Resumo do Mês - Junho
1 de julho de 2020
Esse mês não pude dar muita atenção pro blog, mais uma vez. Não gosto quando isso acontece porque sinto falta de sentar aqui e escrever sobre minhas leituras e as séries que vejo, mas isso fica meio difícil quando eu não ando lendo nada e ainda fico sem tempo pra escrever sobre o que ando assistindo.
Ando tendo uns problemas no condomínio do prédio onde moro por causa do Ian. Esse isolamento faz com que a gente fique PRESO DENTRO DE CASA DIA E NOITE e isso com certeza tá deixando as pessoas mais LOUCAS DO QUE NUNCA. Como já comentei várias vezes nessas postagens do resumo, que muitas vezes me servem como um desabafo, o Ian é uma criança terrível. Não pára um minuto, faz bagunça demais, grita demais, incomoda demais, e a vizinha aqui debaixo parece ter levado pro lado pessoal e não pára de reclamar do barulho que ele faz. Ela já reclamou comigo, já reclamou pro síndico, já reclamou pra imobiliária, já levei advertência por causa do incômodo e eu, sinceramente, não sei o que fazer. Sei que deve incomodar porque ele não para um minuto sequer, e quando corre pela casa dá cada pisão no chão que chega a tremer as paredes, mas por ser criança e não entender o que ele faz, fico sem saber como lidar.
Mas o que eu faço? Não tenho culpa do isolamento acústico nesse bendito apartamento ser zero e qualquer passo que a gente dê já faz barulho no teto da vizinha. Já pedi desculpas e falei que ia tentar controlar, mas vou amarrar o menino? Dar remédio pra dormir? Despachar pra longe? Sem escola e sem o acompanhamento com a psicóloga pra ajudar com o hiperativismo dele o menino só falta subir pelas paredes, e por mais difícil que seja, é complicado quando as pessoas não tem empatia e não entendem que a situação é complicada pra TODOS, inclusive pra mim que ando mais surtada do que nunca porque sou uma pessoa só, estamos todos presos, e não consigo ficar por conta dele 24hrs por dia pra manter ele em silêncio absoluto pra não incomodar os outros, até mesmo porque tenho outros filhos e uma casa inteira pra cuidar SOZINHA. Como não quero caçar briga com ninguém, e como fico incomodada por estar causando esses transtornos pros outros (mesmo que nunca tivesse sido minha intenção), o único jeito vai ser me mudar, MAIS UMA VEZ.
Já perdi as contas de quantas vezes mudei nos últimos 15 anos... Não podia fazer isso agora. É um gasto que eu não planejava ter, mas pra evitar a fadiga, vai ser o único jeito de dar paz e ter paz. É horrível quando a gente mora num lugar e não se sente em casa porque os outros reclamam sem sequer tentar entender o outro lado da história. Morar de aluguel é uma merda, mas a vantagem é que se tá ruim, a gente sai e pronto. Já achei uma casa espaçosa e bacana pra gente alugar, porque com o Ian, pelo menos enquanto ele for pequeno, não tem a menor condição de irmos morar em prédio, e agora só tô aqui esperando a análise dos documentos pra começar a preparar a mudança. Já deu tudo certo e agradeço todos os dias por isso.
Só preciso avisar a imobiliária pra colocar um aviso pro próximo que for alugar que é pra pessoa ter muito cuidado caso tenha filhos pequenos.... Nem sempre um comportamento problemático significa que o filho é mal criado, pode ter outras coisas por trás e quem não tem filho NUNCA vai saber e entender, de fato, como é. Então não adianta tentar explicar alguma coisa pra quem não pode se colocar no lugar do outro e nem vive nada do tipo entender. Criança faz barulho, criança grita, criança corre, criança chora, e pela experiência que tive aqui, percebi que não é qualquer um que entende e aceita que criança precisa disso pra ser criança.
Enfim... Acho que isso justifica um pouco minha ausência e desânimo, mas não quero desistir e pretendo me dedicar mais, assim que possível. Só não posso ficar me cobrando por algo que sei que não vou dar conta.
♥ Na Telinha
- 365 Dni
♥ Wishlist
- Funkos de The Craft
♥ Caixa de Correio de Junho
Caixa de Correio #100 - Junho
30 de junho de 2020
Caixinha de Correio n° 100, Brasil?? É isso mesmo. Um dos pouquíssimos posts fixos e pontuais (as vezes nem tanto) chegou à sua 100ª edição. A tristeza é que, apesar de eu ter recebido popinhos maravilindos, continuo sem comprar e receber livros. Mas pra qualquer colecionador, essa caixa tá mais do que porreta. Tive coragem de customizar o pop da Hermione do baile porque aquele vestido rosa que ela usa no filme e que ficou representado no popinho nunca me desceu. Assim sendo, agora tá azul, como bem descrito no livro, e digna da minha admiração, graças as minhas habilidades artesanatísticas (e sim, tenho a outra com o vestido rosa ainda, essa de azul é outra). Espiem as belezuras:
#NaJanelaFestival - Jornadas Antirracistas
25 de junho de 2020
Nos dias 26, 27 e 28 de junho, seis bate-papos e uma intervenção poética colocam em foco um debate premente para a construção de uma democracia plena: a ampliação das vozes e da luta antirracista. Com a participação de escritores, educadores, jornalistas, ativistas, pesquisadores e empreendedores, as #JornadasAntirracistas vão discutir temas diversos e prestar uma homenagem a Sueli Carneiro, uma de nossas maiores intelectuais contemporâneas, ativista e feminista antirracista.
