Entrevista - Rachel Gibson

21 de junho de 2013

Bora dar uma espiada na entrevista exclusiva que a autora dos livros "Loucamente Sua" e "Simplesmente Irresistível", Rachel Gibson, deu para a Geração Editorial?

Quando e por que começou a escrever livros?
Comecei a escrever livros em 1989 quando a minha televisão quebrou. Não tinha muito que fazer, então decidi reescrever E o vento levou para matar o tempo. Depois que reescrevi o livro com um final feliz, deixei-o de lado e comecei a escrever um romance contemporâneo.
 
Você faz muitas pesquisas antes de escrever os seus livros?
Isso depende muito do livro. A série militar que atualmente estou escrevendo (o primeiro livro foi Rescue Me) exige muita pesquisa. Os livros de hockey – como See Jane Score e Any Man Of Mine, também demandou pesquisa, mas não tanta assim. Escrevi uma série baseada em escritores e não tive que fazer pesquisas.

Qual é a coisa mais interessante que encontrou durante a pesquisa dos seus livros? 
A mais interessante, e com certeza a mais memorável, foi quando eu falei com jogadores de hockey gostosões e suados no vestiário deles. Aquele dia eu levantei com o é direito!

Você se considera uma escritora de chick-lit? O que acha do gênero?
Não sou autora de chick-lit. Escrevo romances, mas adoro ler um bom chick-lit.

Qual é a melhor parte no seu trabalho como escritora?
Economia de tempo e de transporte. Saio da cama quando quero. Pego o bule de café e vou até o andar de cima onde está o meu escritório

Como você faz para que os seus livros sejam tão divertidos? Como mantem o frescor das cenas e diálogos engraçados, como é possível ver em Simplesmente Irresistível?
Nunca foi minha intenção sentar e escrever humor. As pessoas são engraçadas. A vida pode ser engraçada. Eu escrevo sobre pessoas e sobre a vida.

Por que machões e mocinhas em perigo são frequentes em seus enredos?
Por que machões? Por que não! Toda mulher tem um segredo, que não é tão secreto assim:  fantasia ser resgatada por um homem másculo que não tem escolha a não ser ficar loucamente apaixonado por ela. Não importa o quanto ele tente, ele não pode lutar contra isso...

Qual foi sua inspiração para criar Simplesmente Irresistível?
O jogador de hockey Mark Messier. Ele parece um homem primitivo com o capacete enfiado na cabeça. Mas, por alguma razão, o acho sexy.

Eu li em algum lugar que Simplesmente Irresistível é o livro que você mais se orgulha. Por quê? 
Simplesmente Irresistível foi o primeiro livro que vendi em 98, e que ainda vende bem 18 anos depois.

Os personagens principais são inspirados em pessoas reais?
Não, mais usei minha mãe como um personagem secundário quando escrevi Daisy's Back In Town.

Quais são suas expectativas em relação aos leitores brasileiros? Por que você acha que seus romances são tão amados por aqui?
Não tenho expectativas em relação aos meus leitores. Só espero que gostem do meu trabalho e  que possam “fugir” comigo por algumas horas. Acho que mulheres em todas as partes do mundo gostam de ler um bom romance.

Está trabalhando em algum livro no momento?
Estou escrevendo um romance ambientado em Nova Orleans, Louisiana. É bem sexy e picante, com direito a homens machões.

 



