Divergente - Veronica Roth

4 de maio de 2013

Lido em: Abril de 2013
Título: Divergente -  Divergente #1
Autor: Veronica Roth
Editora: Rocco
Tradutor: Lucas Peterson
Gênero: Distopia
Ano: 2012
Páginas: 502
Nota: ★★★★★
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.
A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.
E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Resenha: Divergente é o primeiro volume da trilogia distópica de Veronica Roth lançado pela Editora Rocco aqui no Brasil. A história traz uma Chicago futurista onde a sociedade foi dividida em cinco facções que evidenciam as virtudes dos cidadãos de forma que todos ficassem separados de acordo com a personalidade e interesse de cada um: Abnegação, facção onde as pessoas são altruístas e sempre colocam o outro em primeiro lugar, abdicando de suas próprias vontades se necessário, visando o bem do povo como um todo; Amizade, onde todos são compreensíveis e pacíficos, vivem felizes, praticam o bem e sempre encorajam os outros; Audácia, cujos cidadãos são corajosos, ousados e são treinados como soldados para defenderem o povo justamente por serem audaciosos e conhecidos por enfrentarem qualquer parada; Franqueza, que, por colocarem a verdade e sinceridade acima de tudo e treinados para nunca mentir, são os responsáveis pela criação de leis na sociedade; e por último, a Erudição, facção que representa a inteligência e a cultura, onde as pessoas passam a vida se dedicando ao conhecimento. E há ainda os sem-facção, indivíduos que não se dão bem nos testes e são excluídos e condenados a viverem às margens da sociedade, e dependem da boa vontade e da caridade da facção que se importam com eles, a Abnegação. Obviamente alguns interesses entram em conflito e algumas facções se tornam inimigas...
Ao completar 16 anos, os jovens são submetidos a testes de aptidão para descobrirem a facção que se encaixam melhor e tem o direito de escolherem se querem continuar na facção onde nasceram ou se querem partir pra uma vida nova, desde que deixem pra trás a antiga facção e tudo que existe nela, inclusive a própria família... E esse direito de escolha é o que vai definir esses jovens e seu lugar na sociedade, desde que se esforcem pra isso...
Beatrice é uma garota que nasceu na Abnegação e está prestes a realizar seus testes de aptidão para descobrir quem é e o lugar a que pertence, porém, ao finalizar os testes, o resultado é inconclusivo, o que a define como uma Divergente, pois ela tem valores e virtudes que a fazem se encaixar em mais de uma facção, e isso agora deve ser mantido em segredo, pois os Divergentes são um risco para a sociedade (por um motivo que não fica claro) e são caçados quando descobertos...
Beatrice, ao escolher sua facção, se torna Tris, e o que deveria ser um treinamento para sua nova vida, se torna uma trama envolta por um grande esquema político liderado por Jeanine, a líder da Erudição, cheio de perigos, segredos e muita ação...

Divergente é narrado em primeira pessoa por Beatrice/Tris e podemos notar a evolução da personagem, que começa tímida, desconfiada, indecisa e sem grandes pretensões, mas no decorrer da história, ela vai descobrindo aos poucos quem é na realidade e o que está fazendo, e se mostra alguém bem diferente. É possível perceber que apesar de ela lutar pra descobrir e derrubar toda aquela opressão com ajuda de seus aliados, ela não quer ser uma grande heroína, ela só quer se encontrar e ser feliz com sua escolha, sem frescura, sem chatice.
Os personagens são todos muito bem construídos e muitos próximos de pessoas comuns, pois ao mesmo tempo que são corajosos e determinados, também possuem seus defeitos e fraquezas. Pude perceber que a autora não deixa brecha para que fiquemos apegados a alguém, pois se o pobre coitado tiver que apanhar ou morrer, que assim seja. Nota especial para Quatro, que é a frieza em pessoa, mas ao se aproximar de Tris gradualmente, se revela alguém muito diferente e digno de minha admiração eterna, por mais seco que seja. ♥
O treinamento dos iniciados é um pouco arrastado, cheio de detalhes, mas só assim para conhecer a personalidade de cada um deles. Curti o fato de a sociedade ser dividida pelos interesses e personalidade dos sujeitos, e não pela classe social como sempre vemos por aí, com exceção dos pobres sem facção, claro.
O ritmo da narrativa é frenético, empolgante, viciante, do tipo que você lê desesperadamente e não quer parar. São 500 páginas que podem ser lidas num único dia (eu acho que li de uma vez em umas 5 ou 6hrs), tranquilamente. Eu lia e ficava louca pra passar pra próxima página, pro próximo capítulo e morri de saudades quando o livro chegou ao fim e não tinha mais. E quando o capítulo terminava e eu julgava pensar que nada mais iria acontecer, a autora se superava e algo inesperado e surpreendente acontecia pra me deixar mais ansiosa ainda pelo próximo capítulo. Há também um toque de romance que vai se desenvolvendo aos poucos e isso é um ponto que aprovo bastante, pois detesto sentimentos que surgem do nada sem explicação. E triangulo amoroso entre os personagens principais? Forget this shit! Isso non ecxiste aqui! #todos comemoram #eu comemoro

