Autora: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Gênero: NA/Romance
Ano: 2016
Páginas: 240
Nota: ★★☆☆☆
Onde Comprar: Saraiva | Submarino | Americanas
Sinopse:Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Esta história se baseia na mitologia de Leão e fala sobre as segundas chances que a vida nos dá.
Leo se apaixonou por Evie quando os dois ainda eram crianças, no lar adotivo temporário em que viviam. No futuro difícil que parecia guardado para ele, a única certeza de seu coração era que nada jamais o afastaria daquela garota.
Mas, na adolescência, ele foi adotado e teve que se mudar para outra cidade. Durante oito anos eles ficaram afastados contra a vontade e, nesse tempo, Leo precisou superar muitos obstáculos – sobretudo os problemas criados pela mãe adotiva – para se tornar o homem que merecesse Evie e pudesse finalmente buscá-la.
O reencontro, porém, não foi fácil e Leo teve que se esforçar para se reaproximar de Evie, reconquistar seu amor e, com sua ajuda, deixar para trás toda a tristeza de uma infância de abandono.
Em O Coração do Leão, Evie narrou seu lado desse romance. Agora, em O Leão Ferido, é a vez de Leo contar tudo o que lhe aconteceu e revelar o desfecho dessa história de amor.
Resenha: O Leão Ferido, terceiro volume da série Signos do Amor, retrata a mesma história do segundo, mas sob o ponto de vista de Leo. O enredo, que no livro anterior já se mostrou muito raso e infrutífero, repete os mesmos acontecimentos. Ao final, o ponto de vista de Leo não acrescenta nada relevante no que já foi previamente mostrado em O Coração do Leão.
Tentar dar voz aos homens nas narrativas sempre é um perigo, em vista que às vezes a autora não consegue passar a essência masculina de uma maneira plena. Em O Leão Ferido, Mia Sheridan deu a Leo a chance de narrar a história sob suas percepções. Se o livro anterior já foi aquém do desejado, esse consegue repetir o feito. O homem, que passou por um trauma na vida, tenta a todo custo reconquistar Evie. Entre tentativas e muitas investidas, o que ele deixa claro é uma total imaturidade. Ter ciúmes de um pavão (sim, um animal), temer que sua amada se machuque por andar de transporte público (alguém já morre por andar de ônibus?) e ser possessivo em relação com quem Evie pode ter ficado num passado, são algumas atitudes que vão entediando e não conseguem firmar uma imagem bacana para o protagonista.
Os diálogos e situações são os mesmos. O que já não havia surpreendido antes, não o faz agora. É como assistir um filme novamente, sempre antecipando o que vai acontecer em seguida. A diferença é que ele narra as coisas do seu modo - um jeito não muito cativante. Alto, sarado, bonito e bom de cama são bons atributos para um homem, mas o ponto de vista do Leo não tem nada mais interessante. O que o personagem apresenta é coerência, sem dúvida, já que entre um acontecimento e outro, ele mesmo se auto condena por ter atitudes imaturas e impensadas.
O Leão Ferido é o tipo de livro de extremos: você ama ou odeia. A tentativa de dar voz a Leo pode ter sido o que se tornou um tiro no pé de Mia Sheridan. O Coração de Leão consegue não ser tão cativante, mas mesmo assim seria mais aceitável se tivesse ficado apenas no ponto de vista da Evie. Os fatos continuam sendo os mesmos, e a percepção do conjunto todo não mudou. Ao final, há um epílogo digno de contos de fadas. A diferença é que em contos de fadas o expectador entra em contato com algo memorável e mágico e este livro, ao término, se mostrou completamente esquecível.