A Caverna das Maravilhas - Matthew J. Kirby

27 de janeiro de 2015

Lido em: Janeiro de 2015
Título: A Caverna das Maravilhas - Infinity Ring #5
Autor: Matthew J. Kirby
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2014
Páginas: 240
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Próxima parada: Bagdá, 1258. É para lá que o Anel do Infinito manda Sera, Dak e Riq, com o objetivo de corrigir mais uma falha histórica em sua missão de salvar a humanidade. Em meio a caravanas de mercadores e feiras onde são vendidos perfumes, sedas, tapetes e especiarias, os três aventureiros precisam descobrir um jeito de impedir a destruição de uma das maiores bibliotecas da época.
Os mongóis estão cada vez mais perto, e o cerco a Bagdá é inevitável. Pelo que Dak sabe, os invasores vão jogar todos os livros da cidade no rio Tigre, até deixá-lo preto de tanta tinta! Mas a importância dessas páginas vai além da preservação de documentos históricos: sem as informações contidas ali, os três viajantes do tempo não poderão continuar a missão, e tudo o que eles conseguiram até então irá por água abaixo. Agora, os riscos são maiores do que nunca. 

Resenha: A Caverna das Maravilhas é o 5º volume da série Infinity Ring que está sendo publicada no Brasil pela Seguinte. A série de 7 livros, como vocês já devem saber, é escrita por vários autores, e quem assina este é Matthew J. Kirby.

Dak, Sera e Riq estão no ano de 1258, nos arredores de Bagdá. Depois de viajarem no tempo por 12 vezes e repararem 8 Fraturas, eis que os garotos se deparam com a missão mais importante de todas até agora. Enquanto a Europa ainda está na Idade das Trevas, Bagdá é o lar de muitas bibliotecas e estudiosos. A Casa da Sabedoria, a biblioteca que abriga um dos maiores acervos de livros que existem, incluindo as obras do próprio Aristóteles, está prestes a ser destruída com a invasão da cidade feita pelas hordas mongóis, lideradas pelo neto de Genghis Khan, e se as crianças não impedirem tal ocorrido, tudo o que fizeram até agora terá sido em vão. O problema é que eles não possuem informações e pistas para serem seguidas e só podem contar uns com os outros e com o que aprenderam com as outras viagens no tempo que fizeram até o momento para impedirem a queda da biblioteca, pois somente com a preservação do que Aristóteles escreveu eles vão conseguir reparar a Fratura da vez.
A aventura chega a um ponto crucial e bastante complicado da saga e resta saber se eles vão conseguir manter a história inalterada pelo bem do futuro.

Narrado em terceira pessoa, A Caverna das Maravilhas explora situações das quais os personagens ainda desconhecem. Riq precisa lidar com o medo de suas ações, visto que ele alterou o passado da família e seu futuro está em risco agora. Dak volta a ter destaque, com seus planos mirabolantes e impossíveis e sua obsessão eterna por queijo. Sera e Dak estão mais distantes um do outro e estranhei um pouco tal atitude visto que eram tão amigos nos primeiros volumes da série. Os três estão sob pressão, presos numa cidade prestes a ser saqueada e com essa situação o leitor pode esperar muita ação e aventura da leitura!As descrições sobre o cenário são ótimas e é perfeitamente possível "viver" o que os personagens estão vivendo, passando por mercados de especiarias, tapetes e tudo isso me lembrou "Aladdin".

A escrita é ótima e só colabora com a fluidez do texto. É leitura para poucas horas!
A trama segue equilibrada e mantém um padrão, sem muitas alterações o que torna praticamente impossível saber que se trata de vários autores diferentes. Tudo tem conexão, tudo combina, tudo flui e se encaixa muito bem.
A capa mantém o mesmo estilo dos demais livros, assim como a diagramação.
Pra quem procura uma leitura leve, divertida, emocionante e que envolve viagem no tempo, recomendo a série, independente da idade. São livros ótimos para despertar a curiosidade por História, principalmente ao ser mesclada com ficção fantástica!