Por ser uma distopia, é um pouco difícil não comparar com outras histórias do gênero escritas por outros autores, afinal, o que muda são os personagens, os interesses e o rumo que a história leva. A crítica a sociedade, a luta pela liberdade e o governo controlador, que dita o que pode e o que não pode ser feito, são fatores comuns nessas histórias, então, por mais difícil que seja, são livros que devem ser lidos sem a intenção de comparar. Então, depois de pensar bastante e levar o gênero em consideração, não acho que houve falta de originalidade aqui como muitos por aí dizem... Culpem o gênero e os elementos que sempre existem nele.

Esse foi um livro que superou todas as minhas expectativas. A Rocco fez um trabalho muito bacana na edição e a diagramação também é ótima. Eu só não recomendo que vocês leiam o que está nas orelhas do livro antes de lerem a história, pois é um grande spoiler...
Recomendo muito a leitura, entrou pra lista dos favoritos e foi uma das melhores leituras do ano pra mim!

Promoção - Alma?

2 de maio de 2013


Mês novo, promoções novas... e pra estrear Maio com categoria, trago pra vcs o livro Alma? em parceria com a Editora Valentina! Quem quer?
E pra participar, é super fácil. Basta seguir as regrinhas e preencher o formulário logo abaixo! E é só até o meio do mês! Run!

Regras:
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Não se esqueça de ler atentamente os Termos e Condições ao fim do formulário e boa sorte!!!
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TAG - Na Cama

1 de maio de 2013

Geeente!
Tinha prometido esse video pro final de semana, mas não tive tempo de gravar porque tive que viajar. Gravei no inicinho da semana mas só terminei de editar hoje.
Vejam o video aí, e não considerem minha timidez e vergonha eterna ahahahaha

Resumo do mês - Abril

Hey, gentem!
Esse mês de abril até que rolou bastante coisitas aqui no blog doce. Vamo conferir o resumão?

Resenhas:
- Never Sky: Sob o Céu do Nunca - Veronica Rossi
- Os Segredos de Landara - Bruna Camporezi
- A Elite - Kiera Cass
- Alma? - Gail Carriger
- Hex Hall: Sortilégio - Rachel Hawkins
- Quem Poderia ser a uma Hora Dessas? - Leminy Snicket
- Trocada - Amanda Hocking
- A Costureira - Kate Alcott

Na Telinha
- Excesso de quotes/citações nas resenhas. Oi?
Dica esperta pra não usar na resenha

Caixinha de Correio de Abril
Bem recheadinha, com tudo que chegou pra mim ao longo do mês *o*.

♥ Livros lidos em Abril:
  1. O Lobo do Centeio - Janaina Tokitaka
  2. Alma? - Gail Carriger
  3. A Elite - Kiera Cass
  4. Hex Hall: Sortilégio - Rachel Hawkins
  5. Trocada - Amanha Hocking
  6. A Costureira - Kate Alcott
  7. Divergente - Veronica Roth
Daqui a pouco tem resultado das promoções que rolaram no blog.
E aguardem, pois esse mês vai rolar mais promoções muito boas pra vcs! Uhuuu!


Caixinha de Correio #14 - Abril

30 de abril de 2013


Oie, pipous
Último dia do mês, e cá estou eu pra mostrar pra vocês tudo o que chegou pra mim. Bora espiar?