As conversas acontecem ao vivo canal do YouTube da Companhia das Letras e os leitores podem contribuir com perguntas.
Confira abaixo a programação completa do #NaJanelaFestival e se programe para conferir:
📅 Sexta-feira, 26 de de junho
18h | Abertura: Performance de lançamento do livro “Não pararei de gritar”, com Carlos de Assumpção. Mediação: Paulo Sabino
📅 Sábado, 27 de junho
15h | Educação e infâncias negras
Com Bel Santos, Kiusam de Oliveira e Otávio Júnior. Mediação: Juê Olívia
17h | Racismo estrutural e institucional
Com Cida Bento, Jurema Werneck e Silvio Almeida. Mediação: Ronilso Pacheco
19h | Feminismos negros: Uma homenagem aos 70 anos de Sueli Carneiro
Com Sueli Carneiro, Bianca Santana e Djamila Ribeiro. Mediação: Flávia Oliveira
📅 Domingo, 28 de junho
15h | Ficções contemporâneas
Com Jarid Arraes, Jeferson Tenório e Jessé Andarilho. Mediação: Adriana Couto
17h | Cultura, ativismo e empreendedorismo
Com Eliane Dias, Monique Evelle e Nina Silva. Mediação: Flavia Lima
19h | Qual democracia?
Com Acauam Oliveira, Samuel Gomes e Thiago Amparo. Mediação: Flavia Rios
E não deixe de acessar também a página do festival na Amazon, com descontos em vários títulos do catálogo da Cia das Letras!
Na Telinha - 365 Dni
11 de junho de 2020
Título: 365 Dias (365 Dni)
Elenco: Anna-Maria Sieklucka, Michele Morroner, Bronislaw Wroclawski
Ano: 2020
Duração: 1h 54min
Classificação: +18
Nota:★☆☆☆☆
Sinopse: Em 365 dias, Laura é uma diretora de vendas que tem sua vida virada do avesso com a chegada de Massimo, membro da família da máfia siciliana. Entretanto, numa viagem à Sicília, Massimo a sequestra lhe dando 365 dias para se apaixonar por ele.
Baseado no romance erótico da autora polonesa Blanka Lipińskae, o filme é uma produção (também polonesa) e adaptação que vai contar a história de Laura Biel, uma diretora de vendas, bonita e independente, e o que acontece com sua vida quando ela é sequestrada pelo chefe da máfia siciliana, o típico italiano sedutor, lindo, gostoso e tatuado, Massimo Torricelli. Juro que eu nunca tinha ouvido falar desse filme e muito menos do livro, e fui assistir por acaso quando começou o bafafá, e o desgosto tomou conta de mim.
Apesar de ser autêntica e bem sucedida na vida profissional, Laura é bem infeliz na vida pessoal devido a indiferença com que seu namorado a trata, e, mesmo sendo bonita, gostosa e fogosa, se sente jogada pra escanteio quando tem tanto amor e fuego pra dar, enquanto o mocorongo do boy lixo não está disposto e nem um pouco interessado em retribuir. Em seu aniversário de 29 anos, Laura vai passar as férias na Sicília com esse namorado horroroso e brocha e sua melhor amiga, confidente e inseparável, até que ela é sequestrada por Massimo e levada para a mansão dele, onde é obrigada a permanecer por 365 dias com propósito de se apaixonar por ele. Caso isso não aconteça nesse prazo, o que ele alega ser impossível porque ele confia no próprio "taco", ele a deixará ir embora. O motivo? Há cinco anos ele teve uma visão com o rosto de Laura, ficou maravilhado com toda aquela beleza, se apaixonou perdidamente, e desde então, ficou obcecado e passou a vida procurando ela pelo mundo, ao mesmo tempo que lidava com as questões criminosas depois que "herdou" o cargo de chefe da máfia com a fatídica morte do pai (gente¹?)
