Vivian Contra o Apocalipse - Katie Coyle

16 de junho de 2015

Lido em: Junho de 2015
Título: Vivian Contra o Apocalipse - Vivian Apple #1
Autora: Katie Coyle
Editora: Agir Now
Gênero: YA
Ano: 2015
Páginas: 240
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Vivian Apple tem 17 anos e mal pode esperar pelo fatídico “Arrebatamento” — ou melhor, mal pode esperar para que ele não aconteça. Seus devotos pais foram escravizados pela Igreja há tempo demais, e ela está ansiosa para que tudo volte ao normal. O problema é que, ao chegar em casa no dia seguinte ao suposto evento, seus pais sumiram e tudo o que restou foram  dois buracos no teto…
Ela está determinada a seguir vivendo normalmente, mas, quando começa a suspeitar que eles ainda podem estar vivos, Vivian percebe que precisa descobrir a verdade. Junto com Harp, sua melhor amiga, Peter, um garoto misterioso que tem os olhos mais azuis do mundo e informações sobre um possível paradeiro dos seguidores da Igreja (ao menos é o que ele diz), e Edie, uma Crente que foi “deixada para trás”, os quatro embarcam em uma road trip pelos Estados Unidos em pleno pré-apocalipse. Mas, depois de atravessar quilômetros enfrentando eventos climáticos bizarros, gangues de fanáticos  religiosos vingativos e um estranho grupo de adolescentes autointitulado “Novos Órfãos”, Vivian logo vai entender que o Arrebatamento foi só o começo. 

Resenha: Vivian e o Apocalipse apresenta uma história com uma versão dos Estados Unidos onde o povo americano parece ter se esquecido de Deus, deram as costas à igreja e à religião e se tornaram arrogantes. Logo, para que as pessoas voltassem a ouvi-Lo, Ele precisaria de um profeta. Alguém rico e cheio de posses para quem Deus pudesse mandar seus anjos para instruí-lo e orientá-lo. Assim, Beaton Frick foi o escolhido pra construir uma igreja em seu nome, a Igreja Americana. Por mais que ele tenha ido às ruas espalhar a notícia de que Deus receberia os Crentes no Reino dos Céus quando a hora chegasse, as pessoas continuaram ignorando e vivendo no pecado. Então, o próprio Deus apareceu para Frick, alegando ter desistido dos americanos e que somente os Abençoados seriam recebidos, e o resto seria Deixado para trás a fim de presenciar o fim do mundo e sofrer as consequências por ter dado as costas a Ele. Frick avisou, mas ninguém quis ouvir nem levar a sério...
Os Estados Unidos sofreram com o calor, com desastres naturais, com ataques terroristas e entraram em guerra e colapso. As pessoas perderam seus empregos, suas casas e se viram vivendo na miséria. Não haveria salvação para a América até que Frick, mais uma vez, pediu que as pessoas que quisessem ser salvas o seguisse, e foi então que, diante de todas aquelas provações das quais ele havia alertado a todos, o povo começou a ouvir, e por medo do Apocalipse, começaram a segui-lo a fim de serem poupados... Todos passaram a viver nesse país dominado por essa religião conservadora e muito poderosa que conseguiu mudar tudo e todos, ou quase todos...

Vivian Apple é uma garota de dezessete anos que não possui crenças religiosas, mas viu o mundo ruir quando seus pais, que até então também não acreditavam em Deus, resolveram entrar para a Igreja Americana se convertendo em Crentes e seguindo o Livro de Frick. E acreditando nos ensinamentos e alertas dele, pensavam que o fim do mundo já tinha dia e hora marcados. Eles tentaram convencer Vivian a se converter, mas falharam miseravelmente pois ela simplesmente não acredita nos ensinamentos da Igreja e nem no que diz o Livro de Frick. Ela estava ansiosa pra chegar o dia do Apocalipse e todos quebrarem a cara com o que não ia acontecer. Até que um dia alguns membros da Igreja desaparecem de forma misteriosa e muitos acreditam se tratar do tão falado Arrebatamento, que é o momento em que Deus resgata os salvos enquanto os que não acreditam ou não O aceitam são Deixados para Trás. Os Crentes que continuam na cidade, que se tornou um verdadeiro caos, esperam ansiosos, mas, outras pessoas desconfiam que se trata de uma grande encenação ou picaretagem para enganar e arrancar dinheiro dos que acreditaram em alguma coisa. Mas independente do que seja, de fato, as pessoas realmente sumiram, e quando Vivian chega em casa depois de uma festa, além de não encontrar os pais, ainda se depara com dois buracos no teto, o que dá a ideia de que seus pais foram mesmo Arrebatados para o Reino do Céu. Vivian ficou para trás e está sozinha no mundo. Mas ela não consegue acreditar no que está acontecendo e esse suposto Arrebatamento é o que faz com que ela surpreenda a si mesma descobrindo um lado que ela não sabia ter. Ela sai junto com seus amigos que estão na mesma situação que ela, e parte numa viagem pelo país em busca de respostas. E ela acaba se surpreendendo com o que encontra pelo caminho...