A Costureira - Kate Alcott

28 de abril de 2013

Lido em: Abril de 2013
Título: A Costureira
Autor: Kate Alcott
Editora: Geração
Gênero: Romance
Ano: 2013
Páginas: 376
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Uma jovem ambiciosa e uma estilista célebre sobrevivem ao maior naufrágio da História, mas são arrastadas pelo turbilhão de escândalos que se segue à tragédia. Tess Collins, uma jovem inglesa que sonha ser mais que uma empregada e ver reconhecido o seu talento para a alta costura, consegue emprego com a famosa estilista lady Duff Gordon a bordo do Titanic, que ruma para os Estados Unidos. Porém, a viagem que se iniciou de forma tão auspiciosa acaba se tornando a maior tragédia marítima de todos os tempos. Tess e lady Duff sobrevivem, a primeira para viver as aflições do amor e as chances de ascensão social, a segunda para se ver envolvida nos escândalos do inquérito sobre o terrível desastre naval. Com um pano de fundo histórico, mas sob um ângulo inédito, este soberbo romance acompanha a trajetória dessas duas mulheres apaixonadas pela linha e agulha, tão parecidas e tão diferentes, deleitando-nos com um retrato emocionante de uma época conturbada e de uma sociedade dividida.
Resenha: A Costureira traz a história de Tess Collins, uma empregada com talento pra alta costura e que queria ser reconhecida e crescer na vida, e de Lady Duff Gordon, uma estilista da elite renomada e muito famosa. A vida dessas duas se cruza quando Tess, por sorte, consegue um emprego como ajudante de Lady Duff, e tem a esperança de que seu grande sonho, enfim, poderia se realizar. Elas embarcam numa viagem rumo aos Estados Unidos, a terra das oportunidades, a bordo do majestoso, imponente e "inafundável" Titanic...
Porém, a tragédia que todos conhecem e que dá fim a história do navio é somente o ponto de partida e um excelente pano de fundo para que possamos acompanhar o que o destino reservou para Tess e Lady Duff.
Após a colisão, Lady Duff passa a comandar o acesso ao bote salva-vidas número 1, que teria capacidade para comportar aproximadamente 50 pessoas, porém, ele levava apenas 12. Horas depois, os sobreviventes foram resgatados pelo navio Carpathia, e lá, Pinky, uma jornalista do New York Times, que na época era um jornal iniciante, começa a investigar os acontecimentos a fim de saber o que aconteceu e por que houve pouco mais de 700 sobreviventes em meio a mais de 2 mil, principalmente sobre o bote número 1.

Ao chegar nos Estados Unidos, se dá início a um complexo julgamento para que todas as falhas pudessem ser apontadas, e Lady Duff se vê enrascada, pois teria que explicar as acusações que envolveram até suborno para que os marinheiros não voltassem para resgatar quem estava na água. Tess, que idolatrava e tinha Lady Duff como exemplo de pessoa a quem seguir e ser no futuro, percebe como essa mulher é gananciosa, mesquinha, manipuladora e não mede esforços pra manter as aparências, o que faz com que se questione se é isso que quer pra si mesma. Tess ainda se vê em meio a dois homens, Jim, que só pode oferecer seu amor, e Jack, que faz promessas de uma vida confortável e de um grande futuro para ela...

Quando soube que o livro abordaria o Titanic, imaginei que fosse algo batido e previsível já que é quase impossível não lembrar de Jack e Rose e a história de amor deles no meio de toda aquela confusão, porém, em A Costureira, apesar de trazer detalhes do naufrágio que foram reais e facilmente identificáveis para quem assistiu o filme de James Cameron, a trama trata de questões morais, baseadas nas escolhas dos sobreviventes, principalmente os da primeira classe que tinham alguma influência e importância na sociedade, e nas consequências que tiveram que enfrentar por conta delas, e por isso, fiquei bastante surpresa e empolgada com essa leitura.

A narrativa é super envolvente e fluída, e é feita em terceira pessoa, o que abrange várias atitudes dos personagens, mas sem um aprofundamento maior para que pudéssemos entender por que alguns tomaram certos tipos de decisão. São personagens que despertam vários tipos de sentimentos na gente. Acusar os outros que estão em uma posição completamente delicada é fácil, independente de estarem certos ou errados, mas o que ninguém sabe, é o que se passa na cabeça de cada um e o que é possível fazer num momento em que a própria vida está em risco...
A autora procurou escrever a história baseada em fatos e transcrições dos julgamentos realizados, o que tornou a história muito mais real, principalmente quando lemos uma nota ao final do livro onde ela diz que Lady Duff existiu.

A capa é linda e a roupa pomposa que a mulher veste retrata bem o estilo da época e ao mesmo tempo o requinte da costura, grande paixão de Tess e Lady Duff. A diagramação é simples, as folhas são amareladas e os capítulos apesar de longos, não são cansativos, justamente pela ótima narrativa. O único problema que tive com esse livro foram os inúmeros erros de revisão. Encontrei frases mal revisadas e incompreensíveis, palavras juntas numa frase inteira, erros de digitação em que até um número zero apareceu do nada no meio da palavra, dentre outros erros parecidos, e esse tipo de coisa me tira a concentração.

Mas no geral, A Costureira nos faz embarcar, literalmente, numa história maravilhosa que levanta diversos questionamentos morais e éticos, e nos faz refletir sobre o que faríamos se estivéssemos naquela terrível situação.