Título: A Vida em Tons de Cinza
Autor: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
Gênero: Literatura Estrangeira/Drama
Ano: 2011
Páginas: 240
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: 1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.
Resenha: Como a sinopse já destacou e resumiu, o tema abordado em "A Vida em Tons de Cinza" conta a história de Lina e sua família, que foram capturados pelo exército de Stalin, ou NKVD como são conhecidos, durante os tempos negros da 2ª Guerra Mundial e o Holocausto, e viveram dias de horror e sofrimento por conta disso nas mãos daqueles psicopatas.
É aquele tipo de história que você pensa que vai ser uma chatice completa, mas vai lendo, lendo, e quer continuar lendo cada vez mais, pra saber como Lina e sua família vão lidar com aquela situação horrível de terem sido levados a força, terem que trabalhar a troco de migalhas para tentarem sobreviver, passarem por humilhações e várias outras coisas terríveis. Juro que me senti como se estivesse sentada em uma roda, ouvindo a história da boca da própria Lina e sem vontade nenhuma de levantar e sair dalí.
Quando vi a capa pela primeira vez, já fiquei encantada, pois apesar de simples, tem todo um significado: Uma mudinha de planta nascendo num lugar sem vida...
Já dá pra imaginar o que esperar do livro só por ela, né? Não podia ter capa mais perfeita!
A autora fez uma pesquisa bem detalhada e se inspirou em casos verídicos de sobreviventes e locais onde foram mantidos para escrever a história, o que faz com que tudo fique ainda mais triste, pois só de imaginar os horrores que aquelas pessoas passaram já me dá vontade de chorar.
A história além de nos relembrar tudo o que o povo passou, nos dá uma imensa lição de vida, pois nos toca com o amor, a fé, força de vontade, amizade, união, coragem e a perseverança dos personagens, que foram todos muito bem construídos e super marcantes, mesmo os mais "pequenos".
Apesar do tema ser pesado, a forma como a história foi contada nos prende no início ao fim e nos emociona e nos comove a cada página. Me senti na pele dos personagens, me revoltei, fiquei agoniada, chorei... Enfim... O livro é ótimo e super recomendo!
Pra quem gosta de História (até pra quem não gosta) e/ou tem interesse em saber um pouco mais da vida dos prisioneiros de guerra nessa época pra ter ideia do que passaram, não pode dispensar esse livro. Já está nos meus favoritos. Um dos melhores livros que já li!