Resta aguardar os dois últimos livros para sabermos se o mundo ficará livre do terrível cataclismo! Que venha o sexto volume, "Atrás das linhas inimigas".


A Maldição dos Ancestrais - Matt de la Peña

Lido em: Janeiro de 2015
Título: A Maldição dos Ancestrais - Infinity Ring #4
Autor: Matt de la Peña
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2014
Páginas: 208
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Quando Dak, Sera e Riq chegam ao próximo destino em sua jornada para consertar falhas históricas, são recebidos por uma tempestade. Eles estão na península de Yucatán, lar dos antigos maias, na época da chegada dos colonizadores espanhóis - ou pelo menos deveria ser assim. Sera tem certeza de que programou o Anel do Infinito corretamente, mas eles parecem estar séculos adiantados.
Enquanto tentam descobrir o que aconteceu, os três jovens desconfiam que talvez exista um motivo para estarem ali: bem naquele momento os anciãos da aldeia estão escrevendo um códice importantíssimo, que travaria o destino daquele povo para sempre. Na escola, Dak e Sera haviam aprendido que os maias eram uma civilização violenta e cruel, mas talvez a história e a cultura daquela sociedade tenham sido mal interpretadas... 

Resenha: A Maldição dos Ancestrais é o 4º volume da série Infinity Ring que está sendo publicada no Brasil pela Seguinte. A série de 7 livros é escrita por vários autores, e Matt de la Peña é autor deste.

Após repararem várias Fraturas causadas pela SQ e embarcando em aventuras de tirar o fôlego, Dak, Sera e Riq estão de volta. Dessa vez, eles vão pra península de Yucatán, onde estava localizado o Império Maia, e as crianças conhecem os escribas que escreveram um códice que pode alterar todo o futuro da humanidade. E a missão deles, nada tem a ver com a invasão espanhola que acreditaram, mas é salvar o futuro de um terrível Cataclismo protegendo o tal códice de outra tribo.

Mas, o ano que deveriam estar seria 1562, mas parece que eles estão bem mais longe do que isso... Eles então devem descobrir o que aconteceu e que o erro pode ser um sinal de que eles deveriam mesmo estarem alí, principalmente porque os maias não parecem ser aquele povo sanguinário e violento que eles ouviram falar na escola... A missão vai envolver a criação e a destruição da cultura desse povo. Eles não encontram nenhum Guardião da História para ajudá-los, mas conhecem Kisa, uma garota maia corajosa e destemida que acredita neles e passa a ajudá-los a fim de preservar a história e a cultura do Império, mesmo que seja a responsável por mudar o rumo das coisas. Mas Riq se apaixona por ela e considera deixar as crianças... E como toda ação gera uma consequência, algumas escolhas podem acabar afetando o futuro... Sera, além de precisar com as reminiscências, começa a ter visões vivas e aterrorizantes acerca do Cataclismo e o que ele causou no mundo, nas pessoas que ama e no futuro em geral, e mesmo assustada, ela guarda segredo dos amigos para mantê-los tranquilos e em segurança... Será que as crianças vão conseguir reparar a Fratura e corrigir a história? E quando se conhece os envolvidos melhor? Vale a pena fazer algo para evitar o desaparecimento dos maias?

A Maldição dos Ancestrais mostra personagens bem mais maduros, que se preocupam e se importam com quem conhecem pelo caminho. Dak ainda continua com seus momentos descontraídos, mas devido a um acontecimento que mexe com ele, passa a ficar mais na dele e o lado cômico da história fica um pouco de lado... Sera continua dedicada e séria em tudo que faz, mesmo que esteja com receio de suas visões do fim do mundo. E Riq, bastante reflexivo pelos acontecimentos dos quais estão vivenciando, mostra um lado afetivo ainda maior do que no livro anterior. Personagens secundários também tem grande importância na trama, tendo sido bem construídos e cativantes, e mesmo que a história seja um pouco corrida, não deixa de ser muito envolvente.

