Título: Filha da Magia - Trilogia da Magia #3
Autor: Justine Larbalestier
Editora: Galera Record
Gênero: Juvenil/Fantasia
Ano: 2008
Páginas: 326
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Há pouco tempo, Razão nem mesmo sabia que existia magia. Mas um antepassado poderoso a transformou em algo jamais visto, e agora ela tem mais poder do que poderia supor. De repente, Razão pode fazer qualquer coisa, ir a qualquer lugar - e viver para sempre. Todo esse poder, porém, tem um preço - sua humanidade. Razão se tornou a única com o poder de salvar seus amigos e familiares. Mas talvez ela já esteja fora de alcance.
Resenha: Depois da "coisa", que na verdade nada mais era que um antepassado de Razão em forma de "magia física" (mas que só consigo imaginar algo como um tipo de "Flubber" laranjado e nojento), tudo ficou diferente.
Nesta última parte da história, Razão, grávida de Danny, tem completo controle sobre a magia que já tinha e a que recebeu da coisa-antepassado-Cansino que apareceu para lhe ensinar sobre magia da forma mais sem noção do mundo (isso ainda no segundo livro), e o título do livro nos leva a pensar que a história seria sobre a criança... Quem pensa isso está quadradamente enganado.
Razão, depois de salvar Jay Tee da morte, "desligando" sua magia, deseja fazer o mesmo com sua mãe, mas descobre que seu avô maníaco já tinha sequestrado e a levado para longe para roubar sua magia ou fazer sabe-se lá Deus o quê. A busca frenética pela salvação de todos que estão para morrer, e até dos que não estão, é uma loucura!
Razão, mesmo grávida, perde completamente a forma humana e fica andando por aí deixando todos que olham pra ela abismados. Só lendo pra entender, mas já adianto que eu imaginei um alienígena luminoso vagando por aí...
Achei que neste livro, a história meio que saiu da linha de onde partiu, pois a magia passa a ser apresentada como uma entidade maligna e gananciosa que só existe para consumir as pessoas e tem vida própria, como se fosse um demônio, meio que levando quem a possui a sempre querer mais e mais poder, como age o avô, e Razão, agindo pela razão (trocadilho infame rsrs ;p), entende que uma coisas dessas não pode ser boa e precisa "desligar" a magia de todos que amam para protegê-los e preservar suas vidas e mentes, aproveitando que agora se transformou na própria magia em pessoa (ou o que quer que seja aquilo que ela vira)..
Mas será que quem tem magia realmente quer que esse "dom" seja desligado para sempre?
Sinceramente, não gostei desse final para a história. Achei que a autora viajou demais inventando essa transformação/mutação da Razão pra uma coisa sem cabelo e brilhante vagando por aí pra salvar quem ela nem sabe se quer ser salvo da forma como ela quer. Se a pessoa já nasce com magia, se a magia é uma coisa que está em seu DNA, como, do nada, isso passa a ser uma coisa que pensa e faz com que quem a possui seja egoísta e ganancioso, como se fosse uma segunda alma?
Francamente... Eu achei completamente sem noção esse terceiro livro. :/