Nova Parceria: Grupo Editorial Record

25 de abril de 2013

Oie, pessoas!
Há uns dias atrás saiu o resultado da seleção dos parceiros de 2013 do Grupo Editorial Record e lá estava o  no meio do povo! Que chique isso! [orgulho mode on]
Uma empresa 100% nacional: o maior conglomerado editorial da América Latina fala português. Líder no segmento dos não-didáticos, o Grupo Editorial Record mantém a posição apostando em qualidade e diversidade. Desde 1942, quando foi fundada por Alfredo Machado e Décio Abreu como uma distribuidora de quadrinhos e outros serviços de imprensa, conserva a vocação de difundir informação, conhecimento, cultura e entretenimento literário.

Com onze perfis diferenciados — Record, Bertrand Brasil, José Olympio, Civilização Brasileira, Rosa dos Tempos, Nova Era, Difel, BestSeller, Edições BestBolso, Galera & Galerinha — o objetivo é sempre trazer o que há de melhor para o leitor brasileiro.

De seu parque gráfico, composto pelo Sistema Poligráfico Cameron, um moderno equipamento de impressão, único no continente, saem até 100 livros de 200 páginas por minuto. Ficção; narrativas históricas e científicas; ensaios culturais, sociológicos, literários e filosófico; reportagens; romances policiais e de suspense, literatura feminina e quadrinhos fazem parte do variado catálogo do grupo, hoje com mais de 6 mil títulos.


O grupo engloba os seguintes selos na parceria:

Carro-chefe do grupo e responsável pelo lançamento de várias tendências editoriais, a Record busca sempre inovação e qualidade entre seus títulos. Ficção de qualidade e entretenimento, reportagens e narrativas de não-ficção sobre temas polêmicos, históricos ou científicos, são a nova face da editora. Nomes como Candace Bushnell, Sophie Kinsella, Bernard Cornwell e Conn Iggulden, freqüentes nas listas de mais vendidos de vários países, dividem espaço com talentos nacionais, como Alberto Mussa, Mario Sabino, Lya Luft, Tania Zagury e Cristovão Tezza. Clássicos como Graciliano Ramos e Fernando Sabino também levam o logo da editora, entre vários vencedores de Prêmio Nobel: Gabriel García Márquez, Hermann Hesse, Albert Camus e Günter Grass.


Fundada em 1986 e incorporada ao Grupo Editorial Record em 2004, a editora BestSeller tem tradição na
publicação de livros de carreira, finanças, desenvolvimento pessoal, negócios, liderança, marketing, estilo de vida, saúde, relacionamento, moda e educação.
Constam em seu catálogo autores consagrados nacional e internacionalmente, como Deepak Chopra, Louise Hay, Jean Sasson, Stephen Covey, Ken Blanchard, Nassim Taleb, Peter Senge, Dave Ulrich, Nina Garcia, Gordon Ramsay, Walter Longo, Zé Luiz Tavares, Adilson Xavier, Regina Navarro Lins, entre outros.

Em atividade desde 2000, a Verus Editora solidificou sua presença no mercado editorial com um catálogo forte e variado que reúne autores de renome nacional e internacional como Rubem Alves, Anselm Grün, Cesar Millan, Dalai-Lama, Osho, entre outros. Nos últimos anos, vem investindo em obras relacionadas a estilo de vida, com títulos de culinária, turismo, moda, guias de educação de cães, conhecimentos gerais e etc. A Verus acaba de inaugurar sua linha de ficção, com livros de autores nacionais e estrangeiros.


Fundada em 1932, a editora Civilização Brasileira foi incorporada à Record em 2000, mantendo-se fiel a
sua proposta original: aliar tradição e pensamento crítico. O leitor encontra, aqui, clássicos da economia e sociologia, como Karl Marx e Antonio Gramsci, e da literatura universal e brasileira, como James Joyce, Oscar Wilde, Paulo Mendes Campos e Lúcio Cardoso.
Também recebem o logo da CB os mais importantes trabalhos acadêmicos realizados no Brasil e no exterior, em áreas que vão da história à psicanálise.