Vou ser sincera em dizer que não esperava encontrar elementos religiosos nessa história, até mesmo porque minha forma de encarar religião é bem diferente do que considero "tradicional". Pra mim, o livro tratava de outro tipo de fim do mundo e que o Arrebatamento mencionado seria apenas um estopim para o desenrolar das coisas, mas posso afirmar que a mensagem que encontrei aqui foi muito além do que imaginei e no final das contas o livro superou, e muito, as minhas expectativas.
A história é narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Vivian e é dividida em três partes, que é quando ela fica perdida sem saber o que está acontecendo, quando reúne coragem suficiente e parte em busca de respostas e quando, enfim, descobre o que aconteceu e como lidou com isso, então ficamos limitados à visão e opinião dela acerca do que está acontecendo enquanto tudo está um caos.
Achei interessante que a autora tenha usado algumas palavras com letra maiúscula para evidenciar certos tipos de características ou acontecimentos, como Crentes, Livro, Deixados para Trás, Salvação, Igreja e etc e dessa forma ela não generaliza o assunto nem o leva para além da ficção, por mais que seja possível usar a trama como exemplo vivo do que vivenciamos na vida real. Enxerguei no livro uma crítica ao fanatismo religioso e as consequências terríveis que a lavagem cerebral e a intolerância podem trazer.

Os Crentes, em nome da religião e do que foram levados a acreditar, não medem esforços para afastar ou acabar com tudo o que pode ser considerado impuro ou prejudicial para que a Salvação aconteça, então é comum que, em meio ao caos, Vivian veja ofensas horríveis pintadas em muros e paredes da cidade direcionados a qualquer um que seja "corrompido", assim como perseguições e assassinatos contra gays, ateus e até negros. Soou muito familiar pra mim quando li trechos que mostraram esse tipo de crença que incentiva os ricos a ficarem mais ricos pois "Deus ama o Capitalismo", ou de jovens que engravidaram de alguém da Igreja acreditando estarem mais próximas de Deus ou que seriam salvas assim pra depois ficarem solteiras e sozinhas, que as mulheres devem ser submissas e obedecer aos maridos enquanto ficam em casa cuidando da família, além da combinação de Igreja com Política a fim de facilitar a ingressão de leis que se baseiam em crenças que beneficiem apenas a quem convém.

Parece ser um tema pesado e difícil, mas a autora consegue encaixar esses elementos na trama de uma forma impactante, bastante realista e sem que nada seja ofensivo a alguma religião, além de mesclar com os conflitos dos personagens que mostram seus sentimentos que envolvem amor e amizade de uma forma intensa e verdadeira, e isso é o que move os personagens a seguirem em frente contra todo o absurdo que está acontecendo. A história é contada de uma forma que acredito ser mais reflexiva enquanto Vivian está nessa jornada pela cidade a fim de saber a verdade e o que aconteceu com as pessoas que desapareceram, e cabe ao leitor absorver tudo a sua maneira e, quem sabe, tirar dali algum proveito sobre o assunto.
Vivian é apresentada no início como uma personagem certinha, obediente, estudiosa mas ao longo do livro, diante de tudo o que ela presencia e passa, ela aprende muito sobre esse mundo exterior e amadurece por pensar além e não se deixar influenciar, por se mostrar alguém diferente dos outros e de forma incrível. Ela passa a ter uma outra visão de mundo e a ver as pessoas como elas são na verdade. Ela se torna uma verdadeira heroína no que diz respeito a lutar pelo que acredita ser o certo, principalmente porque sempre está preocupada com quem está a sua volta, sem interferir nas crenças alheias.