A Menina que Fazia Nevar - Grace McCleen

19 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: A Menina que Fazia Nevar
Autora: Grace McCleen
Editora: Paralela
Gênero: Religião/Literatura Estrangeira
Ano: 2013
Páginas: 312
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse: Todos os dias se parecem na vida que Judith McPherson leva ao lado do pai. Eles têm uma rotina simples e reclusa, numa casa repleta de lembranças da mãe que ela nunca conheceu, e as únicas pessoas com quem convivem são os fiéis da igreja cristã a que pertencem. Judith não tem amigos na escola, onde é alvo de gozações, e para encontrar consolo se refugia no mundo de sucata que construiu em seu quarto. Lá, cada dia é um dia, e a vida pode ser incrivelmente feliz graças a sua imaginação. Basta acreditar que a Terra Gloriosa, como ela chama sua maquete, é realmente o paraíso prometido onde um dia vai viver ao lado da mãe. Aos dez anos, Judith vê o mundo com os olhos da fé, e onde os outros veem mero lixo, ela identifica sinais divinos e uma possibilidade de criar. Assim, constrói bonecos de pano e inventa para eles histórias felizes na Terra Gloriosa. O que nem Judith poderia imaginar é que talvez seu brinquedo seja mais do que uma simples maquete. Pelo menos é o que parece quando ela cobre a Terra Gloriosa de espuma de barbear e a cidade aparece coberta de neve na manhã seguinte. Um pequeno milagre, é assim que ela interpreta esse e outros sinais parecidos. Tão pequeno que muitas pessoas poderiam pensar que não passa de coincidência, mas Judith sabe que milagres nem sempre são grandes, e que reconhecê-los é um dom de poucas pessoas. Longe de ser benéfico, no entanto, esse poder traz consigo uma grande responsabilidade. Afinal, seria certo usar a Terra Gloriosa para se vingar de Neil Lewis, o colega que a maltrata todos os dias na escola? 

Resenha: Judith é uma garotinha de 10 anos que vive com o pai, é órfã de mãe e vive muito sozinha já que não tem amigos. Ela possui uma maquete, que chama de "Terra Gloriosa", onde construiu a cidade onde mora e os habitantes, projetando um tipo de paraíso, tudo feito de sucata e itens descartáveis, como forma de passar o tempo. Até que um dia Judith cobre a maquete com espuma branca, e para sua surpresa, a cidade amanhece coberta de neve. Judith associa o ocorrido a um milagre, acredita ter poderes "divinos" mas não imagina a responsabilidade que teria sobre suas ações.

O livro tem uma capa linda, foi muito bem escrito, teve uma revisão impecável e tem o tipo de narrativa que flui de forma fácil, que descreve todos os detalhes, emoções e características muito bem apesar de ser repetitivo em algumas descrições ou denominações. Não sou muito religiosa, mas às vezes gosto de ler livros que trazem histórias do gênero, que fazem refletir e pensar (ou reforçar a crença) que existe algo maior do que a gente, mas esse livro não me tocou, e muitas vezes me fez perder a paciência. Ele expõe uma história com detalhes delicados, tristes e até mesmo trágicos, que nos leva a pensar que se passamos por algo ruim a ponto de deixarmos de ter fé, é porque deve existir um motivo maior, mesmo que inexplicável, como forma de aprendizado ou castigo, pois Deus sabe o que faz com o destino de cada um, ou coisa do tipo. Porém, a forma de expor a fé aqui me agradou muito pouco, quase nada, principalmente quando levei a sinopse em consideração para optar por essa leitura, pois ela passa uma ideia totalmente diferente do que encontrei na história ao lê-la. Fico incomodada quando alguém tenta forçar a religião de forma exagerada, e o pai de Judith é exatamente daquele tipo que sai batendo na porta dos outros pra pregar a palavra e enfiar Deus goela abaixo do povo de forma incômoda e inconveniente. Testemunha de Jeová level hard.

Mas enfim... por mais que a história aborde o milagre da "Terra Gloriosa" e a questão da fé absoluta, que move montanhas, há muitas outras coisas que ficaram explícitas mas contadas de forma sutil, talvez para mascarar a gravidade do assunto, e que podem incomodar, e muito, aqueles que acham que há coisas desnecessárias, dispensáveis e exageradas na religião e/ou em alguns religiosos fanáticos.