Estabelecida no mercado desde 1931, a editora José Olympio é um dos pilares da cultura brasileira. Atravessou várias fases e boa parte da história editorial brasileira. Pelas mãos de seus colaboradores, muitos originais saíram do prelo para a posteridade, como o eterno Fogo morto, de José Lins do Rego. Integrando o Grupo Record desde 2001, a José Olympio restaura, com frescor e dinamismo, seu patrimônio editorial.

O selo Best Business publica livros de alto padrão nas áreas de negócios e economia. São títulos voltados
para um público leitor exigente e seletivo que busca refletir em profundidade sobre as transformações na economia e sobre o significado de liderar no mundo de hoje. Títulos de grande relevância que se distinguem dos livros de auto-ajuda empresarial e que atendem a demanda por informação de dirigentes e líderes com atividades que requerem pensamento estratégico.


 E pra não perder nenhuma novidade, aqui estão os váááários lançamentos de todos eles:
  

  

  

  

  


  

  

 

Trocada - Amanda Hocking

23 de abril de 2013

Lido em: Abril de 2013
Título: Trocada - Trylle #1
Autora: Amanda Hocking
Editora: Rocco
Tradutora: Priscila Catão
Gênero: Fantasia/YA/Sobrenatural
Ano: 2013
Páginas: 326
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Quando Wendy Everly tinha seis anos, sua mãe foi convencida de que ela era um monstro e tentou matá-la. Onze anos mais tarde, Wendy descobre que sua mãe poderia estar certa. Ela não é a pessoa que ela sempre acreditou ser, e toda a sua vida começa a ser desvendada. Tudo por causa de Finn Holmes. Finn é um cara misterioso e parece estar sempre olhando para ela. Cada encontro deixa Wendy profundamente abalada. Mas não é muito antes de ele revelar a verdade: Wendy é uma changeling que foi trocada ao nascer e ele veio para levá-la de volta para casa. Agora Wendy parte para uma viagem a um mundo que ela nunca soube que existia, um que é ao mesmo tempo belo e assustador. E onde ela deve deixar sua antiga vida para trás para descobrir qual será o seu destino.
Resenha: Trocada é o primeiro livro da trilogia Trylle, da autora Amanda Hocking e lançado pela Editora Rocco aqui no Brasil, que traz a história de Wendy, uma garota rebelde que tem 17 anos e tem um episódio trágico marcado na memória: quando ela tinha seis anos, sua mãe, que nunca lhe tratou com amor e carinho, a acusou de ser um monstro que está no lugar de seu verdadeiro filho e ainda tentou matá-la com uma faca. Tal agressão rendeu a Wendy uma cicatriz gigante. Como nunca pôde contar com a mãe, que agora está internada num hospital psiquiátrico, sua única referência de família é o irmão mais velho, Matt, que sempre a protegeu e se importou com ela.
Por causa de seu temperamento difícil, Wendy vem causando problemas nas escolas que frequenta e vive sendo expulsa. Não tem amigos e sempre se sente deslocada. Até que aparece Finn, um jovem misterioso que parece conhecê-la melhor do que qualquer um, até do que ela mesma, o que a deixa muito intrigada pois ele diz e faz coisas que indicam que sua mãe estava certa quando a acusava de ser uma impostora. Wendy é uma Trylle e ainda está desenvolvendo seu poder de persuasão muito mais rápido do que o esperado, e Finn está alí pra levá-la de volta pra casa, uma comunidade composta por Trolls chamada Forening, onde ela acaba descobrindo sua origem e o motivo de ter sido trocada...

Trocada foi um livro que por ser de um gênero que me interessa, criei bastante expectativas. Vemos de tudo nessas histórias que falam de serem sobrenaturais, mas nenhuma que tratava de Trolls da forma como foram abordados aqui. Sempre imaginei que Trolls fossem seres monstruosos, repugnantes e desprezíveis  mas em Trocada, eles são como pessoas normais, a única diferença é que tem características físicas marcantes e que lembram o elemento "terra", como ter olhos e cabelos castanhos por exemplo, e um propósito de vida bem "diferente" dos humanos, ou "Mansklig", como são chamados por eles...