Seguindo o mesmo padrão dos livros anteriores, é uma história fechada, com início, meio e fim, e bastante independente das demais. O bacana dos livros é que os personagens não são descaracterizados devido a cada um ser escrito por um autor diferente, e a ação se mantém do início ao fim.

A capa ilustra bem a ideia da cultura maia, principalmente pelas cores. A diagramação segue o padrão dos demais livros e não encontrei erros.
É o tipo de livro infanto juvenil que com certeza despertará o interesse por História em crianças, que vão embarcar numa aventura incrível e inesquecível!

3 anos de LC + Arqueiro


Hoy, pipous!
Pra quem tinha pensado que as promos de aniversário do blog doce tinham acabado, preparem-se pois tem mais essa que é diva! Em parceria com a Editora Arqueiro, o blog vai sortear os dois volumes já publicados das Crônicas das irmãs bruxas, Enfeitiçadas + Amaldiçoadas, da autora Jessica Spotswood!
E pra participar é facinho! Espiem.
Termos e Condições:
- Ter endereço de entrega no Brasil
- Comentar a postagem deixando email de contato
- Curtir as fanpages do blog Livros e Chocolate e da Editora Arqueiro.
- Perfis fakes só pra promoções não serão aceitos. Caso constatado, o ganhador será desclassificado sem aviso prévio.
- Não nos responsabilizamos por danos ou extravios por parte dos correios, nem por um segundo envio em caso de devolução por erro nos dados informados ou entrega sem sucesso.
- Após o resultado o ganhador será comunicado por email. O prazo para responder com os dados é de até 48 horas, caso contrário um novo sorteio será realizado.
- Caso o ganhador seja sorteado com uma entrada extra que não tenha sido cumprida, este será desclassificado e será feito novo sorteio
- O envio do livro será feito em até 45 dias úteis após recebimento dos dados do ganhador pela Editora Arqueiro.

a Rafflecopter giveaway
Boa sorte!!

Promoção - 3 anos de TCMM


Hoje o blog Todas as coisas do meu mundo comemora 03 aninhos de existência e nós, amigos, também iremos comemorar!

São 12 livros para 4 vencedores, confiram as regras e não fique de fora dessa festa!
Regras:
- Deixar um comentário nesta postagem com e-mail válido (regra obrigatória);
- Ter endereço de entrega no Brasil;
- São 4 livros por ganhador, sendo que o primeiro sorteado escolherá primeiro, o segundo após, depois o terceiro e o quarto sorteado ficará com os demais livros;
- Os livros serão enviados pelos blogs responsáveis em até 45 dias após o envio dos dados pelo ganhador;
- O TCMM fornecerá o código de rastreio através da página própria, contudo, os blogs não se responsabilizam por quaisquer danos ou extravio dos correios, nem tão pouco pela ausência de recebedor ou erro no endereço fornecido para entrega;
- Os ganhadores receberão um e-mail informando sua colocação no sorteio e com base nisso será dado o prazo de 48h para resposta com dados e livros escolhidos (salvo último colocado);
- Caso o ganhador não responda, um novo sorteio será realizado;
- Todas as chances sorteadas serão verificadas, portanto, perfis fakes ou ausência de preenchimento/cumprimento da chance, a pessoa será automaticamente desclassificada, sem prévio aviso e um novo ganhador será sorteado;


Boa sorte!!!

O Alçapão - Lisa McMann

26 de janeiro de 2015

Lido em: Janeiro de 2015
Título: O Alçapão - Infinity Ring #3
Autora: Lisa McMann
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia/Infantojuvenil
Ano: 2014
Páginas: 224
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Depois de lutarem ao lado de guerreiros medievais para corrigir mais uma Fratura, Dak, Sera e Riq retornam aos Estados Unidos e logo se envolvem em uma armadilha mortal.
O ano é 1850, um pouco antes da Guerra Civil, quando o país está dividido em relação à escravidão. Nesses tempos sombrios, a Ferrovia Subterrânea é a única esperança de muitos escravos, que conseguem escapar por essa rota secreta. Mas a SQ aos poucos está tomando o controle dos trilhos, colocando a vida de muitos fugitivos em perigo e ameaçando apagar aquela ferrovia da história.
Riq é forçado a se separar do grupo e encontrará dificuldades que o levarão a enfrentar seu próprio passado. Dak e Sera, por outro lado, tentam descobrir em quem podem confiar e o que precisa ser feito para consertar mais uma Fratura.

