Título: Guerra Imortal - Vampiratas #6
Autor: Justin Somper
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Aventura
Ano: 2013
Páginas: 448
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: O épico confronto entre os Vampiratas e a união formada pela Federação e os Noturnos chega ao seu fim em meio a batalhas que vão ecoar por todos os mares. Os irmãos Grace e Connor Tormenta, peças-chave durante todo o conflito, podem ser a resposta para trazer a tão sonhada paz. Mas para fazerem isso, segundo uma antiga profecia, eles precisam ir até as últimas consequências... E um deles pode não voltar.Resenha: Guerra Imortal é o sexto e último volume que encerra a série Vampiratas, escrita pelo autor Justin Somper e lançada pela editora Galera Record.
Os livros anteriores ao Guerra Imortal são esses: Demônios do Oceano, Maré de Terror, Capitão de Sangue, Coração Negro e Império da Noite.
Atenção: esta resenha pode ter spoilers de volumes anteriores! Prossiga por sua conta e risco rsrsrs.
Os Noturnos se uniram a Federação dos Piratas numa guerra contra os Vampiratas, liderados por Sidório e Lady Lola. Sidório quer conquistar os mares e para isso não vai medir esforços.
Em meio ao conflito, Grace e Connor precisam lidar com a condição que se encontram: São dhampiros, por terem a mãe humana e o pai vampiro. Agora, apesar de estarem separados novamente, eles estão se acostumando ao que são e ao dom que têm, e também estão juntos no propósito de acabar com a maldade dos inimigos da União.
Connor continua como pirata após receber uma herança milionária do falecido Capitão Molluco, e Grace fica em Santuário, ajudando vampiros feridos com sua habilidade incrível de cura, e Mosh Zu resolve que é hora de falar que os irmãos estão com seus destinos traçados por uma profecia daquele tipo "alguém tem que morrer pra tudo dar certo no final".
Vampiratas foi uma série que me conquistou e me fez ficar empolgada desde o início. Cada livro era uma surpresa melhor do que a outra, cheio de reviravoltas, personagens ótimos e bem construídos, mistérios e muita aventura. Até que o quinto livro chegou com mudanças sem sentido na personalidade dos personagens principais o que me fez tirar o coração de favorito dele que todos os outros anteriores tinham ganhado...
Dessa vez, em Guerra Imortal, esperei um desfecho fantástico, daquele tipo que me fizesse pensar que foi uma das melhores séries que li na minha vida, e mesmo que a os livros anteriores sejam muito, mas muito bons e eu recomendar sempre para os outros, esse último não superou minhas expectativas pois fiquei com a impressão que saiu da ideia principal tomando outro rumo, como se tivesse sido planejado as pressas e preenchido com coisas desnecessárias só pra engrossar o livro. Algumas coisas foram bem resolvidas, mas algumas questões que ficaram em aberto nos outros livros continuaram sem explicação, o que me fez pensar se a série realmente chegou ao fim ou se o autor só quis que o leitor imaginasse o que quisesse para determinada ponta desamarrada... E parando pra pensar sobre a história se passar em 2505, num futuro consideravelmente distante, penso que algo de terrível deve ter acontecido antes, mas não explicado, para não existir tecnologia alguma, nenhum avanço, nada de moderno no mundo... Suas práticas, armamentos e táticas são praticamente as mesmas da pirataria primitiva que existiu antes mesmo de Cristo.
O excesso de personagens que se transformaram em vampiro, ou de outros tão importantes que só apareceram agora sem nenhuma referência em nenhum dos livros anteriores não me convenceram. E o que me convenceu menos ainda foi a ideia dos filhos de Lady Lola, "Hunter" e "Evil" (nomes que imaginei terem sido escolhidos para evidenciar a personalidade maligna da mãe) além de coincidentemente nascerem no aniversário de Connor e Grace, ainda terem conseguido a proeza de nascerem de quase 9 meses completos... E gêmeos nascendo de 9 meses é algo que não entra na minha cabeça... Lola é vampira, pode ser uma gestação "diferente", não? Mas só por ela ser vampira, e estar morta, a gravidez já foi algo que não engoli desde quando aconteceu...
E fora que os irmãos estariam fazendo 15 anos, mas suas atitudes já são de adultos cheios de experiência. No começo da série é totalmente aceitável eles ficarem perdidos e sem saber o que pensar ou fazer por terem sido jogados nessa vida em alto mar, em meio a piratas e vampiros, mas o tempo que se passa durante esses 6 livros e tudo que eles vivem é mínimo, e acho que o autor poderia considerar a ideia de deixar alguns anos passarem pra que as atitudes, e até o comportamento deles, se adequassem à idade.
Desgostei de alguns personagens que gostava, comecei a torcer por outros que não dava muita trela, porque ao mesmo tempo que alguns amadurecem e demonstram ser fortes, outros parecem regredir e deixar de ter importância.
A narrativa é em terceira pessoa e a leitura é bem fácil e flui muito bem. A diagramação do livro segue o mesmo padrão dos anteriores, em que cada início de capítulo tem a caveira com espadas, símbolo da série, os capítulos são curtos (obrigada!) e se alternam parar mostrar acontecimentos em lugares variados com personagens diferentes.
Enfim... foi uma história que gostei, mas ao mesmo tempo desgostei porque esperava outra coisa... Acho que poderia ter sido melhor trabalhada e desenvolvida, não para agradar o leitor com acontecimentos esperados e desejados, porque numa guerra é óbvio que vão haver perdas, mortes e outras tragédias chocantes e revoltantes, mas que continuasse com o mesmo estilo empolgante em vez de arrastado e cheio de coisas sem explicação que percebi aqui. Não me arrependo de ter lido a série, continuo sendo fã, mas o final dela não foi tão satisfatório pra mim, infelizmente.