Judith sofre bullying constantemente na escola nas mãos do intragável Neil Lewis (ele me lembrou o Nelson Muntz, personagem de Os Simpsons), pois como só fala de religião, não tem amigos e é considerada a esquisita da turma. Ela ainda é tratada com descaso pelo próprio pai, que concentrou a frustração e todas as energias que lhe restaram de forma fervorosa na religião, por ter perdido a esposa, que teve complicações no parto, e ter ficado incumbido de cuidar da filha sozinho. E talvez a vida dela poderia ter sido salva, mas a religião proíbe transfusão de sangue e nada pode ser feito. É pra morrer de ódio e desgosto desse tipo de "crença".

Judith cresceu acreditando que o pai não a ama pois a culpa pela mãe ter morrido é dela, e em vez do imbecil tratá-la com amor e carinho, é distante e faz com que o ambiente familiar fique extremamente tenso. A menina se encontra constantemente sozinha e deprimida, vive pra rezar, espera pelo Apocalipse a qualquer momento e passa a ter um amigo imaginário, que apesar de ser fruto de sua imaginação, é o próprio Deus que a leva a acreditar que todas as tragédias que acontecem na cidade é culpa dela e do poder que ela tem sobre sua maquete, e que ela ainda deve responder pelas escolhas que faz, como se fosse uma criminosa.

Fico pensando que tipo de gente tem coragem de abusar psicologicamente de uma criança inocente e indefesa a ponto de fazê-la sofrer tanto e ficar tão confusa quanto Judith fica aqui, sem saber a quem recorrer e o que fazer. É muito sofrimento, muita injustiça pra uma história só, com um tipo de fé abordada de forma que, pra mim, foi completamente inadequada. E fora que não faço ideia de qual foi a intenção da autora ou no que, ou como, ela acredita.

A única personagem que realmente me agradou foi a professora substituta da escola (e que esqueci o nome), pois ela tem senso e sabe discernir o certo do errado, procurando ser sempre justa e correta. E fora que ela é a única que vê que Judith tem problemas sérios, mas sempre é afastada pela menina.
Vou confessar que tive um pouco de dificuldade pra elaborar essa resenha, pois nem sempre é fácil falar do tema sem que alguém leve as coisas pra outro lado e não se sinta ofendido, mas nem sempre somos obrigados a concordar ou a acreditar naquilo que o outro acredita, e dependendo do nível de exagero, fica difícil até ter algum respeito por certas atitudes absurdas que são tomadas em nome de Deus.

No geral, é um livro que faz pensar, tanto pela questão da fé, dos milagres, da questão social, das injustiças do mundo e dos malefícios de tudo que é feito em excesso. Foi um livro que pra mim não funcionou muito bem, mas talvez pessoas com outro tipo de visão sobre o assunto vejam outro tipo de mensagem na história, ou aproveitem e absorvam melhor.

Entre o Amor e a Paixão - Lesley Pearse

18 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Entre o Amor e a Paixão - Belle #2
Autora: Lesley Pearse
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2013
Páginas: 512
Nota: ★★★★☆
Sinopse: "Uma mulher dividida entre o compromisso e o calor de um relacionamento passado." No início da Primeira Guerra, Jimmy, o marido de Belle Reilly, é levado para as trincheiras mortais do norte da França e Belle percebe que não pode ficar de braços cruzados quando tantos estão sacrificando suas vidas. Armada de coragem e boa vontade, ela se torna voluntária como motorista da Cruz Vermelha, também na França.Então, enquanto cumpre seu dever humanitário, um trágico acidente lhe coloca frente a frente com Etienne — o homem que fez parte de seu passado e a quem nunca esqueceu completamente.Dividida entre a paixão proibida por Etienne e a lealdade e o amor por Jimmy, Belle encontra-se em uma situação impossível. A confusão de seus sentimentos, misturada à escuridão da mais brutal das guerras, a levará a sucumbir para sempre, ou a força da vida será maior e a conduzirá, finalmente, à verdadeira felicidade?
Resenha: Londres, meados de 1914. Belle finalmente se sente em paz, feliz em seu casamento com Jimmy, dona de sua loja de chapéus em Blackheath, e esperando seu primeiro filho. Tudo parceria perfeito, já que após tanto sofrimento ela merecia ser feliz. Só que a Primeira Guerra Mundial trouxe consequências gravíssimas para sua família. Belle insistira para que Jimmy não se alistasse, mas ele, como homem, viu que aquilo era seu dever com o país. Entre o amor e a paixão dá continuidade a tortuosa jornada de Belle e a vários problemas que se abateram sobre a população da Inglaterra durante a guerra. O ressurgimento de um antigo amor coloca a protagonista no meio de um embate em seu coração e a dúvida de quem deve ser o escolhido.