Resenha: O Alçapão é o 3º volume da série Infinity Ring que está sendo publicada no Brasil pela Seguinte. A série de 7 livros é escrita por vários autores, e a autora da vez é Lisa McMann (autora da trilogia Wake).

Dak, Sera e Riq usam o Anel do Infinito, viajam no tempo e agora estão no ano de 1850, nos Estados Unidos em meio a escravatura. A sociedade está em polvorosa e dividida entre os que apoiam a captura dos negros, e os que são a favor da abolição. Os negros libertos passaram a ser caçados como forma de lucro, e quem fosse pego ajudando qualquer negro também estaria com sérios problemas... A Ferrovia Subterrânea era uma forma deles escaparem e terem alguma esperança, mas a SQ tomou os trilhos, aprisionaram o Guardião da História e querem capturar os escravos causando uma Fratura que deve ser corrigida, caso contrário, a História seria alterada. Em meio a confusão, Riq acaba sendo confundido com um escravo e o risco é de sua história ser modificada ao ter que enfrentar o passado... Resta a Dak e Sera repararem mais uma Fratura para impedirem que o futuro seja outro.

Com o tema "escravidão" sendo abordado, O Alçapão levou a série a um nível um pouco mais sério do que os livros anteriores, afinal, foram tempos muito cruéis, cheios de injustiça, revolta e qualquer leitor ficaria indignado só de pensar. Pelo assunto ser mais delicado, a autora conseguiu lidar com ele muito bem, mantendo o nível de ação, a leitura rápida e fluída, e o mais importante, sem alterar a essência dos personagens.

Como Riq foi confundido com um escravo, por mais que Dak e Sera façam de tudo pra ajudar, sem poder confiar em ninguém, Riq tem um destaque muito grande na história e podemos conhecer mais do seu passado e acabei de afeiçoando a ele. A missão é importante não só para o mundo, mas para o próprio Riq.

O único problema que encontrei nesse livro foram alguns diálogos bem rasos e muito bobos vindos de crianças tão inteligentes quanto Dak e Sera, e algumas pistas também foram bastante óbvias.
Mas levando em consideração que cada livro é escrito por um autor diferente, e tal fator é praticamente imperceptível, e que em cada livro alguma característica é incluída e moldada de forma sutil nos personagens, a história é muito boa de ser acompanhada, tanto pela narrativa quando pelo desenvolvimento.

A narrativa é feita em terceira pessoa e é bem fáci e rápida. A capa, combinando com as demais da série, é fosca com aplicação de verniz sobre a luminária e é linda! A diagramação é simples, cada capítulo se inicia com o símbolo do infinito, as páginas são amareladas e não encontrei erros na revisão.

Os livros são independentes e não é necessário ler os anteriores para compreender este, mas ainda assim recomendo que a leitura seja feita na ordem para que o leitor se familiarize com a situação dos personagens, como são e por que começaram a entrar nessas missões.
O livro é indicado a leitores de todas as idades que buscam por uma leiura que mescla fantasia com História e que com certeza vai entreter, divertir, empolgar e até emocionar!

As Batidas Perdidas do Coração - Bianca Briones

25 de janeiro de 2015

Título: As Batidas Perdidas do Coração - Batidas Perdidas #1
Autora: Bianca Briones
Editora: Verus
Gênero: Romance/Drama/New Adult/Nacional
Ano: 2014
Páginas: 406
Nota: ★★★☆☆
Sinopse: Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro.
Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.
As batidas perdidas do coração é uma história sobre perdas e como cada um lida com elas. É o encontro atormentado entre a dor e o amor. Com uma narrativa sexy, envolvente e repleta de música, este livro traz a última tentativa de duas pessoas arruinadas que, juntas, buscam desesperadamente se encontrar.