Gostei bastante da escrita da autora e da forma como ela aprofundou as relações entre os personagens e os detalhes da história. Todos eles são muito bem construídos, até mesmo aqueles que são os "vilões". A cada parte acontecia alguma reviravolta, algum fato que havia sido mencionado lá no começo vem a tona e alguns segredos são desvendados, e tudo isso colabora para que Vivian tenha as respostas que tanto procurou.
Não vou negar que percebi alguns pequenos furos na história, mas falar sobre eles seriam um spoiler, então, prefiro deixar que quem tiver o prazer de ler chegue a própria conclusão.
É um livro intrigante, chocante e tem seus pontos tristes, mas não deixa de ser bonito e emocionante pois mostra que nem sempre devemos acreditar em tudo que ouvimos, e nem sempre o parece ser realmente é.

Acredito em Deus, sim, mas não sou de rezar nem sigo uma religião, mas sempre acreditei que o respeito é algo que não se pode impor, mas sim algo a ser conquistado. Acho que esse respeito não pode existir quando os outros querem obrigar ou forçar alguém a acreditar no que eles acreditam. As pessoas são diferentes, são livres para escolherem o que acham melhor para suas vidas desde que não prejudiquem ninguém, mas a forma como se comportam com os outros diante de suas crenças é uma das coisas que as definem. Ninguém precisa concordar com as escolhas ou opiniões alheias, basta respeitar para, assim, se dar ao respeito. É uma pena que na prática isso não funcione e em pleno século XXI temos que presenciar situações lamentáveis envolvendo o que algumas pessoas são capazes de fazer, ou de levar outras a fazerem, em nome de Deus.
É um livro que recomendo, tanto pelo entretenimento quanto pela ideia de fazer as pessoas refletirem sobre o tema.

Toda Sua - Sylvia Day

15 de junho de 2015

Lido em: Março de 2015
Título: Toda Sua - Crossfire #1
Autora: Sylvia Day
Editora: Paralela
Gênero: Romance/Erótico
Ano: 2013
Páginas: 274
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Ele era inteligente, bem-sucedido, rico e muito lindo.Fiquei obcecada por ele como nunca tinha ficado por ninguém, por nada. Ansiava por seu toque como uma droga, mesmo sabendo que aquilo me acabaria me destruindo. Eu tinha meus problemas, e ele fez com que viessem à tona muito facilmente. Gideon sabia. Ele também tinha seus problemas. E nós acabaríamos sendo o espelho que refletia os traumas – e os desejos – mais secretos do outro.Seu amor me transformou, e eu rezava para que nosso passado não nos separasse... 

Resenha: Toda Sua é o primeiro livro da série Crossfire da autora Sylvia Day e lançada no Brasil pela editora Paralela. Nesta leitura vamos conhecer os personagens, seus traumas e a turbulenta paixão que os envolve.
Eva Tramell é uma jovem que tem uma situação financeira boa por causa de sua mãe e os casamentos com homens ricos que ela já teve. Ela gosta de sua liberdade e independência, mora com seu melhor amigo, Cary, que conheceu quando ambos procuravam ajuda e, está para iniciar um novo emprego em uma agência publicitária na sede da Crossfire Building.
Através deste novo emprego que ela vai conhecer Gideon Cross, bilionário e dono da empresa. Um encontro inesperado causará neles sentimentos antes desconhecidos, e a entrega mútua da paixão que os consome irá despertar traumas que estavam adormecidos, tornando-os tão reais que a relação poderá ter uma interferência enorme a ponto de os separar ou os unir como um só...

O livro é narrado em primeira pessoa pelo ponto de vista de Eva. Minha opinião sobre a narração é que seria melhor ter uma visão mais ampla dos acontecimentos, principalmente se tratando do mistério que cerca os personagens e que, aos poucos, vai sendo desvendado.
Os personagens podem ser clichês - homem bilionário que se apaixona pela mocinha - mas há um diferencial que os destaca: Gideon, mesmo sendo rico e desejado por todas, despertará afeição no leitor pois, mesmo parecendo forte e inabalável, possui traumas que o acompanha e o assombra, revelando seu lado fragilizado diante de sua máscara de ferro.
Eva, por outro lado, já instiga qualquer um que esteja começando a ler a dar tapas na cara dela, pois é uma mocinha um tanto irritante. Mas, por ter tido um passado um tanto perturbador e ficar evidente que ela está superando, posso dizer que ela é forte e obstinada.

