Título: Sob o Céu do Nunca - Never Sky #1
Autora: Veronica Rossi
Editora: Prumo
Gênero: Distopia/YA
Ano: 2013
Páginas: 304
Nota: ★★★★★♥
Sinopse: Desde que fora forçada a viver entre os Selvagens, Ária sobreviveu a uma tempestade de Éter, quase teve o pescoço cortado por um canibal, e viu homens sendo trucidados. Mas o pior ainda estava por vir... Banida de seu lar, a cidade encapsulada de Quimera, Ária sabe que suas chances de sobrevivência no mundo além das paredes dos núcleos são ínfimas. Se os canibais não a matarem, as violentas tempestades elétricas certamente o farão. Até mesmo o ar que ela respira pode ser letal. Quando Ária se depara com Perry, o Forasteiro responsável por seu exílio, todos os seus medos são confirmados: ele é um bárbaro violento. É também sua única chance de continuar viva.
Perry é um exímio caçador, em um território impiedoso, e vê Ária como uma menina mimada e frágil – tudo o que se poderia esperar de uma Ocupante. Mas ele também precisa da ajuda dela, somente Ária tem a chave de sua redenção. Opostos em praticamente tudo, Ária e Perry precisam tolerar a existência um do outro para alcançar seus objetivos. A aliança pouco provável entre os dois acabará por forjar uma ligação que selará o destino de todos os que vivem sob o céu do nunca.
Resenha: Sob o Céu do Nunca é o primeiro volume da trilogia distópica Never Sky, da autora brasileira Veronica Rossi, lançado nos EUA e traduzido para mais de 20 países.
Estamos no futuro e o mundo que conhecemos não existe mais. Quimera é uma cidade sob uma cúpula que impede que seus habitantes tenham contato com o mundo exterior devido aos perigos das terríveis Tempestades de Éter, canibais e outras coisas horripilantes que existem lá fora... A única forma de "viajar" em Quimera, é virtualmente, através do Olho Mágico, onde plataformas multidimensionais são projetadas, chamadas de Reinos e os Ocupantes podem ir e ser quem quiserem nesses locais. Ária é uma das Ocupantes de Quimera e nunca se imaginou fora dalí, porém, quando Lumina, mãe dela, desaparece e a última mensagem deixada não consegue ser acessada, Ária se junta a Soren, filho do Cônsul, a fim de procurar por respostas e é levada pro mundo exterior. Mas o inesperado acontece: Soren além de colocar a vida de todos em risco, ainda tenta matar Aria, que foi salva por um Forasteiro misterioso que havia invadido a cúpula em busca de remédios para Talon, seu sobrinho enfermo, causando uma grande confusão. Ao tentar voltar para Quimera, Ária é banida e acusada de ter feito parte da confusão com o Forasteiro e descobre que teria que se virar para sobreviver do lado de fora. Ela, então, se une ao Forasteiro, chamado Peregrine, que agora está desesperado em busca de Talon, que foi sequestrado após a confusão. Peregrine prometeu ao irmão, Vale, que resgataria Talon custe o que custar. Eles partem atrás de seus entes queridos para resgatá-los e ao mesmo tempo tentarem sobreviver sob as constantes Tempestades de Éter e escaparem de outros habitantes perigosos.
Em Never Sky, os capítulos são alternados entre Aria e Peregrine, ou Perry como é chamado pelos outros, o que pra mim foi muito bacana, pois a visão dos acontecimentos não fica focada em somente um dos personagens, o que traz outros pontos de vista ao leitor.
A ideia de um mundo praticamente inabitável devido ao clima, pós apocalíptico, onde os habitantes do lado de fora se tornaram selvagens e tentam sobreviver como podem, mesmo que para isso tenham que matar outras pessoas e comê-las (o_O), e os que vivem sob a cúpula acreditando estarem em segurança, talvez fiquem em dúvida com relação ao sistema que até então parecia perfeito é incrível!
Os personagens são únicos e cativantes e alguns ainda tem habilidades que são um tipo de poder. Ária é bonita, forte, corajosa e não se deixa abater. Perry (suspiros), além de ser um caçador e guerreiro, ainda é Olfativo (ele consegue sentir os cheiros a distâncias imensas e consegue distinguir emoções alheias através dos cheiros que a pessoa em questão exala) e também Vidente (consegue enxergar no escuro).
O relacionamento dos dois é bem complicado, pois Perry, apesar de sempre fazer de tudo para protegê-la, considera Aria como um estorvo e só topa seguir junto com ela pra salvar o sobrinho, mas a medida que convivem e passam por muitos perigos juntos, ele começa a ceder e a demonstrar que é um verdadeiro companheiro, e o interesse entre os dois, gradualmente e de forma bem convincente, passa a ser recíproco e mui intenso.
O trabalho de diagramação da editora foi ótimo. As páginas são amareladas, a fonte tem um tamanho agradável, não percebi erros na revisão e a capa metalizada ajudou no visual do éter.
Sob o Céu do Nunca é uma história bem original, encantadora e fantástica, que me conquistou desde o início e a medida que evoluía me prendia de um jeito que não conseguia desgrudar mais. Estou super ansiosa pela continuação e é leitura obrigatória para os fãs de distopias! Às vezes nas horas mais sombrias encontramos o que menos esperamos...