Lido em: Outubro de 2012
Título: Sirensong: O Perigoso Chamado da Rainha - Faeriewalker #3
Autor: Jenna Black
Editora: Universo dos Livros
Gênero: Fantasia
Ano: 2012
Páginas: 344
Nota:
★★★☆☆
Sinopse: Sirensong é o terceiro livro da série Faeriewalker. Neste volume, Dana é convidada a ir a Faerie para ser oficialmente apresentada à Corte Seelie. Porém, Titânia, a rainha, a quer morta. O convite não pode ser recusado e Dana, seu pai e seus amigos rumam a uma viagem cercada de perigos, ataques, ameaça e medo. Será que ela conseguirá vencer esses desafios? Uma saga surpreendente, recheada de aventuras e romance.
Resenha: Sirensong é o terceiro e último volume da trilogia Faeriewalker, iniciada por Glimmerglass e seguida por Shadowspell.
Vou resumir a ideia dos dois livros anteriores abaixo para quem não leu ter uma noção do que se trata, assim, essa resenha fica livre de spoilers, ok?
Mas pra quem quiser saber mais um pouco, é só espiar as resenhas de
Glimmerglass e
Shadoswpell.
Em
Glimmerglass, Dana tem 16 anos e após viver cansada de ter que cuidar da mãe pau d'água, vai em busca de seu pai e descobre que ela é uma Faeriwalker, de uma raça capaz de transitar entre o mundo de Faerie e o mundo real levando armas de fogo consigo. E por causa disso, Dana se vê em uma grande enrascada, pois há pessoas que a consideram uma ameaça...
Em
Shadowspell, a história continua... Dana passa a se esconder pra se proteger, mas, mais uma vez, se vê em perigo, pois começa a ser perseguida e caçada pelo Elrking, o líder dos caçadores bárbaros que "trabalham" para as rainhas. Até que os dois selam um pacto grotesco e Dana entra num beco sem saída...
Resumindo: Dana tem um poder, que nem ela mesma tem ideia do quão grande é, que muitos temem. Mas ao mesmo tempo, muitos desejam...
Já em
Sirensong, as coisas não fogem tanto assim do tema central da história... Há perigos, perseguições, aventuras e todos os elementos já conhecidos nos volumes anteriores.
Neste volume, Dana recebe um convite irrecusável para ir para Faerie ser apresentada a Corte Seelie, e o convite vem diretamente do próprio filho da rainha Titânia, o príncipe Henry. Ou ela vai, ou vai.
Só que, obviamente, ela fica super desconfiada com o convite/intimação, pois a rainha Titânia a queria morta, mas como Dana não tinha escolha, parte rumo a Faerie com seu pai; seu namoradinho, Ethan; a irmã dele e sua melhor amiga, Kimber; Finn, seu guarda costas; Keane, seu treinador, e o prícipe Henry com seus cavalheiros.
A viagem é imprevisível: Cheia de perigos, cheia de armadilhas, e mais uma vez, Dana está em meio a um jogo político enorme. A sobrinha da rainha sofre um ataque em que uma bomba explode e a suspeita é Dana, afinal, ela é uma Faeriewalker e a única que tem o poder de carregar armas de fogo desse tipo para Faerie. Porém, a acusação é totalmente injusta pois Dana não foi a responsável...
Dana terá que enfrentar essa longa viagem que não é nada segura e ainda tentar descobrir quem é o segundo Faeriewalker por trás do ataque que está se mantendo no anonimato.
O livro começa num ritmo tranquilo e devagar, mas a ação esperada na viagem não superou minhas expectativas... São páginas e mais páginas de uma viagem desinteressante, imeeeensa e chata, com acontecimentos chatos e atitudes sem graça dos personagens que são... chatos! Muitos que me agradaram nos livros anteriores simplesmente mudaram de personalidade, talvez pra mostrar um amadurecimento, não sei, mas amadurecimento este que não existiu. Nada foi tão empolgante a ponto de eu pensar "
Nooosssa! É agora!". Foi tudo muito monótono pra mim.
Até O Elrking, com toda aquela perversidade que demonstrou ter em Shadowspell, se mostrou um cara sábio e bonzinho demais pro meu gosto, principalmente no que diz respeito ao pacto que ele selou com Dana nesse segundo livro. Confesso ter lido Sirensong só pra saber como a autora daria jeito nesse pacto infernal. Queria saber se Dana iria ou não ceder a vontade do vilão malvadão e pervertido que deixou as leitoras gamadonas nele por ser tão sedutor e singular (
minha nossa senhora o_O). E ao final, o problema estando resolvido, pra mim, a história acabou... e toda aquela viagem sem fim, com perigos, mistérios, perseguições e afins só serviram pra enfeitar, porque não acrescentaram nada.
Posso dizer que Dana evoluiu e amadureceu, tanto na forma de tratar os outros a sua volta, quanto no modo de encarar seus problemas, e isso pra mim foi muito positivo, pois nos outros livros Dana era deprimente com suas atitudes e pensamentos atrasados. Outra coisa que muito me agradou, foi a forma como Dana lidou com sua mãe e o alcoolismo dela, colocando a mãe em seu devido lugar, a enfrentando sem medo. Só que até hoje estou tentando ligar os pontos a fim de saber o que raios a mãe alcoolatra tem a ver com a filha ser Faeriewalker, sendo perseguida, descobrindo poderes mágicos e tudo o mais. São temas que não batem, não combinam e senti que a autora quis abordar esse assunto na marra, colocando-o numa história de fantasia que não tinha nada a ver.
Mas gostei do pouquinho de romance que teve e gostei da lição que é passada, de que nem sempre podemos salvar e proteger a todos... só temos que fazer nossa parte e isso já basta.
Enfim.. é um livro bom, mas que poderia ter sido melhor se mais aprofundado, se a tal viagem não tivesse sido tão arrastada e enrolada e as coisas fizessem um pouco mais de sentido. A capa é muito bonita, a revisão do livro foi muito boa, foi bem escrito, a leitura flui bem e pela parte física do livro não tenho do que reclamar.
Mas, por ser o último volume, apesar de um final razoavelmente satisfatório, eu esperava algo bem maior pra fechar a história... É um livro pra passar o tempo, e só.