Por ser narrado em primeira pessoa por Wendy, o leitor fica extremamente limitado a descobrir as coisas aos poucos, o que causa muitos conflitos nessa leitura. Wendy descobre ser uma pessoa importante na hierarquia dos Trylle, mas ninguém lhe explica o que ela deve fazer alí. Por ela ter demonstrado ser uma adolescente tão encrenqueira no início da história, esperava no mínimo um grande barraco em que ela cobraria explicações, mas não é isso que acontece, pois ela começa a se revelar uma pessoa insegura, boba, inocente e que aceita tudo calada e continua sem saber nada. E o leitor também.

A impressão que tive é que a autora quis segurar o máximo de informações possível com a intenção de prender o leitor para que ele continue devorando cada página e lendo sem parar a fim de descobrir logo o que está acontecendo alí, mas a gente lê, lê, lê e lê mais um pouco, mas continuamos sem explicações e sem sair do lugar. Me senti enrolada! E quando, enfim, vem uma explicação sobre o motivo das trocas, quase morri de desgosto, pois é completamente ridículo, e Wendy por mais que tenha discordado e também achado tosco, não move um dedo contra essa prática. Pelo menos ainda não.

Acho que histórias fantásticas devem ser convincentes, e por mais que Trocada tenha uma premissa bacana, eu não fui convencida de que as coisas eram "reais". Alguns personagens são muito bons, mas achei que a história não foi tão bem desenvolvida a ponto de se tornar prazerosa, mas sim enrolada, do tipo que testa a paciência do leitor. É possível percebermos que o livro aborda o preconceito e nos faz refletir sobre até onde as pessoas vão e o que são capazes de fazer em nome do poder e da riqueza.

Com relação a diagramação e tradução, não tenho do que reclamar. A capa é aveludada e bonita, o ornamento em preto que fica em volta do título é envernizado, as folhas são amareladas com a  fonte de um tamanho agradável, e só encontrei um erro na revisão do texto (uma palavra que deveria ser "reverência" saiu como "referência").

No mais, prefiro acreditar que o primeiro livro é uma introdução do que está por vir, e queria muito que a continuação tivesse mais explicações rápidas e fosse mais convincente (principalmente com relação ao comportamento de Wendy que por ser tão inconstante, deixou a desejar), pois minhas expectativas não foram superadas, infelizmente.



Polemica, eu? #3 - Mais resenha, menos quotes

20 de abril de 2013

Oie, gente!
O que trago aqui pode incomodar alguns, sorry, mas não pude deixar de falar sobre isso quando vi que o negócio está beirando o exagero e que muitas outras pessoas que acompanham blogs por aí também concordam comigo e não curtem o excesso de citações embutidas nas resenhas.

Antes de mais nada, vamos a definição da resenha crítica, segundo o Info Escola: "A resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra." cuja finalidade é "...apresentar um posicionamento técnico a partir de uma análise sobre a obra, expondo o  resumo do conteúdo e o nível de sua importância. Em suma, apresenta o conteúdo de uma obra com uma avaliação técnica e crítica."
Ou seja, deve ser feita uma síntese da premissa do livro, seguida de uma análise.
Só que o que vejo por aí, são um bando de pseudoresenhistas que não tem ideia do que fazem e sem o menor senso na hora de escrever o que dizem ser resenhas, pois fazem um resumo da história, seguida (ou seria interrompida?) por várias citações (frases retiradas do livro) pra no final acrescentarem "Gostei muito do livro pois a história é muito boa! Recomendo!" Oi?

Peguei a história do Patinho Feio, de Hans Christian Andersen (versão de portugal) e vou dar um exemplo pra vocês entenderem e perceberem como, além de errado, é completamente irritante:

