Título: A Elite - The Selection #2
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Gênero: Distopia/Romance/Juvenil
Ano: 2013
Páginas: 360
Nota:★★★★★♥
Sinopse: A Seleção começou com 35 garotas. Agora restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Só uma se casará com o príncipe Maxon e será coroada princesa de Illéa. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Quando ela está com Maxon, é arrebatada por esse novo romance de tirar o fôlego, e não consegue se imaginar com mais ninguém. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para protegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto, dominada pelas memórias da vida que eles planejavam ter juntos.Resenha: Atenção, essa resenha pode ter spoilers do primeiro livro (resenha aqui). Se ainda não leu o primeiro, LEIA, pelamordedeus!
America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer — e ela está prestes a perder sua chance de escolher. E justo quando America tem certeza de que fez sua escolha, uma perda devastadora faz com que suas dúvidas retornem. E enquanto ela está se esforçando para decidir seu futuro, rebeldes violentos, determinados a derrubar a monarquia, estão se fortalecendo — e seus planos podem destruir as chances de qualquer final feliz.
A premissa da história em A Elite continua a mesma, e America continua fazendo parte da Seleção sendo uma das 6 garotas que restaram e estão concorrendo a coroa e ao coração do príncipe Maxon. E agora que ela assumiu que sente algo pelo rapaz, está disposta a entrar nessa disputa super acirrada. E como a Seleção é um reality show, ela tem que dar um jeito de conquistar o público e evitar cair em desgraça para que seja querida e vista como uma verdadeira princesa que ainda não é. Porém, as coisas pra ela estão "um pouco" complicadas... Aspen, seu ex namorado que pertencia a casta 6, agora faz parte da guarda real, se tornando um 2, e é um dos soldados do palácio, o que faz com que o coração dela fique balançando feito um pêndulo pra lá e pra cá. Ela se sente dessa forma pois acredita que Aspen é e sempre será seu porto seguro, e por mais que Maxon já tenha deixado claro que ela é a Selecionada que lhe interessa de verdade, America acha que ele é areia demais pro seu caminhãozinho, e, por ter sido uma 5, não é digna de se tornar uma princesa de Illéa. Claro que vários fatores políticos estão influenciando a Seleção, e a maioria das selecionadas tiveram um motivo pra continuarem ali, e nem todos estão ligados a sentimentos, afinidades e emoções... Inclusive a política é muito bem abordada nessa história e confesso ter ficado chocada com o que as pessoas que controlam e mantém o poder podem ser irracionais, tiranas e muito cruéis...
A trama evolui bem, vários fatos históricos são levantados, como a 4ª Guerra Mundial e o motivo para a criação das castas. America ainda consegue acesso ao diário secreto do próprio Gregory Illéa (fundador do país) e passa a entender algumas questões e a questionar a democracia, e isso pode ou não ser algo favorável a ela... Os ataques dos rebeldes continuam e fiquei me perguntando como os soldados nunca estão preparados para esse tipo de coisa... Talvez no próximo livro essas questões sejam melhor abordadas, pois senti falta disso, mas ao mesmo tempo levei em consideração pois a narrativa é feita em primeira pessoa e America não está totalmente a par de muitos acontecimentos e segredos que envolvem toda essa guerra...
Somente uma coisa me incomodou: Eu detesto triângulos amorosos, mas esse formado em A Seleção, não me desagradou pela forma como começou. É daquele tipo que vai dividir a opinião das leitoras, algumas vão entrar pro "Team Maxon", e outras "Team Aspen". Mas o andamento desse relacionamento é que me tira a paciência, pois America cobra exclusividade de Maxon, não suporta ver o rapaz com as outras selecionadas, mas ao mesmo tempo não põe um ponto final na história com Aspen, como se quisesse enrolá-lo para ter alguém com quem contar caso seja chutada do palácio, o que soou muito egoísta. Então, mesmo sendo a protagonista, America não é minha personagem favorita, pois, por mais que possa ter boas intenções e tenha um pouco de senso de justiça e igualdade, acaba sendo uma manipuladora, e várias vezes me peguei querendo estapeá-la na cara sardenta e torcendo para que Celeste, a Selecionada vilã da história, lhe sacaneasse. Eu gosto do Maxon... Ele tem seus embates, é forte, observador, firme, justo, tem seus princípios e muitas vezes se vê obrigado a fazer coisas que até não gostaria em nome de sua coroa, visando o bem do povo e as escolhas de seu pai, mas ainda assim, procura deixar o coração falar mais alto. E estou imaginando no próximo livro, o que vai pegar quando, e se, ele descobrir sobre esse triângulo... Já espero ansiosa pela raiva que vou passar desde já.
Os demais personagens fizeram toda a diferença na história, pois além de não terem ficado totalmente em segundo plano, foram bem explorados e tiveram extrema importância para o desenrolar da trama. É possível até se aproximar e torcer por algumas depois de conhecê-las melhor. Houve inclusive uma cena de traição tão inesperada que me fez desabar em lágrimas feito uma maluca. E unindo toda a emoção e reviravolta dos acontecimentos, com a narrativa perfeita da autora que me prendeu e envolveu do início ao fim, mais a premissa da história que é uma delícia, posso afirmar que A Elite conseguiu superar todas as minhas expectativas e se tornou um dos melhores livros que já li, não só em 2013, mas até hoje! Gente! Adorei! E a capa? Liiiiiiiiiiiinda!! Um loosho só!