A autora presenteia seus leitores com um romance cheio de erotismo, sem medir palavras, o que provoca uma viajem certeira e inebriante, mesclando paixão e sexo. Assuntos polêmicos como homosexualidade, estupro e traumas que deixam marcas também acompanham este romance, fazendo com que tudo se torne mais interessante e instigante, principalmente por terem sido tratados com a importância necessária.
É difícil não comparar este romance com o de E. L. James, já que a autora afirmou que Cinquenta Tons de Cinza foi sua inspiração para a sua série Crossfire, porém, a história de Eva e Gideon tem muito mais paixão e fogo.

A diagramação é simples e os diálogos são apresentados em forma de aspas em vez de travessão. Particularmente eu não gosto muito por me confundir um pouco mas os livros lançados pelo selo Paralela procuram manter o estilo original da obra e é comum que os diálogos em livros em inglês sejam assim. A fonte tem um tamanho confortável e as são folhas amarelas. A revisão está impecável e a capa segue o mesmo padrão da original.

A leitura foi bem agradável e prazerosa, com personagens que podem possivelmente irritar o leitor, mas, na minha concepção, os considero realistas. São através dos erros e acertos que ambos os personagens sofrem e através disso somos capazes de aprender e enxergar quem realmente nos ama e valoriza.
Estou bastante curiosa para ler a continuação, já que o final deste foi bem perturbador. Pra quem gosta do gênero erótico, cuja trama é bem desenvolvida e envolvente, recomendo!

1º #MochilãoDaRecord - Belo Horizonte

14 de junho de 2015


Ei, gentem!
Ontem, dia 13/06, rolou o 1º evento literário em BH da Editora Record, o #MochilãodaRecord, com participação da autora nacional Marina Carvalho (que autografou seu livro publicado pela Galera Record, Elena, para os fãs) e, mesmo tendo ido como leitora, não pude deixar de bater umas fotinhas (mesmo que ruins já que sou uma negação pra fotografia e o lugar onde sentei não me favoreceu muito rsrsrs) pra registrar o momento.




Guilherme e Shirley, representantes do marketing, apresentaram o evento falando um pouquinho sobre os livros lançados recentemente e de outras várias novidades que vem por aí que me deixaram super empolgada. Espiem:


Os Lugares Mágicos dos filmes de Harry Potter será lançado esse ano e, assim como o livro anterior, O Livro das Criaturas de Harry Potter, é a coisa mais linda! Ele é cheio de fotografias e ainda tem o mapa do Beco Diagonal! #todospiram


Teve apresentação de Red Hill, leitura de maio do nosso Clube de Leitura, já resenhado no blog.

Depois desse abraço, como não ficar curiosa e louca por Brilhantes (duologia) que pudemos ver em primeira mão? Querooo!



Já entrou pra minha lista de desejados, principalmente quando soube que tem filme saindo em breve estrelado por Ben Affleck e Jared Leto! ♥


A Garota no Trem, que segue o mesmo estilo de Garota Exemplar, também é uma das novidades que me deixaram bem curiosa.

Uma novidade super legal que foi falada no evento é que a Record em parceria com o Submarino lançou um box com a coleção dos seis livros da série Os Instrumentos Mortais e todos os livros possuem aquela capa holográfica, cheia de brilhinhos, que todo mundo quer mas não acha mais!

Só está a venda no site do Submarino. Clique AQUI pra conferir e aproveitem pois o box está em promoção!


Outra coisa que me deixou #loka: Sophie Kinsella e Colleen Hoover estão com as presenças confirmadas para a Bienal do Rio em setembro desse ano (que eu vou)! E em outubro, o Brasil vai contar com uma turnê de ninguém menos que a diva Meg Cabot! #jáestoulá


Todo mundo ganhou brinde pela presença (uma ecobag com marcadores, bloquinho e bottom) e teve sorteio de alguns dos últimos lançamentos dos selos da editora. Pena que eu sou pé frio, nunca tenho sorte em sorteios e não ganhei nada, como sempre, mas não saí de lá sem levar uns livrinhos praticamente de graça (aproveitei meus pontos no Dotz e paguei R$2,00 nos três livros, wheeee!).


