Editora: Seguinte
Gênero: Juvenil/Tirinhas
Ano: 2024
Páginas: 120
Nota:★★★★☆
Sinopse: No quarto volume da sua coletânea de tirinhas, Sarah Andersen explora ― com muito humor e fofura ― as esquisitices do início da vida adulta.Você faz piadas ruins nas horas mais inconvenientes? Tem medo de se mostrar como realmente é ― e assustar as pessoas? Relaxa, todo mundo tem alguma esquisitice… Ou várias! Isso é o que demonstram as tirinhas de Sarah Andersen, cartunista que já conquistou mais de 4 milhões de seguidores na internet com um traço encantador e sacadas geniais.Esta nova antologia fala sobre o sentimento de inadequação num mundo pra lá de convencional. Acima de tudo, nos traz a tranquilidade de que está tudo bem ser diferente, e que sempre vai ter alguém que compartilha das nossas esquisitices ― basta olhar para o lado, ou folhear as páginas.
Resenha: Depois de quase 4 anos de espera, a Seguinte traz o quarto volume da coletânea de tirinhas da autora e ilustradora Sarah Andersen, que dessa vez fala sobre o início da vida adulta e todas as esquisitices que as pessoas da geração millenial trazem consigo.
Cada página traz um conjunto de tirinhas com piadinhas ou situações individuais que não tem ligação com as das outras páginas, e a autora explora as "vantagens" de ser diferente em meio a multidão. Algumas tirinhas são engraçadas, outras são bem inteligentes, e outras são meio bobinhas, mas quem é mais tímido, sofre de ansiedade e depressão, tem dificuldade na socialização, se enxerga diferente da maioria das pessoas, ama gatos e não vive sem procrastinar, vai se identificar com a maioria delas.
As ilustrações são simples, mas bem expressivas, intensas e engraçadas, e já é marca registrada da autora. A edição em capa dura é uma gracinha, e em conjunto com os volumes anteriores fica uma fofura na estante. O trabalho gráfico e o cuidado da editora nessas edições é incrível.
Vou ser sincera e dizer que algumas das piadinhas com referências às gerações Y ou Z me fizeram sentir que ando por fora de muita coisa, talvez por não terem uma ligação direta com meu cotidiano, e acabei não me identificando, mas a maioria das outras é bem engraçadinha e fazem muito sentido.
Sarah também esboça sobre a vida de autores e as decisões que eles tomam ao escreverem suas histórias, e todo leitor vai conseguir pegar as referências hilárias desse "modus operandi" literário.
Acho que esse volume é mais específico e voltado para os dilemas de pessoas entre 30 e 40 anos (o que não é bem o início da vida adulta como a sinopse dá a entender) justamente por focar em questões, comportamento e modo de pensar que geralmente fazem parte dessa geração, então talvez não terá muito apelo ou não fará muito sentido para quem é mais jovem.
No mais, Esquisitona é uma leitura que traz reflexões bem interessantes e com muito bom humor. É aquele tipo de livro perfeito para relaxar, intercalar entre leituras mais densas e dar aquele sorrizinho de canto.