"Resenha" de O Patinho Feio - Hans Christian Andersen

A história de "O Patinho Feio" começa quando mamãe pata aguarda ansiosa pelo nascimento de seus patinhos.
"Era aí que uma pata chocava os seus ovos no ninho. Porém, já estava a ficar bastante farta, porque os patinhos nunca mais apareciam; quanto a visitas, quase não as tinha; os outros patos preferiam nadar no fosso a ir ter com ela debaixo das grandes folhas para conversar."
Quando, enfim, os patos quebram os ovos, mamãe pata fica feliz por poder lhes apresentar o mundo, porém, ao perceber que ainda faltava um ovo, voltou para continuar esperando.
"- Pensam que o mundo é só isto, seus patetas? — perguntou a mãe. — Ora! O mundo estende-se muito para além do outro lado do jardim, mesmo até ao campo do vigário. Embora, verdade seja dita, eu nunca tenha lá estado. Já cá estão todos, não estão? — Levantou-se do ninho. — Não, tu ainda não. Ainda falta o ovo maior. Quanto tempo demorará ainda? Estou mesmo farta disto, se querem saber.
E lá tornou a deitar-se."
Mamãe pata ainda foi alertada por uma pata velha que passava por alí de que aquele ovo atrasado seria um ovo de peru e que ela deveria abandoná-lo, mas já que tinha esperado tanto tempo, esperar mais um pouco não faria diferença. Até que pouco tempo depois o ovo começa a quebrar surpreendendo mamãe pata.
Por fim, o grande ovo estalou.
"- Pip, pip! - disse o jovem, saindo cá para fora.
Mas que grande e que feio que ele era! A mãe olhou para ele.
- Que grande patinho! - pensou. - Será mesmo um peru? Bem, já vamos ver; há-de ir para a água, nem que eu tenha de o empurrar."
Chegando na água, todos os patos ficaram horrorizados por causa da feiura do patinho e passaram a ofendê-lo e até o atacaram!
"- Lá vamos ter de aturar estes, como se já não fôssemos bastantes! E, meu Deus!, que patinho tão esquisito aquele! Não o queremos com certeza por aqui.
E um pato esvoaçou em direcção ao patinho cinzento e deu-lhe uma bicada no pescoço."
Cansado de ser excluído, o patinho feio fugiu, o que ele não esperava seria passar por ainda mais dificuldades até que, finalmente, pudesse encontrar seu lugar no mundo.
O Patinho Feio é um clássico emocionante que todos deveriam ter a oportunidade de ler. Adorei!

The End.


Pra mim, quem faz uma "resenha" dessa forma, demonstra claramente que não sabe o que está fazendo, pois camuflou a falta de opinião resumindo a história e a repetindo com as citações só pra aumentar o texto. E fazendo isso, a impressão que dá é de que a história está sendo contada duas vezes! Ao ler a síntese e ser interrompido várias vezes pelas citações, o leitor acaba perdendo o foco, pois a citação que segue parece querer comprovar insistentemente a veracidade do resumo/opinião/impressão que o resenhista não tem.
Quem lê uma resenha não quer que o resenhista conte a história toda, mas sim que aponte os pontos importantes e dê sua opinião sobre o que achou para que a pessoa saiba o que esperar e decida se vai ou não investir naquela leitura. Acredito que usar quotes em resenhas, desde que sejam poucos, não é de todo errado. Eu mesma já usei em algumas resenhas que escrevi, pois às vezes alguns pontos são melhores ilustrados ou entendidos quando estão seguidos da tal citação. O problema é a pessoa recontar a história resumindo e citando as partes do livro dessa forma exagerada e desnecessária a qual exemplifiquei e depois finalizar a resenha com um "Muito bom, recomendo!" pobre e seco sem uma análise mais aprofundada sequer.
Tem quem ache que a resenha fica mais "bonita" com citações, mas discordo. A resenha pode ser apresentável e agradável aos olhos, claro, mas ser apresentável é muito diferente de ser enfeitada com mil quotes que atrapalham a leitura e até o entendimento daquela resenha em questão.
E vale lembrar uma informação muito importante que consta nos livros e que ninguém considera e ignora lindamente: o "Copyright"...

Enfim, aqui no blog mesmo existe um post super útil com várias dicas para uma resenha bacana e acho válido que seja lido para que dê uma luz aos que tem dificuldade em fazer uma resenha: Você sabe fazer uma resenha de qualidade?

Uma última observação: Minha intenção aqui não é ofender ninguém, nem direcionar a alguém em particular, somente expor minha opinião, mesmo que "polêmica", sobre essa forma que inventaram de apresentar uma resenha e que não considero ser certa. Sei que cada um resenha da forma que bem entender, mas isso não significa que essa forma seja a correta...

Bjodoce!

Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas? - Lemony Snicket

19 de abril de 2013

Título: Quem Poderia Ser a Uma Hora Dessas? - Só Perguntas Erradas #1
Autor: Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler)
Editora: Seguinte
Gênero: Infanto Juvenil/Aventura/Mistério
Ano: 2012
Páginas: 240
Nota: ★★★★★
Sinopse: Em uma cidade decadente, onde se criam polvos para a produção de tinta, onde há uma floresta de algas marinhas e onde um dia funcionou uma redação de jornal em um farol, um jovem Lemony Snicket começa o seu aprendizado em uma organização misteriosa. Ele vai atender seu primeiro cliente e tentar solucionar o seu primeiro crime, aos comandos de uma tutora que chama carro de “esportivo” e assina bilhetes secretos. Lá, ele vai cair na árvore errada, vai entrar no portão errado, destruir a biblioteca errada, e encontrar as respostas erradas para as perguntas erradas - que nunca deveriam ter passado pela cabeça dele. Ele escreveu um relato sobre tudo o que se passou, que não deveria ser publicado, em quatro volumes que não deveriam ser lidos. Este é o primeiro deles. 

Resenha: Lemony Snicket em Quem poderia ser a uma hora dessas?, primeiro volume da série composta por quatro livros, Só Perguntas Erradas, é o protagonista de sua própria história, e narra os acontecimentos após ter se tornado aprendiz em uma organização secreta e misteriosa, cuja tutora escolhida por ele, S. Theodora Markson, é a pior entre os mais de 50 tutores disponíveis, com a pior e mais indomável cabeleira já vista na face da Terra. E a ideia de escolher a pior de todos, foi proposital, pois assim, Lemony poderia tratar de seus assuntos particulares em paz.
Snicket e S. Theodora (não pergunte o que o S. significa, é uma pergunta muito errada) acabaram sendo designados para investigarem o roubo da Fera Ressonante, uma estatueta que não foi roubada na cidade a beira-mar e decadente de Manchado-pelo-Mar, que já não está mais a beira-mar. A cidade sobrevivia da renda proveniente da tinta produzida pelos polvos, inclusive o jornal que funcionava no Farol usava a tinta dos polvos em suas impressões, porém, o mar sumiu, escafedeu-se, foi drenado, ou sabe-se lá o quê, acabando com os polvos e com a localização da cidade. E é durante as investigações que Snicket irá se surpreender com as suas descobertas e revelações que eram muito maiores do que imaginava, sempre com seu toque de humor, fazendo suas perguntas inocentes e erradas na hora errada.

A facilidade que o autor tem pra escrever e descrever cenários geniais com tanta originalidade, e sendo narrado em primeira pessoa de forma hilária, ágil, fluída e dinâmica, de um jeito que fica evidente que ele está contando algo proibido, o leitor consegue se aproximar e entender os motivos que levam Snicket a tomar certas atitudes e decisões, ou fazer suas ótimas perguntas, por mais erradas que sejam.
Somos apresentados a personagens interessantíssimos, como os irmãos Juca e Chico taxistas que fazem suas corridas em troca de "dicas" em vez de dinheiro, Próspero Perdido, o dono do hotel da cidade super atencioso, Moxie, a aspirante a jornalista mui misteriosa, dentre outros que são essenciais para o desenrolar da história.
Os capítulos contam com ilustrações que colaboram para que possamos imaginar os cenários e até termos noção de todo o mistério que envolve a trama, onde se destaca sombras e coisas do tipo.
É um livro bastante introdutório, que deixa várias perguntas no ar e um gancho bem bacana para a continuação, mas nem por isso deixa de ser uma ótima pedida.
A diagramação do livro é super caprichada, a capa é aveludada e sua parte interna com ilustrações dos polvos tem tudo a ver com a história, as páginas amareladas e o tamanho da fonte colaboram bastante pra uma leitura rápida e a revisão está impecável.
"Quem poderia ser a uma hora dessas?" é uma história que, por trás de toda a maluquice, tanto de personagens quanto dos cenários, nos mostra que muitas vezes os adultos se acham espertos só por serem adultos, mas mal vêem a verdade diante dos próprios olhos, e que as crianças, por mais inocentes que sejam, são puras e verdadeiras. Nem tudo que parece é, e nem tudo que já foi continuará sendo. Tudo está em constante mudança e ler essas pequenas lições nas entrelinhas em meio a uma narrativa tão bacana, foi divertidíssimo! Super recomendo!