Adorei o evento e a forma animada e descontraída como ele foi apresentado. Só tenho que agradecer pela oportunidade e pela iniciativa do Grupo Editorial Record por ter tanto carinho pelos leitores do Brasil e em especial com os de BH. E que venham os próximos! ♥

Novidades de Junho - Seguinte

13 de junho de 2015

A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
 Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
 Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

O Diário de Rywka - Rywka Lipszyc
No final da Segunda Guerra Mundial, foi encontrado um diário perto das ruínas dos crematórios de Auschwitz-Birkenau. Este diário pertencia a Rywka Lipszyc, uma adolescente judia que viveu com sua família no gueto de Lodz, na Polônia.
 Seu relato só veio a público setenta anos depois, e logo se tornou um documento importante por registrar a vida dos judeus em Lodz - o medo constante da deportação, o trabalho forçado nas oficinas, a fome e a miséria. Mas, acima de tudo, os escritos de Rywka eram sua forma de resistir e de protestar, numa tentativa de dar sentido ao mundo ao seu redor.

Branca de Neve tem que morrer - Nele Neuhaus

12 de junho de 2015

Lido em: Abril de 2015
Título: Branca de Neve tem que morrer - Bodenstein & Kirchhoff #4
Autora: Nele Neuhaus
Editora: Jangada
Gênero: Policial/Suspense
Ano: 2012
Páginas: 472
Nota: ★★★★☆
Sinopse: Thriller revelação do ano na Alemanha com mais de 1 milhão de exemplares vendidos. Numa noite chuvosa de novembro, Rita Cramer é empurrada de uma passarela e cai em cima de um carro em movimento. Pia e Bodenstein, da delegacia de homicídios, têm um suspeito: Manfred Wagner. Onze anos antes, a filha de Manfred desaparecera, sem deixar pistas, e um processo baseado em provas circunstanciais condenou Tobias, filho de Rita Cramer, a dez anos de prisão. Logo após cumprir a pena, Tobias retorna à sua cidade natal e, repentinamente, outra garota desaparece. Os acontecimentos do passado parecem repetir-se de maneira funesta. Pia e Bodenstein se deparam com um muro de silêncio. As investigações transformam-se numa corrida contra o tempo, iniciando uma verdadeira caça às bruxas. 

Resenha: Branca de Neve tem que morrer é o quarto volume da série Bodenstein & Kirchhoff escrita pela autora alemã Nele Neuhaus e publicado no Brasil pela Jangada. Mesmo sendo o quarto volume não há necessidade de ler os anteriores, até mesmo porque eles não foram publicados por aqui. Os livros são independentes e focam num mistério que, ao que parece, não tem ligação alguma com os dos demais livros.

Tobias Sartorius foi acusado de matar duas moças e sumido com seus corpos. Ele não se lembrava do ocorrido e viu seu futuro ruir quando foi condenado a prisão. Após cumprir a sentença de dez anos, mesmo em dúvida se era culpado ou não, ele regressa ao vilarejo de Altenhain, na Alemanha, encontra seu pai num estado deplorável e tenta ajudá-lo, mas é recebido com repúdio e agressão pelos habitantes que acreditavam que ele deveria pagar pelo que fez pra sempre.
Enquanto a volta de Tobias a cidade acontece, uma ossada é encontrada num tanque de combustível vazio em um antigo aeródromo militar abandonado, mas a polícia descobre muito mais do que um esqueleto...

Até que uma outra moça desaparece de forma repentina e, obviamente, o principal suspeito é Tobias.
Pia e Bodenstein  são os policiais que irão investigar o caso, e tudo se transforma numa corrida contra o tempo pois eles estão prestes a descobrir que a cidade guarda segredos terríveis intrincados numa teia de mentiras e traições abafados pelos próprios habitantes que parecem viver num mundo a parte, como se vivessem sob uma "cúpula", de forma que pessoas de fora não tomam conhecimento algum de nada que se passa dentro dos seus limites. Tudo é suspeito, tudo parece ter um duplo sentido, e este é um dos maiores obstáculos que os policiais enfrentarão, pois, por mais que a ossada encontrada tenha ligação com o crime do qual Tobias se envolveu, os moradores não estão muito satisfeitos com uma investigação a fundo que pode revelar algo além do que está enterrado com os ossos.

Narrado em terceira pessoa e abrangendo a visão dos personagens envolvidos na trama, Branca de Neve tem que morrer é um thriller policial que logo de cara já deixa no ar a questão de Tobias ser ou não o assassino, principalmente quando juntamos os acontecimentos como a ossada, a tentativa de assassinato da mãe dele e afins, mas, justamente pela forma como a narrativa é feita, fica claro que o assassino pode ser qualquer um já que todos na cidade se comportam de forma estranha e parecem esconder algo ou terem um motivo para matar alguém. Esse misto de elementos são responsáveis por causas o suspense que permeia por toda a trama.

