

Resenha: A Queda dos Reinos é o primeiro livro da trilogia Queda dos Reinos, da autora Morgan Rhodes, lançado pelo selo Seguinte da Editora Companhia das Letras aqui no Brasil.
A história se passa em três reinos, Auranos, Limeros e Paelsia que formam a ilha de Mytica, cujos líderes são inimigos. Auranos é o reino dos ricos e da fartura, Limeros é governado por um rei tirano que só age em nome de seus interesses, e Paelsia sofre com a pobreza e a escassez de suprimentos. Os reinos estavam em paz há mil anos, até agora...
São quatro protagonistas, Magnus, Lucia, Jonas e Cleo, e cada um, apesar de estarem com seus destinos ligados, vai em busca de seus ideais.

A história já começa em clima de ação quando Aron, em companhia de Cleo, acaba matando um paelsiano. O rei de Limerus, Gaius, se aproveita da situação para se aliar aos Auranos e travar uma guerra contra Paelsia. Porém, nada de realmente bom poderia vir de um rei sanguinário e oportunista, e há interesses muito mais sombrios por trás dessa atitude "generosa" do que se possa imaginar...
E enquanto todos ficam preocupados com vingança, existem seres mais interessados em salvar um santuário sagrado. Uma profecia antiga previa o nascimento de uma garota que seria a feiticeira mais poderosa de todos os tempos e que teria o poder de controlar os quatro elementos da natureza (terra, ar, fogo e água), e esses seres esperam por sua realização. E em meio a esse cenário medieval, cheio de ação e magia, a história se desenrola.

Narrada em terceira pessoa, os capítulos se passam em cada um dos reinos, ou no santuário dos vigilantes, através dos olhos de cada personagem principal, e isso é ótimo, pois podemos ver a mesma situação de vários pontos de vista diferentes. Até os personagens estão passando da adolescência pra fase adulta, e mudam e amadurecem de acordo com a evolução da história também, porém, alguns testam a paciência do leitor. Cleo é a princesa de Auranos, e por mais que pareça ter coragem e pé no chão para enfrentar as mais diversas situações, soou muito mimada e cheia de vontades, e isso já fica evidente quando ela fica aliviada pela irmã, Emilia, ser a sucessora do rei, assim ela não precisaria se preocupar com nenhum preparo. Jonas parece sempre ser guiado pela emoção em vez da razão, e por isso, acaba causando tragédias, inclusive mortes. E morte nesse livro é uma coisa comum, fácil, rotineira. A autora não tem dó de matar quem quer que seja, então, já aviso que não é bom se apegar a ninguém.
Magnus e Lucia são irmãos, filhos de Gaius, mas por ele não ter atenção nem o amor do pai, acabou por se apegar à irmã mais do que seria considerado "certo"...

Por ser um livro voltado ao público jovem adulto, e mesmo trazendo temas como violência, sexo e até incesto, a linguagem é muito fácil e simples, o que por um lado é bom pois a leitura flui bem, mas por outro, só me fez imaginar que a história se passa em um tempo remoto devido aos nomes diferentes e as descrições de reinos, lutas sangrentas com espadas e afins. Se não fosse por esses detalhes, poderia ser uma fantasia da atualidade, e isso pra mim foi um ponto que não me agradou pois gosto de ler e imaginar que é um livro que se passa em determinada época através da própria narrativa.
O começo da história foi um pouco arrastado, mas após pegar o ritmo e entender sobre a divisão dos reinos e quem é quem, fica mais fácil de acompanhar.
A diagramação é simples, cada capítulo se inicia com o nome do reino e seu símbolo, páginas amareladas e uma revisão impecável. A capa dispensa comentários... Linda!

Enfim... pra quem curte fantasia com magia, segredos, uma boa dose de intrigas, muitas batalhas (sangrentas), traições e reviravoltas incríveis, vai curtir bastante A Queda dos Reinos!