Resenha: Viviane e Rafael são unidos pelo caos: ambos perderam entes queridos em acidentes. Ela é uma patricinha de classe alta paulistana, ele um bad boy que trabalha durante a noite numa casa noturna no centro da cidade. Com personalidades tão diferentes, Rafa e Vivi têm tudo para se manterem distantes um do outro, mas personalidades tão opostas se tornam uma ferramente de atração entre eles.

Eu não sei por quê, mas ainda insisto em ler new adult. Tive uma experiência péssima com Métrica (bleeergh!). Por outro lado, Entre o Agora e o Nunca se tornou um dos meus queridinhos, que lembro com carinho e intensidade até hoje. Vai entender, né? As Batidas Perdidas do Coração, da brasileira Bianca Briones, não fez jus ao que me disseram e me deixou com a certeza: chegou a hora de parar de ler esse gênero.

O amor à primeira vista é bem característico de new adults, mas Bianca colocou aquela pitada de raiva na garota mimada e rica para apimentar a história com o bad boy . No começo tudo é guerra, depois tudo é rosas. Vivi não é detestável, mas também passa longe de ser amável. A garota tem 18 anos e pra mim agia como se tivesse 13, com frases imaturas e atitudes de quem não sabe como o mundo é. Bom, vai ver essa era a intenção de Briones ao criar a protagonista. Rafa é um tipo de cara “comedor”. Pega e não se apega. Para ele é uma por noite e pronto, tudo certo. A personalidade dele já é mais madura e contida, característica mais presente em alguém com os pés no chão. Porém, esse personagem tem uma particularidade que me faz abrir um leque para a questão da narrativa.

"Porra! Caralho! Porra! Caralho! Porra! Porra! Porra! Caralho! Caralho! Caralho!" Soa mal ler essas palavras repetidamente, não? Isso está mais do que presente no livro e mesmo ao final da leitura não entendi o motivo. Ok, um “Foda-se” aqui e ali não mata ninguém, mas as páginas de As Batidas Perdidas do Coração são repletas de palavrões. Era uma tentativa de ressaltar que o cara era “descolado”? Que falar palavrões faz dele um pouco mais sexy? Pois bem, não funcionou. Só deu a impressão da escrita pouco lapidada. Pior ainda quando a Viviane tentava imitar o Rafa. Imaginar a cena me deixava com cara de paisagem, tipo: Bitch, please!

Ainda sobre a escrita, parece que a história foi pouco revisada. Como o enredo é todo em 2004, senti umas contradições grandes. A música Te Levar do Charlie Brown Jr. é condizente, já que fazia parte da abertura da Malhação na época (eu adorava!). Mas, gente, quando foi que a Hollister se popularizou no Brasil? Duvido que tenha sido em 2004. Em 2000, a marca estava se consolidando nos EUA, então é bem improvável que esteja aqui no ano da história entre Vivi e Rafa.
Bianca Briones devia ter enxugado um pouco a trama. Devorei o livro, confesso, mas não por amar a história, e, sim, por sentir necessidade de termina-la logo. As primeiras 200 páginas são gostosas de ler, o restante é que torna tudo enfadonho. São muitas situações descartáveis e o gancho para o grand finale não me entusiasmou em nada. Ao perceber o rumo que a história tinha levado, pensei: Sério mesmo que ela vai fazer isso pra encher página? Enfim, dispensável.

Com uma grande equipe por trás, como é mostrado nos agradecimentos, As Batidas Perdidas do Coração poderia ter sido melhor. Foram tantos elogios na orelha que embarquei no romance esperando viver uma história digna de ser lembrada, mas pouco depois do término da leitura já havia a esquecido. Faltou uma pitada maior de realidade, menos clichês (não que isso seja ruim, mas um leitor não deve ser subestimado) e um pouco mais de amadurecimento. A impressão final é que o que a autora quis passar foi a vivência de um grande amor impossível de ser apagado, mas para mim ficou outra impressão: "ninguém é insubstituível, e a vida segue".