Como a obra original é alemã, é de se estranhar os nomes e os locais mencionados, mas nada que interfira ou prejudique no envolvimento da história.
Fiquei com a sensação de que o livro não foca apenas no mistério, mas também na vida dos investigadores e isso causa uma aproximação maior com os personagens. Talvez alguns trechos possam ter spoilers de outros livros já que eles desvendam crimes juntos desde o primeiro volume e com certeza já tiveram outros pontos trabalhados até chegar onde estão, principalmente no quesito relacionamento. O excesso de personagens e fatos, e algumas situações que pareciam não acabar nunca me fizeram pensar que houve um pouco de enrolação na história. Talvez se fosse um pouco mais "enxugada" seria ainda melhor.

A mudança constante de direção no rumo da história com intuito de dificultar a identificação do assassino se faz presente, assim como características apresentadas em determinado momento podem se voltar contra seus donos de forma que ninguém é quem parece ser, mas acredito que pra quem já tem costume de ler livros policiais e prestar atenção nos detalhes, às vezes, é possível captar quem é o culpado bem antes do desfecho, ou pelo menos ter uma suspeita bem grande e, geralmente, certeira sobre isso fazendo com que o final não seja tão imprevisível assim. Há algumas explicações em demasia e por isso não senti que houve espaço para maiores reflexões. Acho que quando as coisas ficam nas entrelinhas de forma mais sutil é melhor pois o leitor abre a mente pra imaginar.
Talvez devido ao idioma original, a tradução deixou algumas frases estranhas e com palavras que não são utilizadas em português, e em alguns pontos isso impede que a leitura fique totalmente fluída. O final é corrido e acaba de repente mas apesar de tudo achei satisfatório e ainda dá brecha pra continuação.
Mas ainda assim, os personagens são ótimos e muito bem construídos, e o destaque não ficou apenas com os investigadores.

A capa é linda, escura e sombria, manchada de sangue, e deixa no ar o que o leitor pode esperar da leitura. A diagramação é bem caprichada pois há detalhes em vermelho, tanto nos inícios de capítulos, na letra capitular e nas manchas de sangue nas páginas. As páginas são amarelas e possuem uma gramatura maior deixando-as mais grossas. A primeira vista o livro parece imenso pois é grosso e pesado, mas é justamente por causa das páginas mais grossas. A fonte é grande e o espaçamento das margens também, o que colabora com a leitura.

É um thriller envolvente, com um mistério sólido, que deixa o leitor ansioso para virar a próxima página.

Lobo Mau é o 6º volume da série e somente esses dois foram publicados no Brasil pela editora.

Novidades de Junho - Novo Conceito

Eu te darei o sol - Jandy Nelson
Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.
Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.
Contado em perspectivas e tempos diferentes, Eu te darei o sol é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.



Tocando as estrelas - Tocando as estrelas #1 - Rebecca Serle
Quando Paige Townsen deixa de ser uma simples aluna do ensino médio para se tornar uma celebridade, sua vida muda do dia para a noite. Em menos de um mês, ela troca as ruas da sua cidade natal por um set de filmagem no Havaí e agora está conhecendo melhor um dos homens mais sexies do planeta segundo a revista People. Tudo estaria perfeito se o problemático astro Jordan Wilder não fincasse o pé em uma das pontas desse triângulo cinematográfico. E Paige começa a acreditar que a vida, pelo menos para ela, imita a arte.




O Álbum - Timothy Lewis
Para Adam, negociante de objetos usados, a casa de Gabe Alexander é apenas uma propriedade que será esvaziada e vendida pelo maior lance. Entretanto, em meio às prateleiras repletas de relíquias, um álbum antigo atrai sua atenção. Nele há cartões-postais amarelados pelo tempo, escritos ao longo de 60 anos. Intrigado, Adam começa a lê-los: eles estão cheios de frases românticas e delicadas, as provas do amor incondicional entre Gabe e Pearl Alexander.
Gabe cuidava para que um cartão chegasse às mãos de Pearl todas as sextas-feiras. Cada um deles possui não apenas um poema, mas verdades preciosas sobre o cotidiano de um casal que viveu um sonho. A soma de todas essas verdades talvez responda perguntas que Adam se faz há muito tempo.