Lido em: Abril de 2014
Título: O Sacrifício - Hex Hall #3
Autora: Rachel Hawkins
Editora: Galera Record
Gênero: Fantasia/Sobrenatural/Juvenil
Ano: 2014
Páginas: 304
Nota:
★★★☆☆
Sinopse: Assim que Sophie Mercer começa a se acostumar com seus poderes extraordinários de demônio, o Conselho dos Prodígios a proíbe de usá-los. Com seus poderes reprimidos, ela fica vulnerável e sozinha, completamente a mercê de suas inimigas - as Brannick, uma família de guerreiras que persegue e mata seres sobrenaturais. Ou pelo menos é isso que Sophie pensa, até fazer uma descoberta inesperada.
As Brannick sabem que uma guerra épica se aproxima e acreditam que Sophie é a única pessoa do universo com poderes para evitar um fim trágico. Mas impedida de usar sua magia, ela não tem tanta certeza assim.
O único feitiço capaz de ajudar Sophie a recuperar seus poderes está no Hex Hall - o lugar onde tudo começou e agora o lar das malignas irmãs Casnoff. Acompanhada de sua melhor amiga-vampira Jenna, seu namorado Archer, seu noivo Cal (sim, a vida amorosa dela é complicada) e uma fantasma pentelha, Sophie travará uma batalha contra um exército de demônios. Mas mesmo com seus melhores amigos e aliados, o destino de todos os Prodígios está nas mãos dela, e somente dela.
Será que ela recuperará os poderes a tempo?
Resenha: Essa resenha pode ter spoilers dos livros anteriores!
O Sacrifício é o último volume da trilogia
Hex Hall escrita pela autora
Rachel Hawkins e lançado no Brasil pela
Galera Record. Nele continuamos a acompanhar a saga de Sophie, que descobriu não ser uma bruxa qualquer, mas sim alguém com poderes muito maiores e mais fortes do que ela imaginava após descobrir sua verdadeira origem. Tais poderes foram considerados ameaçadores e perigosos pelo Conselho dos Prodígios se continuassem sob controle de Sophie, o que resultou na remoção deles. Sophie, sem poderes, fica vulnerável, e a situação piora ainda mais quando uma família de mulheres, as Brannick, que perseguem seres sobrenaturais fica em seu encalço. Porém, uma guerra se aproxima e até mesmo as Brannick sabem que só Sophie com seus poderes teria forças o suficiente para lutar e ganhar, e juntas voltam ao Hex Hall, que agora está sob comando das terríveis irmãs Casnoff, a fim de procurar um meio de recuperar os seus poderes, por fim na guerra e recuperar a ordem e a paz que já não existem mais entre o sobrenatural...
Vou assumir que desde quando li o primeiro volume da série Hex Hall,
Sortilégio, fiquei encantada com o mundo e os seres sobrenaturais presentes alí, e este foi um dos livros mais bacanas do gênero que já li. Sei que a história não soa tão original, pois é difícil ler o livro sem se recordar de Harry Potter, já que se trata de uma adolescente com problemas que vai parar num tipo de escola especial para aprender a controlar seus poderes de bruxa, tendo que lidar com um coven de bruxas implicantes e etc, mas tudo com um toque mais feminino, engraçado e descolado. Já no segundo volume,
A Maldição, o rumo da história tomou outro caminho pois Sophie acabou descobrindo que de acordo com suas raízes, ela descente de demônios e seus poderes vão muito além do que pensou, e a única coisa que pode acabar com ela é o Vidro do Demônio (Demonglass), justamente por ela ser dessa espécie de ser sobrenatural, elemento este que neste volume ela descobre se encontrar no inferno e que em algum momento terá que ir buscá-lo para acabar com a guerra já que agora Hex Hall está dominado por eles... E a autora já se encarrega de fazer um resumão dos acontecimentos anteriores para refrescar a memória dos leitores logo no início do livro.
E nesse clima de tensão, a história se desenrola narrada em primeira pessoa por Sophie de uma forma que não me fez lembrar de características presentes nos livros anteriores e que havia curtido bastante. Há algumas cenas de humor mas que não fluíram tão bem devido aos acontecimentos que não encarei como sendo coisas que deveriam ser engraçadas. Essas cenas com as melhores tiradas inclusive são referentes a Jenna, a vampira e melhor amiga da protagonista que é minha personagem preferida, principalmente porque a amizade entre as duas é uma das coisas mais legais da trilogia. Os demais personagens, por mais importantes que sejam, não tiveram tanto destaque pra mim, nem Elodie, que agora consegue possuir Sophie e através dela fazer alguns feitiços para "ajudá-la".
O livro é dividido em 3 partes, onde na primeira vemos uma Sophie de mãos atadas devido aos poderes que não tem mais, na segunda onde ocorre uma reviravolta em que ela descobre que há uma luz no fim do túnel e que nem sempre quem é considerado inimigo é mesmo inimigo, e a última onde ela embarca na missão que resulta no que deveria ser uma grande batalha, mas não aconteceu o que esperei aqui. Achei tudo rápido demais, fácil demais, óbvio demais, e sem maiores detalhes, tanto no que diz respeito aos acontecimentos quanto na descrição do cenário, principalmente em um que deveria ser algo com bastante peso considerando que o inferno deveria ser algo assustador e terrível, ou que os vilões fossem muito mais terríveis...
O triangulo amoroso entre Sophie, Archer e Cal pra mim foi algo morno, sem emoções, sem contratempos, e muito desnecessário pois todos estão cientes da situação e de suas vontades, um ajuda e é companheiro do outro e fiquei me perguntando qual o real significado desse triângulo... Cal não poderia ser simplesmente um amigo e protetor? Tinha mesmo que ser noivo visto que esse "status de relacionamento" não significa nada? Desde o início já era óbvio que o coração de Sophie balança por Archer e ninguém mais e a ideia da indecisão entre um e outro é a maior besteira
ever...
Encontrei alguns erros de revisão em alguns pontos no texto, mas não atrapalha muito. A capa seguindo o padrão das anteriores é bem bonita e sempre tem referência a algum ponto importante da história, como uma transição pela qual Sophie passa.
No geral, é uma história legal, sim, e vale a pena ser lida, mas acho que esse ultimo volume não passou de um resumo corrido do que poderia ter sido. Achei que faltou um algo mais pra deixar a história completa e fechar a trilogia que, até então, estava ótima com chave de ouro.