A grande dúvida que pairava em minha mente era: Belle precisava ter continuação? Tudo foi tão bem enlaçado no livro anterior, que continuar a mesma história foi um passo arriscado para Lesley. E mesmo assim eu mergulhei de cabeça na nova etapa da vida de todos os personagens. No final, pude constatar que Entre o amor e a paixão é um livro totalmente desnecessário e que só tirou o brilho do seu antecessor.

Um dos primeiros agravantes da história é a quantidade de páginas. 512. Se você me perguntar: "Mas não foi necessário?" Sim, em partes. A Lesley tem o dom de fazer narrativas perfeitas, mesmo em uma quantidade de páginas assim. O problema é que a história toda é carregada de desgraças, sofrimento e muita tristeza. Não precisava disso. A visão que eu tive com o final de Belle foi a melhor possível, até o favoritei. Ler essa sequência me deixou triste e decepcionado.

A personalidade de Belle Cooper continua impecável, e não é à toa que a autora disse não querer se despedir dela e por isso escreveu uma história sequente. Ela continua destemida, forte e inteligente. Creio que isso me fez gostar um pouco do livro, já que aprecio muito personagens principais tão fortes. A narrativa em terceira pessoa deu uma visão ampla do que ocorreu na guerra. Palmas para Lesley. É muito bom ver o cuidado que ela tem na composição de cada página, e a pesquisa feita em diversas fontes. Jimmy ganhou mais profundidade, já que ele se alistou no exército para lutar pelo seu país. O garoto, que se tornou um homem, continua fofo, atencioso e tudo aquilo que conhecemos anteriormente. Porém, a autora conseguiu distorcer um pouco a personalidade dele, o que me deixou frustrado. Sem contar as provações terríveis pelas quais ele passa.

Infelizmente, Lesley acabou a imagem brilhante que tinha deixado em Belle. A personagem sofreu tanto no último livro e mostrou que conseguiu superar, não havia motivos para repetir a dose. Alguns leitores me disseram: Mas e a guerra? E tudo que aconteceu depois? Isso não interessa. Se tem algo que eu faço ao terminar a leitura, é pensar por mim mesmo o que vem depois. Por isso, imaginei Belle feliz com sua loja de chapéus, casada com Jimmy e morando com Mog e Garth. Creio também que se houvesse a substituição dos personagens e alguns trechos, teríamos outro livro, outra trama para ser desenvolvida, e assim seria muito melhor. Não estranhem a classificação do livro como "Muito bom". É impossível negar que Pearse sabe como desenvolver tudo, desde narrativa até o encerramento da trama. Mas o fato é que Entre o amor e a paixão fez a imagem magnífica que Belle teve se dissolver pelo ralo.

Novidade de Junho - Geração Editorial

17 de junho de 2013

Um campo de concentração em pleno Brasil - Daniela Arbex
Titulo: Holocausto brasileiro
Autora: Daniela Arbex
Gênero: Reportagem
Acabamento: Brochura
Formato:  15,6 x 23 cm
Págs: 256 (+ caderno de fotos)
Peso: 488gr
ISBN: 9788581301570
Preço: R$ 39,90
Livro Holocausto Brasileiro, da jornalista mineira Daniela Arbex, resgata história de 60 mil mortos no Hospital Colônia de Barbacena.

