Título: Laços de Sangue - Bloodlines #1
Autora: Richelle Mead
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia Urbana/Sobrenatural
Ano: 2013
Páginas: 432
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Com sua lealdade colocada em questão, Sydney se sente obrigada a voluntariar-se para uma tarefa nada agradável: ajudar a esconder Jill Dragomir, uma princesa vampira que está sendo perseguida por rebeldes que querem o poder. Assim, pelo bem dos humanos, Sydney aceita se disfarçar de estudante e passa a conviver diariamente com Jill e seu guardião Eddie. Mas entre uma conversa e outra, ela começa a ter a sensação de que talvez esses seres estranhos não sejam tão maus assim, principalmente Adrian, um vampiro muito próximo de Jill que desperta os sentimentos mais contraditórios e proibidos em Sydney. Caberá a ela resolver todos esses mistérios e garantir a paz entre os humanos antes que seja tarde demais.
Resenha: Laços de Sangue é o primeiro volume da serie Bloodlines, um spin-off da série Academia de Vampiros, escrita pela autora Richelle Mead e lançada no Brasil pela Seguinte.
Sidney Sage é uma alquimista, ou seja, faz parte de um grupo de pessoas que protegem os humanos dos vampiros e dos dampiros, considerados criaturas terríveis e cruéis (divididos em três raças: Moroi, Strigoi e Dhampiros). Porém, os demais alquimistas passaram a vê-la como uma traidora pois ela havia ajudado Rose Hathaway, uma Dampira a escapar da prisão em sua última missão. A lealdade de Sidney foi posta a prova e, a fim de recuperar a confiança dos outros, embarcou em uma missão da qual deveria esconder e proteger Jill Dragomir, uma princesa vampira que corria o risco de ser atacada por vampiros rebeldes em busca de poder e loucos para matá-la, assim sua irmã, Lissa, que tomou o trono como rainha teria que abdicar seu posto. E se os rebeldes tomassem o poder, tal guerra afetaria toda a humanidade.
As duas iriam entrar na Escola Preparatória Amberwood, um lugar bem quente na Califórnia e quase sem vampiros, e lá se passariam por irmãs, junto com Eddie, guardião de Jill, e Sidney une a missão de protegê-la às pesquisas que passa a fazer lá.
Porém, rumores de que tatuagens que faz com que as habilidades dos alunos sejam melhoradas começam a surgir e quando ela associa sua própria tatuagem, um lírio dourado, as tatuagens dos alunos, desconfia de que alquimistas possam estar envolvidos e vai investigar. Ela então se une a Adrian, um vampiro Moroi que parece estar disposto a ajudá-la. E como se isso não fosse suficiente, alguns vampiros Morois são mortos e o mistério que envolve essas mortes deixa Sidney intrigada para descobrir o que está acontecendo antes que coisa pior aconteça.
Mesmo que Laços de Sangue seja uma história a parte, é possível investir na leitura da série sem ter lido a anterior e sem afetar a compreensão da mesma, mas ainda assim acredito que se eu tivesse lido a série principal, tudo poderia ficar mais claro pra mim e talvez eu tivesse aproveitado a leitura um pouco mais, até mesmo por causa dos spoilers que peguei. Não que eu deixe de me interessar por um livro por causa disso, mas há quem considere que esse fator atrapalhe, então, fica por conta e risco de quem se interessar escolher a ordem que vai ler.
O começo da história é bem morna e parece que as coisas acontecem sem um propósito convincente. Até que a explicação sobre a proteção de Sidney sobre Jill aparecesse, não entendia o motivo do auê, pois até então, tanta proteção parecia até inútil.
O interesse que Adrian desperta em Jiil e a relação de amor e ódio entre entre eles é algo que dá um toque de humor, e Adrian, claro, traz todo um charme para a história.
A narrativa é feita em primeira pessoa pelo ponto de vista de Sidney e a escrita da autora é fácil, prende e flui muito bem. A tensão, a ansiedade e a adrenalina que senti foi algo que considerei um ponto positivo, pois é difícil um livro me fisgar, mesmo sem conhecer Academia de Vampiros. E espero que minha opinião não mude quando eu começar a ler essa série e entender melhor sobre esse universo de fantasia urbana que Richelle criou.
No final das contas, tudo o que parecia estar sem pé nem cabeça no início fez sentido e acabei me surpreendendo com a forma que a autora desenvolveu a história, e mesmo sendo um volume mais introdutório, me agradou muito. Então, "O Lírio Dourado" (resenhado pelo Lucas), aí vou eu!