Laura, então, não tem escolha pois não pode fugir, não tem a quem pedir ajuda, está longe da família, e aceita seu destino entrando num tipo de jogo de sedução e provocações, se fazendo de difícil com suas caras e bocas, às vezes se faz de doida dando alguns ataques nada a ver, gastando a bufunfa do homem endinheirado com roupas chiques que marcam seu corpitcho esbelto, despertando atenção de outros homens tão odiosos quanto, e causando ciúmes em Massimo de propósito. Até ela, obviamente, ceder aos abusos disfarçados de "boa pegada" e às manipulações psicológicas disfarçadas de "encantos" de Massimo, afinal, Laura andava muito frustrada sexualmente já que não ganhava a atenção do namorado e estava muito infeliz, coitada, e agora achou um homão dos sonhos pervertidos que a trate como uma rainha. Isso deveria servir como desculpa pra alguém engolir essa situação, pelo amor de Deus? Não tem nada que justifique ou faça sentido nessa história, nem mesmo o fato de ela exigir seu notebook e seu celular enquanto está lá confinada quando não usa (nem pra ligar pra polícia e pedir socorro), e por ter algum problema cardíaco que, teoricamente, a deixa fragilizada mas isso não acrescenta em nada na história, a não ser fazer com que o maníaco se preocupe e queira "cuidar" dela melhor, até ser um detalhe inútil e completamente esquecido (gente²?).
Enfim... Odeio fazer comparações, mas diante de tanto absurdo e falta de originalidade, é impossível não comparar 365 Dni com Cinquenta Tons de Cinza. Tem sexo em lugares aleatórios; tem luxo, poder, riqueza e esbanjo de dinheiro como forma de agrado; tem a mocinha relutante e deslumbrada com o "macho alfa" e dominador que a coloca num pedestal; tem gente julgando o relacionamento dos dois por conta das diferenças; tem baile de máscaras; tem ameaças vindas da ex namorada louca; e tem tentativas de pequenas cenas de humor que não tem nem um pouco de graça. Talvez a diferença é que 365 Dni realmente entregou as cenas hots que as pessoas queriam ter visto em 50 Tons, e não viram. Enquanto Mr. Grey de Cinquenta Tons faz uma proposta mediante contrato, o que sugere que a Anastacia teve uma escolha, Massimo, como o verdadeiro criminoso que é, dopa e sequestra Laura, e a obriga a estar ali a sua disposição para que passe a gostar dele a força, enquanto ele, obcecado, finge que precisa da permissão dela pro que quer que seja, mas sempre está ali feito um predador, ofegante, alisando cada milímetro do corpo dela, vigiando, provocando, pegando a coitada pelo pescoço a cada desaforo, e andando pra lá e pra cá ora sem camisa mostrando o peitoral peludo, ora pelado mostrando a bunda e o pinto.
Por mais bonitos e sexys que os protagonistas aparentem ser, as atuações são horríveis, eles são super afetados e não param de fazer caras e bocas, poses coreografadas e irreais, sustentam olhares intensos e sedutores como se tivessem olhando direto pro próprio sol o tempo todo e sem o menor motivo, e têm diálogos tão terríveis
No final das contas, além da lendária revirada de olhos naquele looping infinito, a impressão que tive é que a Netflix, que se diz tão descolada e apoiadora de tantas causas relevantes nessa sociedade podre, parece ter perdido o juízo ao enfiar esse troço no catálogo em busca não só de dinheiro, mas da audiência pela bendita polêmica e, principalmente, pela curiosidade do povo fogoso que não pode ouvir falar em filmes baseados em livros eróticos que já saem correndo pra assistir (vide cinquenta tons de cinza) e comentar.
Odioso, vergonhoso, triste... Se a ideia era causar alvoroço romantizando a Síndrome de Estocolmo e fazendo de Laura e Massimo o casal do momento, conseguiram, pena que de uma forma tão tosca e negativa. E pra quem pensa que aquele final ridículo e que sugere uma tragédia pôs fim nessa história, não se enganem. Pelo que parece a trilogia inteira vai ser adaptada para as telinhas, logo, esse martírio vai ter continuação. Pena que até onde soube, já que parece impossível a gente não se esbarrar em comentários envolvendo esse filme pela internet afora, a história continua desandando e só vai ladeira abaixo, porque a romantização de absurdos ainda piores segue firme e forte.
É ficção? Sim. Pode ser uma fantasia sexual maluca? Também. Assisti e depois senti que perdi 2 horas da minha vida que nunca mais vão poder ser recuperadas? Com certeza. Mas deixou o alerta. É complicado quando as mulheres, enfim, começaram a ter coragem e passaram a exigir seus direitos, principalmente sobre o próprio corpo, e a lutar contra o machismo, denunciando violências e abusos sofridos nas mãos de caras escrotos, mas um conteúdo tão errado desse tipo conquista fãs. Às vezes não sei nem o que pensar, principalmente porque o dinheiro acaba falando mais alto, e não vai demorar para que alguma editora pegue carona nessa onda pra adquirir os direitos de publicação dos livros no Brasil, já que ainda não foram lançados por aqui...
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