Neste livro-reportagem fundamental, a premiada jornalista Daniela Arbex resgata do esquecimento um dos capítulos mais macabros da nossa história: a barbárie e a desumanidade praticadas, durante a maior parte do século XX, no maior hospício do Brasil, conhecido por Colônia, situado na cidade mineira de Barbacena. Ao fazê-lo, a autora traz à luz um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conivência de médicos, funcionários e também da população, pois nenhuma violação dos direitos humanos mais básicos se sustenta por tanto tempo sem a omissão da sociedade.
Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros da Colônia. Em sua maioria, haviam sido internadas à força. Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava ou que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas violentadas por seus patrões, esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento, homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças.
Quando chegavam ao hospício, suas cabeças eram raspadas, suas roupas arrancadas e seus nomes descartados pelos funcionários, que os rebatizavam. Daniela Arbex devolve nome, história e identidade aos pacientes, verdadeiros sobreviventes de um holocausto, como Maria de Jesus, internada porque se sentia triste, ou Antônio Gomes da Silva, sem diagnóstico, que, dos 34 anos de internação, ficou mudo durante 21 anos porque ninguém se lembrou de perguntar se ele falava.
Os pacientes da Colônia às vezes comiam ratos, bebiam água do esgoto ou urina, dormiam sobre capim, eram espancados e violados. Nas noites geladas da Serra da Mantiqueira, eram deixados ao relento, nus ou cobertos apenas por trapos. Pelo menos 30 bebês foram roubados de suas mães. As pacientes conseguiam proteger sua gravidez passando fezes sobre a barriga para não serem tocadas. Mas, logo depois do parto, os bebês eram tirados de seus braços e doados.
Alguns morriam de frio, fome e doença. Morriam também de choque. Às vezes os eletrochoques eram tantos e tão fortes, que a sobrecarga derrubava a rede do município. Nos períodos de maior lotação, 16 pessoas morriam a cada dia. Ao morrer, davam lucro. Entre 1969 e 1980, 1.853 corpos de pacientes do manicômio foram vendidos para 17 faculdades de medicina do país, sem que ninguém questionasse. Quando houve excesso de cadáveres e o mercado encolheu, os corpos foram decompostos em ácido, no pátio da Colônia, diante dos pacientes, para que as ossadas pudessem ser comercializadas. Nada se perdia, exceto a vida.
No início dos anos 60, depois de conhecer a Colônia, o fotógrafo Luiz Alfredo, da revista O Cruzeiro, desabafou com o chefe: “Aquilo é um assassinato em massa”. Em 1979, o psiquiatra italiano Franco Basaglia, pioneiro da luta pelo fim dos manicômios que também visitou a Colônia, declarou numa coletiva de imprensa: “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia como essa”.


Sobre a autora

Daniela Arbex é uma das jornalistas do Brasil mais premiadas de sua geração. Repórter especial do jornal Tribuna de Minas há 18 anos, tem no currículo mais de 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso, o mais recente recebido em 2012 com a série “Holocausto brasileiro”, dois prêmios Vladimir Herzog (menção honrosa), o Knight International Journalism Award, entregue nos Estados Unidos (2010), e o prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina e Caribe (Transparência Internacional e Instituto Prensa y Sociedad), recebido por ela em 2009, quando foi a vencedora, e 2012 (menção honrosa). Em 2002, ela foi premiada na Europa com o Natali Prize (menção honrosa).

Como eu era antes de você - Jojo Moyes

15 de junho de 2013

Lido em: Junho de 2013
Título: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Gênero: Drama/Romance
Ano: 2013
Páginas: 320
Nota: ★★★★★
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento.
O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro. Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.

Resenha:  "Como eu era antes de você" é um drama que conta a história de Louisa Clark, uma moça de 26 anos, com um jeito muito cafona de se vestir, que empurra um namoro falido com Patrick e foi demitida do café onde trabalhava como garçonete. Agora ela está a procura de um emprego para poder se manter e ajudar com as despesas de casa, já que mora com os pais, o avô, a irmã mais nova e o sobrinho pequeno, e é muito cobrada pela família. Talvez por morar numa cidade com poucas chances de crescimento para alguém como ela, Lou acabou se acomodando e se conformou que nunca seria ninguém na vida, e apesar de ser a irmã mais velha, sempre foi colocada em segundo plano e sempre viveu à sombra da irmã mais nova, que é mais inteligente, mais ambiciosa e alvo de todas as expectativas que a família alimenta como alguém que iria se dar bem na vida, porém, por ter ficado grávida, precisou interromper seus planos.

Ao ir numa agência de empregos, devido a não ter muita experiência e nem ter muitas qualificações, a única opção que restou para Lou foi ajudar com os cuidados de um homem de 35 anos que sofreu um terrível acidente que o deixou paralizado de forma irreversível, entrevado numa cadeira de rodas, e que depende dos outros para viver, Will Traynor. Apesar de não ter ficado muito satisfeita com o tipo de serviço que seria designado a ela, Lou aceitou, pois era um trabalho temporário e o salário era muito alto. Porém, Will é um cara extremamente fechado, amargurado, arrogante, mal humorado e de mal com a vida. Sua condição, de acordo com ele, é algo longe de viver com dignidade, pois além de depender dos outros para tudo, não pode mais aproveitar a vida intensamente como fazia antes. Mas o que ele não esperava, era que após as faíscas dos primeiros dias de convivência se extinguissem, Lou fosse exatamente o tipo de pessoa que lhe traria a alegria que o acidente lhe tirou, que despertaria vários sentimentos e emoções, e que sua vida, por mais triste e vazia que fosse, sofreria uma grande mudança ao lado dela... E assim como Will, Lou também não esperava que sua vida iria mudar para sempre, principalmente quando descobre que ele guarda um segredo e que sua temporada como cuidadora seria uma tentativa de correr contra o tempo...

A história é super bem escrita, e flui maravilhosamente bem. Narrada em primeira pessoa, e com alguns capítulos sendo contados pelo ponto de vista de outros personagens, Lou é uma personagem intensa, e que apesar de não ter ambições, é divertida e preocupada com as pessoas a sua volta. É um tipo de personagem que faz com que nossas emoções fiquem a flor da pele pelas descrições de sentimentos que ela extravasa através de seus atos ou pensamentos. Ela tem todo um potencial para ser alguém na vida, mas ainda não teve motivação para que fosse despertado, até conhecer Will, alguém que poderia lhe oferecer tudo, mas ao mesmo tempo nada. Um relacionamento em que duas pessoas combinam perfeitamente bem, mas que não se completam totalmente...

Como eu era antes de você é o tipo de história que emociona, que toca, que faz chorar... Tanto pela simplicidade dos atos e pela beleza dos gestos, como pela dor de perder parte de quem você é, ou viver na aflição, correndo contra o tempo, tentando alcançar o inalcançável, ou simplesmente desistindo do que não se pode ter mais... Nem sempre o dinheiro compra a felicidade, nem sempre a falta dele é sinônimo de tristeza. Pessoas podem viver de aparências, podem ter tudo mas ao mesmo tempo não ter nada, enquanto outras estão alí só pra trazer cor a uma vida totalmente cinza...
Um dos dramas mais bonitos que já li, que me fez ficar com os olhos cheios de lágrimas e que faz com que o leitor reflita sobre o que mais tem valor nessa vida tão curta que temos...

Polêmica, eu? #4 - Spams e divulgações

14 de junho de 2013

Hey, pipous!
Mês passado nem rolou essa coluna aqui no blog por causa da minha correria, então provavelmente deve entrar mais uma lá pro fim do mês pra poder compensar essa vergonha que passei.
E o tema que resolvi trazer pra cá é sobre essas coisinhas que, apesar de necessárias para que as pessoas conheçam o que você tem pra mostrar/falar, são completamente irritantes se feitas por quem é desprovido de senso, onde bem entende e sem o menor respeito pelo espaço alheio: spams e divulgações.

Spams e divulgações nos comentários
Pensem comigo: Vou dar como exemplo uma resenha: Li o livro e pus os meus miolos pra funcionar a fim de passar minha impressão e opinião em forma de texto de forma clara pros outros lerem. Ok. Isso tudo levou tempo e acima de tudo dedicação. E quando nos dedicamos a alguma coisa, esperamos um mínimo de retorno... Não cobro comentários de ninguém, mas se a pessoa se dá o trabalho de comentar, que seja para comentar a respeito do que está escrito. Se não leu, não comente. Simples, não?
Mas aí além de não ler, a pessoa ainda vem fazer propaganda do blog que tem, e ainda dá um ultimato de que adorou o blog, mas só te segue se você seguir de volta! Oi? O desespero pra ter mais seguidores é tanto que começam praticamente a ameaçar a gente. Acho que nem preciso me aprofundar nessa questão, assim evito a fadiga...

Spams e divulgações no Skoob
Aí você entra no seu Skoob e se depara com 138 recados não lidos, e quando vai ver, 136 é divulgação de outros blogs. Juro que não me importo com divulgações feitas no Skoob. Eu mesma já fiz algumas convidando pessoas a participarem de promoções, a visitar e seguir o blog se tivessem gostado e tudo mais, mas antes de enviar esse tipo de mensagem, eu me dei o trabalho de ler o mural do sujeito para ver se ele não se importa com isso. Tem muita gente que além de não gostar, ainda xinga, como se isso fosse resolver alguma coisa... Mas ela está no seu direito, oras.. Não gosta, avisou (mesmo que de forma mal educada) e quer paz. E ainda tem aqueles que falam "se tiver um blog me manda que sigo de volta", mas além de não seguir, ainda voltam um tempo depois com o mesmo spam.
Dá pra um ajudar o outro sem ser inconveniente e nem passar a impressão de egoísta, né?

Spams e divulgações no Facebook
Não tem coisa mais chata do que a pessoa usar o espaço de outra pra deixar o link de seu blog ou o que seja para outras pessoas visitarem (e em vão, porque ninguém visita). Quando fazem isso na página do  eu apago sem a menor dó, porque não faço isso na página de ninguém e não concordo que façam isso na minha desse jeito, sem aviso sem nada. Talvez se a pessoa pedisse por inbox ou por email seria mais simpático, mas chegar chegando é muita falta de educação.
Acredito que quando a pessoa tem algo de útil e que agrade os outros para falar, ela não precisa invadir o espaço alheio. Tem N formas de fazer a própria página crescer sem necessidade de incomodar os outros.

Gente que só quer ajuda de blogs maiores pra fazer o próprio crescer e depois somem
Mas como assim a pessoa só me procura pra "me usar" e depois some e nunca mais ouço falar?
Como assim a pessoa nem fala comigo e aparece do além me procurando pra promoção em conjunto pra benefício próprio sem pensar se isso também é bom pra mim?
Quer ajuda, ok, mas vamos ajudar os outros também? Olhar só pro próprio umbigo não faz ninguém chegar em lugar nenhum...
Não me importo em participar de promoções em grupo, mas que tal rolar uma afinidade, uma amizade, um contato mais frequente, antes e depois das promoções?
Humildade, minha gente! Eu teria uma coisa pra falar pra esse povo que só quer usar o outro e depois jogar fora, como se fosse um modess sujo, mas não vou falar, porque é palavrão...
E isso também serve pra quem participa de promoções e só segue/curte o blog enquanto a promo está valendo, e depois deixa de seguir/deixa de curtir porque não ganhou.. Mas isso é assunto pra outro post...

Enfim... Acho que a divulgação, se feita de forma legal, passa uma boa impressão daquele blogueiro, pois ele não fica insistindo, não é inconveniente, não incomoda e acaba atraindo os outros justamente por ele não ser chato nem abusar.
Então, que tal deixar a ideia de competição pra lá, pois isso não leva a nada, e ter um relacionamento legal com os outros blogueiros? Assim todo mundo se ajuda, todo mundo sai ganhando e a convivência fica muito mais agradável!


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